sexta-feira, 23 de julho de 2010

Para Brascan, Usiminas mostra recuperação e é bem avaliada a curto prazo

Por: Equipe InfoMoney
23/07/10 - 19h36
InfoMoney


SÃO PAULO – A Brascan Corretora, prevendo um cenário mais promissor para a Usiminas (USIM3USIM5), avalia positivamente a empresa no curto e médio prazos. Para a corretora, questões negativas enfrentadas no ano passado, como a perda de market share, tendem a ser solucionadas ao longo do ano.

São destacados como pontos favoráveis à siderúrgica sua alta exposição ao mercado interno e o realinhamento das estratégias de desenvolvimento e execução a longo prazo. O anúncio de reajuste de preços a partir de agosto também traz otimismo, assim como a recente cisão dos ativos de mineração e logística, com a entrada de um importante player do mercado de trading de commodities, a Sumitomo.

Ganhos potenciais
Após encontro com executivos da empresa, a corretora enfatiza que os assuntos seguintes são estratégicos e aguardam importantes decisões da Usiminas. Boas deliberações podem trazer valorizações adicionais à ação, na opinião do analista Rodrigo Ferraz.
Usinas de Placas

Para a corretora, a definição quanto ao modelo final do projeto de expansão de produção de placas, que deve ser implementado na região de Santana do Paraíso até o final de agosto, é uma decisão de peso cuja estratégia deve influenciar a cadeia de valor do produto ao consumidor.


Minério de Ferro
Ainda que nos próximos anos a Usiminas utilize majoritariamente a produção de minério para consumo próprio, a partir de 2014 o volume projetado deve chegar a 25 milhões de toneladas por ano. Assim, mostra-se necessário escolher um novo local para o escoamento de minério de ferro.

Porto
Para Ferraz, a decisão final para o acesso ao porto de Itaguaí é um ponto essencial, até porque parte do pagamento adicional a ser realizado pela Sumitomo depende desta questão.

Novos Negócios
A Brascan acredita que um maior detalhamento para os negócios “Soluções Usiminas” e “Transformação do Aço” deve ajudar o mercado a separar e precificar corretamente a parte de siderurgia daquela ligada à agregação de valor.

Market Share
A recuperação do market share local, perdido ao longo do ano de 2009, para seus principais competidores, CSN e Arcellor Mittal, deve ser prioridade da empresa, a fim de trazer naturalmente os volumes de volta para a Usiminas.

Outras oportunidadesAlém das potencialidades da empresa já destacadas pela corretora, os projetos de infraestrutura, liderados pelo PAC, também devem aumentar a demanda por produtos siderúrgicos e levar alta aos papéis da companhia.

Além disso, a procura por chapas grossas, produto produzido apenas pela Usiminas no Brasil, também deve aumentar, impulsionada por grandes projetos no setor de óleo e gás, em especial para a exploração do pré-sal.

Pontos negativosO cenário externo à empresa consiste na principal preocupação em relação à Usiminas. “Uma possível implementação de alíquotas zero para a importação de aço pode impulsionar, ainda mais, a entrada de produtos estrangeiros, retardando o processo de recuperação das vendas por parte dos produtores locais ao longo deste ano” explica em relatório o analista da Brascan.

A restrição de crédito na China também é vista como ponto de temor, já que o país tem diminuído a demanda por aço.

Vale lembrar que em 2009, os altos custos dos insumos de produção, a mudança de gestão e os desdobramentos da crise econômica acabaram por afetar negativamente a percepção do mercado em relação à empresa, na opinião da Brascan.

Cenário Econômico Semanal – 19 a 23/Julho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

Em dia de agenda fraca e instabilidade dos mercados acionários globais - que abriram em queda e chegaram a subir mais de 1% - os principais índices financeiros do Brasil e dos EUA fecharam em alta nesta sexta-feira, acumulando ganhos na semana que se encerra hoje.
Durante este período, o mercado conheceu o resultado de dados da economia do Brasil e dos EUA. Os principais destaques, porém, surgiram de notícias que não estavam previstas na agenda econômica semanal.





Cenário Externo


A semana começou com dados do setor imobiliário norte-americano. A Associação Nacional dos Construtores de Casas (NAHB, na sigla em inglês) e o Wells Fargo informaram que o índice de preços de casas caiu em julho para 14 pontos, contra 17 pontos do levantamento de junho.
Já o índice da FHFA que também mede os preços das casas no país apresentou, em maio, alta mensal de 0,5%, contra avanço da taxa revisada, de abril, de 0,8%. Na comparação anual, os preços de casas caíram 1,2%.
Queda também das casas iniciadas em junho no país, de 5%, para 549 mil. O resultado veio muito abaixo do esperado e representa o menor nível em oito meses.
Além disso, a National Association of Realtors informou que as vendas de casas existentes recuaram 5,1% em junho na série com ajuste sazonal. A queda é resultado do fim dos estímulos para a compra de casas. O mercado estimava uma retração de 10%, para um total de 5,1 milhões.
Outro dado importante, o índice de indicadores antecedentes dos EUA recuou 0,2% em junho, depois de subir 0,5% em maio, resultado dentro do esperado pelo mercado. A queda do índice mostra que uma lenta recuperação da economia é esperada durante os próximos meses, com melhorias moderadas no núcleo industrial e lenta recuperação do setor de serviços, segundo relatório do Conference Board.
A semana também foi marcada pela temporada de balanços de empresas do país. Destaque para os balanços dos bancos, como o Morgan Staley, dono da maior corretora do mundo, que registrou lucro líquido no segundo trimestre do ano de US$ 1,96 bilhão, ou US$ 1,09 ação. No mesmo período do ano passado, a instituição teve prejuízo de US$ 149 milhões. Com isso, o lucro das operações continuadas foi de US$ 0,80 por ação.
Já o lucro do Goldman Sachs caiu 82% no segundo trimestre, para US$ 613 milhões, ou US$ 0,78 por ação, contra US$ 3,44 bilhões do mesmo período do ano passado. O mercado estimava um lucro por ação de US$ 1,99.
Outros acontecimentos também foram noticia nesta semana. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou na quarta-feira a lei de reforma o sistema financeiro no país, a maior desde a Grande Depressão.
A medida, que visa proteger os consumidores e garantir a estabilidade dos negócios em Wall Street, é promulgada dois anos depois do grave colapso financeiro que afetou o mundo todo e teve início na mercado do subprime.
No mesmo dia, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou durante discurso no Congresso que o panorama econômico do país continua "extremamente incerto" e que o Fed está pronto para tomar novas medidas para sustentar a recuperação caso a economia piore ainda mais.
De acordo com ele, as taxas baixas de juros ainda serão mantidas e são importantes para movimentar a máquina econômica. Apesar disso, o chairman descartou que haverá deflação no país.
Hoje, todas as atenções ficaram focadas nos testes de estresse dos bancos europeus. Trata-se de um exercício, que envolve 91 bancos de 20 países da União Européia, que simula uma situação de recessão. O resultado objetiva restaurar a confiança dessas instituições no continente.
Sete dos 91 bancos europeus avaliados foram reprovados, de acordo com o Comitê de Supervisão de Bancos Europeu. A Espanha liderou a lista, com muitos bancos de investimento reprovados. Na Alemanha, apenas uma entidade fracassou, assim como na Grécia. Todos os bancos portugueses, franceses, italianos, finlandeses e suecos foram aprovados.
Outra notícia relacionada à Europa foi o rebaixamento da perspectiva da Hungria feito pela Standard & Poor's, de estável para negativa. A agência de classificação de risco ameaçou ainda rebaixar o rating do país, aviso feito também pela Moody's. A justificativa seria a crescente incerteza no que diz respeito ao orçamento e às perspectivas econômicas do país, que recentemente rompeu as negociações com o FMI e União Européia.
Assim, o Índice Dow Jones registrou alta acumulada de 3,3%, aos 10424 pontos. Já o S&P teve ganhos de 3,6% na semana, aos 1102 pontos.





Veja gráficos abaixo:











Cenário Interno


No Brasil, a semana teve a divulgação de importantes dados da inflação no país, a começar com a Decisão do Copom sobre a taxa de juros, que foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano. O aumento ficou dentro da expectativa do mercado.
Para o fim de 2010, analistas esperam que a Selic fique em 12% ao ano. A projeção é do Relatório Focus, elaborado pelo BC. Para o final de 2011, a estimativa é que a Selic fique em 11,75% ao ano, a mesma estimativa há cinco semanas.
Outro indicador importante, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o seu Índice de Preços ao Consumidor, apurado no município de São Paulo, registrou variação de 0,12% na segunda quadrissema de julho. Na semana passada, o resultado havia sido um avanço de 0,10%.
Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,03%, no segundo decêndio do mês de julho. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 1,06%, ao passo que o IPC-S de 22 de julho de 2010 apresentou variação de -0,14%, taxa 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada na última divulgação. Esta foi a segunda desaceleração consecutiva do índice no mês de julho de 2010, de acordo com a FGV.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, teve variação de -0,09% em julho, taxa inferior à de junho (0,19%). Com esse resultado, a variação acumulada no ano ficou em 3,26%, maior que a de igual período do ano anterior (2,72%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 4,74%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (5,06%), informou nesta terça-feira o IBGE. Em julho de 2009 a taxa havia sido de 0,22%.
A FGV anunciou ainda que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - elevou-se em 1,1% entre junho e julho de 2010, ao passar de 118,7 para 120,0 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.
No mercado de trabalho, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego teve leve queda em junho, para 7%, a segunda menor da série histórica da entidade, iniciada em 2002. Houve queda de 0,5 ponto percentual em relação a maio e de 1,1 pp em relação a junho de 2009.
Desta forma, a Bovespa acumulou ganhos de 6,4% na semana, aos 66232 pontos, na máxima do dia.





Veja gráfico abaixo, seguido de tabela com as maiores altas e baixas do período, bem como relação dos ativos mais negociados:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM3
55,20
16,04%
MMX MINER
MMXM3
11,87
15,24%
FIBRIA
FIBR3
28,09
14,79%
BRADESPAR
BRAP4
36,40
14,47%
LLX LOG
LLXL3
8,25
14,42%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
CIELO
CIEL3
15,50
-3,85%
REDECARD
RDCD3
25,49
-2,56%
ROSSI RESID
RSID3
15,06
-2,52%
BRF FOODS
BRFS3
24,13
-1,75%
ULTRAPAR
UGPA4
86,00
-1,60%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,21
4.779.436.160,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,79
1.471.249.920,00
Exploração e/ou refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 38,50
801.798.304,00
Bancos
VALE
VALE3
R$ 48,17
682.530.512,00
Minerais metálicos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,70
673.846.880,00
Exploração e/ou Refino





Dólar:


O dólar comercial fechou em leve baixa na tarde desta sexta-feira, dia que começou com queda na Bovespa e terminou com os índices no azul.
Nesta sessão, a moeda norte-americana chegou a atingir máxima de R$ 1,7670, mas devolveu os ganhos após a confirmação de alta da Bolsa Paulista.
No final do dia, a divisa terminou com -0,06%, cotada a R$ 1,7600. Na semana, o dólar acumula queda de 1,5%.


Veja gráfico abaixo:


Dólar


PAX atualiza preço-alvo para os papéis do Bic Banco, com recomendação de compra

Por: Anderson Figo dos Santos
23/07/10 - 18h25
InfoMoney


SÃO PAULO - A PAX Corretora atualizou seu preço-alvo aos papéis do Bic Banco (BICB4) para R$ 16,98 cada, apresentando boas perspectivas para as operações nos próximos trimestres.

Em relatório assinado pelos analistas Francisco Holanda Júnior e Eduardo Dias, com assistência de Pedro Amaro, a PAX recomendou compra aos ativos, destacando que "o banco ainda é negociado a múltiplos abaixo do setor".

De acordo com a corretora, um dos principais catalisadores positivos para a instituição financeira é a retomada do crédito observada nos resultados do primeiro trimestre deste ano.

"Para o encerramento do ano, trabalhamos com uma carteira de crédito com crescimento ao redor de 40% frente a 2009", projetaram os analistas da PAX. Contudo, a equipe da corretora destacou que no segundo trimestre deste ano a carteira de crédito do banco deverá continuar crescendo, "mas com um pequeno arrefecimento de um dígito".

Gestão do passivo e follow on
A PAX ressaltou que o Bic Banco tem trabalhado na gestão do passivo, com diversificação e alongamento da dívida. Neste sentido, a corretora avaliou positivamente a captação de capital que o banco vem administrando nos últimos meses, tendo sido levantado ao longo de 2010 o total de R$ 607 milhões.

"Com esse ritmo de captação e sua devida homologação e enquadramento como dívida subordinada junto ao Banco Central, o Bic Banco deverá atingir o limite de 50% de TIER II*, frente ao TIER I", disseram os analistas. "Portanto, no segundo semestre de 2011 pode ser necessária uma captalização (follow on) para dar continuidade ao plano de expansão", completaram.

O melhor cenário para a NIM (margem financeira líquida anualizada), bem como a redução nas despesas e a perspectiva de continuidade da política de 40% de payout para 2010 também foram destacados positivamente pela equipe da PAX.


* TIER I, TIER II e TIER III são medidas internacionais de capital que servem para calcular níveis de solvabilidade dos bancos. Também chamados de taxa conjunta de capital.

Link corta recomendação da OHL, mas reitera sua visão otimista com a companhia

Por: Equipe InfoMoney
23/07/10 - 12h37
InfoMoney


SÃO PAULO - A despeito de seu otimismo com a OHL Brasil (OHLB3), a Link Investimentos optou pelo rebaixamento de sua sugestão para market perform (desempenho em linha com a média do mercado), por acreditar que o quadro bastante benéfico à companhia "já esteja precificado". Por sua vez, o preço-alvo projetado para dezembro permaneceu em R$ 53,00 - cifra equivalente a um potencial teórico de apreciação de 21,28% frente ao último fechamento. 
Maria Tereza Azevedo, analista que assina o relatório da corretora, explica que o corte na recomendação deve-se ao forte desempenho dos ativos ao longo deste ano, acumulando ganhos de 35,24%, e não a uma deterioração do valuation da companhia. “Em função da forte alta observada em 2010, alteramos o rating de outperform (desempenho superior à média do mercado) para market perform para os papéis OHLB3, sem alterações no investment case da companhia”, assinala.

Projeções otimistas
Dentre as razões para as perspectivas positivas sobre a companhia estão o crescimento do tráfego rodoviário no início deste ano e a previsão da corretora para os próximos meses, “com alta estimada entre 10-12% para 2010 para a OHL, com melhora expressiva do tráfego também nas rodovias federais do grupo”, comenta Azevedo.

Ademais, a analista aponta previsões de um forte crescimento da frota de veículos brasileira, o PAC II (segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento) e eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 como outros catalisadores de um bom desempenho da companhia.

Aquisições e licitações
Por último, a Link estima que a empresa poderá se beneficiar ainda de aquisições no mercado secundário e de possíveis participações em novas licitações.

CEBS/UE: 7 BANCOS NÃO PASSAM NO TESTE DE ESTRESSE NO PIOR CENÁRIO

Londres, 23 - Sete dos 91 bancos da União Europeia que foram submetidos aos testes de estresse não conseguiram atingir uma proporção de 6% de capital Tier 1 para ativos em dois cenários básicos, informou o Comitê de Supervisores Bancários Europeus (CEBS, na sigla em inglês). Os bancos que não passaram nos testes foram o grego ATEBank, o alemão Hypo Real Estate e cinco bancos de poupança espanhóis: Unnim,
Diada, Espiga, Banca Civica e Cajasur.

O CEBS afirmou que o montante total de capital que será injetado nesses bancos para levá-los a atingir a proporção de 6% de capital Tier 1 será de 3,5 bilhões de euros. O capital Tier 1 inclui ações ordinárias e preferenciais, reservas em dinheiro e certos outros títulos de longo prazo "híbridos".

O cenário mais adverso assumiu uma queda de 3 pontos porcentuais no Produto Interno Bruto (PIB) na União Europeia durante os próximos 18 meses, efetivamente implicando em uma modesta dupla recessão e em um renovado surto de volatilidade nos mercados de bônus dos governos.

Os formadores de política da União Europeia esperam que a publicação dos resultados reduza as preocupações dos investidores com a saúde do sistema bancário e com o potencial custo para os contribuintes do reparo dos problemas. No entanto, os testes não tomaram explicitamente como modelo um cenário que inclua default soberano, refletindo um argumento político de confiança de que nenhum membro da União Europeia ou da área do euro em particular possa declarar default.

Assim, o "choque de risco soberano" incluído nos testes pede apenas que os bancos assumam as perdas com os bônus soberanos que eles vão manter em seus livros de operações, e não aqueles bônus que vão manter até o vencimento. As informações são da Dow Jones. (Danielle Chaves)

Fonte: AE Broadcast