quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Indicadores EUA - 13h/13h30

EUA: Pedidos de fábrica: 1,0% ; previsão: 0,5%
EUA: Vendas lojas em cadeia (A/A): 3,0%; previsão: não há

Fonte: Bloomberg

Indicadores EUA - 11h30

EUA: Produtividade de produtos não agrícolAs: 6,2%; previsão: 6,5%
EUA: Custo da mão-de-obra: -4,4%; previsão: -3,5%
EUA: Novos pedidos de auxílio-desemprego: 480K; previsão: 455k
EUA: Seguro-desemprego: 4602K; previsão: 4581k

Fonte: Bloomberg

Próximos Indicadores

13h00:
 Pedidos de fábrica

13h30:
 Vendas joas em cadeias (A/A)

ATA CONFIRMA EXPECTATIVAS E SINALIZA COM ALTA DE JUROS EM BREVE

São Paulo, 4 - Exatamente como esperavam analistas ouvidos pela Agência Estado, a ata do Copom elevou o tom na avaliação dos riscos de inflação em relação ao documento de dezembro. Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) mais alto, crédito em expansão, mercado de trabalho aquecido e expectativas de inflação foram apresentados pelo Banco Central como fonte de pressão. E, por causa disso, fica muito mais forte a expectativa de que o BC voltará a subir os juros nos próximos meses. O que deve inibir a aposta de que a alta da Selic ocorrerá já na reunião
de março é o fato de as projeções de inflação estarem ainda em linha com o centro da meta. Mas o BC foi enfático na mensagem de que está atento e que, a qualquer sinal de piora das projeções, ele vai agir.

Embora as projeções para o IPCA em 2010 e 2011 no cenário de referência do BC estejam em linha com o centro da meta, a ata destaca que todas as medidas de núcleo de inflação, no critério da variação acumulada em doze meses, subiram. E duas das medidas superaram a meta para a inflação. O BC reitera, ao longo do documento, que o comportamento das expectativas de inflação - que já vêm subindo - é que vai determinar se haverá ou não generalização das pressões de alta de preços.

No parágrafo 9, o BC chama a atenção para o fato de o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) medido pela FGV ter atingido 83,8% em dezembro, ante 82,9% em novembro, patamar superior à média observada nos últimos cinco anos. Especificamente no caso da indústria de bens de consumo e material de construção, o Nuci também está acima das respectivas médias dos últimos cinco anos. A ata alerta ainda que a redução da margem de ociosidade, resultado da expansão da atividade, não é integralmente compensada pela maturação de projetos de investimento.

Já o comércio, tratado no parágrafo 8, tem sua trajetória sustentada pelas transferências governamentais e pelo crescimento da massa salarial real, mas deve ser também afetado pela recuperação das condições de acesso ao crédito e pela evolução da confiança dos consumidores. A ata também aponta o mercado de trabalho como uma variável em recuperação. O documento diz que os aspectos benignos predominam em relação aos sinais de perda de vigor. No documento anterior, o BC havia usado a palavra "resiliência" para falar sobre o comportamento do emprego.

No parágrafo 22, a ata também volta a mencionar o efeito da oferta de crédito como um fator de pressão. O documento diz que os efeitos cumulativos e defasados da distensão das condições financeiras e do impulso fiscal e creditício (este último não havia sido citado na ata de dezembro) representam o principal risco para o cenário de inflação. Já do lado externo, a preocupação é o comportamento dos preços das
commodities. O parágrafo 18 já havia mencionado que a "trajetória dos índices de preços ao produtor evidencia retomada, ainda que incipiente, de pressões inflacionárias externas". E que a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica "poderia deixar de ser benigna, se persistir considerável incerteza sobre o comportamento de preços de ativos e commodities". É bom lembrar, no entanto, que os preços das commodities cederam recentemente - o que levou o Banco Central da Austrália a contrariar as expectativas de não subir os juros. (Lucinda
Pinto)


Fonte: AE Broadcast

Suzano Papel e Celulose SA (SUZB5.SA)

Alert: 4% em baixa... Reação na Interrupção da Produção

Preço de Mercado em R$35mi Impacta EBITDA: Após o anúncio divulgado na noite de segunda-feira sobre uma interrupção não programada na Linha 2 de produção da Mucuri, as ações da Suzano estão atualmente em baixa de 4% (VE para baixo ~R$260mi). Aplicando um múltiplo de 7.3x VE/EBITDA múltiplo (média histórica), isto implica em uma mudança de R$35mi no EBITDA, acima do nosso impacto previsto de R$20 a R$25mi (2% da nossa projeção do EBITDA para 2010). Para comparáveis sobre o impacto na receita durante interrupções não programadas, destacamos a interrupção à Linha 2 da Mucuri
durante o 3T09, que influenciou o EBITDA negativamente em R$15mi (incluindo custos não-recorrentes).

Interrupções na Linha 2 da Mucuri – 3T09 versus 1T10: Embora ambas as interrupções na fábrica da Mucuri ocorreram na mesma linha, a diretoria informou que as razões não estão relacionadas. A interrupção atual é de 9 dias, com o reinício da produção esperado para até o fim desta semana; a diretoria estima que o impacto no volume total seja de 42.000 toneladas da produção perdida. No 3T09, a interrupção causou um impacto de 26.000 toneladas.

Nosso Impacto Estimado: Esperamos que os volumes menores e preços mais altos relacionados à interrupção não programada influenciem negativamente o]2010 EBITDA em até 2% ou R$20-R$25 mi (incluindo despesas nãorecorrentes). Vemos esta premissa como conservadora, visto que não assumimos que a produção perdida seria substituída por estoques, e ainda tem de refletir a tendência recente do BRL (fraqueza contra o USD), que pode compensar em parte a pressão negativa nas despesas de produção menores. As margens da Suzano beneficiam-se quando o BRL deprecia.

Suzano Papel e Celulose SA (SUZB5.SA; R$20.30; 1H)

Fonte: Citigroup Global Markets (Juan G Tavarez; Tereza Mello, CFA)