Por: Equipe InfoMoney
17/06/10 - 20h18
InfoMoney
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SÃO PAULO - Os fundos de renda fixa seguem ampliando sua participação no patrimônio líquido total, consolidando ainda mais sua liderança no mercado brasileiro. Além da forte captação registrada pela categoria, o fator rentabilidade também tem pesado a favor da trajetória vista nesse ano.
Verificando os dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta quinta-feira (18), identificamos através da rentabilidade ponderada de cada categoria existente na indústria brasileira de fundos que os fundos de renda fixa mostram a melhor performance do ano, acumulando até o último dia 14 de junho ganhos de 4,73%.
Logo atrás, surgem os fundos multimercados, os referenciados DI e os de curto prazo, com desempenhos positivos em 4,42%, 3,87% e 3,79%, respectivamente. Na ponta negativa, destaque para a categoria de investimentos em ações, com perdas de 3,6% - a única com variação negativa no ano.
Metodologia
Para chegarmos a estes números, relacionamos a performance de cada subcategoria com a sua respectiva participação dentro de sua categoria. Para facilitar a compreensão, tomemos como exemplo a categoria "Renda Fixa". Ela é composta por três subcategorias distintas: Referenciados Outros, Renda Fixa e Renda Fixa Médio e Alto Risco. O patrimônio líquido de cada uma delas representa uma participação de 0,25%, 94,28% e 5,47%, respectivamente, do PL total dos fundos de renda fixa.
Os números fornecidos pela Anbima mostram que, até o último dia 14 de junho, as três subcategorias tiveram uma rentabilidade positiva de 6,04%, 4,75% e 4,28%, na mesma ordem. Multiplicando o desempenho de cada uma delas pelas suas respectivas participações e somando o resultado final, chegaremos a 4,73%, que indica a rentabilidade ponderada da categoria Renda Fixa.
O quadro abaixo demonstra a explicação:
Analisando esses números, podemos concluir que, independente da performance relatada pelas subcategorias "Referenciado Outros" e "Renda Fixa Médio e Alto Risco", o principal determinante para a performance da categoria renda fixa será a subcategoria homônima, já que esta corresponde a quase 95% do PL desses fundos.
Outros destaques
Dessa forma, fica mais fácil descobrir por que, apesar da rentabilidade divergente das duas subcategorias de fundos cambiais - até o dia 14 de junho, a subcategoria cambial dólar detinha ganhos de 4,1%, ao passo que a cambial euro mostrava perdas de -10,1% -, a rentabilidade ponderada da categoria encontra-se positiva em 3,3%. O motivo: os fundos focados na moeda norte-americana possuem uma robusta participação de 94,3% sobre o PL da categoria, enquanto os investimentos atrelados à divisa europeia respondem pelos 5,74% restantes.
Observando agora os fundos multimercados, percebemos que, embora todas as 10 subcategorias apresentem variação positiva no desempenho em 2010, a rentabilidade ponderada desses fundos (+4,42%) gira próximo dos ganhos de 4,29%, 4,16% e 5,15%, correspondentes às subcategorias "Multiestratégia", "Juros e Moedas" e "Macro", respectivamente. As participações delas sobre o PL são, na mesma ordem, de 46,9%, 21,7% e 20,7%.
Fundos de ações fogem à regra
Fugindo à regra, os fundos de ações mostram que nem sempre a subcategoria com maior participação é o principal determinante para a performance global do segmento. Com uma fatia de 35,3% sobre o PL da categoria, os "Fundos Fechados de Ações" respondem por uma performance positiva de 2,5% neste ano, segundo dados da Anbima. Contudo, o cálculo da rentabilidade ponderada mostra que os fundos de ações registram perdas de 3,6%.
Isso ocorre porque os 64,7% de PL restante, distribuídos em outras 17 subcategorias, têm mostrado resultados negativos em seus investimentos de 2010. Nesse quesito, o destaque fica com os dois fundos especialmente focados na Petrobras (PETR3), que juntos somam 6,6% de participação no segmento e acumulam rentabilidade negativa de mais de 18,5% cada. Vale mencionar que os papéis PN da petrolífera acumulam perdas de 18,1% em 2010 - até o dia 14 de junho.
Logo atrás, surgem os fundos multimercados, os referenciados DI e os de curto prazo, com desempenhos positivos em 4,42%, 3,87% e 3,79%, respectivamente. Na ponta negativa, destaque para a categoria de investimentos em ações, com perdas de 3,6% - a única com variação negativa no ano.
Metodologia
Para chegarmos a estes números, relacionamos a performance de cada subcategoria com a sua respectiva participação dentro de sua categoria. Para facilitar a compreensão, tomemos como exemplo a categoria "Renda Fixa". Ela é composta por três subcategorias distintas: Referenciados Outros, Renda Fixa e Renda Fixa Médio e Alto Risco. O patrimônio líquido de cada uma delas representa uma participação de 0,25%, 94,28% e 5,47%, respectivamente, do PL total dos fundos de renda fixa.
Os números fornecidos pela Anbima mostram que, até o último dia 14 de junho, as três subcategorias tiveram uma rentabilidade positiva de 6,04%, 4,75% e 4,28%, na mesma ordem. Multiplicando o desempenho de cada uma delas pelas suas respectivas participações e somando o resultado final, chegaremos a 4,73%, que indica a rentabilidade ponderada da categoria Renda Fixa.
O quadro abaixo demonstra a explicação:
Subcategorias de fundos de renda fixa | PL (em R$ bilhões) | Participação no PL da categoria (1) | Rentabilidade no ano (até 14/06/2010) (2) | Rentabilidade Ponderada* |
Referenciado Outros | R$ 1,05 | 0,3% | +6,04% | +0,02% |
Renda Fixa | R$ 395,99 | 94,3% | +4,75% | +4,48% |
Renda Fixa Médio e Alto Risco | R$ 22,97 | 5,4% | +4,28% | +0,23% |
Total | R$ 420,01 | 100% | - | +4,73% |
*Rent. Pond. = (1) x (2) Fonte: Anbima |
Analisando esses números, podemos concluir que, independente da performance relatada pelas subcategorias "Referenciado Outros" e "Renda Fixa Médio e Alto Risco", o principal determinante para a performance da categoria renda fixa será a subcategoria homônima, já que esta corresponde a quase 95% do PL desses fundos.
Outros destaques
Dessa forma, fica mais fácil descobrir por que, apesar da rentabilidade divergente das duas subcategorias de fundos cambiais - até o dia 14 de junho, a subcategoria cambial dólar detinha ganhos de 4,1%, ao passo que a cambial euro mostrava perdas de -10,1% -, a rentabilidade ponderada da categoria encontra-se positiva em 3,3%. O motivo: os fundos focados na moeda norte-americana possuem uma robusta participação de 94,3% sobre o PL da categoria, enquanto os investimentos atrelados à divisa europeia respondem pelos 5,74% restantes.
Observando agora os fundos multimercados, percebemos que, embora todas as 10 subcategorias apresentem variação positiva no desempenho em 2010, a rentabilidade ponderada desses fundos (+4,42%) gira próximo dos ganhos de 4,29%, 4,16% e 5,15%, correspondentes às subcategorias "Multiestratégia", "Juros e Moedas" e "Macro", respectivamente. As participações delas sobre o PL são, na mesma ordem, de 46,9%, 21,7% e 20,7%.
Fundos de ações fogem à regra
Fugindo à regra, os fundos de ações mostram que nem sempre a subcategoria com maior participação é o principal determinante para a performance global do segmento. Com uma fatia de 35,3% sobre o PL da categoria, os "Fundos Fechados de Ações" respondem por uma performance positiva de 2,5% neste ano, segundo dados da Anbima. Contudo, o cálculo da rentabilidade ponderada mostra que os fundos de ações registram perdas de 3,6%.
Isso ocorre porque os 64,7% de PL restante, distribuídos em outras 17 subcategorias, têm mostrado resultados negativos em seus investimentos de 2010. Nesse quesito, o destaque fica com os dois fundos especialmente focados na Petrobras (PETR3), que juntos somam 6,6% de participação no segmento e acumulam rentabilidade negativa de mais de 18,5% cada. Vale mencionar que os papéis PN da petrolífera acumulam perdas de 18,1% em 2010 - até o dia 14 de junho.