terça-feira, 12 de abril de 2011

Barclays não vê perspectivas boas para siderurgia e recomenda mineradoras

Por: Equipe InfoMoney
12/04/11 - 12h02
InfoMoney



SÃO PAULO - Os analistas do Barclays Capital são taxativos em declarar sua preferência por empresas de mineração em detrimento das produtoras de aço, discordando dos que já defendem o retorno do posicionamento em ações das siderúrgicas brasileiras.


Para Leonardo Correa e Renato Antunes, enquanto "alguns prospectos para o setor indicam melhora nos próximos trimestres, nós alertamos investidores acerca do risco de decepção com resultado e a deterioração das notícias para o setor" de siderurgia.


A dupla alerta que o momentum do preço do aço no mercado internacional perde fôlego e ao mesmo tempo o setor ainda sofre com uma pressão de custos de produção.


Câmbio e queda de competitividade
Para completar, as siderúrgicas brasileiras saem prejudicadas da valorização do real, que, segundo o Barclays, já é tida como inevitável pelo Governo, o que aumenta ainda mais a base de custos do aço produzido no País, em relação ao dólar.



Frente a este cenário, Correa e Antunes calculam um prêmio médio de 4% para o aço plano, antes do reajuste esperado de preços, que quando ocorrer deve elevar o prêmio para cerca de 10%, e não mais que isso, sendo improvável ainda um novo reajuste no horizonte próximo.


Usiminas não entusiasma
Ao analisar especificamente a Usiminas (USIM3,USIM5), a dupla prevê a geração de ROIC (Retorno sobre Capital Investido) entre 5% e 9% entre 2011 e 2014, bem abaixo do WACC (custo médio ponderado do capital) estimado em 11%. 



Na hora de concluir o valuation, Correa e Antunes discordam que as ações da Usiminas devem ficar em linha com o valor de reposição (R$ 32,50), embora reconheçam a importância da ferramenta. Para a dupla, a ausência de perspectiva de entrega de EVA (ValorEconômico Agregado) justifica esta leitura.


Preferências do setor
Dessa forma, a Usiminas fica atrás de Gerdau Metalúrgica (GOAU4), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) na preferência do Barclays dentre as siderúrgicas nacionais.

HSBC reduz exposição a commodities em carteira para o 2º trimestre

Por: Anderson Figo
12/04/11 - 11h19
InfoMoney



SÃO PAULO - Com perspectiva de que as ações globais podem se manter voláteis nos próximos meses, o HSBC divulgou sua carteira recomendada para o segundo trimestre deste ano. Em relação ao portfólio sugerido nos três primeiros meses de 2011, o banco optou por manter apenas os papéis da CCR (CCRO3) e da OdontoPrev (ODPV3).


Assim, para o período que compreende abril a junho, o HSBC acrescentou em sua lista de recomendações os papéis de Itaú Unibanco (ITUB4), AmBev (AMBV4), Lojas Renner (LREN3), AES Tietê (GETI3), OGX Petróleo (OGXP3) e São Martinho (SMTO3).


"Recomendamos uma rotação setorial para o segundo trimestre deste ano, com um distanciamento dos nomes de commodities (anteriormente overweight - expectativa de performance acima da média) e entrando em instituições financeiras, consumo e varejo (anteriormente underweight - expectativa de desempenho abaixo da média). Continuamos a recomendar apostas com proteção contra a inflação e mantemos a recomendação underweight em construtoras", destacaram os analistas Alexandre Gartner e Francisco Vanzolini.


Desempenho
No portfólio do HSBC para o primeiro trimestre deste ano, duas das ações recomendadas tiveram desempenho inferior ao mercado: os papéis PNA da Vale (VALE5) e PN da Gerdau (GGBR4).



Os analistas explicam que o ativo da mineradora foi afetado por problemas de governança corporativa a respeito da substituição do CEO (Chief Executive Officer) Roger Agnelli e mudanças potenciais no conselho de administração.


Por outro lado, segundo Gartner e Vanzolini, as ações ON da SLC Agrícola (SLCE3), ON da OdontoPrev e PN da Petrobras (PETR4) foram as que deram as maiores contribuições positivas para o portfólio, com altas de 14%, 7% e 6%, respectivamente, no período em questão.


A carteira do HSBC para o 1T11 teve performance positiva de 1,1%, enquanto o Ibovespa subiu 1,3% entre janeiro e março.


"Desde sua criação, em 25 de junho de 2010, nossa lista recomendada de ações, se medida em uma carteira com pesos equitativos, teria retornado 31,4%, em comparação a 7,6% do Ibovespa", disseram os analistas do banco.


Confira as recomendações do HSBC para o 2T11:
EmpresaCódigoRecomendação
Itaú UnibancoITUB4Overweight*
Lojas RennerLREN3Overweight
AmBevAMBV4Overweight
OdontoPrevODPV3Overweight
CCRCCRO3Overweight
AES TietêGETI3Neutro
OGX PetróleoOGXP3Overweight
São MartinhoSMTO3Neutro
* Perspectiva de desempenho em linha com a média do mercado


Itaú Unibanco
De acordo com os analistas do HSBC, caso sejam anunciadas mais medidas macroprudenciais significativas pelo BC brasileiro, a tese de comprar ações do setor financeiro é atrativa.



Lojas Renner
A análise de Gartner e Vanzolini é de que as ações LREN3 proporcionam exposição ao ciclo de revisão para cima no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e, ao mesmo tempo, oferecem um isolamento das classes de renda mais baixas.



AmBev
O papel da AmBev, segundo o HSBC, é uma aposta defensiva contra a inflação. Além disso, os analistas do banco chamam atenção para o poder de colocação de preços da empresa em um ambiente de emprego forte e ganhos salariais reais.



São Martinho
As ações SMTO3 foram adicionadas no portfólio do banco, apesar da intenção de se manter longe das commodities no 2T11. Isso porque, segundo os analistas, a empresa representa a mais importante produtora de açúcar e etanol no Brasil, além do fato de que as recentes baixas tornaram o papel uma oportunidade de compra.



AES Tietê
Segundo o HSBC, a companhia representa uma das maiores apostas diretas contra a inflação no Brasil, com volumes de venda totalmente contratados e preços 100% indexados ao IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), o qual o banco espera que chegue em 7% em 2011.



OGX Petróleo
Por fim, Gartner e Vanzolini afirmam que a recomendação dos papéis da OGX Petróleo decorre dos importantes catalisadores no curto prazo para a ação.  

Operação de VENDA para 13/04/2011

VENDA de PETR4
Condição de entrada: rompimento dos R$ 26,50
Condição de stop: rompimento dos R$ 28,85
Motivo da operação: Rompimento de fundo anterior com aumento no volume.
Tipo da operação: Swing  trade médio.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 25,00.