quinta-feira, 24 de março de 2011

UBS eleva preço-alvo para Amil, mas aponta pressões no curto prazo

Por: Equipe InfoMoney
24/03/11 - 15h07
InfoMoney



SÃO PAULO - De olho nos benefícios derivados da integração com a Medial, o banco de investimentos UBS revisou para cima o preço-alvo para as ações da Amil (AMIL3). Assim, Gustavo Oliveira, analista do banco responsável pelo relatório, chegou a um preço-alvo de R$ 19,30 para os papéis da operadora de planos de saúde, o que representa um potencial de valorização de 4,2% com base na última cotação de fechamento. 


No entanto, para Oliveira, , embora haja benefícios com essa operação, estes já estão sendo precificados e a estratégia de capital intensivo envolve alguns riscos que devem ser considerados, por isso a recomendação de venda para os papéis foi mantida.


Resultado fraco
Analisando os números reportados pela Amil no quarto trimestre de 2010, o UBS destaca um resultado fraco e abaixo de suas expectativas. Na leitura do analista, o Ebitda (geração operacional de caixa) recuou, mas não de maneira expressiva, de tal forma que o destaque negativo foi a queda no lucro do período.



Oliveira avalia que as despesas com depreciação e financiamento pesaram no quarto trimestre de 2010, pressionando o lucro da companhia.


Integração com a Medial
Outro ponto destacado pelo analista é a integração da Amil com a Medial. Na visão dele, o processo está funcionando e deve gerar ganhos de sinergia, ainda que a um ritmo lento e, embora a margem Ebitda (relação entre geração operacional de caixa e receita líquida) tenha sido negativa no momento da aquisição, essa união já começa a gerar lucros, o que é positivo.



Porém, os ganhos potenciais com essa integração devem ser limitados, mesmo assumindo melhorias operacionais, uma vez que, no curto prazo, essa estratégia pressiona o ROIC (Return on Invested Capital, ou Retorno sobre o Capital Investido) da empresa e envolve alguns riscos de execução que não podem ser ignorados. Além disso, o analista acredita que os benefícios gerados com essa integração já estão precificados no desempenho da ação.  


Por fim, apesar de os hospitais não serem muito caros, o analista adverte que o capex - despesas de capital - também não baixo, o que constitui-se como um adendo negativo.

Goldman Sachs rebaixa recomendação e preço-alvo para ADRs da TAM

Por: Equipe InfoMoney
24/03/11 - 14h02
InfoMoney



SÃO PAULO - O Goldman Sachs rebaixou sua recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) da TAM (TAMM4), que foi de "compra" para "neutra". Segundo os analistas, a baixa margem operacional da companhia a deixa mais exposta à volatilidade na cotação do petróleo do que outras companhias aéreas da América Latina.


O preço-alvo para as ADRs da companhia aérea também foi revisado para baixo, passando de US$ 31,20 para US$ 24,00,valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 20,12% em relação a cotação do último fechamento.


Exposição ao petróleoOs analistas Eduardo Couto e Tais Correa destacam que as ações da TAM, assim como de outras companhias aéreas, já vinham registrando desempenho abaixo da média do mercado nos últimos três meses, por conta principalmente do aumento da cotação do petróleo no mercado internacional.


Segundo a dupla, embora a perspectiva de longo prazo para o setor continue sendo positiva, o rebaixamento da recomendação dos ADRs aconteceu por conta de três principais fatores: valuation  não atrativo, uma vez que a empresa é negociada em linha com a GOL (GOLL4) ao mesmo tempo em que apresenta menor lucratividade, consenso de mercado "muito elevado" e, por fim, forte sensibilidade a volatilidade da cotação do petróleo.