Por: Equipe InfoMoney
08/10/10 - 18h40
InfoMoney
SÃO PAULO - Otimistas com o avanço da economia nacional e dados recentes com relação ao movimento das estradas brasileiras, os analistas Luciano Campos e Leonardo Scutti, do HSBC, elevaram suas estimativas de receita líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para a CCR (CCRO3).
Com a revisão, o preço-alvo em 12 meses das ações da companhia saltaram de R$ 44,00 para R$ 49,50, garantindo um upside de 6% em relação ao fechamento desta sexta-feira (8). Em relação à recomendação, a classificação manteve-se como neutra - expectativa de desempenho dentro de uma banda de cinco pontos acima ou abaixo do Ibovespa nos próximos doze meses.
Projeções
"Atualizamos nossas projeções para incorporar as novas premissas macroeconômicas e os dados recentes do tráfego divulgados pela ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias)", revela a dupla de analistas. Eles também elevaram as estimativas para projetos específicos, como o ViaQuatro e o Controlar, em virtude da maior visibilidade sobre receitas e margens.
Com o cálculo em mãos, Campos e Scutti elevaram em 8% a projeção para a receita líquida neste ano, com a meta ficando em R$ 3,7 bilhões. Para o biênio 2011-2012 a elevação foi de 12%, com perspectiva de receitas de R$ 4,4 bilhões e R$ 4,8 bilhões, respectivamente.
Em relação ao Ebitda, a expectativa é que a conta atinja R$ 2,4 bilhões neste ano, um incremento de 7% na meta. Mais uma vez, para o biênio 2011-2012, as expectativas foram elevadas em 11%, ficando em R$ 2,8 bilhões e R$ 3,2 bilhões, respectivamente.
RiscosPor fim, a dupla de analistas aponta quais são suas principais preocupações em relação a empresa, os fatores que poderia prejudicar o desempenho das ações em bolsa. "A nosso ver, se relacionam a questões regulatórias, desaceleração do tráfego - queda no PIB (Produto Interno Bruto) ou rotas alternativas às estradas da CCR - e aumento da concorrência nos próximos leilões".
Vale destacar que o HSBC elevou sua projeção para o PIB do País de 2010, saindo de um avanço de 6,5% para crescimento de 7,2%. Para 2011, a previsão é de 5,1%.