sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Telefônica Brasil supera elétricas em carteiras de dividendos para fevereiro

09 de fevereiro de 2012 • 21h05Por: Nara Faria

SÃO PAULO - A Telefônica Brasil (VIVT4) dobrou a quantidade de votos em carteiras recomendadas dedividendos para o mês de fevereiro. No período, a VIVT4 foi citada em seis dos oito portfólios compilados pelo Portal InfoMoney. Foram utilizadas para a compilação as carteiras elaboradas pela Ativa, Coinvalores, HSBC, Omar Camargo, Planner, UM, XP e Itaú BBA. 

Para o mês de fevereiro, a VIVT4 superou a quantidade de votos da AES Tietê (GETI4), que recebeu cinco votos e dividiu a segunda colocação com a Equatorial (EQTL3). No mês passado, ambas companhias haviam recebido três votos e dividiram a primeira colocação com a própria Telefônica Brasil, Cielo (CIEL3) e outras quatro também do setor elétrico.

Depreciação das ações favorece VIVT4
Assim como o de energia elétrica, o setor de telecomunicações é considerado defensivo pelo baixo endividamento e bom histórico de pagamento de dividendos, o que chama a atenção dos analistas para este tipo de recomendação.

Dentre elas, o motivo apontado pela equipe de análise da Ativa Corretora para a atratividade da VIVT4 é que as ações da companhia sofreram desvalorização de 6,1% em janeiro de 2012, com desempenho inferior ao Ibovespa no período. Os analistas do Itaú BBA afirmaram ainda que apesar da depreciação não houve nenhuma alteração em termos de fundamentos e a ação continua sendo percebida como um importante player de dividendos.

Recomendações em carteiras de dividendos
Ação

fev/12

jan/12

Telefônica Brasil PN

6 3
Equatorial ON 5 3
 AES Tietê PN 5 3
Eletropaulo PN 4 3
Cielo ON 3 3
Transmissão Paulista PN 3 3
Coelce PNB 2

"Além disso, embora nossas estimativas para 2012 sejam mais conservadoras, os níveis de dividend yield (dividendo pago por ação/cotação por ação) deverão se manter elevados em torno de 9,6% para este ano e de 10,3% para 2013.", afirmam os analistas do Itaú BBA.

A equipe de análise da Ativa Corretora estima ainda que a ação VIVT4 alcance sinergias significativas com a unificação operacional da telefonia fixa com a móvel, devido à incorporação da Vivo. Para a corretora, a sinergia deve ocorrer tanto em custos e capex (investimentos em bens de capital) quanto em receitas, além do benefício fiscal do ágio a ser incorporado. 

"Por fim, acreditamos que a empresa deverá sustentar um bom pagamento de dividendos, o que confere à mesma um perfil mais defensivo adequado para esta carteira", poderam os analistas em relatório.

Setor elétrico: AES Tietê perde espaço entre elétricas
A redução de votos do setor elétrico que já vinha sendo observadas nos meses anteriores, se consolidou em fevereiro com a perda da primeira colocação da AES Tietê em carteiras de dividendos. A companhia dividiu no mês anterior espaço com outras sete companhias de setores diversos e em fevereiro passou a segunda colocação, dividindo o ranking com a Equatorial, que também pertence ao setor elétrico.

UM Investimentos, por exemplo, optou pela Equatorial em substituição à AES Tietê em função do vencimento em dezembro de 2011 de seu contrato com a Eletropaulo. A corretora explica que tal licitação, iniciada em 2000, consiste atualmente na principal fonte de receita da companhia, totalizando R$ 173 por MWh, 97% do faturamento anual da empresa.

"Assim, as indefinições sobre o preço e a quantidade de energia vendida podem comprometer a previsibilidade do fluxo de caixa da companhia, trazendo incertezas quanto à distribuição de proventos", explicam os analistas em relatório. 

Equatorial ganha espaço no setor elétrico
Os analistas da UM Investimentos ressaltam ainda a preferência pela Equatorial, em função de resultados apresentados pela companhia no terceiro trimestre, além de múltiplos atrativos e sólido histórico de distribuição de proventos.  

Já a Ativa Corretora, que também optou pela Equatorial dentre as elétricas, explica que as ações da empresa apresentaram desempenho bem pior do Ibovespa no mês de dezembro, com recuo de 2,9%. Além disso, trata-se de uma empresa estável, com dividendos atrativos e bom histórico de resultados, "o que permite certo conforto nas expectativas dos próximos trimestres", completam os analistas.