14/04/11 - 10h55
InfoMoney
Já as ações da B2W tiveram sua recomendação rebaixada de compra para manter, com preço-alvo de R$ 26,60. O upside a partir deste valor é de 22,58%, também calculado com base na cotação do fechamento anterior.
ProjeçõesAs novas projeções dos analistas indicam um lucro líquido de R$ 310 milhões no acumulado deste ano para a Lojas Americanas. A receita líquida de 2011 é estimada em R$ 11,297 bilhões, enquanto que a expectativa para é de que o Ebitda (geração operacional de caixa) seja de R$ 1,580 bilhão. Para a B2W, as projeções de resultado em 2011 apontam para um lucro líquido de R$ 71 milhões, com receita líquida de R$ 4,694 bilhões e Ebitda de R$ 609 milhões.
Lojas AmericanasSegundo a analista Juliana Vasconcellos, “o cenário para o varejo físico é promissor”, ao contrário do que acontece com o varejo online. Assim, as novas estimativas para a Lojas Americanas não trazem muitas novidades, tendo como principal alteração uma postura mais agressiva da empresa na sua expansão neste ano, com previsão de 123 novas lojas.
Além disso, a estratégia adotada para este crescimento é elogiada pela equipe. “Vemos um risco limitado em termos de crescimento para a Lojas Americanas devido ao seu modelo de negócios baseado na conveniência, com lojas pequenas e portfólio de produtos flexível”, afirmam os analistas.
Por outro lado, a subscrição da Lojas Americanas no aumento de capital da B2W é alvo de críticas. Na visão dos analistas, o fato da companhia subscrever a totalidade de seus direitos mais qualquer sobra da operação de aumento de capital não representa “o melhor uso de seu capital”. A equipe da Ágora destaca ainda que mesmo após essa operação, “a B2W deverá representar cerca de 20% do valor de mercado da Lojas Americanas”.
B2WAo contrário da confiança no varejo físico, os analistas consideram que no varejo online, “existem muitas incertezas”. Desta forma, a postura com os papéis da B2W é mais cautelosa. Para os analistas, as indicações de aumento da agressividade neste caso “poderiam penalizar as margens e capital de giro, com nenhuma garantia de que o crescimento das receitas será bom o suficiente para compensar esses efeitos”. Nesse sentido, a equipe afirma que o principal competidor da B2W “parece estar fazendo mais com menos”.
A expectativa era de que a recuperação da B2W começasse antes dessa intensificação no cenário competitivo. Ademais, a despeito da redução nas margens, a companhia “não tem conseguido acelerar o seu crescimento”. Desta forma, no curto prazo, a principal preocupação dos analistas é a “recuperação do crescimento das receitas e de seus efeitos colaterais (minimização de margens e deterioração do capital de giro)”.
Para os analistas, nesse horizonte mais curto o aumento de capital resolve o problema da B2W. A estrutura de capital fica fortalecida e a empresa passa a ter uma melhor condição para competir. Para as ações, a projeção é de que “o lucro líquido por ação em 2011 deverá ter um impacto positivo de 13% com o aumento de capital”, decorrente principalmente do avanço de 60% do lucro líquido com as economias com juro. “Entretanto, isso vai criar valor para a B2W apenas se [a empresa] for bem sucedida em recuperar um crescimento forte e sustentável, enquanto simultaneamente gera caixa”, afirmam.