sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cenário Econômico Semanal – 14 a 18/Junho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

Em dia marcado pela agenda econômica fraca e instabilidade, os principais índices acionários do Brasil e dos EUA fecharam em queda nesta sexta-feira, porém, acumularam ganhos na semana.
Nos últimos dias, de retomada do otimismo pelos mercados, as bolsas ensaiam recuperação após período de temor e cautela em relação à situação dos países europeus.





Cenário Externo


A semana começou lenta no mercado norte-americano, com uma segunda-feira marcada pela ausência de indicadores relevantes para a economia do país. Ao longo da semana, porém, diversos índices importantes foram anunciados - como dados da inflação - e mexeram com o humor dos investidores.
Na terça-feira, o Departamento de Trabalho informou que no mês de maio o preço dos produtos exportados registrou avanço de 0,7% ante abril, cuja taxa havia sido de 1,2%. Já os preços dos produtos importados tiveram recuo mensal de 0,6%, contra alta de 0,9% da pesquisa divulgada em abril.
Outro dado relevante, a compra líquida estrangeira de títulos de longo prazo dos Estados Unidos subiu em um nível mais lento em abril, depois do recorde registrado no último mês. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Tesouro dos EUA.
No setor imobiliário, a Associação Nacional dos Construtores Residenciais (NAHB, na sigla em inglês) divulgou que o Índice do Mercado Imobiliário caiu de 22 para 17 pontos. O indicador é uma média ponderara de diversos indicadores o mercado imobiliário residencial e serve como referência para as condições deste mercado.
Além disso, as casas iniciadas no país em maio recuaram 10%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 593 mil, o menor nível desde dezembro.
Destaque do período, o índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) nos Estados Unidos registrou em maio recuo de 0,3%, contra projeção dos analistas de queda de 0,5% e resultado anterior de -0,1%. Já o núcleo do indicador, que exclui os gastos com energia e alimentos, avançou 0,2%, acima os 0,1% projetados pelo mercado.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) recuou 0,2% em maio, sendo que em abril a queda havia sido de 0,1%, ao passo que o núcleo do índice, que desconsidera os custos de alimentos e energia, avançou 0,1%, ante estabilidade do mês anterior.
Alguns dados do setor industrial também foram divulgados, e surpreenderam. Entre eles, a produção das fábricas cresceu 1,2% em maio, contra 0,8% contabilizado em abril. Os analistas de mercado estimavam alta de 1% para o indicador.
Além disso, o índice de atividade manufatureira da região de Nova York de junho, o Empire State manufacturing, avançou levemente para 19,6 pontos. No levantamento de maio, o índice registrou 19,1 pontos.
Já na Filadélfia o cenário foi pessimista. O índice geral de condições de negócios da região registrou em junho queda acentuada, saindo de 21,4 em maio para 8 pontos em junho. O dado foi revelado pelo escritório regional do Federal Reserve, e veio muito abaixo da expectativa de analistas, que apostavam queda para 20 pontos.
No mercado de trabalho, os novos pedidos de auxílio desemprego registraram na semana alta de 12 mil solicitações, para 472 mil. Já os pedidos revalidados do benefício caíram em 350 mil no período, para 9,74 milhões, contra 9,82 milhões da semana anterior.
Já o índice de indicadores antecedentes - indicador que antecipa o resultado dos principais dados oficiais da economia norte-americana - medido pelo Conference Board registrou em maio alta abaixo do esperado, de 0,4%. De acordo com a entidade, este resultado indica que a economia registrará crescimento lento pelo menos até o final do ano.
Na Europa, depois de concentrar as atenções do mercado por várias semanas, a situação fiscal dos países da UE parece ter fugido dos holofotes nos últimos dias. A única notícia negativa foi a confirmação do rebaixamento do Rating dos títulos do governo da Grécia em 4 pontos, de de A3 para Ba1, pela Moody's.
De acordo com a agência de classificação de risco, a decisão reflete a visão sobre os fundamentos de crédito do país no médio prazo, acontece menos de dois meses depois da revisão de possível rebaixamento anunciada em abril passado.
Desta forma, o Dow Jones terminou com +2,4%, aos 10450 pontos, ao passo que o S&P subiu 2,4%, aos 1117 pontos e o Nasdaq teve alta de 2,8%, aos 2309 pontos.





Veja gráficos abaixo:





Nasdaq





Cenário Interno


No Brasil, a semana foi cheia. O Boletim Focus do BC voltou a reduzir a projeção do IPCA para 2010. Segundo os economistas, o índice oficial de inflação deve fechar o ano a 5,61%, a segunda queda seguida. Já para 2011, a previsão é de 4,80%.
No mesmo dia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial brasileira registrou, na segunda semana de junho, déficit de US$ 166 milhões. No período, as exportações ficaram em US$ 753,4 milhões, com importações de US$ 786,6 milhões. No acumulado do mês, a balança tem superávit de US$ 979 milhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 6,588 bilhões.
Já o comércio varejista registrou queda de 3,0% no volume de vendas e alta de 0,3% na receita nominal em abril, na comparação com o mês anterior. Enquanto a receita nominal se manteve estável, o volume de vendas assinala resultado negativo após um trimestre de crescimento. Já na comparação com abril de 2009, o volume de vendas cresceu 9,1%, e a receita nominal 13,2%.
Outro dado local, a FGV informou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) variou 1,30%, em junho. A taxa apurada em maio foi de 1,11%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de 15 de junho de 2010 teve deflação, e registrou variação de -0,04%, 0,25 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração, ao passo que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 1,06% no segundo decêndio do mês de junho. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,95%.
Em São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu para 0,03% na segunda prévia de junho, depois de avançar 0,08%, de acordo com informações da Fipe.
O destaque do período foi a Ata do Copom, que elevou a projeção para o reajuste da tarifa de eletricidade de 0,7% para 1,5%. Para a tarifa de telefonia fixa foi mantida a estimativa de 1,6%. Para a gasolina e o gás de botijão, permanece a projeção de que não haverá reajuste.
Desta forma, a Bovespa fechou a semana com alta de 1,3%, aos 64438 pontos.





Veja gráfico abaixo, seguido de tabela com as maiores altas e baixas do dia, bem como relação dos ativos mais negociados:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
CESP
CESP6
25,48
9,59%
COSAN
CSAN3
22,51
8,22%
GOL
GOLL4
23,24
7,59%
TELEMAR
TNLP3
39,20
7,34%
NATURA
NATU3
40,00
6,95%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
VIVO
VIVO4
51,00
-5,20%
TELESP
TLPP4
37,32
-4,77%
TELEMAR N L
TMAR5
51,56
-4,32%
TELEMAR
TNLP4
28,21
-2,62%
TIM PART S/A
TCSL4
4,91
-2,39%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 40,67
3.099.748.992,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 29,49
1.992.359.328,00
Exploração e/ou refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 17,12
875.518.704,00
Exploração e/ou refino
USIMINAS
USIM5
R$ 46,64
598.436.624,00
Siderurgia
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 35,30
572.823.624,00
Bancos





Dólar:


O dólar comercial fechou em queda na tarde desta sexta-feira, dia de instabilidade nos mercados acionários globais, que sem a orientação da agenda econômica operaram com cautela e próximos à variação nula.
Nesta sessão, a moeda norte-americana já abriu no vermelho, e durante os negócios atingiu mínima de R$ 1,7710.
No final do dia, a divisa terminou com -1,06%, cotada a R$ 1,7720. Na semana, o dólar acumula -2,5%.


Veja gráfico abaixo:


Dólar


FONTE: PETROBRAS ESPERA OBTER US$ 25 BI EM DINHEIRO C/CAPITALIZAÇÃO

São Paulo, 18 - As dúvidas do mercado em relação à capitalização da Petrobras refletem a indefinição ainda existente dentro do próprio processo de estruturação da oferta pública. De acordo com uma fonte próxima à companhia, o formato da operação não está fechado, mas uma das alternativas que tiveram maior "aderência" nas conversas até o momento prevê fixar o valor que entrará no caixa da companhia em cerca de US$ 25 bilhões. Este montante, a ser usado no plano de investimentos, previsto para ser anunciado hoje, seria captado junto a acionistas minoritários e outros investidores do mercado.

A outra parte da oferta seria captada com o governo, que fará uma cessão onerosa de até 5 bilhões de barris de petróleo. A diferença é que a parcela do governo não envolve dinheiro, mas apenas a troca de concessão de áreas de exploração de petróleo por ações. "Determinar a parcela do mercado em função da necessidade de Capex (investimento) ainda não está definido, mas parece ter mais sentido e aderência nas conversas atuais", informa a fonte.

Segundo esta alternativa, o governo poderia eventualmente aumentar sua participação acionária na empresa. Se o barril for precificado entre US$ 5 e US$ 6 - valor estimado pela maioria dos analistas - a parcela do governo na oferta seria de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões. Mantida a meta de captar do mercado US$ 25 bilhões, o aporte do governo representaria um avanço de sua fatia na Petrobras, hoje em 32%.

De acordo com a fonte, o preço do barril é um dos principais pontos em aberto e, por isso, ainda não é possível calcular nem a participação do governo na oferta nem o valor total da capitalização. Mesmo assim, a fonte diz que alguns valores mencionados em relatórios de analistas, em torno de US$ 90 bilhões, "parecem pouco lógicos".

A forma de "casar" a oferta ao mercado e a cessão onerosa é outro aspecto ainda em aberto na capitalização. Isso porque a operação é uma só e a Petrobras já avisou que seguirá as normas de uma oferta pública, ou seja, não poderá fazer nada direcionado para privilegiar o governo.

Em comunicado ao mercado, a Petrobras não deixou claro se haverá direito de preferência para os atuais acionistas, mas a fonte diz que eles (governo e minoritários) serão priorizados na oferta de ações. A expectativa, no entanto, é de que haja espaço para a entrada de novos investidores no capital da empresa, em especial fundos globais estrangeiros que sejam investidores considerados de alta "qualidade", de acordo com a fonte.

Outro ponto delicado a respeito da oferta é a possível influência do governo sobre a precificação, uma vez que a definição da faixa de preço neste tipo de oferta é feita pelas próprias empresas emissoras. Além de ser o maior comprador na oferta, o governo tem a presidência do conselho de administração da estatal, cargo ocupado atualmente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ou seja, terá um peso importante na definição de faixa de preço sugerida para a ação.

Independentemente da influência política, o grande peso do governo na compra das ações já seria suficiente para dar relevância ao seu papel na operação. Isso porque ao dizer quanto está disposto a pagar por ação, terá uma grande influência sobre o preço médio, que fechará o book.

A intenção da petroleira é protocolar o registro da sua oferta pública de ações o mais rápido possível para precificar a operação antes do final de julho, mas a complexidade da operação poderá dificultar o cumprimento destas metas. "O mercado abriu janelas para a oferta da Petrobras, mas o processo não é simples", afirma.
(Natalia Gómez)

Fonte: AE Broadcast

Perspectivas: JPMorgan reforça otimismo ao Brasil e revela suas apostas

Por: Nathália A. Terra Pereira
18/06/10 - 13h50
InfoMoney


SÃO PAULO - Em conference call realizada na manhã desta sexta-feira (18) em Nova York, os estrategistas Ben Laidler e Emy Shayo do JPMorgan revelaram suas novas perspectivas para a economia e para os mercado latino-americanos, reforçando forte otimismo com o Brasil.

De forma geral, Laidler e Shayo mostraram-se confiantes quanto à recuperação econômica global, sobretudo na América Latina, onde o grande destaque é o Brasil. Quanto ao mercado de ações, o aviso é claro: “os papéis estão muito baratos e atrativos”.

Economia global e a Europa
O primeiro ponto abordado por Laidler foi o cenário macroeconômico internacional. “De forma geral, continuamos observando uma recuperação sólida ante à crise financeira”, afirma o estrategista. Já sua opinião quanto à Europa é tomada por maior cautela.

“A crise europeia é quase um caso à parte. Nós reconhecemos que os riscos de uma deterioração fiscal generalizada no continente cresceram, mas ainda assim, acreditamos que a situação seja contornável”, diz Laidler.

Quanto ao impacto sobre a América Latina, “ele seria muito pequeno, ao menos em nosso principal cenário”. Isto porque a equipe do JPMorgan não descarta um cenário alternativo, mais pessimista, no qual a crise fiscal europeia poderia impactar as commodities - pesando, desta forma, sobre as economias latino-americanas.

Otimismo à economia brasileira
Em seguida, a dupla de estrategistas revelou suas perspectivas para a economia brasileira, cujo PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer em torno de 6% esse ano e 3% em 2011. “De forma geral, estamos otimistas”, afirma Shayo. A melhora na percepção da equipe quanto ao País deve-se, segundo Shayo, à dissipação de temores em dois fronts: o inflacionário e, consequentemente, de política monetária; e o político, tendo em vista as eleições presidenciais.

“Temos observado um movimento de estabilização nas expectativas inflacionárias do mercado, antes crescentes. Dessa forma, nossos temores de um aperto monetário possivelmente maior que o esperado vêm se dissipando”, afirma Shayo, para quem o ciclo de elevações na taxa Selic promovido pelo Copom (Comitê de Política Monetária) deva estar já pela metade – cabe lembrar que, até agora, o juro sofreu dois aumentos consecutivos de 75 pontos-base cada, encontrando-se atualmente a 10,25% ao ano.

Paralelamente, à medida que as eleições se aproximam, diminuem os temores do JPMorgan quanto à sucessão da cadeira no Planalto. “Temos conhecido melhor as propostas dos principais candidatos e não acreditamos em uma grande recepção negativa do mercado, seja qual for o ganhador”, afirma Shayo.

Por fim, a estrategista revela suas projeções para o câmbio. Para Shayo, o dólar comercial deve fechar 2010 em torno de R$ 1,80, ao passo que ao final do ano que vem, a moeda norte-americana deve estar cotada a R$ 1,90.

Montando a estratégia no mercado
Toda a análise feita pelo JPMorgan do cenário macroeconômico serve como fundamento para a construção de uma estratégia quanto ao mercado de ações. Considerando o bom momento econômico vivido pelo continente latino-americano, a visão dos estrategistas não poderia ser diferente de uma guiada por forte otimismo.

Se as projeções à América Latina já são positivas, às relativas ao Brasil o são ainda mais. “Papéis domésticos, atrelados à economia brasileira, são nossa principal recomendação de investimento. As ações estão muito descontadas e desfrutam de alto potencial”, afirma a dupla de estrategistas.

Entre tais “ativos domésticos”, caracterizados pela maior dependência ao desempenho econômico interno, o JPMorgan destaca os setores imobiliário e financeiro, “extremamente atrativos”. Em contrapartida, recomendam distância de papéis ligados às commodities, “ao menos por ora, enquanto as incertezas não se dissipam”.

Rossi: Ativa inicia cobertura recomendando compra e preço justo de R$ 20,06

Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 11h39
InfoMoney


SÃO PAULO - A Ativa Corretora inicia sua cobertura sobre Rossi (RSID3) com a melhor recomendação possível: compra. Além disso, projeta um preço justo de R$ 20,06 para os papéis da companhia em julho de 2011, cifra equivalente a um potencial teórico de apreciação de 44,83% sobre o fechamento do último pregão.

Dentre as razões que desencadearam o otimismo de Armando Halfeld, analista responsável pelo setor de construção civil da corretora, está o foco da companhia na baixa renda, além das projeções de expansão bastante fortes de seu guidance e seus múltiplos atrativos.

Baixa renda, múltiplos e expansão
“O anúncio do pacote Minha Casa Minha Vida motivou a companhia a criar a marca Rossi Ideal com o objetivo de explorar o nicho mais aquecido atualmente, a baixa renda”, frisa o analista. “Aproveitando-se das melhores condições de financiamento neste segmento (menor exposição de caixa) e aliado à atual posição forte de caixa, a incorporadora espera crescer substancialmente seus lançamentos para 2010 e 2011.” 

Com relação aos múltiplos, Halfeld enxerga desconto na relação entre preço e valor contábil da companhia. “Destacamos o desconto de 8% do P/BV (relação entre preço e valor patrimonial) ajustado da Rossi frente à média das quatro grandes incorporadoras do setor”, assinala.

Além disso, o analista avalia ainda que “a Rossi possui uma forte posição de caixa”, prevendo que, em seu atual patamar, deverá sustentar “o crescimento esperado para a incorporadora”, de 44% e 35% em seus lançamentos para 2010 e 2011, respectivamente, em base de comparação anual. “A receita líquida da empresa também deve crescer em patamar significativo”, prevê.

Ativa: aprovação do programa de recompra de ações da JBS é positiva

Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 10h06
InfoMoney


SÃO PAULO – A Ativa Corretora avaliou de maneira positiva a aprovação  do programa de recompra de ações da JBS, considerando este um sinal de que “a empresa considera o valor das ações excessivamente defasado e que o melhor investimento que ela pode fazer com seu caixa é recomprar suas próprias ações”.

O Conselho de Administração da JBS autorizou, no último dia 9, a compra de até 68,4 milhões de ações ordinárias da companhia para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social.

Cabe lembrar que atualmente a companhia possui 1,124 milhões de ações ordinárias em circulação, conforme informado no comunicado, e o programa de recompra aprovado representa cerca de 6% do free float (número de ações da empresa em circulação no mercado) da companhia.

Cosan: Citi corta preço-alvo, mas mantém otimismo e recomendação de compra

Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 09h44
InfoMoney


SÃO PAULO - Embora ainda recomende a compra de Cosan (CSAN3) frente à perspectiva de uma forte geração de caixa, o Citigroup rebaixou de R$ 33,00 para R$ 30,00 o preço-alvo às ações da companhia – com um potencial teórico de apreciação de 33,09% frente ao último fechamento.

De acordo com Tereza Mello e Felipe Jimah Koh, analistas que assinam o relatório do banco, o corte nas projeções ocorreu como forma de refletir os resultados apresentados no quarto trimestre e as novas perspectivas para os preços das commodities relacionadas à indústria sucroalcooleira – o açúcar e o etanol. 

Açúcar e etanol: projeções rebaixadas
“Estamos diminuindo nossas previsões de preços do açúcar para refletir um outlook mais apertado da oferta/demanda global [até 2013]”, argumenta a dupla. No entanto, os analistas avalia, que há mais riscos de alta nos preços do que de queda nos próximos anos.

Quanto ao etanol, o corte nas estimativas para 2010 deve-se à redução de sua cotação até aqui, “refletindo uma forte oferta e uma baixa demanda no início do ano”. No entanto, sublinham os analistas, “mudanças em nosso preços de longo prazo são diminutas e mantemos nossa projeção de preço do etanol hidratado de longo prazo com base na paridade com a gasolina na bomba.”

Ebitda
Com o novo panorama às commodities, a equipe do Citi cortou entre 15% e 20% suas perspectivas para o Ebitda (geração operacional de caixa) da Cosan entre 2011 e 2013, enquanto que para 2014, o indicador ficou praticamente inalterado.

Shell excluída do modelo
É importante notar que o modelo do Citi ainda não inclui a joint venture firmada entre a companhia e a Shell. “Nossas estimativas revistas não incluem a operação com a Shell, uma vez que ela ainda não foi concluída.”

ESPANHA: BANCOS PUBLICARÃO TESTES DE ESTRESSE NAS PRÓXIMAS SEMANAS

Madrid, 18 - O Banco da Espanha publicará os resultados dos testes de estresse dos bancos do país nas próximas semanas, segundo o vice-presidente da instituição, Javier Ariztegui. Em discurso na cidade de Santander, o executivo afirmou que "em termos gerais, o setor bancário espanhol continua com boa saúde", apesar de estar em um ambiente econômico difícil.

No início da semana, o Banco da Espanha anunciou que planeja revelar os resultados dos testes de estresse em um esforço para dissipar as preocupações quanto à solvência do sistema financeiro do país. Os bancos espanhóis estão passando por um período de dificuldade para financiamento devido à preocupação dos investidores sobre a solvência e as perspectivas da economia da Espanha.

Um ponto específico de temor no mercado são os bancos de poupança, ou cajas como são conhecidos no país, que controlam metade dos empréstimos e depósitos locais. Ariztegui afirmou que 80% das cajas estão envolvidas em negociações de fusões. A consolidação levaria a uma redução de 15% a 18% da força de trabalho, nos casos das cajas que pediram ajuda ao fundo de reestruturação dos bancos da Espanha. As fusões resultarão em uma redução de 20% a 25% das redes de agências, segundo Ariztegui.

Ariztegui administra o fundo de reestruturação, conhecido como FROB. As cajas pediram cerca de 11 bilhões de euros do FROB, que serão usados para sustentar os balanços das entidades que se fundiram. De acordo com o executivo, o Banco da Espanha espera que a venda da CajaSur, uma pequena caja na qual houve intervenção em maio, seja concluída até meados de julho. Tanto bancos espanhóis quanto estrangeiros, além dos bancos de poupança, estão analisando as condições de vendas, acrescentou. As informações são da Dow Jones.
(Ligia Sanchez)

Fonte: AE Broadcast