sexta-feira, 2 de julho de 2010

Cenário Econômico Semanal – 28/Junho a 02/Julho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

A semana foi marcada por quedas expressivas, motivadas pelo noticiário da Europa e da China, além da divulgação de importantes indicadores do mercado imobiliário e de trabalho nos Estados Unidos.

A semana começou com informações que a economia chinesa teria mais dificuldades para retomar seu crescimento. Somente este rumor foi suficiente para espalhar pessimismo pelos mercados na segunda-feira.

No final da tarde de quarta-feira, a agência de classificação de risco Moody's informou que a deterioração da economia espanhola poderia comprometer o rating soberano do país. Logo após a divulgação das notícias, as bolsas reagiram mal e entraram no território negativo.

Nos EUA, os dados seguem mostrando que o setor imobiliário está longe de uma recuperação. A boa notícia ficou com a queda da taxa de desemprego, divulgada na sexta-feira.





Cenário Externo


O primeiro indicador de destaque do mercado imobiliário foi divulgado na terça-feira. O Índice de Preços de Casas S&P Case-Shiller avançou em abril 3,81%, superando as expectativas do mercado. No mesmo dia, a Conferece Board informou que seu indicador de Confiança do Consumidor, de junho, havia caído de 62 para 52,9 pontos.

Na quarta-feira, a ADP divulgou sua pesquisa sobre vagas do mercado de trabalho em junho. De acordo com a instituição, foram gerados no mês passado 13 mil empregos, ante projeção de 59,7 mil. Já a atividade econômica em Chicago ficou praticamente estável.

Na quinta-feira foram conhecidos mais dados do mercado imobiliário. Em junho, de acordo com o Departamento de Comércio, as vendas de casas pendentes caíram 30%, contra resultado anterior de alta de 6%. Já as despesas com construção recuaram 0,2%.

Os dados mais esperados ficaram para sexta-feira. O governo americano informou que a taxa de desemprego no país recuou para 9,5% em junho, contra 9,7% de maio. No período, foram fechados 125 mil postos de trabalho. O número de horas trabalhadas, em média por semana, caiu para 34,1. Já as horas pagas recuaram 0,1%.

Com isso, o Dow Jones perdeu 4,5% aos 9.686,5 pontos. Já o S&P 500 acumulou na semana perda de 5,1% aos 1.022,57 pontos.





Confira os gráficos:











Cenário Interno


As perspectivas da economia brasileira seguem melhorando, de acordo com os analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central para a elaboração do relatório Focus. Segundo o documento, divulgado no início da semana, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá avançar em 2010 7,13%. Além disso, foi reduzida a expectativa do IPCA para 5,55%

Com o fechamento do mês, foram divulgados os resultados finais de junho do IGP-M. O índice, utilizado na correção da maior parte dos contratos de aluguel, seguiu em alta, mas desacelerou para 0,85%.

Na quinta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) informou que a balança comercial brasileira encerrou o primeiro semestre do ano com saldo positivo de US$ 7,88 bilhões. Apesar do superávit, este foi o pior resultado semestral em oito anos.

Assim como em Wall Street, a semana não foi boa para o mercado de ações no Brasil. O principal índice acionário do país, o Ibovespa, acumulou desvalorização de 5,1% aos 61.430 pontos.





Confira o gráfico e também as maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
COPEL
CPLE6
37,07
4,57%
DURATEX
DTEX3
17,20
2,50%
CCR RODOVIAS
CCRO3
37,39
1,85%
BRASKEM
BRKM5
13,10
1,71%
ROSSI RESID
RSID3
13,75
1,48%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
REDECARD
RDCD3
24,57
-12,59%
MMX MINER
MMXM3
10,64
-11,77%
B2W VAREJO
BTOW3
28,88
-11,55%
BMFBOVESPA
BVMF3
11,33
-11,00%
BRADESPAR
BRAP4
32,28
-10,80%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 38,00
3.196.799.872,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,77
1.622.858.736,00
Exploração e/ou refino
BRASIL
BBAS3
R$ 26,50
1.476.590.848,00
Bancos
USIMINAS
USIM5
R$ 49,83
1.041.206.504,00
Siderurgia
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 34,31
1.012.725.488,00
Bancos





Dólar:


Se por um lado a semana foi de forte queda nos mercados acionários, o cambial foi marcado pela volatilidade. No entanto, o dólar encerrou o período acumulando uma leve queda de 0,1%, sendo transacionado a R$ 1,778. Na semana, a moeda chegou a voltar ao patamar de R$ 1,8.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar


Fleury: corretora muda call e espera desempenho abaixo da média do mercado


Por: Equipe InfoMoney
02/07/10 - 18h15
InfoMoney

SÃO PAULO - A Fator Corretora rebaixou sua recomendação aos papéis da Fleury (FLRY3) de hold (manutenção) para underperformance (desempenho abaixo da média do mercado).


Em relatório recente, os analistas Iago Whately e Caio Walter também alteraram para baixo o call para os ativos da Drogasil (DROG3), que passou de compra para manutenção. Ambos os preços-alvo foram mantidos em R$ 19,20 e R$ 35,20, respectivamente, para o final de 2010.


De acordo com os analistas, a Fleury está inserida em um setor promissor, porém, o atual cenário já está precificado na cotação do papel. "A companhia está bem posicionada para ter uma parcela na expansão do mercado de medicina diagnóstica devido às suas economias de escala, à sua eficiência operacional, à qualidade dos serviços e à sua presença em mercados atrativos", disse a Fator.


Drogasil
Apesar de terem revisto para baixo a recomendação da Drogasil, os analistas seguem otimistas. "Nós acreditamos que a performance da economia brasileira, o processo de consolidação que a área de vendas de produtos farmacêuticos está experimentando e os planos de expansão da companhia justificam nossa visão positiva", revelaram os analistas.



Segundo a corretora, contudo, o atual preço da ação da Drogasil já precifica este cenário favorável ao setor. Em relação à parte operacional da empresa, os analistas destacaram que a Drogasil deverá continuar mostrando forte crescimento no número de lojas, mas em ritmo menor que o visto em 2009. Além disso, a Fator não prevê que a companhia irá acelerar o plano de crescimento ou fazer grandes aquisições.


Por fim, os crescentes preços dos medicamentos, na análise da corretora, deverão "ter um efeito positivo na margem bruta em 2010, assim como ocorreu em 2009".

Socopa lista doze ações em carteira recomendada para primeira semana de julho


Por: Equipe InfoMoney
02/07/10 - 15h44
InfoMoney

SÃO PAULO - A Socopa Corretora listou 12 ações em sua carteira recomendada para o período de 1 a 8 de julho, optando por uma maior exposição a papéis dos setores de siderurgia e mineração, bens de capital, e petróleo e gás.


Indicadores da China e dos Estados Unidos reacenderam temores sobre a retomada do crescimento global, como o Employment Report, que apontou a diminuição de 125 mil postos de trabalho norte-americanos em junho, frente à expectativa de corte mais modesto de 100 mil vagas.


"Em meio a esse cenário de incertezas, decidimos manter inalterada nossa carteira recomendada para a primeira semana de junho", afirma a corretora.


Confira as sugestões para o período:
Empresa  Código  Preço-alvo   Upside*Peso
Lojas Americanas  LAME4 R$ 18,40 43,07% 8,9%
PDG Realty PDGR3 R$ 23,50**  51,80% 9,0%
TAM  TAMM4 R$ 45,00  82,92% 8,9%
Cesp CESP6 Em revisão - 8,9%
Vale VALE5 R$ 61,00 59,76% 8,9%
Petrobras  PETR4 R$ 46,00 73,91% 7,3%
Suzano  SUZB5 R$ 23,00 51,81% 7,9%
OGX OGXP3 R$ 24,50** 40,40% 8,4%
Gerdau GGBR4 R$ 36,00 52,41% 6,8%
Randon RAPT4 R$ 14,75 46,62% 8,4%
Confab CNFB4 R$ 7,35 49,39% 8,4%
CSN  CSNA3 R$ 39,50 47,94% 8,2%
*Potencial de valorização com base no fechamento de 1 de julho
** Preço-alvo consenso Thomson Reuters 

Corretora promove duas mudanças para sua carteira Top Five de julho


Por: Equipe InfoMoney
02/07/10 - 15h00
InfoMoney

SÃO PAULO - A Itaú Corretora apresentou sua carteira recomendada Top 5 para o mês de julho, contendo as cinco principais sugestões de investimento para este mês. Em relação à carteira anterior, as novidades são a retirada das ações de Dasa e Cyrela e a inclusão dos papéis de Cosan e Ecorodovias. Marfrig, Pão de Açúcar e Vale completam as sugestões da corretora.


No mês de junho, a carteira Top 5 do Itaú computou alta de 1,39%, com as altas de Dasa (+13,3%) e Pão de Açúcar (+7,68%) ofuscando o desempenho negativo dos papéis da Vale (-11,6%). No mesmo período, o Ibovespa teve queda de 3,35%.


Os analistas da corretora ressaltam a preferência por uma carteira diversificada e com presença nos principais setores da economia, além de contar com pesos em razão do risco-retorno potencial de cada papel.


Empresa Código
Ecorodovias ECOR3
Pão de Açúcar PCAR5
Marfrig MRFG3
Cosan CSAN3
Vale VALE5
EcorodoviasTendo iniciado recentemente a cobertura das ações da companhia com recomendação de compra, a corretora acredita que a companhia esteja bem capitalizada e preparada para continuar diversificando suas operações entre os segmentos de concessões e logística, o que contribui para que a Itaú coloque a empresa como preferência entre as concessionárias de rodovias, cujo setor cresce cerca de 1,5 vezes o PIB (Produto Interno Bruto).


Pão de Açúcar
De acordo com a corretora, as ações serão beneficiadas por um fluxo favorável de notícias acerca de seu negócio com a Casas Bahia. Ademais, os analistas destacam que, embora o setor tenha mostrado forte valorização no primeiro semestre do ano, as indefinições em relação à Casas Bahia fizeram com que os papéis do Pão de Açúcar não aproveitassem esse bom momento, esperando-se assim que a performance deles compense nessa segunda metade de 2010.



Marfrig
Além dos papéis encontrarem-se descontados frente aos seus pares do setor, os analistas destacam que a companhia tornou-se ainda mais diversificada e com uma geração de caixa mais previsível por conta da aquisição da Keystone e também ressaltam a Seara, que tem apresentado melhoras significativas. Por fim, o preço justo foi elevado para R$ 27,20, o que indica um potencial de valorização de 60% frente à cotação de fechamento de quinta-feira (1).



Cosan
A Itaú espera que a conclusão da joint venture com a Shell seja anunciada em breve seja bem recebida pelos investidores, já que tornará a empresa uma opção de investimento mais defensiva - com cerca de 60% de sua geração de caixa passando a ser proveniente de operações não-cíclicas, como distribuição de combustíveis, logística e co-geração. O preço justo de R$ 33 indica um upside de 44,7% em relação ao seu último fechamento.



ValeEmbora o cenário instável para os preços do minério de ferro no curto prazo aumenta em parte a cautela em relação à companhia, a corretora sustenta seu otimismo nas perspectivas de médio e longo prazo, onde ela espera uma recuperação no consumo entre o final de 2010 e o começo de 2011, guiado principalmente pela China. Negociadas com múltiplos bastante atraentes, as ações da mineradora continuam sendo "uma das melhores opções no segmento de recursos naturais".