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sexta-feira, 18 de junho de 2010
Cenário Econômico Semanal – 14 a 18/Junho
FONTE: PETROBRAS ESPERA OBTER US$ 25 BI EM DINHEIRO C/CAPITALIZAÇÃO
São Paulo, 18 - As dúvidas do mercado em relação à capitalização da Petrobras refletem a indefinição ainda existente dentro do próprio processo de estruturação da oferta pública. De acordo com uma fonte próxima à companhia, o formato da operação não está fechado, mas uma das alternativas que tiveram maior "aderência" nas conversas até o momento prevê fixar o valor que entrará no caixa da companhia em cerca de US$ 25 bilhões. Este montante, a ser usado no plano de investimentos, previsto para ser anunciado hoje, seria captado junto a acionistas minoritários e outros investidores do mercado.
A outra parte da oferta seria captada com o governo, que fará uma cessão onerosa de até 5 bilhões de barris de petróleo. A diferença é que a parcela do governo não envolve dinheiro, mas apenas a troca de concessão de áreas de exploração de petróleo por ações. "Determinar a parcela do mercado em função da necessidade de Capex (investimento) ainda não está definido, mas parece ter mais sentido e aderência nas conversas atuais", informa a fonte.
Segundo esta alternativa, o governo poderia eventualmente aumentar sua participação acionária na empresa. Se o barril for precificado entre US$ 5 e US$ 6 - valor estimado pela maioria dos analistas - a parcela do governo na oferta seria de US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões. Mantida a meta de captar do mercado US$ 25 bilhões, o aporte do governo representaria um avanço de sua fatia na Petrobras, hoje em 32%.
De acordo com a fonte, o preço do barril é um dos principais pontos em aberto e, por isso, ainda não é possível calcular nem a participação do governo na oferta nem o valor total da capitalização. Mesmo assim, a fonte diz que alguns valores mencionados em relatórios de analistas, em torno de US$ 90 bilhões, "parecem pouco lógicos".
A forma de "casar" a oferta ao mercado e a cessão onerosa é outro aspecto ainda em aberto na capitalização. Isso porque a operação é uma só e a Petrobras já avisou que seguirá as normas de uma oferta pública, ou seja, não poderá fazer nada direcionado para privilegiar o governo.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras não deixou claro se haverá direito de preferência para os atuais acionistas, mas a fonte diz que eles (governo e minoritários) serão priorizados na oferta de ações. A expectativa, no entanto, é de que haja espaço para a entrada de novos investidores no capital da empresa, em especial fundos globais estrangeiros que sejam investidores considerados de alta "qualidade", de acordo com a fonte.
Outro ponto delicado a respeito da oferta é a possível influência do governo sobre a precificação, uma vez que a definição da faixa de preço neste tipo de oferta é feita pelas próprias empresas emissoras. Além de ser o maior comprador na oferta, o governo tem a presidência do conselho de administração da estatal, cargo ocupado atualmente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ou seja, terá um peso importante na definição de faixa de preço sugerida para a ação.
Independentemente da influência política, o grande peso do governo na compra das ações já seria suficiente para dar relevância ao seu papel na operação. Isso porque ao dizer quanto está disposto a pagar por ação, terá uma grande influência sobre o preço médio, que fechará o book.
A intenção da petroleira é protocolar o registro da sua oferta pública de ações o mais rápido possível para precificar a operação antes do final de julho, mas a complexidade da operação poderá dificultar o cumprimento destas metas. "O mercado abriu janelas para a oferta da Petrobras, mas o processo não é simples", afirma.
(Natalia Gómez)
Fonte: AE Broadcast
Perspectivas: JPMorgan reforça otimismo ao Brasil e revela suas apostas
Por: Nathália A. Terra Pereira
18/06/10 - 13h50
InfoMoney
18/06/10 - 13h50
InfoMoney
Economia global e a Europa
O primeiro ponto abordado por Laidler foi o cenário macroeconômico internacional. “De forma geral, continuamos observando uma recuperação sólida ante à crise financeira”, afirma o estrategista. Já sua opinião quanto à Europa é tomada por maior cautela.
“A crise europeia é quase um caso à parte. Nós reconhecemos que os riscos de uma deterioração fiscal generalizada no continente cresceram, mas ainda assim, acreditamos que a situação seja contornável”, diz Laidler.
Quanto ao impacto sobre a América Latina, “ele seria muito pequeno, ao menos em nosso principal cenário”. Isto porque a equipe do JPMorgan não descarta um cenário alternativo, mais pessimista, no qual a crise fiscal europeia poderia impactar as commodities - pesando, desta forma, sobre as economias latino-americanas.
Otimismo à economia brasileira
Em seguida, a dupla de estrategistas revelou suas perspectivas para a economia brasileira, cujo PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer em torno de 6% esse ano e 3% em 2011. “De forma geral, estamos otimistas”, afirma Shayo. A melhora na percepção da equipe quanto ao País deve-se, segundo Shayo, à dissipação de temores em dois fronts: o inflacionário e, consequentemente, de política monetária; e o político, tendo em vista as eleições presidenciais.
“Temos observado um movimento de estabilização nas expectativas inflacionárias do mercado, antes crescentes. Dessa forma, nossos temores de um aperto monetário possivelmente maior que o esperado vêm se dissipando”, afirma Shayo, para quem o ciclo de elevações na taxa Selic promovido pelo Copom (Comitê de Política Monetária) deva estar já pela metade – cabe lembrar que, até agora, o juro sofreu dois aumentos consecutivos de 75 pontos-base cada, encontrando-se atualmente a 10,25% ao ano.
Paralelamente, à medida que as eleições se aproximam, diminuem os temores do JPMorgan quanto à sucessão da cadeira no Planalto. “Temos conhecido melhor as propostas dos principais candidatos e não acreditamos em uma grande recepção negativa do mercado, seja qual for o ganhador”, afirma Shayo.
Por fim, a estrategista revela suas projeções para o câmbio. Para Shayo, o dólar comercial deve fechar 2010 em torno de R$ 1,80, ao passo que ao final do ano que vem, a moeda norte-americana deve estar cotada a R$ 1,90.
Montando a estratégia no mercado
Toda a análise feita pelo JPMorgan do cenário macroeconômico serve como fundamento para a construção de uma estratégia quanto ao mercado de ações. Considerando o bom momento econômico vivido pelo continente latino-americano, a visão dos estrategistas não poderia ser diferente de uma guiada por forte otimismo.
Se as projeções à América Latina já são positivas, às relativas ao Brasil o são ainda mais. “Papéis domésticos, atrelados à economia brasileira, são nossa principal recomendação de investimento. As ações estão muito descontadas e desfrutam de alto potencial”, afirma a dupla de estrategistas.
Entre tais “ativos domésticos”, caracterizados pela maior dependência ao desempenho econômico interno, o JPMorgan destaca os setores imobiliário e financeiro, “extremamente atrativos”. Em contrapartida, recomendam distância de papéis ligados às commodities, “ao menos por ora, enquanto as incertezas não se dissipam”.
Rossi: Ativa inicia cobertura recomendando compra e preço justo de R$ 20,06
Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 11h39
InfoMoney
18/06/10 - 11h39
InfoMoney
Baixa renda, múltiplos e expansão
Com relação aos múltiplos, Halfeld enxerga desconto na relação entre preço e valor contábil da companhia. “Destacamos o desconto de 8% do P/BV (relação entre preço e valor patrimonial) ajustado da Rossi frente à média das quatro grandes incorporadoras do setor”, assinala.
Além disso, o analista avalia ainda que “a Rossi possui uma forte posição de caixa”, prevendo que, em seu atual patamar, deverá sustentar “o crescimento esperado para a incorporadora”, de 44% e 35% em seus lançamentos para 2010 e 2011, respectivamente, em base de comparação anual. “A receita líquida da empresa também deve crescer em patamar significativo”, prevê.
Ativa: aprovação do programa de recompra de ações da JBS é positiva
Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 10h06
InfoMoney
18/06/10 - 10h06
InfoMoney
O Conselho de Administração da JBS autorizou, no último dia 9, a compra de até 68,4 milhões de ações ordinárias da companhia para manutenção em tesouraria e posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social.
Cabe lembrar que atualmente a companhia possui 1,124 milhões de ações ordinárias em circulação, conforme informado no comunicado, e o programa de recompra aprovado representa cerca de 6% do free float (número de ações da empresa em circulação no mercado) da companhia.
Cosan: Citi corta preço-alvo, mas mantém otimismo e recomendação de compra
Por: Equipe InfoMoney
18/06/10 - 09h44
InfoMoney
18/06/10 - 09h44
InfoMoney
SÃO PAULO - Embora ainda recomende a compra de Cosan (CSAN3) frente à perspectiva de uma forte geração de caixa, o Citigroup rebaixou de R$ 33,00 para R$ 30,00 o preço-alvo às ações da companhia – com um potencial teórico de apreciação de 33,09% frente ao último fechamento.
De acordo com Tereza Mello e Felipe Jimah Koh, analistas que assinam o relatório do banco, o corte nas projeções ocorreu como forma de refletir os resultados apresentados no quarto trimestre e as novas perspectivas para os preços das commodities relacionadas à indústria sucroalcooleira – o açúcar e o etanol.
Açúcar e etanol: projeções rebaixadas
“Estamos diminuindo nossas previsões de preços do açúcar para refletir um outlook mais apertado da oferta/demanda global [até 2013]”, argumenta a dupla. No entanto, os analistas avalia, que há mais riscos de alta nos preços do que de queda nos próximos anos.
Quanto ao etanol, o corte nas estimativas para 2010 deve-se à redução de sua cotação até aqui, “refletindo uma forte oferta e uma baixa demanda no início do ano”. No entanto, sublinham os analistas, “mudanças em nosso preços de longo prazo são diminutas e mantemos nossa projeção de preço do etanol hidratado de longo prazo com base na paridade com a gasolina na bomba.”
Ebitda
Com o novo panorama às commodities, a equipe do Citi cortou entre 15% e 20% suas perspectivas para o Ebitda (geração operacional de caixa) da Cosan entre 2011 e 2013, enquanto que para 2014, o indicador ficou praticamente inalterado.
Shell excluída do modelo
É importante notar que o modelo do Citi ainda não inclui a joint venture firmada entre a companhia e a Shell. “Nossas estimativas revistas não incluem a operação com a Shell, uma vez que ela ainda não foi concluída.”
Açúcar e etanol: projeções rebaixadas
Quanto ao etanol, o corte nas estimativas para 2010 deve-se à redução de sua cotação até aqui, “refletindo uma forte oferta e uma baixa demanda no início do ano”. No entanto, sublinham os analistas, “mudanças em nosso preços de longo prazo são diminutas e mantemos nossa projeção de preço do etanol hidratado de longo prazo com base na paridade com a gasolina na bomba.”
Ebitda
Com o novo panorama às commodities, a equipe do Citi cortou entre 15% e 20% suas perspectivas para o Ebitda (geração operacional de caixa) da Cosan entre 2011 e 2013, enquanto que para 2014, o indicador ficou praticamente inalterado.
Shell excluída do modelo
É importante notar que o modelo do Citi ainda não inclui a joint venture firmada entre a companhia e a Shell. “Nossas estimativas revistas não incluem a operação com a Shell, uma vez que ela ainda não foi concluída.”
ESPANHA: BANCOS PUBLICARÃO TESTES DE ESTRESSE NAS PRÓXIMAS SEMANAS
Madrid, 18 - O Banco da Espanha publicará os resultados dos testes de estresse dos bancos do país nas próximas semanas, segundo o vice-presidente da instituição, Javier Ariztegui. Em discurso na cidade de Santander, o executivo afirmou que "em termos gerais, o setor bancário espanhol continua com boa saúde", apesar de estar em um ambiente econômico difícil.
No início da semana, o Banco da Espanha anunciou que planeja revelar os resultados dos testes de estresse em um esforço para dissipar as preocupações quanto à solvência do sistema financeiro do país. Os bancos espanhóis estão passando por um período de dificuldade para financiamento devido à preocupação dos investidores sobre a solvência e as perspectivas da economia da Espanha.
Um ponto específico de temor no mercado são os bancos de poupança, ou cajas como são conhecidos no país, que controlam metade dos empréstimos e depósitos locais. Ariztegui afirmou que 80% das cajas estão envolvidas em negociações de fusões. A consolidação levaria a uma redução de 15% a 18% da força de trabalho, nos casos das cajas que pediram ajuda ao fundo de reestruturação dos bancos da Espanha. As fusões resultarão em uma redução de 20% a 25% das redes de agências, segundo Ariztegui.
Ariztegui administra o fundo de reestruturação, conhecido como FROB. As cajas pediram cerca de 11 bilhões de euros do FROB, que serão usados para sustentar os balanços das entidades que se fundiram. De acordo com o executivo, o Banco da Espanha espera que a venda da CajaSur, uma pequena caja na qual houve intervenção em maio, seja concluída até meados de julho. Tanto bancos espanhóis quanto estrangeiros, além dos bancos de poupança, estão analisando as condições de vendas, acrescentou. As informações são da Dow Jones.
(Ligia Sanchez)
Fonte: AE Broadcast
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