sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fechamento de Mercado

Fechamento no mundo


As principais bolsas europeias encerraram a sessão sem uma direção definida. Apesar de um leve movimento positivo com o discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, algumas bolsas da região inverteram o sinal e tiveram um dia de realizações de lucros.

Em dia de agenda bastante carregada, as principais bolsas norte-americanas tiveram um fechamento em direções divergentes, assim como na Europa. No começo da manhã, bons indicadores divulgados de vendas a varejo e do índice de atividade Empire State surpreenderam positivamente o mercado. Porém, o dado de confiança do consumidor divulgado pela Universidade de Michigan, de 67,9 veio abaixo das expectativas, de 68,9, trazendo certa cautela.

Porém, o que trouxe volatilidade aos negócios foi o discurso do Bernanke. O presidente do Fed disse que o banco central está preparado para fornecer um suporte adicional para a economia do país. Mas, dificuldades em mensurar o tamanho, o ritmo e os custos de um possível novo programa de compra de ativos explicam um movimento de realizações em algumas bolsas da região.


Fechamento no Brasil


Em um dia bastante volátil, no qual o Ibovespa chegou a alcançar os patamar dos 72 mil pontos, o principal índice doméstico não conseguiu sustentar a força e encerrou a sessão  em leve alta de 0,19%, aos 71.830,18 pontos.

Mais uma vez as ações da Eletrobrás se destacaram entre as altas, influenciadas pela disputa na corrida presidencial no país. Além da Eletrobrás, as ações do Banco do Brasil também tiveram um bom desempenho com expectativas eleitorais.

Entre os destaques de queda, podemos destacar o mau desempenho de algumas empresas do setor de construção civil, passando por realizações de lucros, após apresentarem bons desempenhos nas últimas semanas.

Cenário Econômico Semanal – 11 a 15/Outubro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal


Em semana curta, marcada pelos feriados no Brasil e nos EUA, os principais índices financeiros desses países fecharam com rumos distintos na tarde desta sexta-feira, porém, com alta acumulada em relação à semana anterior.





Cenário Externo


Apesar de curta, a semana foi de agenda cheia, e trouxe a divulgação de diversos indicadores da economia norte-americana, que auxiliaram investidores a pautar os negócios.
Entre eles, o Federal Reserve informou através da ata de sua última reunião que estuda novas medidas para estimular a economia dos Estados Unidos. O anúncio, feito na terça-feira, foi recebido com otimismo pelos mercados.
Outro destaque do período foi a divulgação dos preços dos produtos exportados no país, que tiveram alta de 0,6% em setembro, após avanço de 0,8% em agosto. No caso do preço dos importados, houve ligeira queda de 0,3%, contra alta anterior de 0,6%. Os dados são do Departamento de Trabalho dos EUA.
Alta também dos preços no atacado, que subiram 0,4% em setembro, puxados pelos altos custos de carnes e gás natural. De acordo com o Departamento de Comércio ds EUA, o núcleo do índice, que exclui do cálculo os preços de alimentos e energia, registrou no período alta de 0,1%, dentro do esperado pelo mercado.
Para o consumidor, a inflação no mês passado subiu, porém, de forma menos acentuada. O CPI teve avanço de 0,1%, também puxado pelos custos elevados de alimentos e gasolina, ao passo que o indicador que exclui esses itens ficou estável, tendo registrado variação nula.
Outro importante dado divulgado foi o déficit da balança comercial, que teve alta de 8,8% em agosto, para um total de US$ 46,3 bilhões. O resultado é pior do que o esperado pelo mercado, que apostava em saldo negativo de US$ 44,1 bilhões.
Destaque ainda para o Empire State Manufacturing, do Fed, que mostrou que as condições de negócios do setor manufatureiro em Nova York apresentaram uma melhora considerável em outubro, saltando de 4,14 pontos para 15,7 pontos.
Já o Departamento de Trabalho do país informou a pouco que os estoques de negócios no país avançaram em 0,6% em agosto, após registrar alta de 1% em julho. O resultado ficou um pouco acima do esperado pelo mercado, já que a aposta média dos analistas era de 0,4%.
No mercado de trabalho, os pedidos iniciais de auxílio desemprego avançaram na última semana em 13 mil para um total de 462 mil, informou nesta quinta-feira o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. O mercado estimava que o indicador ficasse em 444 mil no período encerrado no dia 9 de outubro.
Além disso, o mercado conheceu que o varejo americano em setembro apresentou crescimento de 0,6% no volume de vendas, com carros e eletrônicos puxando o segmento no período, além das compras pela internet. As informações são do relatório do Departamento de Comércio.
Os resultados animaram os mercados, mas os consumidores norte-americanos seguem em alerta. Segundo pesquisa da Universidade de Michigan, a confiança do consumidor registrou em outubro queda para 67,9 pontos. O dado representa uma prévia, e a entidade divulgará o resultado consolidado no final do mês.

Neste cenário, o Dow Jones acumulou na semana ganhos de 0,5% aos 11.062,8 pontos. Já a valorização do S&P 500 nos últimos dias foi de 0,9% aos 1.176,19 pontos.





Veja gráficos abaixo:










Cenário Interno


No Brasil, destaque para dados da inflação. O mais importante deles, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), variou 0,75% no primeiro decêndio do mês de outubro. Para o mesmo período de apuração no mês anterior, a variação foi de 0,99%., conforme levantamento realizado pela FGV.
Já o IPC-S de 07 de outubro de 2010 registrou variação de 0,66%, 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.
Além disso, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, apresentou variação positiva de 0,76% na primeira semana de outubro, contra 0,53% na última pesquisa e 0,15% no mesmo período do mês anterior.
Já o comércio varejista registrou em agosto crescimento de 2,0% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. A receita nominal, por sua vez, cresceu 1,6%. Com tais números, o setor completa quatro meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de oito meses em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 10,4% (sobre agosto de 2009), 11,3% no acumulado em 2010 e 10,1% nos últimos 12 meses.

Com isso, o principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa acumulou alta nas últimas sessões de 1,5%, fazendo com que o atingisse os 71.830 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, as maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
ELETROBRAS
ELET3
26,05
13,56%
ELETROBRAS
ELET6
30,72
13,02%
MRV
MRVE3
18,00
7,78%
ROSSI RESID
RSID3
18,27
7,53%
CESP
CESP6
30,26
7,27%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
EMBRAER
EMBR3
11,20
-5,08%
LLX LOG
LLXL3
8,77
-4,67%
REDECARD
RDCD3
24,76
-4,66%
SOUZA CRUZ
CRUZ3
86,05
-4,55%
B2W VAREJO
BTOW3
30,25
-3,04%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 47,78
2.252.658.784,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,29
2.206.101.664,00
Exploração e/ou refino
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 15,15
1.013.283.696,00
Serviços Financeiros Diversos
CCR RODOVIAS
CCRO3
R$ 46,25
960.721.859,00
Exploração de Rodovias
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 23,27
819.650.976,00
Exploração e/ou Refino





Dólar:


Nesta sessão, o dólar comercial operou instável, e acabou por fechar no R$ 1,6660.
Ao longo dos últimos dias, a moeda norte-americana chegou a registrar desvalorização de mais de 0,5% frente ao real, o que a colocou no menor patamar em mais de dois anos, apesar da série de medidas anunciadas pelo governo para conter a queda excessiva das cotações.
No fim da semana, a moeda acumulou perda de 0,1% a R$ 1,6660.


Veja o gráfico:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






Setor de consumo lidera recomendações pelo 11º mês consecutivo em outubro

Por: Anderson Figo
15/10/10 - 14h45
InfoMoney


SÃO PAULO - O setor de consumo e varejo foi votado como o favorito pelos analistas em suas carteiras relativas a outubro pelo 11º mês consecutivo. As recomendações para este mês ficaram em 45 - mesmo número auferido no mês passado e abaixo recorde de 54 registrado em junho.


O setor financeiro, em segundo lugar, aparece logo atrás, com 44 recomendações - oito a mais que em setembro. Já o setor imobiliárioe de construção ficou em terceiro lugar, com 31 (também alta de oito votos). As três primeiras posições no ranking de setores mais recomendados elaborado pela InfoMoney não foram mantidas em outubro em relação a setembro, visto que, no último mês, o setor de energia e saneamento completou o terceiro lugar no pódio.


As 29 carteiras consideradas este mês, que incluíram bancos e corretoras, foram: Bank of America Merrill Lynch, Planner, Souza Barros, BB Investimentos, Itaú Corretora, Bradesco, Citi Corretora, BTG Pactual, Brascan, XP Investimentos, Omar Camargo (2 carteiras), HSBC, Link Investimentos, Ágora (2 carteiras), Coinvalores, Santander (3 carteiras), Credit Suisse (2 carteiras), PAX Corretora, Geração Futuro, SLW (3 carteiras), Win e Banif.


Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em outubro, não foram considerados apenas os portfólios com sugestões de ações baseadas na perspectiva de pagamento de proventos.


Consumo em altaO setor de consumo completou em outubro 11 meses na liderança das carteiras recomendadas, impulsionado pelas perspectivas otimistas para a economia brasileira, que também alimentam as análises favoráveis às companhias do setor financeiro, impulsionado pela contínua tendência de expansão do crédito.


Na última versão do Relatório Focus, do Banco Central, o mercado manteve suas projeções de forte crescimento da economia brasileira neste ano. Segundo o documento, a perspectiva é de que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional chegue a 7,55% ao final de 2010. Na última semana, o FMI afirmou que as economias emergentes devem crescer até três vezes mais que os países desenvolvidos. Para o Brasil, em específico, a expectativa do órgão em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) aumentou de 7,1% para 7,5%.


Setores  Recomendações  
Consumo e Varejo45
Financeiro44
Imobiliário e Construção31
Energia e Saneamento28
Industrial26
Petróleo e Gás22
Mineração21
Transporte19
Siderúrgico15
Telecomunicações12
Papel e Celulose6
Petroquímico4
Tecnologia e Internet3
Apesar dessas perspectivas, o INC (Índice Nacional de Confiança do Consumidor) recuou em setembro, mas ainda assim manteve patamar elevado, atingindo 153 pontos - contra o mesmo mês de 2009, quando o INC estava em 135 pontos, houve alta de 18 pontos. O estudo indica otimismo quando está acima de 100 pontos e pessimismo quando se encontra abaixo dessa pontuação.


“O comércio está feliz com esse resultado, que mostra que o nível de confiança do nosso consumidor subiu bem em relação ao ano passado e vem em ascensão este ano, indicando que deveremos ter um dos melhores natais da década”, afirmou na ocasião o presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), responsável pelo índice, Alencar Burti.


Além disso, com maior poder de compra, os consumidores adquiriram mais livros, móveis e eletrodomésticos em agosto. Com isso, as vendas do comércio varejista registraram crescimento no oitavo mês do ano, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Segundo o estudo, o aumento das vendas foi de 2% frente a julho e de 10,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Dentre os segmentos que foram destaque, estava o de "Livros, jornais, revista e papelaria", cujo aumento das vendas foi de 3,5% na comparação com julho e de 13,7% frente a agosto de 2009.


Juros e crédito
Ampliando as boas perspectivas aos setores, o cartão como alternativa de crédito tem crescido entre as classes econômicas. Uma 
pesquisa do Ibope com o Target Group Index revelou que entre 2005 e 2009 houve expansão de 8 pontos percentuais do produto financeiro tanto entre a classe AB como entre a classe C.


A pesquisa mostrou que, em 2005, 66% dos que pertencem à classe AB tinham a moeda de plástico, ao passo que em 2009, o percentual alcançou os 74%. Considerando os que pertencem à classe C, 45% tinham cartão de crédito em 2005. No ano passado, esse percentual passou para 53%.


Também no noticiário, a taxa média de juros cobrada nos financiamentos à pessoa física recuou 1 ponto base em setembro, registrando a menor taxa da série histórica iniciada em 1995. No nono mês do ano, os juros médios ficaram em 6,74% ao mês e, em agosto, a taxa era de 6,75%.


De acordo com dados divulgados pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), essa queda pode ser atribuída ao bom momento pelo qual passa a economia brasileira, à normalização do mercado externo após período de grande turbulência provocado pela crise nos países europeus (Grécia, Portugal e Espanha) e à normalização do crédito no mercado internacional.


Pesando positivamente nas projeções aos bancos, os consumidores das classes sociais mais baixas, especialmente os situados na faixa inferior de renda, procuraram mais crédito no mês passado, frente a agosto, apontou o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. Considerando os consumidores que recebem até R$ 500, a demanda por crédito avançou 2,8%. Seguindo pela mesma tendência, os que ganham entre R$ 500 a R$ 1 mil tiveram alta de 1,2% no indicador.


Na outra ponta, os consumidores com ganhos entre R$ 5 mil e R$ 10 mil e aqueles que recebem acima de R$ 10 mil apresentaram, cada um, recuo de 1,3% na procura por crédito. O indicador mostrou que, em setembro, os consumidores com renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais registraram a segunda maior queda, de 1,1%.