terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NY: PETRÓLEO RECUA COM ALTA DO DÓLAR E MANUTENÇÃO DE COTAS DA OPEP

Nova York, 22 - Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em baixa, pressionados pela apreciação do dólar e pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter as cotas de produção nos níveis atuais, mesmo diante dos estoques abundantes da commodity.

A Opep decidiu, conforme o previsto, não alterar as cotas de produção, mas os membros do cartel queixaram-se do baixo grau de disciplina no cumprimento do corte de produção estipulado no final do ano passado, de 4,2 milhões de barris por dia.

No início de 2009, a taxa de obediência à medida estava em 80%, mas recuou para 60% recentemente, na esteira do avanço nos preços do petróleo ao longo desse período e de uma gradual recuperação econômica em grandes consumidores da commodity, como os EUA e a China.

"A Opep não mudar nada era algo previsto", disse Olivier Jakob, diretor-gerente da consultoria Petromatrix. "A Opep está exportando mais petróleo e apenas uma queda nos preços pode trazer maior obediência (aos cortes de produção)", acrescentou.

Às 13h28 (de Brasília), o contrato do petróleo para fevereiro caía US$ 0,36, ou 0,49%, para US$ 73,36 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para fevereiro perdia US$ 0,36, ou 0,49%, para US$ 72,63 por barril.

No mesmo horário, o euro caía para US$ 1,4276, de US$ 1,4283 na segunda-feira, enquanto o dólar subia para 91,82 ienes, de 91,19 ienes ontem. A apreciação do dólar pesa sobre commodities denominadas na divisa norte-americana, como o petróleo, porque as torna mais caras para os detentores de outras moedas.

Os investidores aguardam a divulgação do relatório semanal do Departamento de Energia dos EUA (DOE) sobre a posição dos estoques de petróleo do país. O documento, que será publicado amanhã, deve apontar um declínio de 1,1 milhão de barris nos estoques de petróleo, um aumento de 1,1 milhão de barris nos de gasolina e uma queda de 2,6 milhões de barris nos de destilados, segundo analistas. As informações são da Dow Jones.(Gustavo Nicoletta)

Fonte: AE Broadcast