Por: Equipe InfoMoney
16/04/10 - 19h14
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SÃO PAULO - Apostando no ingresso de novos alunos e em menores índices de inadimplência, o Credit Suisse revisou suas estimativas diante das companhias que compõem o setor educacional brasileiro, atribuindo a todas elas a recomendação "outrperform" (performance acima da média do mercado), à exceção da Kroton, cuja sugestão foi rebaixada para "underperform" (abaixo da média do mercado).
Principal driver de expansão desse segmento, o processo de consolidação deve ganhar mais força nesse novo ano, já que em 2009 as fusões e aquisições não ocorreram com tanta intensidade - principalmente por conta do agravamento da crise financeira, que inibiu essas companhias de manterem a estratégia agressiva de expansão.
Contudo, de acordo com os analistas do banco, Luiz Otávio Campos e Natália Lacava, o cenário macroeconômico atual do País torna o ambiente mais propício para esses tipos de operações, levando em conta também que é esperado um maior fluxo de alunos para os próximos anos - acompanhando o desenvolvimento do Brasil - e menores índices de inadimplência.
EAD e FIESNão é só de crescimento horizontal que se baseia o otimismo da dupla de especialistas do Credit. Além da retomada do processo de consolidação, eles apontam a modalidade EAD (Ensino a Distância) como o mais importante propulsor do crescimento orgânico do setor.
No entanto, para que isso se torne realidade, a dupla ressalta que o EAD precisa ter um preço que seja atrativo para o segmento da população que possui um rendimento entre 1 e 2 salários mínimos. Além disso, é necessário que essas empresas consigam conquistar aquela fatia de possíveis clientes do serviço que ainda mostram-se receosos com a qualidade desse programa.
Outro ponto que deverá beneficiar o setor em 2010 são as melhores normas a serem adotadas pelo FIES (Financiamento Estudantil), tornando o programa mais atrativo aos estudantes. Dentre as regras modificadas, os destaques ficam com a diminuição na taxa de juros do financiamento - que caiu de 6,5% ao ano para 3,5% - e o aumento da duração do contrato para até o triplo de tempo para a conclusão do curso escolhido pelo aluno.
Contudo, crescimento deverá ser limitado
Mesmo com todo esse otimismo tanto na esfera de F&A quanto na evolução operacional das empresas educacionais, a dupla de especialistas do Credit ressalta que o crescimento a ser registrado em 2010 deverá ficar bem abaixo do potencial desse setor.
Na visão de Luiz e Natália, as recentes pressões exercidas por orgãos reguladores e o fechamento de algumas unidades de ensino provavelmente elevaram a preocupação dos estudantes, o que acaba limitando a publicidade boca-a-boca, onde o cliente, satisfeito e orgulhoso do serviço que está utilizando, acaba falando bem dele para outras pessoas, fazendo assim uma divulgação do cento de ensino.
Recomendações e comentários:
*Preço-alvo esperado para os próximos 12 meses
** Calculado frente ao fechamento desta última sexta-feira (16)
Principal driver de expansão desse segmento, o processo de consolidação deve ganhar mais força nesse novo ano, já que em 2009 as fusões e aquisições não ocorreram com tanta intensidade - principalmente por conta do agravamento da crise financeira, que inibiu essas companhias de manterem a estratégia agressiva de expansão.
Contudo, de acordo com os analistas do banco, Luiz Otávio Campos e Natália Lacava, o cenário macroeconômico atual do País torna o ambiente mais propício para esses tipos de operações, levando em conta também que é esperado um maior fluxo de alunos para os próximos anos - acompanhando o desenvolvimento do Brasil - e menores índices de inadimplência.
EAD e FIESNão é só de crescimento horizontal que se baseia o otimismo da dupla de especialistas do Credit. Além da retomada do processo de consolidação, eles apontam a modalidade EAD (Ensino a Distância) como o mais importante propulsor do crescimento orgânico do setor.
No entanto, para que isso se torne realidade, a dupla ressalta que o EAD precisa ter um preço que seja atrativo para o segmento da população que possui um rendimento entre 1 e 2 salários mínimos. Além disso, é necessário que essas empresas consigam conquistar aquela fatia de possíveis clientes do serviço que ainda mostram-se receosos com a qualidade desse programa.
Outro ponto que deverá beneficiar o setor em 2010 são as melhores normas a serem adotadas pelo FIES (Financiamento Estudantil), tornando o programa mais atrativo aos estudantes. Dentre as regras modificadas, os destaques ficam com a diminuição na taxa de juros do financiamento - que caiu de 6,5% ao ano para 3,5% - e o aumento da duração do contrato para até o triplo de tempo para a conclusão do curso escolhido pelo aluno.
Contudo, crescimento deverá ser limitado
Mesmo com todo esse otimismo tanto na esfera de F&A quanto na evolução operacional das empresas educacionais, a dupla de especialistas do Credit ressalta que o crescimento a ser registrado em 2010 deverá ficar bem abaixo do potencial desse setor.
Na visão de Luiz e Natália, as recentes pressões exercidas por orgãos reguladores e o fechamento de algumas unidades de ensino provavelmente elevaram a preocupação dos estudantes, o que acaba limitando a publicidade boca-a-boca, onde o cliente, satisfeito e orgulhoso do serviço que está utilizando, acaba falando bem dele para outras pessoas, fazendo assim uma divulgação do cento de ensino.
Recomendações e comentários:
Empresa | Ação | Preço-alvo* | Upside** | Sugestão | Comentário do Credit Suisse |
Anhanguera Educacional | AEDU11 | R$ 34,00 | 34,39% | Outperform | A empresa possui uma posição segura dentro do cenário de crescimento do setor, favorecendo a manutenção da recomendação. |
Estácio Participações | ESTC3 | R$ 29,00 | 38,10% | Outperform | Mantendo a confiança na recuperação das atividades da companhia, os analistas reiteraram a sugestão das ações e elevaram o preço-alvo. |
SEB | SEBB11 | R$ 28,00 | 21,74% | Outperform | Bons resultados no 4T09 e perspectivas favoráveis em relação ao seu segmento de ensino fizeram os analistas do Credit elevarem o preço-alvo de R$ 26 para R$ 28. |
Kroton | KROT11 | R$ 18,00 | 8,24% | Underperform | Os números muito fracos em 2009, somados com os riscos atrelados a grandes aquisições, deverão pressionar os papéis da companhia, até que sinais de recuperação nos lucros fiquem mais evidentes. Diminuindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 18, o banco também rebaixou a sugestão para UW. |
** Calculado frente ao fechamento desta última sexta-feira (16)