terça-feira, 12 de julho de 2011

Bradesco Corretora revê estimativas e reduz preço-alvo para a Vale

12 de julho de 2011 • 14h29Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO – A Bradesco Corretora revisou para baixo seus preços-alvo para as ações da Vale (VALE3,VALE5), por conta de um cenário macroeconômico mais conservador e as perspectivas de menor demanda por minério de ferro devido ao crescimento mais gradual da China.
Os novos targets da corretora para os ativos da Vale são de R$ 61,00 para os papéis preferenciais classe A e de R$ 71,00 para as ações ordinárias da companhia ao final de 2011, com potenciais de valorização de 33,75% e 40,15%, respectivamente, em relação às últimas cotações de fechamento.
Fortes resultados no 2T11
Entretanto, a analista Cristiane Viana ressalta que a Vale deverá apresentar fortes resultados operacionais no segundo trimestre deste ano, como resultado do aumento de 20% do preço do minério de ferro no primeiro semestre de 2011 e do maior volume de vendas da companhia.
Para o segundo trimestre, a Bradesco Corretora prevê um crescimento de 35,8% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da mineradora em relação ao primeiro trimestre deste ano e um aumento de 70,6% se comparado ao mesmo período de 2010.
Recomendação de compra mantida
Apesar do cenário desfavorável, a corretora visualiza um potencial de valorização consistente para a Vale e mantém a recomendação de compra para os papéis da companhia, prevendo retorno de curto a médio prazo.
"É importante ressaltar ainda que classificamos como exagerada a reação do mercado em relação às preocupações internas", avaliou Cristiane. A corretora ainda reforça que os papéis da Vale continuam inseridos em suas carteiras recomendadas.

Vale e Petro seguem como as mais citadas nas carteiras recomendadas de julho

12 de julho de 2011 • 16h33Por: Nara Faria
SÃO PAULO - As principais blue chips negociadas na bolsa brasileira seguem como as ações mais citadas nas carteiras recomendadas por bancos e corretoras em 2011. Assim como nos outros meses do ano, os papéis preferenciais classe A da Vale (VALE5) foram os mais recomendados em julho, sendo citados em 24 dos 37 portfólios monitorados pela InfoMoney - em junho, essas ações foram vistas em 22 das 37 carteiras compiladas.
A segunda posição foi mantida pelos papéis PN Petrobras (PETR4), recebendo 17 recomendações em julho, a mesma quantidade de junho. Em terceiro lugar aparecem as ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4), com 16 indicações, uma a mais que o mês anterior.
Ao todo, 37 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Amaril Franklin, Ativa, Banif, Bank of America Merrill Lynch, BB Investimentos, BNP Paribas, Bradesco (2 carteiras), Citigroup, Coinvalores, Fator, Geração Futuro, Geral, Gradual, HSBC, Itaú Top 5, Link, Magliano (2 carteiras), Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Planner, Santander, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, Spinelli, TOV, Um Investimentos, Votorantim, Walpires, Win Trade e XP (2 carteiras).
Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em julho, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.
Vale: cenário do setor permanece positivo
As ações da Vale continuam no topo das recomendações no mês de julho diante de um cenário ainda bastante positivo para o setor de mineração, com o preço do minério de ferro, cobre e níquel mantendo-se em movimento de alta. Além disso, para a SLW  Corretora, a companhia segue na esteira dos bons resultados no primeiro trimestre de 2011 e na perspectiva de resultados ainda melhores para o segundo trimestre, previsto para ser divulgado no dia 28 de julho.
Para a estrategista da Ativa Corretora, Mônica Araújo, outro motivo que mantém o otimismo em relação aos papéis da Vale, que há sete semanas seguidas apresentam as maiores altas, é a linha de gestão do novo presidente, Murilo Ferreira, que não mostrou grandes alterações em relação à vitoriosa administração anterior de Roger Agnelli.  "Do ponto de vista político, pouca coisa mudou com relação à sinalização de estratégia da companhia nesse primeiro mês completo de mandato do Sr. Murilo Ferreira, mantendo o objetivo declarado no início da gestão de gerar valor para os acionistas da empresa", explica Araújo.

Já a Geral Investimentos destaca que a empresa encontra-se com um valuation bastante atrativo em comparação aos seus pares internacionais. Além disso, o caixa destinado para o médio e longo prazo (em torno de US$ 24 bilhões) deve deve ser trasformado em dividendos para os acionistas, devido à dificuldade de entregar os projetos marcados para daqui dois ou três anos em função de gargalos existentes no setor.
"Consequentemente, a oferta por minério tende a continuar escassa nos próximos dois a três anos, mantendo os preços em patamares elevados", explica a corretora por meio de seu relatório.
OPA da Valefert e recompra de ações
Entre as notícias sobre a companhia que mexeram com as ações durante o mês de junho, destaca-se o anúncio da OPA (Oferta Pública de Aquisição) da totalidade das ações de emissão de sua subsidiária, a Vale Fertilizantes (FFTL4). O valor por ação ofertado pela Vale foi de R$ 25, o que colaborou para uma disparada de quase 25% nos papéis da Valefertno pregão posterior ao anúncio - já que esses ativos haviam fechado a sessão anterior a R$ 18,90.
Além disso, o programa de recompra das ações da companhia, anunciado no final de junho, também animou os investidores. Segundo a Gradual Investimentos, o valor pode atingir US$ 3 bilhões, e "sinaliza a leitura da Vale de que o desconto de suas ações pelo mercado é excessiva". Um dia depois ao anúncio, as ações da mineradora figuraram entre as principais altas do pregão.
Petrobras: planos de negócios animam investidoresO setor de petróleo e gás tem passado por um período conturbado e de grande volatilidade devido à aversão ao risco que voltou à tona com as dificuldades financeiras vividas na Zona do Euro.
No entanto, no mercado interno, as atenções continuam voltadas para o pré-sal e para os investimentos na Petrobras, o que mantém as ações da empresa em segundo lugar entre as mais citadas nas carteiras recomendadas. "Além disso, a companhia está para anunciar seu plano de negócios para  os próximos quatro anos, que o mercado aguarda com grande expectativa", analisa a corretora SLW em relatório. 
Segundo a corretora, a notícia de que o BG Group elevou suas estimativas sobre as reservas que detém na bacia de Santos, as quais aPetrobras é a sua principal parceira, colabora com a visão otimista sobre o potencial da companhia.
"Além disso, nota-se que as ações da estatal estão descontadas em relação aos seus peers, abrindo espaços para as oportunidades de compra", explica a equipe da analistas da Um Investimentos, comandada pelo analista Gustavo Hon.
Itaú Unibanco se mantém no topoOs papéis do Itaú Uninanco apresentaram alta de 1,9% em junho, desempenho consideravelmente acima do Ibovespa no mesmo período - o índice recuou 3,43% no mês -, fato que colaborou para que as ações da companhia permanecessem no terceiro lugar entre as mais recomendadas nas carteiras de julho.
De acordo com Mônica Araújo, da Ativa, esse desempenho acima do índice deve-se a um menor temor sobre a possibilidade de novas medidas macroprudenciais que, com a desaceleração do crédito, tornaram-se menos prováveis. Para a corretora, o Itaú Unibanco deverá sustentar bons resultados em 2011, alinhado com a visão do próprio banco, que projeta evolução entre 16% e 20% para sua carteira de crédito este ano. 
Além disso, se por um lado o aumento da taxa de juros preocupa o mercado, por outro a notícia deve favorecer os resultados do Itaú Unibanco, na opinião da Citi Corretora. Este favorecimento deve ocorrente via aumento dos "spreads" e resultados de intermediação financeira, explica o Citi. Diante deste cenário, os analistas do banco esperam que o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) do banco seja de 25% nos próximos anos e que 40% das sinergias da fusão entre o Itaú e o Unibanco sejam capturados ainda em 2011.

Goldman Sachs reduz preço-alvo de PDG e Even, mantidas suas top picks no setor

12 de julho de 2011 • 17h30Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO – O Goldman Sachs revisou para baixo suas estimativas de preços-alvos para PDG Realty (PDGR3) e Even (EVEN3). Contudo, mesmo com essa redução, ambas as companhias continuam com recomendação de compra – as únicas do setor com esse call para o banco – e continuam como top picks enttre as imobiliárias. 
Isso fica claro quando visto que o potencial de valorização teórico da PDG, que agora possui uma projeção de R$ 13,00 para 12 meses, é de 54,58%. Já a Even, atualmente com estimativa de R$ 11,50 em 12 meses, tem um potencial 49,16%. 
Os analistas do banco, Leonardo Zambolin e Bianca Cassarino, afirmam que devido à percepção negativa para o setor, o ideal é mitigar o risco através da exposição à bons executores – entre os quais, se destacam PDG e Even. 
PDG tem melhores perspectivasNa visão de Zambolin e Bianca, a empresa é a que possui melhor combinação entre riscos de execução, lucratividade, crescimento e valuation. Além disso, os analistas ressaltam as suas operações diversificadas por produto e região, além de possuir fortes volumes de vendas. 
Além disso, a companhia continua a exceder expectativas, mesmo com o aumento de nível em suas construções e entregas recentes. De acordo com Zambolin e Bianca, a empresa continuará a exceder, visto o seu modelo de negócios altamente integrado. 
Contudo os analistas são mais conservadores em relação à sinergias e ganhos de eficiência advindos da integração com a Agre, tendo em vista a deterioração das perspectivas para o setor. Porém, a queda no preço-alvo, de 4%, se dá graças ao menor crescimento das perpetuidades. 
Even está praticamente empatadaA Even é outra que oferece uma boa oportunidade, visto que a companhia continua a devolver crescimento, com uma boa execução e lucratividade. 
Zambolin e Bianca lembram que a companhia tem um modelo de negócios completamente integrado, com 100% de suas obras cuidadas “internamente” e como a companhia possui o dobro da capacidade de construção necessária para 2011, ela também deverá lidar confortavelmente com o ano. 
Outros fatos positivos a serem ressaltado pelos analistas é o foco em projetos menores, que levam menos tempo para serem lançados e a liderança no segmento de renda-média, que atualmente inclui 90 milhões de pessoas e oferece proteção contra a inflação – uma das maiores preocupações do banco para o setor.

Barclays atualiza estimativas e eleva preço-alvo para ações da Sabesp e Copasa

12 de julho de 2011 • 18h13Por: Tatiane Monteiro Bortolozi
SÃO PAULO - Reiterando seu otimismo com o setor de saneamento, o Barclays elevou o preço-alvo para asações da Sabesp (SBSP3) e Copasa (CSMG3), mantendo a recomendação de overweight (retorno superior ao setor de cobertura pelos próximos 12 meses) para ambas. Enquanto a sugestão de preço para os papéis da Sabesp passou de R$ 50 para R$ 62, a elevação das projeções para Copasa foi um pouco menor, de R$ 34 para R$ 40. Os novos targets implicam upsides potenciais de 32,8% e 29,4%, respectivamente, segundo o fechamento de segunda-feira (11).
As revisões feitas pelos analistas Felipe Mattar, Sergio Conti e Bruno Pascon são justificadas pela incorporação dos lucros do primeiro trimestre, a atualização de estimativas macroeconômicas, e o aumento da visibilidade de notícias sobre as revisões tarifárias.
Além disso, os papéis das duas companhias brasileiras estão bastante descontados em relação aos seus paresglobais. As ações da Sabesp e Copasa são negociadas em 4,1vezes e 4,5 vezes, contra 8,5 vezes de seus pares globais, tomado o EV/Ebitda entre 2011 e 2013.
Sabesp é mais interessante nos próximos 12 mesesO Barclays considera a Sabesp uma opção mais interessante para os próximos doze meses, enquanto a Copasa ficaria mais interessante para os próximos 18 meses. A ARSESP (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) já definiu o calendário regulatório e os parâmetros para a revisão tarifária. Desta forma, os principais catalisadores mais interessantes da Sabesp devem vir entre os próximos 6 a 9 meses.
A Sabesp é negociada com IRR (Taxa Interna de Retorno) implícita de 11%, contra 11,8% da Copasa. O prêmio das ações da Copasa sobre a Sabesp, segundo o Barclays, não é suficiente para justificar a falta de liquidez das ações da primeira sobre a segunda, que possui uma líquida média diária de US$ 3,5 milhões, frente aos US$ 23,6 milhões da Sabesp.

Santander eleva preço-alvo para Randon, mas mantém recomendação de compra

11 de julho de 2011 • 12h05Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO – O Santander introduziu seu preço-alvo de 2012 para as ações da Randon (RAPT4), mantendo a recomendação de compra. De acordo com os analistas da companhia a projeção é de R$ 18,50, um potencial de valorização teórico de 54,94%, ante o fechamento de segunda-feira (11).
Para os analistas Daniel Gewehr e Bruno Giardino, que possuem a Randon como uma de suas favoritas no universo de bens de capital, comprar ações da empresa é uma boa oportunidade para participar do crescimentodo setor de transportes e logística no Brasil.
Novas estimativasGewehr e Giardino também elevaram suas perspectivas para as vendas da companhia, em 5%, para R$ 4,10 bilhões, superior inclusive ao guidance da própria Randon, que é de R$ 3,9 bilhões. Além disso, aumentaram a estimativa do Ebitda (geração operacional de caixa) em 3% para R$ 628 milhões. 
Contudo, eles diminuíram as estimativas para a margem Ebitda (geração operacional de caixa em relação à receita líquida), agora esperada em 15,3%. Em 2012, as margens deverão ser piores, o que o fez revisar para baixo o Ebitda do ano seguinte, para R$ 665 milhões. 
Novas estratégiasA companhia deverá também divulgar seu plano de investimentos de longo prazo em breve, o que deverá ser um catalisador para as ações. A empresa terá como como opção de se expandir o crescimento de suas operações internacionais, maior exposição à Ásia, e crescimento do portfólio de partes. 
Os analistas também ressaltam a contratação de uma pessoa exclusiva para dirigir fusões e aquisições da companhia e a não intenção de construir uma fábrica apenas de trens, o que é positivo já que o mercado é muito volátil, além do incremento da produção de sistemas, mais defensivos quando comparados à componentes isolados.