sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cenário Econômico Semanal – 17 a 21/Maio

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

A terceira semana de maio foi marca por fortes perdas nas bolsas de valores de todo o mundo. Entre os motivos para tanta desvalorização está o temor de um maior controle dos governos nos mercados financeiros. Medidas neste sentido surgiram na Alemanha e também nos Estados Unidos.

A piora do desempenho das bolsas começou quando a Alemanha decidiu proibir as operações de vendas descobertas. Além disso, os representantes do país defenderam que medidas semelhantes fossem adotas por outros países da Europa. Com isso, os mercados voltaram a acumular perdas.

No caso dos EUA, o Senado do país aprovou uma medida para ampliar a reforma que o governo quer fazer em todo o sistema financeiro do país. Inicialmente, os mercados, principalmente em Wall Street, não reagiram bem. No entanto, no decorrer da sexta-feira houve uma recuperação.





Cenário Interno


No Brasil, o forte crescimento da economia começa a preocupar. No relatório Focus, analistas apostam em avanço do PIB 6,3% em 2010. Com isso, a elevação do IPCA, a inflação oficial, também voltou a se expandir, indo para 5,54%%, se distanciando do centro da meta estipulada pelo Banco Central.

Chamaram a atenção também dos investidores dois importantes indicadores de inflação. No caso da segunda prévia de maio do IGP-M, o avanço dos preços chegou a 0,95%, ante 0,50% de abril. O IPCA (15) subiu para 0,63%, contra 0,48% da pesquisa anterior.

O fechamento de sexta-feira no azul do principal índice da bolsa paulista fez com o mercado brasileiro reduzisse as perdas da semana. No acumulado do período, o Ibovespa perdeu 5,0% e encerrou com 60.259 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo do índice:


Ibovespa





As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
LOJAS RENNER
LREN3
43,57
6,82%
MRV
MRVE3
11,53
6,03%
CPFL ENERGIA
CPFE3
37,80
4,28%
GAFISA
GFSA3
10,86
1,59%
SOUZA CRUZ
CRUZ3
67,27
1,46%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
MMX MINER
MMXM3
9,19
-13,71%
TAM S/A
TAMM4
24,91
-11,51%
B2W VAREJO
BTOW3
29,78
-10,33%
USIMINAS
USIM3
44,59
-9,77%
USIMINAS
USIM5
45,61
-9,05%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 40,10
3.971.910.080,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,69
2.757.534.560,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 15,23
1.638.300.064,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 33,50
1.158.042.976,00
Bancos
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 11,06
1.111.291.696,00
Serviços Financeiros Diversos





Cenário Externo


A Europa foi, mais uma vez, o grande centro da pauta dos investidores internacionais na terceira semana de maio. Mais uma vez a preocupação com a contaminação das economias do bloco penalizou as bolsas e o euro, que chegou ao menor valor ante ao dólar em quatro anos.
Declarações feitas por representantes do governo alemão prejudicaram o mercado. Primeiro foi a vez da chanceler Angela Markel, que afirmou que o euro estava seriamente ameaçado e que a situação da Europa era a mais grave em décadas. Já o ministro das Finanças, Wolfgnag Schaeuble, defendeu medidas rígidas de controle e declarou que os mercados estão descontrolados.
Entre os indicadores da economia dos EUA, destaque para o registro de deflação tanto no índice de preços ao produtor, quanto no de preços ao consumidor. Além disso, dados do mercado imobiliário mostram que o setor está longe de uma total recuperação da crise que teve início em 2007.

Neste cenário, os principais índices acionários da Europa acumularam perdas. No caso do Dow Jones, o recuo foi de 4%, encerrando sexta-feira aos 10.193,4 pontos. Já o S&P 500 caiu 4,2% aos 1.087,69 pontos.


Confira os gráficos de longo prazo:


Dow Jones
SP 500





Dólar:


A crise que atingiu o mercado cambial em todo mundo afetou principalmente o euro ante ao dólar. Em um contexto de incertezas, os investidores buscaram a segurança em aplicações mais seguras, como é o caso da divisa norte-americana.

No Brasil, o dólar registrou ganho na semana de 3,1% a R$ 1,8610 para a venda e R$ 1,859 para a compra.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar



Enfoque Informações Financeiras






PETROBRAS CONVOCA ASSEMBLEIA DIA 22/06 SOBRE AUMENTO DE CAPITAL

São Paulo, 21 - O conselho de administração da Petrobras convoca assembleia geral extraordinária para o dia 22 de junho para deliberar sobre alteração dos artigos do Estatuto Social que definem o capital autorizado da companhia, limitando o valor total e a quantidade máxima de ações a serem emitidas e delegando ao conselho de administração a aprovação do aumento de capital.

A empresa propõe a alteração de limites dos atuais 200 milhões de ações preferenciais para 2,4 bilhões de papéis, mantido o montante atual de R$ 60 bilhões. Já no caso das ordinárias, a quantidade máxima de ações seria de 3,2 bilhões ONs, ou R$ 90 bilhões.

Assim, a companhia espera que os acionistas aprovem a alteração dos limites de capital autorizado de um total de R$ 60 bilhões para R$ 150 bilhões, sendo que o número de ações, somadas ON e PN, passe de um limite de 200 milhões para 5,6 bilhões de papéis.

A empresa ressalta que os limites submetidos à AGE não representam o valor da oferta pública de ações a ser realizada. (Equipe AE)

Fonte: AE Broadcast

Morgan Stanley eleva recomendação de papéis da Totvs para "overweight"

Por: Equipe InfoMoney
21/05/10 - 13h51
InfoMoney


SÃO PAULO – O Morgan Stanley elevou a recomendação para as ações da Totvs (TOTS3) de “equal-weight” (em linha com o mercado) pra “overweight” (desempenho acima do mercado).

Para a analista Tatiana Feldman, essa melhora do case da Totvs é resultado de uma perspectiva mais otimista para a empresa. “As margens da empresa hesitaram no primeiro trimestre deste ano, mas esperamos que com as questões da integração resolvidas elas devem voltar a crescer”, fala.

Boa posição
Tatiana adiciona que a Totvs está bem colocada em uma pesquisa feita pelo banco para avaliar as pequenas e médias empresas  brasileiras. Para eles, a empresa está bem posicionada para se beneficiar das oportunidades do setor de software, evidenciado no crescimento da confiança em suas estimativas.


“Seu portifólio segmentado, estratégia de canal e escala devem aumentar a importância de suas vantagens competitivas”, destaca a analista. Para Tatiana, a melhora das margens operacionais e financeiras da companhia deve ser gradual, mais consistente.

O Morgan Stanley estima um preço-alvo de R$ 180,00 para as ações da empresa no final do ano, o que permite um potencial teórico de valorização de 54% ante o preço do último fechamento (R$ 116,50).

Análise técnica destaca queda do Ibovespa e papel da CSN sobrevendido

Por: Rafael de Souza Ribeiro
21/05/10 - 08h47
InfoMoney


SÃO PAULO - Em mais um dia de realização forte nos mercados, o Ibovespa encerrou a sessão da última quinta-feira (20) sobre a região dos 58.000 pontos, voltando para a resistência verificada no começo de setembro do ano passado.

Apesar de importante, Marlo Barcelos, analista da Investor, vê como principal objetivo o patamar dos 55.000 pontos, tendo em vista a projeção de baixa formada em função da perda dos 60.000 pontos na última quarta-feira (19).

Na visão de Barcelos, o cenário para o Ibovespa continuará pessimista no curto e médio prazo caso não retome os 61.000 pontos nos próximos dias. Passado tal região, o mercado enfrentará os 66.000 pontos, ponto culminante para a mudança da tendência de baixa do índice.

Em relação aos indicadores técnicos, atualmente sobrevendidos, os analistas da Focques-Ceccato Analistas Técnicos destacam o IFR (Índice de Força Relativa) diário e semanal do Ibovespa extremamente baixos, abrindo espaço para compras futuras caso haja sinalização de reversão no curtíssimo prazo.

Papel em destaque
De olho na forte queda do indicador técnico, a equipe da Focques destaca o papel ordinário da CSN (CSNA3), que encontra-se sobre o suporte dos R$ 25,00 e com o IFR diário próximo dos 20 pontos após nove sessões consecutivas de queda.


Caso se sustente acima dos R$ 24,95, os analistas sugerem entrada logo acima do suporte, com stop loss em R$ 24,50. Acima deste patamar, resistência nos R$ 25,65, R$ 26,00 e R$ 27,60.

Abaixo da região dos R$ 25,00, o papel segue para R$ 24,50 e R$ 24,11, mínimas verificadas entre agosto e setembro do ano passado, com a consequente queda do IFR abaixo da mínima histórica marcada em 19 pontos.

Citigroup reduz preço-alvo para Localiza, mas mantém sugestão de compra

Por: Equipe InfoMoney
21/05/10 - 08h46
InfoMoney


SÃO PAULO - O Citigroup elevou as estimativas para a Localiza (RENT3) e reiterou a recomendação de compra para os papéis da empresa, mas reduziu o preço-alvo ao incorporar múltiplos mais conservadores, mostrou análise divulgada na quinta-feira (20).

O relatório assinado por Stephen Trent e Virginia Costa rebaixou o preço-alvo dos ativos para R$ 23,75, ante R$ 26,00, com um potencial teórico de valorização de 34,2%, considerando a cotação de fechamento da véspera. O múltiplo EV/Ebitda foi reduzido para 8,6x, ante 10,5x, enquanto o P/L passou para 16,1x, frente a 19x.

Estimativas
O Citigroup espera que a Localiza apresente lucro líquido de R$ 225 milhões em 2010, R$ 232 milhões em 2011 e R$ 341 milhões em 2012, enquanto as projeções para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado são de R$ 
610 milhões, R$ 662 milhões e R$ 796 milhões respectivamente.

Sobre o cenário para a empresa, o banco considera que é positivo o baixo impacto da volatilidade cambial nos resultados financeiros e o aumento da concorrência no setor aéreo, que pode aumentar o número de passageiros e consequentemente o número de clientes potenciais para a Localiza.

Os analistas ainda citam a geração de caixa de R$ 295 milhões em 2009, que surpreendeu alguns investidores. Na visão dos analistas, o número é justificado pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e pela resiliência do Brasil ante a crise de 2008 e 2009.