terça-feira, 20 de julho de 2010

Barclays altera estimativas e rebaixa recomendação da Redecard para underweight

Por: Beatriz Nantes
20/07/10 - 17h22
InfoMoney


SÃO PAULO - Menos de um mês após o fim da exclusividade no mercado de cartões, os analistas do Barclays acreditam que não haverá mudanças bruscas no setor, mas esperam que mais para frente haverá melhores oportunidades de entrada nas ações das empresas do setor listadas em bolsa sob sua cobertura. Atualizando estimativas, a equipe rebaixou a recomendação da Redecard (RDCD3) para underweight (expectativa que a ação tenha performance inferior ao retorno total das empresas do setor sob cobertura do banco num horizonte de 12 meses), a mesma da Cielo (CIEL3), que foi mantida.

"Acreditamos que a capacidade da Redecard de ganhar participação de mercado da Cielo diminuiu depois dos eventos recentes", observam Henrique Caldeira e Roberto Attuch.

Eles sustentam que, com base no valuation, atualmente a Cielo é preferida à Redecard.

Novas estimativas
As projeções para Cielo foram elevadas, refletindo a participação de mercado mais resiliente do que do principal concorrente, após as parcerias anunciadas com o HSBC e a notícia de que a empresa passa a aceitar cartões da American Express. Assim, as projeções são de que o lucro por ação venha em R$ 1,29 em 2010 e R$ 1,21 em 2011.

O preço-alvo foi revisado de R$ 17,50 para R$ 18,50, com potencial de upside de 15,1% frente ao fechamento de 19 de julho. O P/L (relação entre o preço da ação e o lucro estimado) implícito é de 14,5 vezes.

O principal driver para a Redecard é a menor capacidade de ganhar participação de mercado da Cielo. A estimativa de lucro por ação foi elevada para R$ 2,18 em 2010, mas reduzida para R$ 2,10 em 2011. O preço-alvo foi mantido em R$ 29,50, o que representa um upside de 10,6% frente ao fechamento de 19 de julho.

BofA eleva preço-alvo de Braskem em face de aquisições recentes

Por: Equipe InfoMoney
20/07/10 - 15h40
InfoMoney


SÃO PAULO - A aquisição da Quattor e da Sunoco Chemicals deve elevar a lucratividade da Braskem (BRKM5), e por isso o Bank of America Merrill Lynch elevou o preço-alvo para as ações da companhia de R$ 7,88 para R$ 12,00 por ação, enquanto para os ADRs a previsão passou de US$ 9,73 para US$ 13,00.

O novo preço-alvo visa ainda refletir resultados melhores do que o esperado no primeiro semestre de 2010. Ainda assim, o banco manteve recomendação de underperform, segundo Frank McGann e Conrado Vegner, responsáveis pelo relatório, pela expectativa de que as margens sejam pressionadas nos próximos dois anos para a indústria petroquímica, devido à adição de capacidade em escala global.

Diversificação necessária
Os novos projetos, situados em regiões onde o gás natural é abundante e barato, devem ter vantagem competitiva, com custos menores em relação às plantas baseadas em nafta, como são as da Braskem, embora a empresa tenha o objetivo de diversificar consideravelmente a utilização de matérias brutas nos próximos 5 a 7 anos.

Devem contribuir com isso a incorporação da Riopol, no Brasil, adquirida em conjunto a outros ativos da Quattor, além de plantas em países como Peru, México e Venezuela, que favorecem a utilização da gás natural. Ainda assim, o BofA espera um processo lento, lembrando que um dos projetos, na Venezuela, está na mesa de desenho há cinco anos.

Longo prazo
Embora no curto prazo o BofA apresente essas preocupações, o longo prazo traz uma visão mais otimista. A Braskem, diz o banco, está numa posição forte para atingir crescimento acima da média por causa de quatro fatores principais: perspectiva de ambiente econômico forte no Brasil; benefícios com o market share de quase 100% em alguns produtos, o que deve reduzir ameaças de preços; uma gradual diversificação da utilização de matérias brutas, distanciando-se da dependência da nafta; e, por último, aquisições no ambiente internacional.

Assim, a partir de 2011, a perspectiva é que o negócio apresente evolução das margens, especialmente devido ao espaço para melhorar a lucratividade da Quattor. Outro fator que deve colaborar para essa visão é a Braskem esperar ser capaz de implementar avanços logísticos no mercado interno, de modo a operar as plantas petroquímicas da maneira mais eficiente para atender a sua base de clientes, concentrada no Sudeste.

Prévia do resultado do segundo trimestre
Além disso, o BofA espera que o resultado do segundo trimestre já traga o impacto da aquisição tanto da Quattor quanto da Sunoco, lembrando, mais uma vez, que, enquanto deve houver significativo crescimento em termos absolutos, as margens devem ser impactadas negativamente pela Quattor.

Assim, a receita líquida deve ser de R$ 6,5 bilhões, 75% maior do que a do segundo trimestre de 2009 e 45% acima da registrada nos três primeiros meses desse ano, enquanto a margem bruta deve ficar em 16,6%, em linha com o mesmo período de 2009, mas abaixo dos 17,8% marcados no período de janeiro a março deste ano.

O Ebitda deve apresentar evolução de 88% na comparação anual, enquanto o lucro líquido, antes do impacto cambial, deve ficar em R$ 87 milhões, menor que os R$ 274 milhões marcados no primeiro trimestre de 2010. Considerando esse impacto, por outro lado, o lucro deve ser de R$ 19 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 123 milhões do primeiro trimestre.

Riscos
Em relação aos riscos, o BofA cita as importações, que aumentaram à medida que os produtores globais enviam seu excesso de produção das economias com crescimento fraco atualmente, como Estados Unidos e Europa, para o Brasil. Além disso, existe possibilidade de pressão política, com aumento da participação da Petrobras (PETR4) na empresa.

O diretor de investimentos, por exemplo, será indicado pela estatal, e com isso será possível observar a Braskem se envolvendo em projetos de menor retorno. "O anúncio de como a companhia tomará parte na Comperj e em Suape fornecerão boa indicação da real influência que a Petrobras tem nesse tipo de decisão", avaliaram os analistas.

Por todos os motivos citados acima, o BofA recomenda aos investidores interessados em exposição à indústria petroquímica latino-americana que optem pela  mexicana Mexichem, ao menos até que as características do ciclo petroquímico de aumento da demanda possam ser melhor entendidas.

FONTES: TELEBRÁS DEVE COMEÇAR A ATUAR COMO GESTORA EM 30 DIAS

Brasília, 20 - A aprovação do novo estatuto da Telebrás será o pontapé inicial para que a estatal possa desempenhar as funções que lhe foram atribuídas pelo decreto que instituiu o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). A atuação de fato, como gestora do PNBL e de apoio e suporte a políticas públicas de conexão à internet banda larga para pontos de interesse público, como universidades, centros de pesquisa,
escolas, hospitais e telecentros, só deve ocorrer dentro de 30 dias, segundo fontes do governo.

Isso porque, além do novo estatuto, a empresa precisa estar instalada na nova sede, que está em reforma, para abrigar os funcionários que retornarão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a estatal. Atualmente, a Telebrás funciona em uma estrutura reduzida, somente com cinco funcionários. A nova sede será no 3º andar do Edifício Parque Cidade Corporate, área central de Brasília. A despesa anual
com as novas instalações será de R$ 2,35 milhões.

A Assembleia Geral Extraordinária para aprovar o novo estatuto social da empresa está marcada para 3 de agosto, em Brasília. As principais mudanças são a incorporação das funções que foram atribuídas à estatal pelo PNBL. Outra alteração é a recriação da estrutura da diretoria da estatal, que hoje só tem um diretor e, pelo novo estatuto, poderá ter até quatro. Mas nesse primeiro momento, só serão criadas a diretoria técnica e a administrativa, segundo Rogério Santanna, presidente da Telebrás.

Também constam como itens da pauta a eleição de Santanna como membro representante do Ministério das Comunicações, para substituir e completar o prazo de gestão de Jorge da Motta e Silva, antigo presidente da estatal, e também a eleição de membros para o Conselho de Administração, representantes do acionista controlador (a União), para completar prazo de gestão, e eleição de membros para o Conselho de Administração em decorrência da alteração estatutária.(Karla Mendes)

Fonte: AE Broadcast

VALE: PREÇO SPOT/MINÉRIO DEVE SE ACOMODAR NO 3TRI E SUBIR NO 4TRI

Rio, 20 - O diretor de estratégia da Vale, Claudio Alves, prevê uma acomodação no preço do minério de ferro negociado no mercado spot chinês no terceiro trimestre e uma alta no quarto trimestre. Segundo o executivo, esse movimento segue a sazonalidade do setor. Durante uma palestra no seminário CRU's Latin American Iron & Steel Trends, o executivo traçou um cenário positivo para o setor nos próximos anos, destacando a China como motor do crescimento da demanda pelo insumo. "O ano de 2010 está sendo bom e o de 2011 será ainda melhor", afirmou.

O diretor admite que a Vale vem acompanhando com atenção os indicadores de desaceleração da economia chinesa, principal mercado consumidor de seus produtos. Entretanto, na avaliação da mineradora brasileira, a China, mesmo com essa acomodação, deve continuar consumindo minério de ferro a taxas muito elevadas, que suporte a expansão do setor.

O diretor não revelou o nível de preço que a Vale trabalha atualmente, mas, afirmou que a mineradora por seu modelo atual de precificação trimestral opera hoje com uma cotação acima da praticada no mercado spot chinês. Segundo Alves, a Vale vem se esforçando para consolidar seu modelo de reajustes trimestrais com base na variação do minério à vista. A previsão, conta, é que no futuro a volatilidade nos preços caia, o que deve diminuir a diferença entre o valor de venda do minério de ferro e do aço. (Mônica Ciarelli)

Fonte: AE Broadcast

Indicadores EUA - 9h30

EUA: Construção de casas novas: 549k; previsão: 577k;
EUA: Início merc. Imob. (M/M): -5,0%; previsão: -2,7%;
Licenças para construção: 586k; previsão: 575k
Licenças para construção (M/M): 2,1%; previsão: 0,2%

Fonte: Bloomberg

Próximos indicadores

17h30
API: Estoques de petróleo bruto

18h00
ABC: Confiança do consumidor

Omar Camargo recomenda compra da Le Lis Blanc, com preço justo de R$13,20

Por: Equipe InfoMoney
19/07/10 - 20h46
InfoMoney


SÃO PAULO - A Omar Camargo anunciou recomendação de compra para as ações da Le Lis Blanc (LLIS3) - agora conhecida como Restoque - , com preço justo de R$ 13,20, utilizando como método o fluxo de caixa descontado, o que corresponde a um upside de 48,5% sobre o fechamento desta segunda-feira (19).

No entanto, os analistas responsáveis pelo relatório, Luiz Augusto Pacheco e Raphael Cordeiro, não deixam de lembrar que a baixa liquidez dos ativos da companhia representam um risco, pois podem causar grandes oscilações no preço. 

A recomendação é baseada em três perspectivas positivas: marca, conhecimento de mercado e conhecimento de negócio. Criada em 1982, com a primeiro loja fora de São Paulo aberta em 1997, a Le Lis é "uma das mais conhecidas no setor varejista brasileiro", aponta a Omar Camargo. As mulheres consultadas pelos analistas, aponta a corretora, gostam das roupas e só acham um defeito, o preço, que no entanto leva a margem bruta do negócio a patamares acima de 60%. 

A empresa, que apesar de novata no mercado de ações tem mais de 30 anos de existência, entende e conhece o público-alvo, que são mulheres das classes A e B de 36 a 55 anos. Por isso, a Le Lis investiu em outros segmentos, como aquisição da Bo.Bô, destinada ao público jovem, e em marcas como a Le Lis Petit, de roupas infantis, e a Le Lis Blanc Casa, de objetos de decoração.

Conhecimento do negócio
Os analistas ainda viram positivamente o centro de distribuição da companhia e o fato de que executivos da empresa recebem diariamente três relatórios com o desempenho de cada uma das lojas. Atualmente, além dos 41 estabelecimentos próprios, a Le Lis ainda está presente em 199 lojas multimarcas e 4 licenciadas.

A Omar Camargo lembra ainda que, por causa da sazonalidade de vendas, especialmente porque as liquidações concentram-se nos meses de janeiro e junho ou julho, as receitas dos trimestres correspondentes costumam ser impactadas diretamente, "por isso vemos queda na receita do quarto trimestre de 2009 para o primeiro trimestre de 2010", explica a corretora.

Valuation
Outro fator que agrada à corretora é a inexistência de endividamento na companhia. Os analistas ainda projetam a receita líquida como principal driver, com 10 anos de crescimento (começando com 23,24% e caindo para 4% na perpetuidade). "Acreditamos que nossas premissas e nosso modelo refletem o negócio da Le Lis, a evolução do mercado e da economia brasileira", conclui a Omar Camargo.