quinta-feira, 17 de março de 2011

Em meio a tensões externas, Ágora altera carteiras reduzindo peso de Vale

Por: Equipe InfoMoney
17/03/11 - 12h15
InfoMoney



SÃO PAULO - A Ágora alterou as carteiras arrojada e dedividendos para o mês de março frente ao clima de aversão ao risco que o mercado global, que pode resultar em uma limitação para a economia global, prejudicando ações ligadas ao ciclo de expansão.


Carteira Arrojada
A fim de reduzir o risco da carteira, a exposição às ações da Vale (VALE5) foi reduzida de 30,1% para cerca de 20,0%, sendo a diferença de peso dividida entre as ações da OGX (OGXP3), Tractebel (TBLE3) e Gol (GOLL4). Segundo a corretora, o principal objetivo de tais mudanças é "reduzir o peso do segmento de commodities em função do risco de um menor crescimento econômicomundial".



EmpresaCódigoPreço-alvo 2011Upside*Peso
ValeVALE5R$ 74,9066,85%19,9%
CetipCTIP3R$ 30,8030,45%24,7%
GOLGOLL4R$ 37,0070,42%17,4%
TractebelTBLE3R$ 34,7535,21%17,5%
OGXOGXP3R$ 37,40100,00%20,5%
*Potencial teórico de valorização com base no fechamento de 16 de março


Carteira de Dividendos
Além da carteira arrojada, a Dividendos também passa por alterações. Primeiramente, o peso das ações da Vale (VALE5) foi reduzido de 19,1% para 15,0%, sendo assim, a diferença será distribuida nos papéis da AES Tietê (GETI4), por ser a empresa com o fluxo de caixa com as previsões mais concretas e com considerável retorno de dividendos para os acionistas.



EmpresaCódigoPreço-alvo 2011Upside*PesoDividend Yield
2011E
TractebelTBLE3R$ 34,7535,21%19,40%3,9%
LightLIGT3R$ 32,9417,39%31,40%5,7%
CemigCMIG4R$ 35,1623,19%10,90%5,1%
ValeVALE5R$ 74,9066,85%14,90%9,0%
AES TietêGETI4R$ 28,5819,73%23,50%9,7%
*Potencial teórico de valorização com base no fechamento de 16 de março

Citi reduz preço-alvo para TAM, com petróleo e fusão em foco

Por: Equipe InfoMoney
17/03/11 - 08h29
InfoMoney



SÃO PAULO – O Citi reduziu o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipt) da TAM (TAMM4), tendo em vista uma avaliação mais conservadora quanto aos preços de combustível e redução das sinergias provenientes da união com a chilena LAN. Assim, apesar de continuar com a recomendação de compra, o valor estimado passou de US$ 32,60 para US$ 28,80, um potencial teórico de valorização de 42,43%.


Volatilidade do petróleo“No curto prazo, não é preciso dizer que o movimento nos preços do petróleo permanecem como o maior determinante único do movimento das ações de companhias aéreas”, revela relatório assinado por Stephen Trent, Angela Lieh, Felipe Mercado e Susanne Linhardt.


Apesar de não conseguir estimar quando a alta volatilidade terminará, os analistas destacam que o impacto não é uniforme para as empresas do setor. Além disso, ao analisar o impacto de outras altas no petróleo – em 2005 e em 2008 -, os analistas apontam que o fim da volatilidade acima do comum fornece ótimas oportunidades de compra.


Quanto ao movimento atual, os preços deverão se estabilizar quando as tensões políticas no Oriente Médio e no norte da África se amenizarem, bem como após uma visão mais clara sobre como o impacto da recente tragédia no Japão afetou a relação entre oferta e demanda.


Poder de precificaçãoOutro fator importante a ser estudado é o poder de precificação, revelam. “Em outras palavras, nós acreditamos que companhias com baixa elasticidade da demanda podem ser aquelas que melhor gerenciam a volatilidade do preço dos combustíveis”, indicam. A TAM possui uma correlação positiva entre yield e taxa de ocupação, mas isso na análise consolidada da empresa, já que, levando em conta apenas as operações domésticas, a correlação é negativa – isso é, quanto maior a taxa de ocupação, menor o yield.


O mesmo acontece com a LAN, mas os analistas revelam que é difícil indicar qual o impacto da expansão da companhia para outrosmercados domésticos na América do Sul foi um fator determinante.


Sinergias menores para LatamOutra questão importante para a reavaliação do cenário de investimento para as ações da TAM é a questão de aprovações para a fusão com a LAN. Apesar da aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o tribunal antrituste do Chile parece ter ignorado o acordo que a empresa chilena alcançou com o regulador antrituste do país, afirma o relatório.


Esse fato indica que a aprovação da fusão deverá se sujeitar a algumas condições não previstas anteriormente, o que reduziu as projeções de ganhos com sinergia para 2011 e 2012, de US$ 50 milhões para US$ 30 milhões no primeiro ano e de US$ 125 milhões para US$ 120 milhões no segundo.


Por outro lado, a aproximação com a conclusão do negócio – prevista para um prazo de cerca de seis meses – deve gerar oportunidades de negócio, uma vez que os ADRs da TAM registram um desconto médio de 21% sobre os da LAN, considerando o período desde o início do anúncio da operação, destacam os analistas.

UBS eleva preço-alvo das ações da Eletropaulo, na espera pela revisão tarifária

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 21h00
InfoMoney



SÃO PAULO - De olho no cenário para o setor elétrico e principalmente nos termos do terceiro ciclo de revisões tarifárias, o UBS elevou de R$ 28 para R$ 32 o preço-alvo das ações da Eletropaulo (ELPL4), sem, contudo, alterar sua recomendação para o papel, que segue neutra. O novo target incorpora as premissas macroeconômicas revisadas pelo banco de investimentos.


Algumas projeções também sofreram ajuste. É o caso do lucro por ação esperado da Eletropaulo, agora 1,4% acima do anteriormente previsto, quando considerado o período de 2011 a 2013.


A analista Lilyanna Yang diz temer uma baixa visibilidade de lucros por conta da proximidade da revisão tarifária e vê também um potencial limitado quando considerado o tag along a médio prazo, contudo, os elevados dividendos no curto prazo por conta da reversão de provisões e o valuation relativamente atrativo na compra da Elektro pela Iberdrola dão suporte ao atual patamar de preços da ação ELPL4.


Revisão tarifária é o principal driver do papel
Lilyanna destaca que o terceiro ciclo de revisão tarifárias é o principal driver destas ações, porém as datas e termos ainda são desconhecidos. Em seu modelo de análise da Eletropaulo, o UBS adota uma taxa de RoA (retorno sobre os ativos, na sigla em inglês) de 7,5%, considerando os lucros após impostos.



O banco de investimentos lembra que as tarifas devem permanecer intactas até o final de 2011, até que a taxa de retorno sobre os ativos e também do Fator-X (variável utilizada pela Aneel para definir a revisão tarifária, que leva em consideração ganhos de produtividade, qualidade na prestação de serviço e trajetória de eficiência para os custos operacionais) sejam definidos.


Assim que estes termos forem conhecidos, o corte nas tarifas será implementado de maneira retroativa, levando o UBS a assumir que suas estimativas para geração de caixa e lucro da Eletropaulo em 2011 podem ser revisadas para cima, ao contrário das projeções para o próximo ano, que correm o risco de serem cortadas.


Preferências no setor
A analista ainda comenta que a precaução com a baixa visibilidade de lucros entre as empresas brasileiras que atuam exclusivamente no setor de distribuição a faz preferir nomes que atuam na geração de energia, ou mesmo empresas integradas com exposição ao negócio de distribuição.



Suas ações preferidas no setor são Cemig (CMIG4) e Energias do Brasil (ENBR3). 

Credit Suisse inicia cobertura da Sonae Sierra com recomendação outperform

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 17h34
InfoMoney



SÃO PAULO - O Credit Suisse iniciou a cobertura dos papéis da Sonae Sierra (SSBR3) com recomendação outperform (expectativa de performance acima da média do mercado) e preço-alvo para 12 meses de R$ 32,00 por ação, o que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 39,13%.


Os analistas Marcello Milman e Alexandre Queiroz destacam a empresa como uma opção atrativa em um setor em franca expansão, o de shopping centers, com foco num mercado em que ainda há menor penetração, com empreendimentos voltados para consumidores da classe C e as cidades de menor porte.


Além disso, a Sonae Sierra tem uma das maiores carteiras de projetos em desenvolvimento, com três projetos em construção. Juntos, devem adicionar 170 mil m² à ABL (Área Bruta Locável) do grupo é outro fator, o que contribui para sustentar o otimismo mostrado pelo Credit Suisse em relação à empresa. .Temperado ainda pela robusta estrutura de capital gerada pelo IPO, os analistas não descartam novos projetos, que não foram previstos na avaliação da empresa pelo Credit Suisse. 


Baixa diversificação é risco
Entretanto, este plano arrojado de expansão está restrito a apenas três cidades - Londrina, Uberlândia e Goiânia - o que pode representar riscos, uma vez que o fracasso de qualquer uma dessas unidades poderia causar um impacto considerável sobre o resultado da empresa, principalmente pelo fato dessas cidades ainda não terem comprovado seu potencial de demanda.



Essa alta concentração também pode ser observada nos 71% de receita da empresa proveniente dos três maiores empreendimentos administrados atualmente: Shoppings Parque Dom Pedro, Manauara e Metrópole. 


A inflação, ainda que há primeira vista não seja um risco para a empresa, também representa um ponto de cautela, dado que oBanco Central pode adotar uma podustra de contenção do consumo frente à alta dos preços e o setor de shoppings centers como um todo viria a ser afetado.


Ações negociadas com desconto
Ao colocar estes fatores na balança, a dupla de analistas crê que as ações da Sonae Sierra estão negociadas com um desconto excessivo em relação a seus pares, principalmente em razão dos altos níveis de governança, profissionalização e eficiência operacional mostrado pela companhia.



Na comparação com o setor como um todo, as ações da empresa, avalia o Credit, são negociadas com desconto de 30%. Em relação à Aliansce, mais próxima da Sonae, o desconto é de 20%.


Múltiplos confirmam avaliação
Através de uma análise por múltiplos, observa-se um P/FFO (preço ponderado pelos fundos de operações) da empresa para 2011 e 2012 de 13,2x e 11,5x, respectivamente, o que a coloca novamente em situação de desconto de 30% e 22%, nessa ordem, frente aos pares do setor e 20% e 10% na comparação com a Aliansce.



"O desconto em relação à essa última parece particularmente injustificável, em razão da comparação entre o tamanho da Sonae Sierra, liquidez das ações, rentabilidade e características do portfólio", afirmam Milman e Queiroz.


Por fim, os analistas lembram que o cálculo do preço-alvo de R$ 32,00 foi obtido através de um fluxo de caixa descontado que assume um WACC (custo médio ponderado de capital) de 10,2% e um crescimento na perpetuidade de 3,0%, implicando em um múltiplo P/FFO de 15,5x para 2012.