sexta-feira, 25 de junho de 2010

Cenário Econômico Semanal – 21 a 25/Junho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

Em uma semana marcada por importantes indicadores da economia dos Estados Unidos, os mercados acionários encerraram o período com desvalorização. Por aqui, o resultado foi uma leve alta, devido ao deslocamento do Ibovespa na quarta-feira.
No início da semana, as bolsas começaram animadas devido à decisão da China de flexibilizar a cotação de sua moeda, o yuan. No entanto, o desempenho dos mercados perdeu força com dados negativos da economia da Europa e também dos EUA. Este cenário contribuiu para o resultado negativo no período.





Cenário Externo


Os indicadores da economia americana começaram a ser divulgados somente na terça-feira. Entre eles o de vendas de casas existentes no país, que avançaram em maio para 5,66 milhões, de acordo com a National Association of Realtors (NAR). Em abril, as vendas ficaram em 5,77 milhões.
Já os preços de imóveis tiveram aumento de 0,8% de março para abril, em uma base com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados pela Federal Housing Finance Agency, que revisou de 0,3% para 0,1% a alta de março.
Na quarta-feira, o Departamento de Comércio informou que as vendas de casas novas nos EUA caíram de 504 mil para 300 mil. O resultado ficou bastante abaixo dos 400 mil estimados pelos analistas de mercado.
O que não pegou de surpresa do mercado foi a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, que decidiu pela manutenção da taxa de referencia de juros em 0% e 0,25% ao ano.
A semana seguiu com dados negativos na quinta-feira, quando foi anunciada uma queda de 1,1% no volume de pedidos de bens duráveis. A única notícia positiva da jornada foi dos pedidos de seguro-desemprego, que ficaram menores do que o estimado.
O dado mais esperado da semana veio somente na sexta-feira e também foi decepcionante. No primeiro trimestre de 2010, a economia dos EUA registrou alta de 2,7%, contra projeção de 3%.
A Confiança do Consumidor, da Universidade de Michigan, fechou a semana de indicadores com resultado de 76 pontos, pouco acima dos 75,5 pontos do mês passado.
Neste contexto, os índices de Wall Street sofreram uma importante desvalorização. No caso do Dow Jones, a queda foi de 2,9% aos 10.145 pontos. Já o S&P 500 perdeu 3,6% aos 1.077 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:











Cenário Interno


No Brasil, a semana foi, como de costume, marcada pela divulgação de índices de inflação. Além disso, outro destaque foi os dados do mercado de trabalho brasileiro, referentes ao mês de maio.
Na segunda-feira, o Banco Central divulgou o relatório Focus. No documento consta que a projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia neste ano aumentou pela 14ª semana consecutiva, de 6,99% para 7,06%. Para 2011, foi mantida a expectativa de 4,5%.
Entre os índices de inflação da semana, destaque para oi IPCA-15, que registrou em junho variação de 0,15%, após subir 0,63% em maio. Já o IPCA Especial acumulou alta de 1,3% no segundo trimestre do ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE.
O mesmo IBGE informou na quinta-feira que a taxa de desemprego no Brasil, em maio, teve leve avanço para 7,5%, depois de registrar 7,3% em abril. No entanto, segundo o instituto, este foi o melhor mês de maio para o mercado de trabalho desde o início da série histórica em 2002.
Na sexta-feira, estava inicialmente prevista a divulgação o Índice Nacional de preços da Construção Civil (INCC). No entanto, devido ao jogo do Brasil contra Portugal, na Copa do Mundo, a divulgação foi adiada.
Descolada de Wall Street, o Ibovespa fechou a semana com alta de 0,6% aos 64.819 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo e também as maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM5
51,06
9,48%
USIMINAS
USIM3
50,20
9,01%
OGX PETROLEO
OGXP3
18,58
8,53%
MRV
MRVE3
13,55
8,49%
ELETROPAULO
ELPL6
36,90
6,96%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
PETROBRAS
PETR3
32,02
-6,51%
PETROBRAS
PETR4
27,91
-5,36%
GOL
GOLL4
22,10
-4,91%
NET
NETC4
18,28
-4,59%
VIVO
VIVO4
48,78
-4,35%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 41,92
2.587.951.008,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,91
2.576.460.928,00
Exploração e/ou refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,58
994.905.552,00
Exploração e/ou refino
PETROBRAS
PETR3
R$ 32,02
808.120.416,00
Exploração e/ou Refino
USIMINAS
USIM5
R$ 51,06
663.619.816,00
Siderurgia





Dólar:


A semana foi marcada por uma grande volatilidade no mercado de câmbio no Brasil, com a moeda americana chegando a voltar ao patamar de R$ 1,80. No entanto, o dólar cedeu um pouco, mas encerrou o período com leve valorização.
A mínima na semana para a divisa foi de R$ 1,757 e a máxima em R$ 1,807. Porém, o dólar encerrou em alta de 0,4% a R$ 1,780 para a venda e R$ 1,778 para a compra..


Veja gráfico abaixo:


Dólar


Indicador EUA: Confiança da Universidade de Michigan

Confiança Universidade de Michigan; Previsto: 75.5; Efetivo: 76.0

Fonte: Bloomberg

PIB Americano

PIB anualizado (T/T); esperado:3,0% efetivo: 2,7%
Consumo pessoal; esperado 3,5%; efetivo: 3,0%
PIB Índice de preços; esperado 1,0%; efetivo: 1,1%
Principais gastos pessoais (T/T); esperado 0,6%; efetivo: 0,7%

Fonte: Bloomberg

Recomendação para papéis da Petrobras é reduzida pela S&P Equity Research


Por: Equipe InfoMoney
25/06/10 - 08h13
InfoMoney

SÃO PAULO - A Standard & Poor´s Equity Research rebaixou a recomendação e o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipt) da Petrobras (PETR3,PETR4), citando as incertezas relacionadas ao plano de capitalização da empresa, mostrou relatório divulgado na quinta-feira (24).


Os analistas da instituição recomendam agora a "manutenção" dos papéis, ante "compra". O preço-alvo foi reduzido para US$ 42,00, frente a US$ 51,00. Já, a avaliação de risco é "médio", dada a "forte exposição da empresa a segmentos voláteis, cíclicos e de grande necessidade de capital". É previsto sucesso na exploração do pré-sal pela empresa, mas a limitação de recursos financeiros e de produção devem atrasar os projetos.


Nesse contexto, a S&P reduziu a previsão de lucro operacional por ADR neste ano em US$ 0,08, para US$ 4,07, em 2011, no montante de US$ 0,70, para US$ 4,97, e para 2012 em US$ 0,35, atingindo US$ 5,73.


CapitalizaçãoA Petrobras tem empreendido projeto de capitalização para ajudar a financiar seu Plano de Negócios para o período de 2010 e 2014, no valor de R$ 224 bilhões. Na terça-feira (22), acionistas aprovaram um aumento de capital de R$ 150 bilhões, através de uma emissão de ações programada para setembro.