sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cenário Econômico Semanal – 09 a 13/Agosto

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal


A segunda semana de agosto foi marcada pela volta do pessimismo aos mercados internacionais, após um período de tranqüilidade aparente para os investidores. Notícias negativas por todo o mundo levaram o mercado a acreditar que a retomada da economia será mais demorada do que o previsto inicialmente.

Da Ásia, vieram informações pouco animadoras no Japão e na China, indicando que a indústria, principalmente japonesa, ainda patina no que diz respeito à retomada da produção. Na Europa, a revisão das projeções dos crescimentos econômicos também foi desanimador. E, neste cenário de incertezas, os índices divulgados nos Estados Unidos, tiveram contribuição para os resultados negativos.





Cenário Externo


O grande destaque da semana no calendário econômico ficou para Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc). A manutenção dos juros era mais do que esperada pelo mercado, mas o tom conservador e pessimista da nota da autoridade monetária deixou os investidores preocupados.

Destaque também para dois outros importantes números: Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e Vendas no Varejo. No caso da inflação, a alta dos preços foi de 0,3% em julho, com preços dos combustíveis puxando o resultado.

Já as Vendas no Varejo tiveram um incremento de 0,4% em junho ficando pouco abaixo das expectativas dos investidores, mas trazendo um cenário um pouco mais pessimista no final da semana.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, a produtividade do setor empresarial americano caiu a uma taxa anual de 0,9% no segundo trimestre do ano e teve alta de 3,9% em relação aos três primeiros meses de 2010. Para o indicador, o mercado estimava uma queda de 0,4% para o período. Já os custos unitários do trabalho tiveram leve alta de 0,2% no segundo trimestre.

Além disso, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em dois mil para um total de 484 mil na última semana, atingindo o maior nível desde fevereiro. Na media de quarto semanas, os pedidos aumentaram em 14,25 mil para um total de 473,5 mil, também o maior nível desde fevereiro.
Os investidores ficaram atentos também para o déficit da balança comercial americana, que avançou para US$ 49,9 bilhões, contra US$ 42,3 bilhões de maio, atingindo o pior nível desde outubro de 2008.

Já índice de confiança do consumidor, apurado pela agência de notícias Reuters e a Universidade de Michigan, registrou 69,6 pontos no levantamento de agosto divulgado nesta sexta-feira.O mercado apostava em 69 pontos.
Neste contexto, o Dow Jones perdeu 3,3% na semana aos 10.303,1 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 3,8% aos 1.079,27.





Confira os gráficos de longo prazo:











Cenário Interno


Como de costume, no Brasil foram as prévias dos índices de inflação que concentraram as atenções do mercado. Logo no na segunda-feira, a FGV informou que o IGP-M do 1º decêndio de agosto avançou 0,42%, contra 0,14% da pesquisa anterior. Jaó IPC-S, também da FGV, teve deflação de 0,18%.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para o crescimento da economia neste ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 7,20% para 7,12%. Para 2011, foi mantida a projeção de crescimento de 4,5%.
Na terça-feira, a Fipe informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,20% na primeira quadrissemana de agosto, mostrando avanço no comparativo com a taxa de 0,17% registrada no encerramento de julho.
A alta de 11,5% no volume de vendas do comércio varejista no primeiro semestre deste ano foi recorde na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste tipo de comparação.

Dentro deste contexto, o Ibovespa acumulou perdas de 2,9% aos 66.090 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TAM S/A
TAMM4
36,92
25,37%
GOL
GOLL4
25,48
5,29%
LOJAS RENNER
LREN3
55,05
4,46%
P.ACUCAR-CBD
PCAR5
58,80
2,62%
TELEMAR
TNLP3
31,35
1,92%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
NATURA
NATU3
41,60
-8,79%
TIM PART S/A
TCSL3
7,34
-8,59%
GERDAU MET
GOAU4
29,94
-7,88%
TIM PART S/A
TCSL4
5,01
-7,56%
MMX MINER
MMXM3
12,20
-7,44%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,78
2.846.426.368,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,65
1.609.647.008,00
Exploração e/ou refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 19,09
794.754.384,00
Exploração e/ou refino
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 12,72
665.765.016,00
Serviços Financeiros Diversos
BRASIL
BBAS3
R$ 30,36
559.174.648,00
Bancos





Dólar:


O dólar comercial fechou em alta na tarde desta sexta-feira, dia de pessimismo global puxado pela divulgação de dados negativos da economia norte-americana.
Com a valorização de hoje, a moeda estrangeira terminou a semana com ganhos de 0,2%, cotada a R$ 1,7650.


Confira o gráfico:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






TAM ANUNCIA ACORDO PARA FUSÃO COM CHILENA LAN AIRLINES

São Paulo, 13 - A TAM anunciou há pouco que firmou com a chilena Lan Airlines um memorando de entendimentos "com a finalidade de regular os termos e condições para a negociação da combinação das atividades das companhias". Conforme o fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o grupo formado por meio da operação oferecerá serviços de transporte aéreo de passageiros para mais de 115 destinos em 23 países, e serviços de transporte aéreo de carga para toda a América Latina e para o mundo, "contando com mais de 40 mil funcionários, colaborando para um maior crescimento das companhias, o que representa a valorização dos investimentos feitos por seus acionistas e um importante progresso para a aviação na América Latina".

De acordo com a TAM, o memorando de entendimentos estabelece que os acionistas controladores LAN mantenham o controle da LAN e que o acionista controlador TAM manterá o controle da TAM, "preservando em suas mãos a titularidade de 80% do capital votante da TAM, além de uma participação na LAN". A operação culminará com a realização de uma oferta pública de permuta para cancelamento de registro de companhia aberta da TAM, envolvendo ações preferenciais em circulação (incluindo as ações preferenciais detidas pelo acionista controlador TAM) e das ações ordinárias em circulação (excluindo aquelas detidas indiretamente pelo acionista controlador TAM).

De acordo com o fato relevante, por meio da OPA da TAM, os acionistas da companhia brasileira receberão pelas suas ações um número determinado de ações de uma empresa holding que será incorporada pela LAN. "Em razão desta incorporação, os acionistas receberão ações de emissão da LAN em forma de Brazilian Depositary Receipts - BDRs, de modo a que, ao aceitar a OPA TAM, os acionistas se tornarão acionistas da LAN, observada a seguinte relação de troca: cada ação da TAM corresponderá a 0,90  ação/BDR da LAN", diz o comunicado. Ou seja, cada ação preferencial sem direito e voto e cada ação ordinária com direito a voto da TAM equivalerá a 0,90 de ação ordinária com direito a voto de emissão da LAN, em forma de BDRs.

Segundo o fato relevante, a relação de troca das ações da TAM por ações em forma de BDRs da LAN será igual para o acionista controlador TAM e para os outros acionistas que não fazem parte do grupo de controle, "de forma a garantir o tratamento igualitário dos acionistas". "A OPA da TAM será efetivada, entre outras condições usuais em ofertas desta natureza, apenas caso haja adesão de acionistas que representem, no mínimo, 95% do capital total da TAM", acrescenta.

Ainda conforme o comunicado, a TAM deixará de ter suas ações listadas e negociadas na BM&FBovespa e seus ADRs na Bolsa de Nova York, e a LAN passará a ter BDRs listados e negociados na BM&FBovespa, além das ações já listadas e negociadas na Bolsa de Valores de Chile e dos ADRs já listados e negociados na NYSE. Após a efetivação da OPA, a TAM poderá realizar o resgate das ações de sua emissão remanescentes.

A LAN terá sua denominação social alterada para LATAM Airlines Group S.A., mas as marcas TAM e LAN Airlines serão mantidas, já que cada companhia continuará a atuar com sua respectiva marca.
(Equipe AE)


Fonte: AE Broadcast

Barclays eleva preço-alvo da CSN, mas mantém cautela em estratégias da empresa

Por: Equipe InfoMoney
13/08/10 - 15h25
InfoMoney


SÃO PAULO - Exaltando os números da CSN (CSNA3) auferidos no segundo trimestre, o Barclays Capital optou pela elevação do preço-alvo dos ativos da siderúrgica, o qual passou de R$ 35,00 para R$ 36,00 – potencial de valorização de 23,88%, face ao último fechamento.

Além disso, o banco prevê ganhos com seu braço de mineração, mas ainda prefere a Vale (VALE3, VALE5) neste ramo. Quanto à recomendação, esta foi mantida em equal weight (alocação em linha com a média do mercado).

Aplausos aos números
“Aplaudimos a capacidade de execução da CSN em sua divisão de aço, proporcionando uma forte margem Ebitda (relação entre a geração operacional de caixa e receita líquida) de 45%”, enaltecem Leonardo Correa e Renato Antunes, analistas que assinam o relatório do banco e para quem os resultados foram “fortes” no trimestre.

Números à parte, preveem um bom momento ao setor de mineração da comapanhia. “Estamos otimistas sobre as perspectivas do minério de ferro e acreditamos que a crescente exposição da CSN ao minério de ferro deve ser recompensada”.

No entanto, ainda que otimista, preferem os papéis da gigante nacional do setor para se aproveitar da ascensão na cotação da commodity. “Com valuation atual, preferimos a Vale”, salienta a dupla de analistas.

Dose de cautela
Ainda que o relatório traga uma elevação no preço-alvo e uma avaliação bastante positiva sobre o balanço da CSN, algumas precauções com relação à siderúrgica são frisadas por Correa e Antunes, dentre as quais se destacam a contração dos embarques do minério de ferro de sua controlada Namisa e sua “estratégia internacional, que acreditamos que eleva seu perfil de risco”.

Outros pontos que acarretam na cautela dos analistas são “a crescente estratégia da companhia em outros negócios” e o IPO (Initial Public Offering) da Namisa, o qual o Barclays não acredita que seja realizado neste semestre.

TAM e LAN Chile fecham fusão

São Paulo - A TAM vai anunciar nas próximas horas sua fusão com a companhia aérea chilena LAN. Segundo EXAME apurou, o presidente Lula foi avisado sobre o negócio na tarde de hoje.

Tiago Lethbridge, de EXAME.com
13/08/2010 | 16:02

Citi lista quatro razões para comprar Suzano e eleva preço-alvo para R$ 20,50

Por: Equipe InfoMoney
13/08/10 - 11h37
InfoMoney


SÃO PAULO – Os comentários do Citigroup deixam claro o sentimento de satisfação com os resultados recentemente reportados pela Suzano (SUZB5), citando quatro motivos para comprar os papéis da companhia: valuations e crescimento atrativos, recuperação das margens e melhora da alavancagem. A companhia é tida pelo banco como a preferida do setor de papel e celulose na América Latina.

As atrativas perspectivas de crescimento, bem como a exposição da companhia à recuperação do setor de papel brasileiro foram fatores considerados pelo Citi para elevar o preço-alvo das ações da Suzano para R$ 20,50, o que representa um potencial teórico de valorização de 27,3% em relação ao fechamento da véspera.

Em relatório, os analistas Juan Tavarez e Felipe Koh esbanjam otimismo em relação à empresa e acreditam em uma melhora nas margens de lucro, que deverão ser afetadas positivamente pelo aumento dos preços e também pelo fortalecimento da demanda brasileira.

Apesar de não incluir em suas previsões os projetos de celulose da companhia, os analistas destacam que estes projetos de 2013 e 2014 podem adicionar cerca de R$ 3,50 por ação ao atual preço-alvo estimado, levando o potencial de valorização a atingir a marca de 47,3%.

TeleconferênciaOs analistas ainda revelaram suas impressões após a teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre da companhia. Segundo avaliaram Tavarez e Koh, a diretoria da Suzano foi mais cautelosa ao falar sobre o mercado de celulose, enquanto transpareceu maior otimismo em relação ao mercado de papel, notadamente, por conta dos recentes aumentos de preço.

Indicadores EUA - 11h

EUA: Estoques de empresas: 0,3%; previsão: 0,2%

Fonte: Bloomberg


Não há mais indicadores relevantes para o dia de hoje

Indicadores EUA - 10h55

EUA: Universidade de Michigan: Confiança do Consumidor: 69,6; previsão: 69,0

Fonte: Bloomberg


Próximos indicadores:

11h00
Estoques de empresas

Indicadores EUA - 9h30

EUA: CPI: Índice preços ao consumidor (M/M): 0,3%; previsão: 0,2%
EUA: CPI: exceto alimentos/energia (M/M): 0,1%; previsão: 0,1%
EUA: CPI: Índice preços ao consumidor (A/A): 1,2%; previsão: 1,2%
EUA: CPI: exceto alimentos/energia (A/A): 0,9%; previsão: 0,9%
EUA: Vendas a varejo antecipadas: 0,4%; previsão: 0,5%
EUA: Vendas a varejo exceto autos: 0,2%; previsão: 0,3%
EUA: Vendas a varejo exceto auto e gas: -0,1%; previsão: 0,1%

Fonte: Bloomberg

Próximos indicadores:

10h55
Univ. de Michigan: Confiança do Consumidor

11h00
Estoques de empresas