SÃO PAULO - Após reunião de analistas com a Usiminas (USIM5), os especialistas do Santander, Felipe Reis e Alex Sciacio, seguem pessimistas com a empresa e reiteraram a recomendação de performance abaixo do mercado (underweight) para as ações da empresa.
"Não vemos motivo para ficarmos nem mesmo marginalmente mais otimistas em relação à empresa, considerando os fracos resultados do quarto trimestre de 2011, o momento ruim das vendas de aços planos no mercado interno, seu baixo poder de colocação de preços e os custos ainda altos", explicam os analistas.
Entre os fatores expostos pela empresa, e que contribuíram para a avaliação ruim por parte dos analistas, estão os resultados do quarto trimestre, que devem ser bastante fracos, com margem Ebitda consolidada provavelmente atingindo apenas um dígito. A alavancagem deve continuar avançando, com índice dívida líquida/Ebitda superando 3,0 vezes nos últimos três meses do ano.
"Dessa forma, a Usiminas está cogitando a possibilidade de vender alguns ativos, provavelmente a divisão de autopeças, a Automotiva Usiminas, e ativos imóveis secundários", reforçam Reis e Sciacio.
"Não esperamos qualquer melhoria significativa"
As perspectivas ruins para os resultados dos primeiros três meses de 2012 também contribuem para a análise negativa do Santander. O desempenho das vendas foi fraco em janeiro e não há espaço para alta de preços, segundo informou a empresa ao banco.
Sobre as especulações de que a Ternium faria mudanças na administração da Usiminas, os analistas comentam que "mesmo acreditando que possam ocorrer mudanças nos cargos principais, não esperamos qualquer melhoria significativa em seu desempenho operacional como resultado".
Por fim, e avaliada como a siderúrgica mais cara no Brasil pelo Santander, a dupla de analistas coloca preço alvo de Usiminas em R$ 12,00, um upside de 9,48%, frente ao último fechamento de R$10,96.