quarta-feira, 30 de março de 2011

BB Investimentos eleva para R$ 25,00 preço-alvo para Banrisul e recomenda compra

Por: Equipe InfoMoney
30/03/11 - 16h54
InfoMoney



SÃO PAULO – O Banco do Brasil Investimentos revisou seu preço-alvo para o Banrisul (BRSR6) e o elevou de R$ 17,00 para R$ 25,00, o que representa um upside (potencial de valorização) de 30,20% em relação ao fechamento de terça-feira (29). Desse modo, o BB recomenda a compra desses papéis. 


Nataniel Cezimbra, analista que assina o relatório, afirma que o preço-alvo tenta captar o momento do setor bancário e incorporar os resultados estimados e as novas premissas em relação à estratégia corporativa do banco. 


Nova diretoriaCezimbra ressalta que a nova diretoria do banco, que tomou posse dia 18 de março, direcionará um esforço comercial adicional para segmentos de microcrédito e de cartões de crédito


A implementação da linha de microcrédito ficará a cargo da Diretoria de Crédito e deve, na opinião de Cezimbra, provocar um efeito marginal sobre o saldo final de crédito, embora não impacte fortemente no resultado financeiro. 


Todavia, o banco manterá seu perfil conservador e de baixo risco em operações interfinanceiras, com posições preponderantemente em títulos públicos federais, além de possuir um volume expressivo em caixa, "o que gera baixa volatilidade nos ganhos de tesouraria e torna mais estável o resultado financeiro", aponta Cezimbra. 



BanricomprasNo segmento de cartões de crédito, a rede Banricompras passou a capturar, a partir deste mês, transações de cartões de crédito e débito das bandeiras MasterCard, Maestro, Cirrus e Redeshop, o que deverá provocar um crescimento de 35% na movimentação financeira da Rede no ano. 


A nova diretoria inclusive criou uma Unidade de Cartões, para elaborar estratégias mercadológicas para o segmento, entendendo que ele deverá ter uma atuação mais consistente e dinâmica. Atualmente, as operações de cartões de crédito de pessoas físicas representam menos de 1% do total da carteira de crédito. 



ExpansãoMesmo assim, o analista também chama a atenção para a expansão constante na carteira de crédito do banco, que teve alta de 27% em 2010, 17,1% em 2009 e 42,7% em 2008. 2011 deverá, na opinião de Cezimbra, continuar com essa tendência, com o crescimento estimado de 18,8% do crédito total, com avanço de 18,4% no ano seguinte. 


Os números, afirma o relatório, são derivados da recuperação da economia gaúcha, que teve crescimento acima do restante do país em 2010. O crédito comercial para pessoa física deverá crescer entre 12% e 17%, de acordo com Cezimbra, e o de pessoa jurídica entre 16% e 21% no ano. O financiamento mobiliário também deverá registrar evolução de 20,5% no ano de 2011. 


Novas agências e ganhos de market shareO banco tem tido também ganhos de market share no mercado gaúcho, seu principal foco de atuação. Em crédito o banco possuía 16,4% de market share na média entre 2007 e 2009, tendo alcançado 18,3% no terceiro trimestre de 2010. 


A nova diretoria planeja ampliar ainda a rede de agências fora do Rio Grande do Sul, atingindo principalmente os estados do Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. Deverão ser gastos R$ 768 milhões em investimentos para modernização tecnológica, reformas, ampliações e na própria expansão da rede de agências, como destaca Cezimbra. 

JP Morgan reduz recomendação para os ADRs de Vivo e Telesp

Por: Thiago Salomão
29/03/11 - 19h00
InfoMoney



SÃO PAULO - Repercutindo a relação de troca entre as ações da Vivo (VIVO4) e da Telesp (TLPP4) proposta pela Telefónica, o JP Morgan reduziu a recomendação dos ADRs (American Depositary Receipts) de ambas as companhias, que passou de "overweight" (desempenho acima da média do setor dentro de 6 a 12 meses) para neutro.


Os preços-alvos estimados para esses ativos, no entanto, sofreram revisões diferenciadas. Para o ADR da Vivo, o target previsto ao final de 2011 passou de US$ 35 para US$ 38, indicando um downside de 2,4% frente a cotação de fechamento desta terça-feira (29). Já para o ADR da Telesp, houve redução de US$ 4, indo para US$ 24,50, o que indica um potencial de valorização de 3,8% em relação ao último fechamento.


Relação de troca decepciona
Segundo Andre Baggio e Marcelo Santos, equipe que assina o relatório, a relação de troca de uma ação da Vivo para cada 1,55 ação da Telesp foi de certa forma decepcionante, já que, embora ambas as companhias ofereçam rendimentos similares no FCD (Fluxo de Caixa Descontado), a Vivo possui perspectivas muito melhores do que a Telesp, o que justificaria uma quantidade maior de ativos da Telesp para cada ação da operadora de telefonia móvel.



Para a dupla do JP, a Vivo tem apresentado um histórico impressionante de operações, com o crescimento dos serviços da empresamostrando uma aceleração de 5,9% em 2009 para 9,9% em 2010, enquanto o Ebitda (geração operacional de caixa) aumentou em 12% e margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) cresceu 2 pontos percentuais na mesma base de comparação.


Já a Telesp relatou uma queda de 8% no Ebitda, enquanto a margem Ebitda caiu 3 p.p. "Atribuímos essa queda à migração do telefone fixo para o móvel, aliada ao crescimento da competição na oferta de banda larga", avaliam Baggio e Santos.


Maior capex também limita otimismo
Além disso, a dupla do banco norte-americano destaca o capex (investimentos em bens de capital) anunciado recentemente pela Telefónica para o período entre 2011 e 2014, cujo montante é de R$ 24 bilhões, número 20% maior do que os dois analistas projetavam. Nada otimistas com o valor bem acima do esperado, o FCF calculado por Baggio e Santos sofreu um impacto substancial.