sábado, 21 de agosto de 2010

Próximos eventos corporativos

Segue os próximos eventos de empresas já divulgados:


CPLE3/CPLE5/CPLE6:

Evento: Juros sobre Capital
Valor Bruto: R$ 0,32638
Valor Líquido: R$ 0,277423
Data “com”: 20/8/2010
Data “ex”: 23/8/2010
Data pagamento: 20/9/2010


BVMF3:

Evento: Dividendos
Valor: R$ 0,098874
Data “com”: 23/8/2010
Data “ex”: 24/8/2010
Data pagamento: 10/9/2010

Evento: Juros sobre Capital
Valor Bruto: R$ 0,022404
Valor Bruto: R$ 0,019043
Data “com”: 23/8/2010
Data “ex”: 24/8/2010
Data pagamento: 10/9/2010


Cenário Econômico Semanal – 16 a 20/Agosto

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal


Em semana de agenda relativamente fraca, com poucos indicadores, porém, com a divulgação de importantes resultados da economia brasileira e norte-americana, os principais índices financeiros do Brasil e dos EUA terminaram com rumos diferentes o período que se encerra hoje. No Brasil, a Bovespa se descolou da queda de Wall Street - resultado do noticiário negativo dos últimos duas - e acumulou ganhos leves.





Cenário Externo


Nos EUA, a semana começou com dados do setor industrial do país. O índice geral das condições de negócios do setor manufatureiro da região de Nova York teve uma leve alta em agosto, na comparação com julho, indo de 5,08 para 7,10 pontos. Os dados foram informados pelo escritório regional do Federal Reserve de Nova York. Apesar de positivos, os números ficaram muito abaixo dos 31,9 pontos de abril e 19,6 em junho.
Já o índice geral de atividade econômica na região da Filadélfia, em agosto, registrou queda acima do esperado, indo de 5,1 pontos em julho para -7,7 na atual leitura. A pesquisa é realizada pelo escritório regional do Fed. O mercado estimava que o indicador registrasse um leve avanço para 7 pontos, sendo que os analistas mais pessimistas em -0,6 pontos e mais otimistas em 10 pontos.
Ao longo dos últimos dias, agentes puderam conhecer ainda o resultado da produção industrial em julho, que registrou avanço de 1% em julho, informou nesta terça-feira o Federal Reserve. O avanço ficou acima do esperado pelo mercado, uma vez que a aposta era de expansão de 0,6%.
No setor imobiliário, a Associação Nacional de construtores de imóveis informou que o índice que mede a confiança dos construtores norte-americanos, recuou 1 pontos em agosto, e passou para 13 pontos. O resultado representa o pior nível desde março de 2009. A expectativa era de alta, para 15 pontos.
Além disso, as novas construções de casas no país estrangeiro tiveram leve alta em julho, para 546 mil, levemente abaixo do esperado, de acordo com o Departamento de Comércio do país. As permissões, por sua vez, avançaram para 565 mil no período.
Outro indicador importante, os pedidos iniciais de auxílio desemprego tiveram nos Estados Unidos um avanço para um total de 500 mil. Este é o nível mais elevado em nove meses. Essa foi também a terceira semana consecutiva de alta do indicador. O mercado estimava alta de 8 mil para 482,5 mil. Os números da semana passada foram revistos para 488 mil, segundo dados do Departamento de Trabalho do país.
O órgão divulgou ainda que mercado o índice de preços ao produtor norte-americano registrou em julho alta de 0,2%, ao passo que o núcleo do índice, que exclui do cálculo os preços de energia e alimentos, avançou 0,3%.
Já o departamento do Tesouro informou que o fluxo de capital estrangeiro de aquisições de títulos do governo do país aumentou em junho, para US$ 44,4 bilhões, contra US$ 35,3 bilhões em maio.
Com base em diversos indicadores mensais, o Conferene Board informou que o índice de indicadores antecedentes registrou alta de 0,1% em julho. Apesar de ter vindo dentro do esperado, o resultado vem sendo praticamente estável desde março, o que indica que está situado em níveis da pré-recessão. 
Desta forma, o índice Dow Jones terminou com queda acumulada de 0,9%, aos 10213 pontos. Já o S&P recuou 0,7% nos últimos cinco dias, e fechou aos 1071 pontos.





Veja gráficos abaixo:










Cenário Interno


No Brasil, a semana foi marcado pelo anúncio de dados da inflação divulgados pelas entidades locais. Entre eles, o IPC-S de 15 de agosto de 2010 apresentou variação de -0,19%, taxa 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada na última divulgação. Nesta edição, o índice registra a sua oitava semana consecutiva com taxa de variação negativa.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) também teve variação negativa, de -0,05% em agosto, queda menos intensa do que a verificada em julho (-0,09%). Com esse resultado, a variação no ano situou-se em 3,21%, acima de igual período do ano anterior (2,95%). Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 4,44%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (4,74%). Em agosto de 2009 a taxa havia sido de 0,23%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fipe ficou estável na segunda quadrissemana de agosto, ao registrar variação de 0,20%. Já o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) variou 0,46%, em agosto. A taxa apurada em julho foi de 0,05%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Em sentido oposto, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,55% no segundo decêndio do mês de agosto. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,03%. 
Outro dado importante, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina - elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV - elevou-se de 5,6 para 6,0 pontos entre abril e julho de 2010. A evolução decorre de uma avaliação mais favorável em relação à situação presente e de expectativas menos otimistas para os seis meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou de 4,7 para 5,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) declinou de 6,4 para 6,2 pontos. A combinação de um ISA e um IE na região de avaliações favoráveis coloca a região na fase de "boom" do ciclo econômico pela primeira vez desde julho de 2007, embora a queda do IE sugira um "boom cauteloso"
Destaque ainda para o Boletim Focus, que mostrou que analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir a projeção do crescimento do PIB brasileiro em 2010, para 7,09%, contra 7,11% da semana passada. Para 2011, houve manutenção na aposta em 4,5%.
Desta forma, a Bolsa Paulista terminou com alta acumulada de 0,6% na semana, aos 66677 pontos.





Veja gráfico diário abaixo, seguido de tabela com as maiores altas e baixas do período, bem como relação dos ativos mais negociados:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
BRASKEM
BRKM5
14,79
8,59%
ALL AMER LAT
ALL11
16,75
8,06%
PDG REALT
PDGR3
18,80
7,61%
OGX PETROLEO
OGXP3
20,45
6,62%
NATURA
NATU3
44,20
6,02%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
JBS
JBSS3
7,60
-9,52%
GOL
GOLL4
23,84
-8,31%
PETROBRAS
PETR3
30,30
-4,60%
COSAN
CSAN3
22,01
-4,01%
USIMINAS
USIM5
46,20
-3,65%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 43,35
2.397.524.704,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,78
2.145.425.024,00
Exploração e/ou refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 20,45
1.099.337.648,00
Exploração e/ou refino
TAM S/A
TAMM4
R$ 36,22
851.962.208,00
Transporte Aéreo
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 12,99
660.154.136,00
Serviços Financeiros Diversos





Dólar:


O dólar comercial fechou em leve alta na tarde desta sexta-feira, acumulando queda de 0,7% na semana que se encerra hoje.
Durante este período, a moeda não atendeu aos desejos de valorização do Banco Central, que realizou freqüentes leilões de compra de câmbio.
Desta forma, a divisa terminou cotada a R$ 1,7600.


Confira o gráfico:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






BTG reduz preço-alvo do Pão de Açúcar para R$ 77, mas vê ponto de entrada nas ações

Por: Equipe InfoMoney
20/08/10 - 18h05
InfoMoney


SÃO PAULO - O BTG Pactual ajustou suas perspectivas para o segmento alimentício do Pão de Açúcar (PCAR5) no longo prazo e reduziu a estimativa de margem Ebitda (relação entre receita líquida e geração operacional de caixa) de 7,2% para 6,9%. O banco ainda cortou a estimativa de lucro por ação tanto para 2010 quanto para 2011 em 18% e 10%, respectivamente, para que as projeções passem a refletir resultados aquém do esperado no segundo semestre. 

Com isso, o modelo de fluxo de caixa descontado, usado para determinar o preço-alvo para as ações, trouxe redução do target, para R$ 77. Ainda assim, lembram Fabio Monteiro e Thiago Duarte, responsáveis pelo relatório, o número significa upside expressivo de 32% em relação ao atual patamar de cotação dos papéis do Pão de Açúcar, e por isso a recomendação continua a ser de compra para os ativos do grupo.

Além disso, explica o BTG, os múltiplos da companhia mostram desconto em relação aos pares latino-americanos, e com o recente movimento de realização em cima das ações do Pão de Açúcar, esse seria um ponto de entrada interessante para os investidores que vislumbram potencial relacionado a captura de sinergias com os negócios recentes.

Casas Bahia
Entre eles, claro, está a Casas Bahia. De acordo com os analistas, as sinergias dessa operação são chave, e como ainda há falta de detalhamento financeiro que permita avaliação mais completa, as sinergias podem surpreender pelo lado positivo. De acordo com o BTG, esse fator poderia superar "facilmente" o montante inicialmente previsto, de R$ 2 bilhões em valores atuais, com a possibilidade de que o valor exceda até mesmo a nova previsão, de R$ 4 bilhões.

A estimativa do BTG, explicam os analistas, baseia-se num desconto adicional de 6% nos produtos recebidos por Ponto Frio e Extra Eletro dos fornecedores, para que haja equivalência com os preços de compra da Casas Bahia. Além disso, os analistas esperam que as despesas de marketing da Casas Bahia passem a ser mais focadas no retorno, já que a companhia gasta atualmente cerca de R$ 1 blhão por ano com campanhas publicitárias. Assim, o valor total de sinergias capturadas poderia chegar a R$ 4,5 bilhões, sem contar com o poder de desenvolvimento da franquia financeira da Casas Bahia, que poderia ser responsável por um valor adicional de R$ 87 milhões a R$ 1,4 bilhão.

Resultados
O BTG Pactual também fez mais alguns comentários sobre o resultado do Pão de Açúcar no segundo semestre deste ano. Um sinal amarelo apareceu, explicaram os analistas, por causa da contração de margens, em função do "efeito Assaí", das margens operacionais mais baixas e despesas e custos operacionais mais altos.

No entanto, os analistas acreditam que em parte esses fatores refletiram efeitos sazonais não-recorrentes, e por isso não necessariamente o resultado do último trimestre desencadeia conclusões claras para tendências futuras. Na verdade, o BTG se diz confiante de que as margens ficarão estáveis, com crescimento das receitas acima da inflação, o que diluiria os custos fixos da companhia. "Se estivermos certos, o segundo semestre deve trazer recuperação na rentabilidade" para o Pão de Açúcar, concluem os analistas.

Menos otimista com o setor siderúrgico, Barclays reduz recomendação para Usiminas

Por: Thiago C. S. Salomão
20/08/10 - 15h47
InfoMoney


SÃO PAULO - Enxergando um horizonte bastante conturbado para o setor siderúrgico brasileiro, o Barclays Capital recomenda aos investidores que diminuam sua exposição a empresas do segmento, em especial a Usiminas (USIM3, USIM5). A companhia teve a recomendação  dada às suas ações PNA reduzida de "overweight" para "equal weight" - ou seja, a perspectiva atual do banco é de que esses papéis tenham uma performance em linha com a média do setor durante os próximos 12 meses.

O viés negativo apresentado por Leonardo Correa e Renato Antunes, analistas que assinam o relatório do Barclays, reflete a expectativa de um cenário de preços mais fracos no mercado interno de aço durante o segundo trimestre do ano. "A companhia será fortemente impactada por preços mais baixos do metal e nós consideramos as perspectivas de ganhos para o 2 semestre de 2010 fracas", afirmou a dupla, que ainda diminuiu de R$ 69 para R$ 63 o preço-alvo estimado às ações USIM5.

De acordo com Correa e Antunes, além das projeções para a demanda por aço apontarem para um arrefecimento neste novo semestre, o setor siderúrgico tem enfrentado mudanças no âmbito estrutural. "Infelizmente, para os produtores de aço do Brasil, o novo cenário de volume anormal de importação deverá resultar em um enfraquecimento nos preços e na diminuição dos prêmios dos produtos domésticos", preveem os analistas.

Guerra de preçosAinda sobre a questão dos preços utilizados dentro do País, os especialistas do banco esperam ver neste segundo semestre um ambiente bem mais aguerrido nessa área. "Nossas fontes confirmam que descontos estão sendo concedidos. Nós consideramos isso extremamente inesperado, já que as siderúrgicas recentemente têm ensaiado uma segunda rodada de aumento nos preços", disseram Correa e Antunes.

Em meio aos maiores volumes de importação e aos rumores de concessão de descontos por parte das siderúrgicas, os dois analistas do Barclays concluem que não só o segundo ciclo de alta nos preços das commodities mostra-se ameaçado, como também a primeira rodada de reajuste de preços, realizada em julho.

Usiminas: recuperação foi superestimada
Na análise das empresas do setor, o destaque ficou com a Usiminas, que viu tanto o preço-alvo esperado para os próximos 12 meses quanto a recomendação dada aos seus papéis serem revisados para baixo. "Nós superestimamos a velocidade de recuperação na demanda por chapas grossas e, consequentemente, o desempenho operacional da Usiminas. Estávamos errados", explicam Correa e Antunes.

Por conta disso, a dupla informa que voltou a reduzir suas estimativas de Ebitda (geração operacional de caixa) em 11% e 15% para os exercícios de 2010 e 2011. Embora os analistas ainda vislumbrem um longo prazo positivo para as ações da empresa, a expectativa é de que eles permaneçam sendo pressionados no curto prazo.

Outras recomendações
Já as duas outras grandes companhias do setor, o Barclays optou por manter suas premissas inalteradas. Para a CSN (CSNA3), o preço-alvo permaneceu em R$ 36, assim como a recomendação "equal weight". Já para a Gerdau (GGBR4), a cotação esperada para os próximos 12 meses manteve-se em R$ 31, sob sugestão "underweight" (performance abaixo da média do setor nesse intervalo de tempo).