quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em semana mais curta, bolsas acumulam alta

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal - 18 a 20/Abril/2011
Em semana mais curta, bolsas acumulam alta




Em uma semana mais curta devido ao feriado da Semana Santa, os mercados acionários do Brasil e dos Estados Unidos acumularam ganhos. As bolsas americanas ainda funcionam na quinta-feira (21), enquanto a brasileira fecha por conta do feriado de Tiradentes.

O período, apesar de curto, foi bastante agitado. A notícia que mais agitou o mercado foi a decisão da Standard & Poor's de qualificar a rating da dívida americana para negativo, apesar de manter a nota em AAA.

No entanto, os mercados conseguiram reagir nos dias seguintes com boas notícias, entre elas o resultado positivo acima do esperado da fabricantes de chips para computadores Intel.





Cenário Externo


Na segunda-feira, logo antes da abertura do mercado, a notícia que caiu como uma bomba em Wall Street e teve efeitos em todo o mundo. A agência de classificação de risco Standard & Poor's resolveu rever perceptivas para os EUA e rebaixou a situação do rating do país de estável para negativa. No entanto, a nota se manteve em AAA. No mesmo dia, destaque  para o Índice da confiança do setor imobiliário, que caiu de 17 para 16 pontos em abril. As informações são da Associação dos Construtores de Imóveis do país.

No pregão de terça-feira, o destaque para o número de casas iniciadas em março, que teve alta de 7,2% para uma taxa anual de 549 mil, com as permissões de construção avançando 11,2%. Os dados são do Departamento de Comércio.

Já na quarta-feira, foi divulgado que as vendas de casas existentes, no mês de março, tiveram alta de 3,7% e atingiram uma taxa anual, com ajuste sazonal de 5,1 milhões de unidades. As informações são da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis. O resultado ficou acima da expectativa do mercado, que era de 5,0 milhões. Os números de fevereiro foram revisto de queda de 9,6% para 8,9%, ficando em 4,92 milhões de unidades.

Com isso, em três dias o Dow Jones acumulou alta de 0,9% aos 12.253,5 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,8% aos 1.330,36 pontos. A quinta-feira será o último dia útil na semana americana.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


No Brasil, a balança comercial segue com resultado positivo e registrou na terceira semana de abril superávit de US$ 251 milhões. No período as exportações foram de US$ 4,768 bilhões e as importações de US$ 4,517 bilhões. Além disso, o IPC-S de 15 de abril de 2011 apresentou variação de 0,83%, 0,06 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.

Na terça-feira, a FGV informou que o seu Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que variou 0,55%, no segundo decêndio do mês de abril. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,59%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Além disso, a taxa de desocupação foi estimada em 6,5%, a menor para o mês de março desde o início da série, e ficou estável em relação ao mês anterior. Em comparação a março de 2010 (7,6%), recuou 1,1 ponto percentual. Frente a março do ano passado, apresentou queda de 14,0% (menos 250 mil pessoas a procura de trabalho). Os dados são do IBGE.
Outro indicador importante, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) atingiu 0,61%, na segunda prévia de abril. Essa variação foi maior do que a apurada na pesquisa anterior (0,48%).

Finalmente, na quarta-feira, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) no mês de abril apresentou variação de 0,77%, ficando 0,17 ponto percentual acima do resultado de 0,60% de março. No acumulado no ano, a variação situou-se em 3,14%. Em abril de 2010, a taxa havia ficado em 0,48%.

Com isso, o Ibovespa teve ganhos de 0,4% na semana aos 67.056 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
DURATEX
DTEX3
17,35
6,77%
ROSSI RESID
RSID3
15,05
5,99%
CYRELA REALT
CYRE3
17,10
5,69%
CCR SA
CCRO3
48,59
5,45%
MRV
MRVE3
13,78
4,79%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
OGX PETROLEO
OGXP3
18,00
-8,40%
TELEMAR N L
TMAR5
57,10
-4,82%
BRASIL TELEC
BRTO4
15,55
-4,60%
ALL AMER LAT
ALLL3
12,79
-4,48%
TELEMAR
TNLP4
28,56
-3,51%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,00
2.307.485.952,00
Exploração e/ou Refino
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,29
1.423.532.832,00
Exploração e/ou Refino
VALE
VALE5
R$ 46,50
1.334.666.112,00
Minerais Metálicos
GERDAU
GGBR4
R$ 18,89
419.594.640,00
Siderurgia
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 37,90
380.979.712,00
Bancos





Dólar:


Assim como no mercado de ações, os negócios com a moeda americana começaram a semana conturbados. Os investidores buscaram a segurança no dólar, o que acabou elevando a cotação. No entanto, a tendência se reverteu no decorrer da semana e a divisa encerrou o período acumulando queda de 0,4% a R$ 1,5710.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






Gradual inclui Coelce e Brasil Telecom em carteira de ações para a semana

Por: Tatiane Monteiro Bortolozi
20/04/11 - 17h10
InfoMoney



SÃO PAULO – Embora mais curta, a semana trouxe muitas surpresas e volatilidade aos mercados. Preocupações com a inflação na China, a crise fiscal na Europa e diminuição da perspectiva do rating norte-americano levaram o principal índice da bolsa brasileira a recuar 1,1% nos últimos sete dias. Enquanto isso, a carteira recomendada da gradual recuou 0,15% no mesmo período.


O portfólio da corretora acumula ganhos de 2,96% desde o início do ano e traz duas novidades entre as recomendações válidas de 20 a 27 de abril. A primeira é a exclusão dos papéis da Telemar Norte Leste (TMAR5). Em seu lugar entram os ativos da Brasil Telecom (BRTO4) e da Coelce (COCE5), ambos com peso de 5% no portfólio.


A corretora aposta na aporte de capital na Brasil Telecom e nas perspectivas de simplificação da complexa estrutura acionária da Oi ao sugerir o papel. Ao mesmo tempo, a Coelce foi alocada por ter "múltiplos atrativos e um dos maiores dividend yields da Bovespa".


Inflação segue em pauta
No mercado interno, as atenções continuam voltadas ao cenário inflacionário, diz o economista André Perfeito. A terceira reunião de 2011 do Copom (Comitê de Política Monetária) traz a perspectiva de um novo aumento na taxa básica de juros, entre 0,25 e 0,50 pontos base. Perfeito acredita que o cenário inflacionário tende a continuar em alta, tanto pelo aumento de preços de alimentos como do etanol e gasolina.



Confira a carteira recomendada da Gradual:
EmpresaCódigo Preço-alvo*  Upside**   Peso  
PetrobrasPETR4R$ 37,5046%10%
ValeVALE5R$ 60,5032%15%
CopasaCSMG3R$ 33,0017%10%
EternitETER3R$ 14,0027%15%
EzTecEZTC3R$ 18,0016%5%
BrookfieldBISA3R$ 11,7034%10%
Brasil Telecom BRTO4R$ 20,6025%5%
Banco do BrasilBBAS3R$ 39,4040%10%
FerbasaFESA4R$ 17,7038%10%
CieloCIEL3R$ 20,0045%5%
CoelceCOCE5R$ 39,0014%5%
* Preço-alvo para 12 meses
**Potencial de valorização em relação ao fechamento de 12 de abril

Votorantim Corretora recomenda compra em início de cobertura de Wilson Sons

Por: Equipe InfoMoney
20/04/11 - 10h45
InfoMoney



SÃO PAULO - A Votorantim Corretora iniciou cobertura da Wilson Sons (WSON11) com recomendação de compra para as ações daempresa. Os analistas Eduado Puzziello e Priscila Kurata baseiam sua análise na estrutura da companhia, uma das maiores provedoras no Brasil de serviços integrados, com atuação nos segmentos marítimo, portuário e logístico. 


Além disso, a companhia tem uma base diversificada de clientes, que vai desde agências marítimas a exportadores e importadores com atuação em diversos segmentos, tais como alimentício, petrolífero e siderúrgico, por exemplo. 


"Essa diversificação, combinada com o processo de integração e ganhos de sinergia entre os diferentes segmentos da companhia,  contribui para fortalecer ainda mais os resultados da Wilson Sons", escreveram os analistas em relatório. 


Setorial: perspectivas favoráveis
Puzziello e Kurata também têm boa percepção em relação às perspectivas para o setor, mantendo a avaliação de que o investimentoem portos e setores relacionados é uma maneira interessante de aproveitar o esforço que será necessário para desenvolver a infraestrutura no Brasil.



A empresa ainda conta com um segmento offshore, que provê serviços para a indústria do petróleo e gás. Neste ponto, destaca-se o papel da Petrobras (PETR3PETR4), que em função do pré-sal terá de aumentar consideravelmente seus investimentos nos próximos anos.


Riscos
Os analistas ressaltam, no entanto, que o investimento não está isento de riscos. Por ser um setor que é intensamente dependente da regulação, a companhia está sujeita às decisões do governo e mudanças na regulamentação, o que acaba por fazer com que estas variáveis ultrapassem o nível de controle da companhia.



Além disso, os analistas destacam que a atividade portuária é sensível à performance da economia doméstica e global, e por isso os resultados variam de acordo com o nível de atividade. Por fim, a "fraca" infraestrutura de logística do País pode ser uma barreira para os ganhos em eficiência da companhia no futuro.


Recomendações
A Votorantim corretora tem recomendação de compra para os papéis da empresa, com um preço-alvo projetado para o final do ano em R$ 35,30, equivalente a um potencial de valorizaçãp (upside) de 28,74%, com base no último fechamento (19). 

Pensando em longo prazo, Spinelli recomenda comprar CSN, Gerdau e Usiminas

Por: Anderson Figo
19/04/11 - 20h20
InfoMoney


SÃO PAULO - A Spinelli Corretora revisou nesta terça-feira (19) sua recomendação aos papéis preferenciais da Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), além dos ordinários da CSN (CSNA3), de manter para compra. Mesmo mantendo sua perspectiva de que os resultados da siderúrgicas brasileiras no primeiro trimestre deste ano serão "bastante fracos", o analista Max Bueno avalia que a nova recomendação decorre da visão da corretora de elevado potencial de valorização às ações, considerando um horizonte de investimento superior a um ano.


Bueno explica que a perspectiva positiva no longo prazo para as siderúrgicas leva em consideração fatores como a entrada em operação de novos projetos de expansão de capacidade e melhora do mix de produção para as companhias. Além disso, o analista também vê com bons olhos um possível retorno dos preços de bulk materials (minério de ferro e carvão) para um patamar mais elevado no longo prazo.


Neste cenário, a Spinelli também revisou seus preços-alvo para os papéis USIM5, GGBR4 e CSNA3, que passaram para R$ 25, R$ 28 e R$ 30, respectivamente, para o final deste ano.


ResultadosPara o primeiro trimestre deste ano, Bueno acredita que Usiminas, CSN e Gerdau deverão mostrar um balanço "ainda bastante fraco e alinhado aos resultados do quatro trimestre de 2010". Apesar disso, o analista mencionou em relatório que, com a demanda aquecida e a redução dos descontos impactando positivamente as receitas e margens a partir do 2T11, espera-se uma melhora gradativa na rentabilidade do setor ao longo de 2011.


Mesmo assim, Bueno afirma que esta melhora ainda será limitada pela inexistência momentânea de espaço para altas adicionais nos preços dos produtos, levando em consideração a paridade dos preços e o custo de internação do produto importado, bem como a continuidade das pressões de custos com minério de ferro, carvão/coque e sucata.


Riscos
A corretora destacou como risco às empresas do setor a crescente oferta de aço no cenário internacional e a redução da demana. "Aparentemente, a redução da oferta japonesa de aço no mercado externo no curtíssimo prazo, decorrente do desastre natural, tem sido compensada pela redução da demanda por aço por parte da indústria automotiva, devido a interrupções na cadeia de suprimento global de autopeças, da qual o Japão é um importante elo", destacou Bueno.



Confira as projeções de resultados da Spinelli para as siderúrgicas brasileiras no primeiro trimestre deste ano:
(em R$ milhões)CSNUsiminasGerdau
Receita LíquidaR$ 3.754R$ 3.155R$ 8.021
EbitdaR$ 1.539R$ 568R$ 666
Resultado LíquidoR$ 768R$ 192R$ 196