sexta-feira, 4 de junho de 2010

Recomendações de ações em junho buscam força da economia doméstica

Por: Equipe InfoMoney
04/06/10 - 15h22
InfoMoney


SÃO PAULO - Preocupados com os possíveis rumos da crise na Europa, estrategistas buscaram o refúgio da economia brasileira nos portfólios de recomendações do mês de junho. O bom momento do País, ancorado nas robustas projeções de crescimento, baseia este otimismo expresso nas carteiras recomendadas de ações no mês. 

"Os indicadores macroeconômicos demonstraram que a atividade econômica seguiu robusta. As vendas no varejo e a produção industrial apresentaram de novo fortes elevações sobre o ano anterior. O cenário foi favorecido também pela tendência cadente da taxa de desemprego, pela criação mensal recorde de empregos formais, pela expansão do crédito e pelo crescimento da massa salarial efetiva dos trabalhadores", destaca a equipe de análise do BB investimentos em seu relatório mensal de ações recomendadas. 

Por sua vez, Carlos Firetti e Dalton Gardiman, da Bradesco Corretora, afirmam que a boa performance operacional das companhias brasileiras deverá ser um dos principais drivers postivos para o mercado brasileiro em junho. "Contudo, mesmo que o Brasil se torne mais barato após a correção nos mercados, ele continuará correlacionado com o desempenho de outros mercados em épocas de estresse", avaliam. 

Estresse
O pomo da discórdia continua sendo a Europa. "A verdade é que, em sua essência, nada mudou. As preocupações que estiveram à tona no mês passado se baseiam nos mesmos eventos que vêm incomodando os mercados há algum tempo: o processo inflacionário na China e o pronunciado déficit fiscal em diversos países da UE (União Europeia)", explica Rodrigo Ferraz da Brascan Corretora. 


"Entendemos que é cedo para afirmar que a crise mundial afetará a economia global como ocorreu em 2008, criando uma forte desconfiança entre os agentes de mercado, o que naquele momento paralisou o mercado de crédito. É importante lembrar que, em maio de 2010, após os primeiros sinais de contágio financeiro, o mundo reagiu de maneira bastante pró-ativa, utilizando o melhor do ferramental empregado no capítulo anterior da crise e evitando qualquer default que pudesse lembrar o caso Lehman Brothers", ressalta, por sua vez, Cristiano Oliveira da Silva, do Banco Safra. 

Carteiras
Fugindo da crise, estrategistas buscaram nomes relacionados ao desenvolvimento da economia doméstica para o mês de junho. Um dos nomes mais citados entre as inclusões nos portfólios foi o da Marcopolo (POMO4), que deve se beneficiar da necessidade de renovação da frota de caminhões e ônibus no Brasil, além das melhores condições de financiamento no mercado nacional atualmente. Analistas também destacaram o resultado do primeiro trimestre da empresa.


Outro nome badalado entre as recomendações é o da PDG (PDGR3), por conta da incorporação das ações da Agre (AGEI3). Por fim, nomes atrelados ao setor energético, como Cemig (CMIG4), Cesp (CESP6) e Tractebel (TBLE3), também receberam atenção, dado a reconhecida característica defensiva destas ações.

Outro empresa que deve ocupar os holofotes do mercado em junho é a Petrobras (PETR3, PETR4). Após anunciar na última quarta-feira a contratação dos bancos Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Citi, Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander como coordenadores globais de sua oferta pública de ações, a companhia enfrenta a votação do modelo de partilha no dia 8 de junho, de sua capitalização no dia 9 e o projeto que cria a estatal do setor no dia 16. 

Agora é a hora
Por fim, vale destacar a opinião dos analistas do J.P. Morgan que se revelaram otimistas com a possibilidade de recuperação dos mercados latino-americanos, apontando que talvez seja a hora de ganhar com a alta. 


“Os fundamentos globais estão significativamente melhores que em 2008, nós vemos o contágio limitado na América Latina, valuations regionais atrativos e fluxos de recursos com suporte”, destaca o banco norte-americano.

Cenário Econômico Semanal – 31/Maio a 04/Junho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

Em uma semana mais curta por conta de um feriado nos Estados Unidos, na segunda-feira, e na quinta-feira no Brasil, os principais mercados acionários sofreram com oscilações dos índices e encerrara o período com queda.

As atenções da semana ficaram concentradas para a divulgação de dados do mercado de trabalho nos EUA. Apesar da redução do desemprego acima do esperado, foram criadas menos vagas de trabalho do que o previsto pelos analistas. A situação fez com que os índices operassem em queda acentuada na abertura dos negócios na sexta-feira.

Outros fatores de destaque no noticiário internacional foram as renuncias do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e do presidente da Alemanha, Horst Koehler. Na sexta-feira, surgiu a informação de que a Hungria também está com grande dificuldade com sua dívida, o que levou mais preocupação para os investidores.





Cenário Externo


Após o feriado da segunda-feira, o primeiro indiciador de destaque da economia americana foi divulgado na terça. O índice de atividade econômica recuou para 59,7 pontos, mas ficou melhor que o esperado. Já os gastos com construção avançaram 2,7%, muito melhor que a expectativa.

No dia seguinte foi a vez de dados do mercado imobiliário. As vendas de casas pendentes em abril avançaram 6%. Apesar de o resultado ter sido melhor que o esperado, ficou abaixo dos números de março.

Na quinta-feira, marcada pelo feriado no Brasil, saíram os primeiros números do mercado de trabalho americano. O setor privado do país gerou 55 mil empregos em maio. Já as encomendas às fábricas, em abril, avançaram 1,2%.

O dado mais esperado foi divulgado apenas na sexta-feira, quando se tornou público que a taxa de desemprego nos EUA apresentou recuo para 9,7% em maio, contra resultado de 9,9% em abril. O resultado é menor do que a expectativa do mercado, que esperava uma taxa de desocupação de 9,8%.

Por outro lado, a geração de empregos no país foi pouco pior do que esperado. Isso porque foram gerados 431 mil postos de trabalho em abril, contra projeção de 540 mil por parte dos analistas.

Com isso, os mercados fecharam o período em queda. No caso do Dow Jones o caiu 2,00% aos 9.931 pontos. Já o S&P 500 perdeu 2,3% aos 1.064 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:







Cenário Interno


A semana foi de baixo volume de negócios no mercado brasileiro devido ao feriado nos EUA e o Corpus Christi por aqui. No entanto, a agenda reservou alguns destaques, devido ao fechamento do mês de maio, principalmente para índices de inflação e balança comercial.

Foi o caso do IPC da FIPE, índice de preços que leva em conta somente a capital paulista. O indicador fechou maio com elevação de 0,22%, o que representa uma desaceleração em relação aos 0,23% do mês passado. Já o IPC-S da última semana do mês passado ficou em 0,21%.

Já a balança comercial brasileira fechou maio com superávit de US$ 3,443 bilhões. O valor é o maior verificado desde junho do ano passado (US$ 4,604 bilhões). Com isso, média diária das exportações cresceu 40,7% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 599,2 milhões). Já em relação a abril deste ano - quando a média diária das exportações brasileiras foi de US$ 758,1 milhões - o aumento foi de 11,2%.

No início da semana, foi divulgado o relatório Focus. A pesquisa realizada com analistas de mercado pelo Banco Central registrou a 10ª elevação consecutiva do PIB para 6,46%. Já o IPCA, após 18 semanas, teve sua expectativa em 5,67%.

Este cenário fez com o que o Ibovespa acumulasse na semana baixa de 0,40% aos 61.676 pontos.


Confira o gráfico de longo prazo e também as maiores altas, baixas e ações mais negociadas de semana:








As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TELEMAR
TNLP3
38,89
14,38%
TELESP
TLPP4
36,90
6,34%
ELETROPAULO
ELPL6
32,36
6,27%
LOJAS AMERIC
LAME4
12,82
4,82%
GOL
GOLL4
21,20
4,64%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
MMX MINER
MMXM3
10,37
-6,15%
FIBRIA
FIBR3
27,21
-6,14%
PDG REALT
PDGR3
14,75
-5,45%
CEMIG
CMIG4
24,38
-5,14%
DURATEX
DTEX3
14,77
-4,71%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 40,90
1.734.895.328,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 29,25
1.572.558.080,00
Exploração e/ou refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 16,12
678.468.296,00
Exploração e/ou refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 34,25
544.384.464,00
Bancos
VALE
VALE3
R$ 47,19
514.970.584,00
Minerais metálicos





Dólar:


A volatilidade da semana nos mercados fez com que a procura pelo dólar desvalorizasse moedas de diversos países. E o mesmo aconteceu com o real, que nos últimos cinco dias viu a moeda americana avançar 2,7% a R$ 1,859 para a venda e R$ 1,857 para a compra.


Confira o gráfico:




BB Investimentos considera positivo anúncio de nova descoberta da Petrobras

Por: Equipe InfoMoney
04/06/10 - 14h50
InfoMoney


SÃO PAULO - O BB Investimentos considera positivo o anúncio da Petrobras (PETR3PETR4) da descoberta de nova acumulação  de petróleo na região do pré-sal da Bacia de Campos, no campo de Marlim, mesmo que ainda seja necessária a avaliação da produtividade do reservatório, mostrou relatório divulgado nesta sexta-feira (4).

A análise assinada por Nelson Rodrigues de Matos cita, entre os aspectos positivos do anúncio, o fato de o óleo descoberto ser relativamente leve, favorecendo uma mudança no perfil de óleo pesado das reservas e a possibilidade de início de produção no curto prazo, dada a infraestrutura de produção e escoamento já instaladas na área.

Além disso, o analista comenta que a descoberta corresponde a uma reposição de aproximadamente 50% de toda a produção da empresa prevista para 2010, além de reafirmar o elevado potencial do pré-sal brasileiro.

Recomendação
Dessa forma, a recomendação para os papéis da Petrobras foi mantida em compra. Para os ordinários, o preço-alvo calculado é de R$ 58,50 e para os preferenciais, de R$ 52,40, ambos visando dezembro de 2010. Considerando as cotações de fechamento de quarta-feira (2), os potenciais teóricos de valorização são de 75,6% e 80,1% respectivamente.

XP troca duas ações em sua carteira recomendada para o mês de junho

Por: Equipe InfoMoney
04/06/10 - 14h20
InfoMoney


SÃO PAULO - A XP Investimentos divulgou sua carteira recomendada para junho, apresentando 10 sugestões de ações que devem ter desempenho diferenciado ao longo do mês de junho. Em relação a maio, apenas duas modificações foram feitas: os papéis de Vale e Marfrig deixaram o portfólio, entrando no lugar os ativos de Bradespar e PDG Realty.

De acordo com a corretora, embora continue acreditando firmemente nos bons fundamentos da Vale, a equipe optou por sua remoção "por acreditar que relativamente seja mais interessante uma exposição na empresa via Bradespar". Já com relação à saída da Marfrig, os analistas argumentam que ela se deve à suspensão à exportação de carne aos EUA realizada pelo Ministério da Agricultura.

Por último, a entrada da PDG na carteira selecionada justifica-se pela análise da XP de que este é "um bom momento" para uma maior exposição ao setor de construção e a preferência por PDGR3 foi baseada na recente aquisição da Agre.

Confira o portfólio para junho:
Empresa Código  Peso 
OGX Petróleo OGXP3 10%
Bradespar BRAP4 10%
Gerdau Met. GOAU4 10%
Magnesita MAGG3 10%
Iguatemi IGTA3 8%
Itaúsa ITSA4 12%
AmBev AMBV4 8%
PDG PDGR3 10%
Ultrapar UGPA4 12%
AES Tiête GETI4 10%

Desempenho mensalDurante o mês de maio, a carteira da XP teve uma desvalorização de 3,5%, desempenho melhor do que o benchmark, já que a performance do Ibovespa ficou negativa em 6,6%.

PETROBRAS ANUNCIA NOVA DESCOBERTA NO PRÉ-SAL DO CAMPO DE MARLIM


São Paulo, 4 - A Petrobras anunciou há pouco nova descoberta na camada pré-sal da Bacia de Campos, no Campo de Marlim. A nova acumulação de óleo leve (29º API) está localizada em lâmina d'água de 648 metros. De acordo com comunicado da estatal, as estimativas preliminares apontam para volumes recuperáveis potenciais de cerca de 380 milhões de barris de óleo equivalente.

"Está prevista a realização de testes para avaliar a produtividade desses reservatórios", diz a empresa. Ainda conforme a nota, um plano de avaliação será apresentado "em breve" à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).

A acumulação, em reservatórios carbonáticos de idade aptiana, está a 4.460 metros de profundidade. A perfuração ocorreu no prospecto denominado Brava, pelo poço 6-MRL-199D-RJS, distante 170 km da cidade de Macaé (RJ).

A Petrobras detalha que a descoberta fica próxima à infraestrutura instalada dos campos de Marlim e Voador. O poço está a 4,5 km da plataforma P-27, "o que deve facilitar o desenvolvimento do campo, reduzir o prazo necessário para o início da produção e poderá diminuir os investimentos", conforme o comunicado. (Equipe AE)

Fonte: AE Broadcast

BOLSA ABRE PRESSIONADA POR PAYROLL ABAIXO DO ESPERADO E HUNGRIA

São Paulo, 4 - O payroll de maio nos Estados Unidos abaixo das estimativas acentuou o clima negativo nos mercados, empurrando as bolsas e as commodities para as mínimas. O Ibovespa futuro que vinha operando em baixa de pouco mais de 1%, pressionado por preocupações com a situação fiscal da Hungria, acelerou o sinal negativo e recuava mais de 2% há pouco, perdendo os 62 mil pontos. A sexta-feira espremida entre o feriado local e o fim de semana e a fraca agenda do dia prometem liquidez bem reduzida na Bovespa, o que tende a fortalecer a volatilidade doméstica.

Nos EUA, os índices futuros de ações registravam baixas superiores a 2%, após o relatório do emprego de maio ter mostrado a criação de 431 mil vagas ante previsão de abertura de 515 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego desacelerou para 9,7%, exatamente como o esperado. Na Europa, antes mesmo do dado do payroll, o euro bateu a mínima em quatro anos, operando abaixo de US$ 1,21, refletindo as preocupações com a economia húngara.

No mercado de commodities, a deterioração dos preços também se acelerou, o que joga pressão nos papéis ligados ao setor negociados na Bovespa. O petróleo era cotado abaixo de US$ 73 por barril, desvalorização de mais de 2% e o cobre para julho recuava 2,46% em Londres.

"Como os números divulgados recentemente nos EUA estavam vindo melhores do que o estimado, o mercado estava preparado para um payroll mais forte e isso não se confirmou num dia de novas notícias indicando fragilidades fiscais na Europa", comenta o economista-chefe da Legan Asset Management, Fausto Gouveia.

A Europa, que vinha dando uma pequena trégua em termos de noticiário negativo nos últimos dias, volta a assustar o mercado, reacendendo o medo de alastramento da crise na zona do euro. A Hungria é a preocupação da vez. Na quarta-feira, o vice-presidente administrativo do Partido Fidesz, Lajos Kosa, declarou que o país está diante de uma crise de dívida soberana semelhante à da Grécia, que poderia resultar no rompimento com o FMI. Hoje, o porta-voz do primeiro-ministro da Hungria, Peter Szijjarto, disse que a economia do país está em "situação grave", mas que o país não seguirá o mesmo caminho da Grécia, uma vez que o novo governo não deixará que isso aconteça. "O governo está pronto para evitar o caminho da Grécia", afirmou o porta-voz.

Aqui, com o clima externo ruim, os investidores devem deixar de lado a divulgação pela Petrobras, quarta-feira à noite, de nota sobre o início do período de silêncio referente à oferta pública de ações que pretende fazer dentro do processo de capitalização. A nota sobre o período de silêncio não informa sobre o cronograma. No entanto, a previsão da estatal até onde se tinha notícia era de conclusão da captação até o começo de agosto.

A notícia do Estadão de hoje de que o governo voltou a estudar zerar as tarifas de importação de aço, para conter o impacto da alta do preço do produto na inflação, também não deve ter efeito. Depois de elevar os preços entre 10% e 15% em abril, as siderúrgicas negociam com os clientes um novo reajuste de 10% para junho ou julho. Mas segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo Lopes, nem mesmo a redução da alíquota de importação interromperia as negociações para um novo reajuste do preço do aço. Com mais um aumento do minério e a subida do carvão, ele diz que as siderúrgicas só têm o repasse como saída. (Sueli Campo)

Fonte: AE Broadcast