quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

HSBC corta preço-alvo da Petrobras, mas recomenda "acumular posições"

Por: Anderson Figo
26/01/11 - 16h12
InfoMoney


SÃO PAULO - "Riscos regulatórios, atraso na capitalização e subsequente diluição nos resultados pesaram fortemente na Petrobras (PETR3PETR4), transformando-a na segunda pior performance entre as companhias de petróleo e gás desde janeiro de 2008 e a pior desde janeiro de 2010". Esta é a análise de Anisa Redman, do HSBC, que rebaixou nesta quarta-feira (26) seu preço-alvo para as ações da estatal, mas manteve o otimismo em relação ao futuro da companhia.


O novo target do banco para as ações PETR3 é de R$ 42, frente aos R$ 48 estipulados anteriormente. Da mesma forma, o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, listados na bolsa de Nova York, foi rebaixado de US$ 55 para US$ 50 ao final de 2011. Mesmo assim, Anisa reiterou a recomendaçãooverweight (desempenho acima da média do mercado) para os papéis da petrolífera.


Performance negativa dos ativosDe acordo com a analista do HSBC, a performance negativa das ações da Petrobras nos últimos anos reflete as incertezas que rondaram e ainda rondam a mente dos investidores diante dos últimos acontecimentos relevantes envolvendo a companhia, como o processo de capitalização, as descobertas no pré-sal e o novo marco regulatório do setor.


Assim, de acordo com Anisa, as ações da estatal acumulam uma performance bastante inferior à auferida por seus pares globais. "O mercado já está precificando os efeitos da diluição advinda da capitalização concluída em outubro de 2010 e as incertezas sobre a estratégia de negócios da Petrobras, além de sua habilidade em financiar os ambiciosos planos de crescimento, em nossa visão", destacou o HSBC em relatório.


O resultado disso pode ser visto nas tabelas abaixo, elaboradas pelo HSBC. Na primeira, o comparativo da performance das ações da Petrobras entre 1 janeiro de 2008 e 19 de janeiro de 2011 com os papéis de seus pares globais, bem como com o Ibovespa e com os índices MSCI Brazil e MSCI GEM, criados pelo Morgan Stanley.

Já a segunda tabela faz a mesma comparação, porém, entre as performances do período de 1 de janeiro de 2010 e 19 de janeiro de 2011. "Apesar do avanço auferido nas primeiras três semanas deste ano, a ação tem queda de 18% desde 1 de janeiro de 2010. Desde os tempos pré-crise financeira em janeiro de 2008 até o momento, a Petrobras teve a segunda pior performance, com baixa de 36%, atrás apenas da Gazprom", destacou Anisa.


Mercado está exagerando?Mesmo diante deste desempenho, a analista do HSBC avalia que o "mercado parece estar assumindo premissas negativas irreais". De acordo com Anisa, os investidores devem estar considerando uma das seguintes premissas em seus valuations: preço do barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Nova York, a US$ 71 durante os próximos anos; volume de produção 16% menor do que o target da companhia; capex 13% maior por ano; custos de extração 24% maiores por ano; uma taxa livre de risco de 9,5% na perpetuidade; ou uma parcela do governo de 21% no valor do barril de petróleo Brent frente à média histórica de 18%.


"Entretanto, nós acreditamos que uma companhia com o potencial de produção da Petrobras com as taxas de crescimento acima da média (em termos de capacidade absoluta de produção) deve ser avaliada por sers fundamentos, muito além de seus múltiplos financeiros de curto prazo", disse a analista do HSBC.


O banco acredita que a companhia vai se beneficiar nos próximos meses de um fluxo positivo de notícias, dentre as quais estão incluídos novos dados acerca da produção no campo piloto de Tupi e novidades acerca das áreas de Guará-Norte e Cernambi, além de futuros anúncios positivos sobre as taxas das operações registradas no pré-sal. Anisa ressaltou ainda como drivers favoráveis às ações da estatal a finalização da licitação para novas plataformas e sucesso em futuras emissões de bônus ao final deste ano.


Somado a isso, a analista também acredita que a melhora no cenário macroeconômico brasileiro também dará suporte para um fluxo de notícias positivas à Petrobras. "O Brasil vai continuar a atrair interesse por parte das companhias internacionais de petróleo, dada a viabilidade das inumeras oportunidades de seu meio-ambiente em relação a qualquer outra parte do globo, a despeito das preocupações acerca das prioridades do governo. Petróleo e Gás é um setor vital para o governo em seu duplo papel tanto como acionista da Petro quanto como entidade que colhe os impostos para gerar receitas para o Orçamento", concluiu o HSBC.

Spinelli adiciona GOL, HRT e Gerdau em carteira recomendada para a semana

Por: Equipe InfoMoney
26/01/11 - 14h55
InfoMoney


SÃO PAULO - A Spinelli divulgou sua carteira recomendada para a última semana de janeiro, optando pela exclusão das ações de Bicbanco (BICB4), ALL (ALLL3) e Lojas Americanas (LAME4), cedendo lugar aos papéis de GOL (GOLL4), HRT Petróleo (HRTP3) e Gerdau (GGBR4). 


Segundo analistas, o fraco desempenho das bolsas na última semana foi resultado da alta das commodities e da pressão inflacionária observada não apenas no Brasil. Para esta semana, além dessas preocupações, a questão da valorização do câmbioganha destaque no cenário doméstico.


Já no cenário internacional, os mercados devem seguir atentos à reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) nesta quarta-feira (26) e à possibilidade de nova elevação da taxa de compulsórios e dos juros por parte do governo chinês.


Desempenho anteriorNa última semana, a carteira sugerida da corretora marcou desvalorização de 2,79%, resultado pior do que o do Ibovespaque recuou 2,55% no período. A rentabilidade acumulada do portfólio nas 42 semanas desde sua primeira divulgação é de alta de 10,73%, contra queda de 3,06% do índice.


Confira as recomendações para a semana:
AçãoCódigoPreço Justo*Upside1
GOL PNGOLL4R$ 35,0836,2%
HRT Petróleo ONHRTP3R$ 1.952,979,7%
Gerdau PN GGBR4R$ 34,00 **51,1%
AmBev PN AMBV4R$ 47,844,4%
MMX ON MMXM3R$ 16,4652,4%
Potencial de valorização calculado com base no fechamento de 24 de janeiro
* Consenso Bloomberg
** Preço-alvo Spinelli

GOL
No quarto trimestre de 2010, a demanda por vôos da companhia cresceu 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que é um fato positivo, segundo a Spinelli. A corretora acredita que, após fraco desempenho na semana passada e com a tendência de valorização do real mais acentuada, as ações da GOL devem ter performance melhor do que o Ibovespa no período. 

HRT Petróleo"Apesar da valorização desde o IPO (Initial Public Offering), as ações encontram-se ainda significativamente descontadas em relação às pares quando considerados os múltiplos de valor de mercado/recursos potenciais, razão pela qual recomendamos sua compra ", afirmou a corretora, justificando a escolha.

Gerdau
A empresa está se esforçando para reduzir suas despesas, especialmente diante de um cenário difícil para a siderurgia. O cenário mais benigno para aços longos e a melhora em cimento até 2014, impulsionada pelo crescimento do consumo no setor de construção civil devem contribuir para o bom desempenho das ações, segundo a Spinelli.  

AmBev
A empresa, que é considerada uma boa pagadora de dividendos, aprovou o desdobramento de 1 para 5 ações. Para a corretora, esse movimento deve contribuir para a manutenção da tendência de alta de suas ações no curto prazo. 

MMX
O fraco desempenho dos ativos da empresa é "injustificado", conforme avaliação da Spinelli, abrindo uma oportunidade para posicionamentos. Os pontos positivos da empresa são sua estrutura logística privilegiada, possibilitando a consolidação dos ativos minerários da região da Serra Azul e os melhoramentos implantados na planta de beneficiamento do Ipê, no terceiro trimestre do último ano, durante a sua manutenção. 

Santander inicia cobertura de Renova Energia com recomendação de compra

Por: Equipe InfoMoney
26/01/11 - 12h05
InfoMoney


SÃO PAULO – O Santander iniciou a cobertura da Renova Energia (RNEW11) com visão positiva da empresa, destacando o potencial de crescimento do setor eólico no Brasil, o desempenho nos leilões de energia eólica e os projetos previstos.


A recomendação concedida foi de compra, com preço-alvo para o final de 2011 de R$ 30,45, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 36,79% em relação ao último fechamento.


Setor em expansão
Os analistas Márcio Prado, André Rezende e Maria Carolina Carneiro lembram que a energia eólica foi a tecnologia de oferta de energia que mais cresceu no mundo na última década.



Entretanto, a avaliação é que o Brasil encontra-se defasado em relação a essa tendência, com o Governo estimando que a capacidade de energia eólica irá quadruplicar nos próximos 10 anos. Assim, mesmo considerando a alta competitividade do setor, a perspectiva é positiva para a Renova, com a equipe julgando como conservadora essas estimativas do Governo.


Leilões, projetos e parceriasOutro ponto destacado pelos analistas é o bom desempenho da Renova nos leilões de energia eólica no Brasil, com a empresa figurando como principal vencedora. Assim, a empresa vem estabelecendo importantes parcerias com fornecedores, certificadores e bancos. “Acreditamos que essas parcerias continuarão a proporcionar uma importante vantagem competitiva para a empresa em leilões futuros”, afirma a equipe do Santander.


Ademais, os analistas citam que a Renova garantiu locais atrativos para a implantação de usinas eólicas no estado da Bahia. Sobre os novos projetos, a expectativa é que a empresa continue a obter retornos excessivos em seus novos projetos, em função de seu fator de carga acima da média e de suas parcerias.


Os analistas lembram também que através de seu recente IPO (oferta pública inicial), a Renova conseguiu consolidar sua base acionária e assegurar capitalização para desenvolver seus projetos eólicos. “Com uma forte base de acionistas e acesso a capital, acreditamos que a Renova irá desenvolver uma parte substancial de sua carteira de projetos”, afirmam.


RiscosPor fim, a equipe do Santander cita alguns riscos para o investimento na Renova. Licenças ambientais, obras, financiamento, investimentos não planejados, venda de energia, crédito, e risco eólico são fatores que podem prejudicar o desempenho das ações da Renova.