domingo, 3 de abril de 2011

XP eleva peso de AES Tietê e Grendene em carteira focada em dividendos para abril

Por: Equipe InfoMoney
01/04/11 - 19h13
InfoMoney



SÃO PAULO - A XP Investimentos apresentou sua carteira recomendada para abril com foco em dividendos, sem promover alterações, apenas ajustes de peso. Assim, as ações da Grendene (GRND3) e da AES Tietê (GETI4) tiveram suas participações elevadas, ao passo que as ações da Eternit (ETER3) seu peso reduzido. 


Segundo a corretora, a elevação do peso reproduz os dividendos já anunciados para o mês de abril. Tendo em vista que a Eternit já anunciou proventos em março e não havendo nenhum driver de curto prazo para as ações da empresa, a XP julgou conveniente reduzir sua exposição. 


Avaliando o cenário no mês de março, a corretora se diz satisfeita com o desempenho de sua carteira, afirmando que em um mês de extrema volatilidade, com eventos que "sacudiram" os mercados, os investidores procuraram proteção em ativos "resilientes". Com esse movimento, os papéis das empresas de telefonia, setor elétrico e concessões rodoviárias registraram forte alta. 


Desempenho
Em março, a carteira recomendada pela XP teve uma expressiva alta de 7,5%, enquanto o Ibovespa apresentou valorização de 1,8%. A equipe da corretora ainda enfatiza que todas as ações do portfólio superaram o índice. No ano, o portfólio recomendado acumula ganhos de 1,2%, permanecendo acima do Ibovespa, que recuou 1,0% no período. 



O destaque positivo ficou com a Brasil Telecom (BRTO4), que subiu 16% impulsionada pela entrada da Portugal Telecom no capital da Telemar. "Acreditamos que a definitiva entrada da Portugal Telecom no capital da Telemar, controladora da Brasil Telecom, venha a melhorar a governança da mesma", destaca a XP.


Confira a carteira da XP dividendos para abril:
EmpresaCódigoPeso
Coelce PNACOCE520%
Grendene ONGRND325%
Eternit ONETER315%
AES Tietê PNGETI420%
Brasil Telecom PNBRTO420%

Cenário: Otimismo leva bolsas a acumularem alta na semana

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal
Otimismo leva bolsas a acumularem alta na semana




A semana foi marcada por uma tranqüilidade e pela retomada do otimismo dos investidores nos principais mercados acionários do mundo. O movimento de alta acontece devido ao noticiário positivo nos Estados Unidos e apesar do noticiário negativo de Portugal e Irlanda.

Os dois países europeus sofreram com a redução do rating por parte das agências de classificação de risco. No caso irlandês, foi anunciada uma ampla reforma no sistema bancário.

Por o principal índice, o Ibovespa, se estabeleceu novamente no patamar de 69 mil pontos, com uma ampla entrada de dólar no país e a conseqüente desvalorização da moeda americana.





Cenário Externo


Os principais indicadores da semana nos EUA foram voltados ao mercado de trabalho. O primeiro a ser divulgado foi o da renda pessoal do trabalhador americano, que apresentou desaceleração em fevereiro, enquanto os gastos do consumidor apresentaram a maior alta desde julho de 2008. Os dados foram divulgados a pouco pelo Departamento de Comércio do país. O núcleo do PCE, que exclui preços de alimentos e energia, subiu 0,2% pelo segundo mês consecutivo.

No caso das vendas de casas pendentes registraram em fevereiro, foi registrada uma alta de 2,1%, informou a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis. Com o avanço, o índice atingiu 90,8 pontos no período, e teve a primeira alta em três meses.

No dia seguinte, mais um dado do setor imobiliário. O índice de preços de imóveis S&P Case Shiller recuou em dezembro 0,9%, pela terceira vez consecutiva. O resultado, apesar de negativo, veio dentro do esperado pelo mercado.

Pouco mais tarde foi informado que a confiança do consumidor, medida pelo Conference Board, em março teve sua maior queda mensal em mais de um ano. As preocupações com a alta dos preços e os salários estagnados são os principais motivos do resultado, de 63,4 pontos

Na quarta-feira, a consultoria Challenger, Gray & Christmas, Inc. relatou que o número de demissões planejadas pelas empresas dos EUA caiu em março, apesar da redução contínua de vagas de trabalho no setor público. Os empregadores anunciaram 41.528 cortes de empregos para este mês, 18% menos do que os 50.702 cortes anunciados em fevereiro.

Já o setor privado registrou em março a criação de 201 mil vagas de trabalho, de acordo com relatório da consultoria ADP.  O resultado veio dentro do esperado pelo mercado. Em fevereiro, o dado foi revisado para baixo, em 208 mil vagas criadas, contra estimativa anterior de 217 mil.

No outro dia, os novos pedidos de auxílio-desemprego registraram na semana passada queda em 6 mil solicitações, e atingiram total de 388 mil, informou na quinta-feira o Departamento de Trabalho do país.

Finalmente na sexta-feira, foi divulgado que o mercado de trabalho mostrou em março que está ganhando força, com a geração de 216 mil empregos e a redução da taxa de desemprego do país para 8,8%. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Trabalho americano.
Com este cenário, o Dow Jones fechou a semana acumulando ganhos de 1,3% aos 12.377 pontos, enquanto o S&P somou valorização de 1,4% aos 1.332,38 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


A entrada constante de dólar no Brasil contribuiu para o importante ganho do Ibovespa na semana. O período foi marcado pela divulgação de índices de inflação e outros importantes termômetros econômicos.

Entre eles o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - reduziu-se em 2,0% entre fevereiro e março de 2011, ao passar de 122,6 para 120,1 pontos.
Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas ficou praticamente estável entre fevereiro e março de 2011, ao passar de 112,5 para 112,4 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.
No caso do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), houve variação 0,62%, em março, sendo que em fevereiro o índice variou 1,00%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O ganho do Ibovespa no acumulado da semana foi de 2,1%, com o indicador voltando a transitar no patamar dos 69 mil pontos, e encerou com 69.268 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
LLX LOG
LLXL3
5,25
11,46%
BMFBOVESPA
BVMF3
12,27
10,04%
CESP
CESP6
32,02
8,76%
BRASKEM
BRKM5
22,25
8,11%
CEMIG
CMIG4
32,36
7,90%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM3
27,67
-5,56%
TELESP
TLPP4
39,48
-3,24%
OGX PETROLEO
OGXP3
19,30
-2,82%
TIM PART S/A
TCSL3
8,27
-2,13%
TAM S/A
TAMM4
32,00
-1,54%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 47,15
2.504.555.200,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 28,63
1.459.745.056,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 38,84
957.039.824,00
Bancos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 19,35
812.347.216,00
Exploração e/ou Refino
BRADESCO
BBDC4
R$ 33,50
808.586.272,00
Bancos





Dólar:


Bem que o Governo tentou conter a queda do dólar. Aumentou o IOF das compras com cartão de crédito no exterior e atuou firmemente no mercado de câmbio. A autoridade monetária chegou a mudar a estratégia e fez até três leilões por dia para mexer com o mercado.

No entanto, as ações o BC pouco surtiram efeito. A alta taxa de juros e atratividade do mercado brasileiro para investimentos devido ao bom memento do Brasil falam mais alto. Com isso, o dólar acumulou queda de 3,0% a R$ 1,6120.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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