sexta-feira, 16 de julho de 2010

Standard & Poor's eleva rating da JBS, otimista após aquisições do frigorífico

Por: Equipe InfoMoney
16/07/10 - 19h13
InfoMoney


SÃO PAULO - Acreditando que fluxos de caixa mais consistentes reduzam a alavancagem da empresa, a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou de "B+" para "BB" o rating da JBS (JBSS3), assim como para sua subsidiária nos Estados Unidos. A perspectiva das notas é estável.

Para os analistas Marcelo Schwarz e Reginaldo Takara, o upgrade reflete um perfil de negócios mais bem consolidado, após a aquisição da Pilgrim's Pride e a fusão com a Bertin. "Essas aquisições melhoraram a posição de mercado da companhia e a diversidade de produtos de carne, porco e frango, beneficiando-a também com economia de escala, sinergias de operação e maior poder de barganha com fornecedores e clientes", dizem em relatório divulgado nesta sexta-feira (16).

Embora a S&P projete que o fluxo livre de caixa seja negativo em 2010, devido às crescentes necessidades de capital, são esperados fluxos livres de caixa levemente positivos em 2011. Já a perspectiva estável reflete "previsões de melhora nos resultados da JBS, permitindo-lhe uma desalavancagem para uma relação entre débito e Ebitda (geração operacional de caixa) de cerca de 4 vezes em 2010 e 3,5 vezes nos anos seguintes", completam os analistas.

RiscosNos Estados Unidos, onde a companhia gera a maior parte de seu lucro e capital, a expectativa é de fornecimento estável no curto prazo e crescimento gradual da demanda. Embora o frigorífico possa enfrentar problemas para integrar as operações com a Pilgrim e na expansão de sua capacidade de distribuição, os analistas acreditam que o cenário favorável da indústria, além dos históricos de suas recentes aquisições ofuscam, em parte, os riscos.

Cenário Econômico Semanal – 12 a 16/Julho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

Se a semana anterior foi pouco movimentada na agenda econômica no Brasil e nos Estados Unidos, a semana encerrada no dia 16 de julho foi bastante agitada. E os dados negativos contribuíram para que os mercados acionários dos países acumulassem perdas no período.

Logo no início da semana, a agência de classificação de risco Moody’s anunciou o downgrade dos títulos de Portugal. No entanto, está informação pouco influenciou os mercados.

Outra notícia de destaque dos últimos dias foi referente ao crescimento da economia chinesa no segundo trimestre do ano. O resultado 10,3% ficou abaixo dos 11,9% dos primeiros três meses. No acumulado do semestre, o PIB chinês avançou 11,1%.





Cenário Externo


Os primeiros dados da economia americana foram divulgados apenas na terça-feira, quando o Departamento de Comércio informou que o saldo da balança comercial ficou negativo em US$ 42,3 bilhões em maio, contra US$ 40,3 de abril. Já o déficit do orçamento do Tesouro ficou em US$ 68,4 bilhões em junho.

Na quarta-feira, foram divulgados dados das vendas no varejo americano em junho, que recuaram 0,5%. No entanto, excluindo os veículos, a retração foi de 0,1%. Já os Estoques de Negócios confirmaram a tendência desaceleração e avançaram apenas 0,1%.

No final da tarde, o Federal Reserve divulgou a ata da última reunião do Fomc. O documento serviu para aumentar a cautela dos investidores, uma vez que os delegados do Fed se mostraram mais cautelosos em relação à situação da economia dos EUA.

Na quinta-feira, mais indicadores importantes. Destaque para os que medem o nível da atividade econômica, que na região de Nova York caiu de 19,57 pontos para 5,08 pontos e na da Filadélfia de 8 pontos para 5,1 pontos. Já a produção industrial, em junho, subiu 0,1%.

No mesmo dia, o Departamento de Trabalho informou que o índice de preços ao produtor americano caiu 0,5%. Excluindo os gastos de energia e alimentação, houve alta de 0,1%.
Já o índice de preços ao consumidor recuou em junho 0,1%, terceiro mês consecutivo de queda. De acordo com o órgão, os baixos preços da gasolina puxaram a queda do índice. O Núcleo do CPI - que exclui os preços de energia e alimentos - teve alta de 0,2% no período, porém, segue em nível consideravelmente baixo.
Já o fluxo de capital estrangeiro, no mês de maio, foi de US$ 35,4 bilhões. Os números foram divulgados a pouco pelo Departamento de Tesouro do país. Em abril, o fluxo foi de US$ 83 bilhões.

A confiança do consumidor, apurada pela Universidade de Michigan e a agência de notícias Reuters, caiu para 66,5 pontos em julho, contra 76 registrados no mês anterior. A previsão do mercado era de 75 pontos.

Com isso, o Dow Jones perdeu 1,0% aos 10.098,0 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 1, 3% aos 1.064,87 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:











Cenário Interno


No Brasil, a agenda econômica foi pouco movimenta. Destaque para tradicional relatório Focus do Banco Central, que manteve a projeção de crescimento da economia brasileira inalterado e cortou a expectativa do IPCA do final de 2010 para 5,45%.

Outro dado importante foi das vendas do varejo. Segundo o IBGE, em maio o varejo brasileiro vendeu 1,4% a mais do que em abril. Na comparação anual, a expansão chega a 10,2%. O resultado mostra uma inversão do resultado de abril, quando houve queda de 3,1%.

Entre os índices de inflação, a Fipe destacou que seu índice de preços, medido na primeira quadrissemana de julho em São Paulo, avançou 0,1%. Já a FGV informou que a inflação semanal (IPC-S) voltou a cair na segunda medição de julho. Ainda segundo a FGV, o IGP-10 variou 0,05%, em julho, após registrar 1,30% em junho. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Com isso, o Ibovespa perdeu nos últimos dias 1,8% aos 62.339 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas do período:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
MRV
MRVE3
14,56
6,28%
ROSSI RESID
RSID3
15,45
6,19%
LOJAS AMERIC
LAME4
13,49
5,72%
TAM S/A
TAMM4
28,12
5,12%
LOJAS RENNER
LREN3
50,09
5,05%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM5
47,24
-10,73%
USIMINAS
USIM3
47,80
-10,49%
LLX LOG
LLXL3
7,21
-7,45%
SID NACIONAL
CSNA3
25,85
-7,18%
MMX MINER
MMXM3
10,30
-6,36%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 37,52
2.263.292.832,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,77
1.117.985.888,00
Exploração e/ou refino
USIMINAS
USIM5
R$ 47,24
815.758.448,00
Siderurgia
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 36,07
769.472.496,00
Bancos
BRASIL
BBAS3
R$ 27,79
720.998.176,00
Bancos





Dólar:


Após duas semanas de desvalorização, a piora do cenário externo fez com que a cotação do dólar no mercado nacional de câmbio voltasse a subir. Nas últimas cinco jornadas a moeda americana acumulou alta de 1,2% e fechou a semana sendo negociada a R$ 1,7820.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar


Randon lidera ranking de recomendações em carteiras de small caps para julho

Por: Anderson Figo dos Santos
16/07/10 - 11h05
InfoMoney


SÃO PAULO - A Randon (RAPT4) se manteve isolada na liderança das carteiras de small caps para o mês de julho. A empresa foi recomendada em todas as três carteiras avaliadas este mês: Senso, SLW e Omar Camargo. Todas as outras empresas mencionadas nos portfólios para o mês receberam apenas um voto.

Em sua recomendação à Randon, a SLW destacou a recuperação na demanda por ônibus e caminhões no País, fruto da recuperação da economia. Atualmente é estimado que a idade média da frota de caminhões no Brasil esteja na faixa de 17 anos, considerado fora dos parâmetros internacionais de utilização e segurança. "Desta forma, considerando que o País deve ingressar em um ciclo de crescimento forte para os próximos cinco anos, aguardamos que a Randon seja uma das empresas favorecidas por este cenário de crescimento econômico", afirmaram os analistas.

As boas perspectivas do mercado para o setor seguem sendo refletidas nas recomendações da empresa. "Estamos confiantes em relação ao setor de autopeças, que tem apresentado melhores resultados", disse Victor Penna, analista do BB Investimentos. Em relatório recente, o analista recomenda compra aos ativos da Randon, com preço-alvo R$ 13,00 por ação.

De acordo com Penna, o crescimento do setor vem se apoiando nas linhas de crédito do BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Além disso, o setor também cresce à medida que o País cresce e investe em infraestrutura, somando com a própria defasagem no qual se encontra, com frotas envelhecidas e necessidade de melhorias no transporte", comentou o analista.

O analista do BB mencionou que o cenário para este ano é "bastante positivo". Penna espera um incremento nas vendas da empresa, estimulado pelo mercado interno, principalmente pelos setores de infraestrutura, construção civil e transporte de combustíveis.

"Além disso, a empresa também poderá contar com fortes investimentos do governo nas áreas de saneamento e nas obras direcionadas aos eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", disse o analista. O BB espera ainda que a Randon amplie seu processo de internacionalização através de aquisições. "Segundo a Randon, os R$ 200 milhões que deverão ser investidos em 2010 não serão direcionados para novos projetos, mas sim destinados à América Latina e África, que são mercados que estão se mostrando cada vez mais fortes", explicou Penna.

Produção industrialVale dizer que a produção industrial brasileira se manteve estável na passagem de abril para março, segundo a Pesquisa Industrial de Produção Física, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início do mês.

De acordo com a pesquisa, o indicador avançou 4,5% no acumulado em 12 meses, o melhor resultado já visto desde novembro de 2008 (4,8%). Em relação a maio de 2009, o setor cresceu 14,80%. Esta é a sexta taxa positiva consecutiva de dois dígitos neste tipo de comparação.

Empate na segunda posição
Também foram mencionadas nas carteiras de small caps do mês de junho as seguintes companhias: Redecard (RDCD3), Localiza (RENT3), Indústrias Romi (ROMI3), Rossi Residencial (RSID3), Sul América (SULA11), Marcopolo (POMO4), OHL Brasil (OHLB3), Marfrig (MRFG3), Lupatech (LUPA3), Hering (HGTX3), Hypermarcas (HYPE3), AES Tietê (GETI4), Eternit (ETER3), Fosfértil (FFTL4), Equatorial Energia (EQTL3), Confab (CNFB4), Coelce (COCE5), Banrisul (BRSR6). Todas tiveram uma recomendação cada.

Indicadores EUA - 10h55

EUA: Universidade de Michigan: Índice de confiança do consumidor: 66,5; previsão: 74,0

Fonte: Bloomberg


Não há mais indicadores relevantes para o dia de hoje

Ativa revisa estimativas para o Pão de Açúcar e recomenda compra das ações

Por: Anderson Figo dos Santos
15/07/10 - 21h26
InfoMoney


SÃO PAULO - A Ativa Corretora revisou nesta quinta-feira (15) suas estimativas para o Pão de Açúcar (PCAR5), elevando o preço-alvo dos papéis de R$ 69,19 para R$ 85,57 cada, para junho de 2011 - um upside de cerca de 35% sobre o último fechamento. Além disso, a recomendação da corretora também foi revisada para cima, passando de neutra para compra.

Em relatório, a analista Juliana Campos explica que a corretora incorporou em seu valuation as novas premissas macroeconômicas, operacionais e a fusão do Pão de Açúcar com a Casas Bahia.

De acordo com Juliana, a elevação na recomendação da companhia decorre do fim das incertezas sobre a operação com a Casas Bahia, bem como o potencial de valorização oferecido.

"Em linha com o guidance, esperamos a abertura de 100 lojas em 2010, com alta de 8,1% da área de vendas", projetou a analista, que acredita que tal incremento será puxado pelas bandeiras Assai, Extra Hiper e Super.

Ponto Frio
Com um olhar positivo, a analista também revisou suas premissas para o Ponto Frio, esperando uma reversão na margem Ebitda (relação percentual entre geração operacional de caixa e receita líquida) negativa da empresa em 2009 para 3,6% neste ano. No ano que vem, a projeção é ainda mais positiva, sendo esperado que a margem Ebitda alcance 4,4% em 2011.

Em relação às vendas, a Ativa segue com uma perspectiva também favorável. "As projeções indicam uma alta de 43,9% nas vendas brutas de mercadorias em 2010 sobre 2009, o que sinaliza ganho de market share após o incipiente resultado de vendas praticamente estáveis em 2009", completou Juliana.

Riscos
Entre os riscos apontados pela analista para a tese de investimento da Ativa está, entre outras coisas, uma possível desaceleração na demanda por bens duráveis em decorrência dos juros maiores, bem como a maior concorrência em regiões específicas como o Rio de Janeiro.

Morgan Stanley recomenda maior exposição às ações da Cosan em relação a Ultrapar

Por: Anderson Figo dos Santos
15/07/10 - 18h36
InfoMoney


SÃO PAULO - O Morgan Stanley recomenda aumentar a exposição aos papéis da Cosan (CSAN3) em relação às ações da Ultrapar (UGPA4), destacando um cenário positivo para as operações de ambas as companhias nos próximos meses. Em relatório, os analistas Subhojit Daripa, Javier Martinez de Olcoz Cerdan e Alessandro Baldoni revelaram que a recomendação deve-se ao gap no valuation entre as duas companhias, visto atualmente como excessivo e com perspectiva de correção.

De acordo com os analistas, a boa perspectiva para a Cosan decorre do acordo que a empresa deverá firmar em breve com a Shell. "Nós esperamos que a Cosan e a Shell fechem o acordo no início de agosto, impulsionando o Ebitda (geração operacional de caixa) do segmento de distribuição da Cosan para 24% (ante os atuais 11%)", disseram.

A equipe do banco lembrou, contudo, que o Ebitda da Ultrapar em distribuição é de aproximadamente 80%. "Nós acreditamos que a Cosan deverá ser negociada com um desconto em relação à Ultrapar, dada sua elevada exposição aos negócios cíclicos", avaliaram os analistas, que, em contrapartida, avaliam o atual desconto das ações da Cosan frente às da Ultrapar como excessivo. Neste sentido, o banco possui um call de desempenho acima da média do mercado para a Cosan e de equal-weight (em linha com o mercado) para a Ultrapar.

Segundo os analistas, o gap entre os valuations deverá ser diminuído por três catalisadores: o fechamento do acordo entre Shell e Cosan no início de agosto, o possível anúncio das estimativas de sinergias em setembro e uma melhora na lucratividade de ambas as companhias.

Entre os riscos para as perspectivas das empresas, o Morgan Stanley citou atrasos no acordo entre Shell e Cosan, volatilidade nos preços do etanol e do açúcar e uma possível aquisição pela Ultrapar que possa impulsionar sua lucratividade.