quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fechamento de Mercado


Fechamento no mundo


Na Europa, as principais bolsas da região fecharam o dia em leve queda. Preocupações com a situação financeira da Irlanda, assim como o fraco indicador do PMI, mostrando desaceleração no crescimento da zona do euro, foram alguns dos fatores que trouxeram instabilidade aos mercados.

Em Wall Street, o dia foi de pessimismo para os mercados norte-americanos. Um aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego acima das projeções, assim como o fraco indicador de atividade econômica da zona do euro pressionaram os mercados. A queda só não foi maior devido à divulgação de um aumento nas vendas de imóveis e do índice de indicadores antecedentes, ambos acima das expectativas dos analistas, suavizando as perdas do dia.


Fechamento no Brasil


Mostrando força, em um comportamento oposto às bolsas internacionais, a Bovespa teve uma sessão de ganhos, com um forte volume. O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,69%, aos 68.794,32 pontos.

As ações da Petrobras roubaram a cena e foram um dos destaques do dia, com as preferenciais da estatal fechando em alta de 3,16%, aos 26,80. O mercado fica na expectativa da divulgação do preço final por ação da oferta pública da estatal.

O setor bancário também teve um bom desempenho, após a agência de classificação de risco, Fitch, manter uma perspectiva positiva para os bancos do Brasil.
Bom se destacar também os dados divulgados pelo IBGE, apontando uma taxa de desemprego de 6,7% em agosto, menor taxa mensal apurada desde do início da série histórica, em março de 2002.

JP Morgan reduz estimativas para Minerva e dá preferência para BR Foods no setor

Por: Anderson Figo
22/09/10 - 19h46
InfoMoney


SÃO PAULO - O JP Morgan revisou suas estimativas para a Minerva (BEEF3), avaliando a tendência recente para a indústria de carne bovina no País. De acordo com o banco, a terceira maior companhia brasileira neste setor deverá observar uma contração em suas margens, o que justifica a recomendação neutra às ações.

"As margens devem se contrair, e elas nem estavam tão altas a princípio de conversa", destacaram os analistas Alan Alanis, Sambuddha Ray e Pedro Leduc. De acordo com o JP, a Minerva deverá observar uma redução especialmente em seu Ebitda (geração operacional de caixa) e lucro líquido nos próximos resultados. Neste sentido, o preço-alvo do JP para os papéis da Minerva é de R$ 8,10 para o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 20,8% em relação a cotação de fechamento nesta quarta-feira (22).

Preços da carne e do gado
De acordo com os analistas, os preços internacionais da carne bovina, apesar de estarem em alta, não estão acompanhando o ritmo acelerado dos preços do gado no País. Esse movimento é influenciado, na análise do banco, pelo câmbio desfavorável.

"De fato, os preços brasileiros do gado em dólares são mais caros que aqueles praticados nos Estados Unidos e na Austrália. Se a moeda brasileira permanecer no atual patamar ou se fortalecer ainda mais, o Brasil pode parar de ganhar market share no mercado de carne bovina, como ele tem feito na última década", avaliaram os analistas.

Outro vetor para o segmento de carne bovina no País, segundo o banco, é a perspectiva de crescimento do preço das aves, reduzindo o prêmio histórico entre o custo da carne bovina e de aves. "Nós esperamos que os preços da carne de aves subam, mas se não subirem, não há muito espaço para os produtores domésticos elevarem os preços no mercado interno a fim de proteger suas margens", destacaram os analistas.

Em meio a estas premissas, o JP destacou que vê como mais atrativo o potencial de risco e retorno da Brasil Foods (BRFS3) dentro do setor de alimentos no País.

Receitas, porém, devem subir
Mesmo prevendo uma redução na geração operacional de caixa e no lucro líquido da Minerva neste ano, o banco norte-americano avalia que a receita da companhia deverá apresentar variação positiva - reflexo natural dos melhores preços da carne bovina.

Neste sentido, o JP elevou sua projeção para as vendas líquidas da Minerva para R$ 3,4 bilhões e R$ 4 bilhões, respectivamente, em 2010 e 2011, mas revisou para baixo as expectativas para a margem Ebitda (relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa) da companhia para 6,9% neste ano e 7% em 2011.

"A Minerva melhorou seu perfil de maturidade de débitos, mas em 4,3 vezes a dívida líquida versos o Ebitda ainda permanece elevada. Margens menores e maiores despesas financeiras nos fazem diminuir nossa projeção para os ganhos por ação da empresa em 2011 para R$ 0,69, ante a previsão anterior de R$ 1,05", completaram os analistas.

Indicadores EUA - 11h

EUA; Vendas de casas já existentes: 4,13M; previsão: 4,10M
EUA: Vendas casas existentes (M/M): 7,6%; previsão: 7,1%
EUA: Indicadores antecedentes: 0,3%; previsão: 0,1%

Fonte: Bloomberg