Por: Thiago C. S. Salomão
10/08/10 - 18h27
InfoMoney
10/08/10 - 18h27
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SÃO PAULO - Após a divulgação do resultado do segundo trimestre da B2W (BTOW3), o HSBC revisou negativamente suas projeções para o final de 2010 e para o próximo ano da companhia. Por conta disso, o preço-alvo estimado para as ações da empresa durante os próximos 12 meses foi atualizado de R$ 38 para R$ 33, indicando um upside de 10,4% em relação à cotação de fechamento desta terça-feira (10).
Por conta do potencial de valorização embutido nessa nova projeção, a equipe do banco também reduziu a recomendação dada aos ativos, passando de "overweight" - onde o retorno esperado deve exceder em no mínimo 5 pontos percentuais a média do mercado - para neutra, onde a expectativa de ganhos fica num intervalo de 5 pontos percentuais acima ou abaixo da média do mercado.
Os números apresentados pela B2W foram determinantes para mudarem a percepção dos analistas Francisco Chevez, Manisha Chaudhry e Alexandre Gartner, acerca do horizonte da empresa. Divulgado na última quinta-feira (5), o lucro líquido acumulado entre abril e junho ficou em R$ 5 milhões, queda de 67% na comparação com o mesmo período de 2009. A resposta dos mercados foi imediata: nos dois pregões seguintes, os ativos BTOW3 lideraram as perdas do Ibovespa.
A opinião dos analistas do HSBC segue esse mesmo viés pessimista. Embora Chevez, Chaudhry e Gartner citem o controle de despesas da companhia no período e o Ebitda (geração operacional de caixa) levemente acima do esperado, eles destacaram que "as despesas financeiras crescentes, a maior depreciação e outras despesas operacionais representaram um ônus significativo para os resultados do segundo trimestre".
Aliado a isso, o trio ressalta que o lucro da varejista online (R$ 0,05 por ação) ficou bem abaixo do que eles esperavam para esses três meses (R$ 0,15 por ação). "Acreditamos que a origem do problema da empresa reside na tendência de queda na receita e a administração não anunciou planos para reverter essa tendência".
Projeções revisadas para baixo
Diante da expectativa de que esse momentum negativo perdure ao longo dos próximos meses, os analistas responsáveis pelo relatório reduziram suas perspectivas acerca do lucro da B2W em 2010 e 2011. Para este ano, o ganho por ação foi revisado de R$ 1,08 para R$ 0,71. Já para o próximo exercício, a estimativa foi de R$ 1,63 por ação para R$ 1,09 por ação.
Embora de uma maneira mais modesta, a receita líquida e o Ebitda esperados para o próximo biênio também sofreram diminuições. "Ajustamos nossas estimativas para a B2W, já que as tendências de crescimento da receita continuam a cair, apesar das margens um pouco melhores", explicam os especialistas.
Por conta do potencial de valorização embutido nessa nova projeção, a equipe do banco também reduziu a recomendação
A opinião dos analistas do HSBC segue esse mesmo viés pessimista. Embora Chevez, Chaudhry e Gartner citem o controle de despesas da companhia no período e o Ebitda (geração operacional de caixa) levemente acima do esperado, eles destacaram que "as despesas financeiras crescentes, a maior depreciação e outras despesas operacionais representaram um ônus significativo para os resultados do segundo trimestre".
Aliado a isso, o trio ressalta que o lucro da varejista online (R$ 0,05 por ação) ficou bem abaixo do que eles esperavam para esses três meses (R$ 0,15 por ação). "Acreditamos que a origem do problema da empresa reside na tendência de queda na receita e a administração não anunciou planos para reverter essa tendência".
Projeções revisadas para baixo
Diante da expectativa de que esse momentum negativo perdure ao longo dos próximos meses, os analistas responsáveis pelo relatório reduziram suas perspectivas acerca do lucro da B2W em 2010 e 2011. Para este ano, o ganho por ação foi revisado de R$ 1,08 para R$ 0,71. Já para o próximo exercício, a estimativa foi de R$ 1,63 por ação para R$ 1,09 por ação.
Embora de uma maneira mais modesta, a receita líquida e o Ebitda esperados para o próximo biênio também sofreram diminuições. "Ajustamos nossas estimativas para a B2W, já que as tendências de crescimento da receita continuam a cair, apesar das margens um pouco melhores", explicam os especialistas.