quarta-feira, 16 de março de 2011

Gradual inclui Telemar e diminui peso de Petrobras em carteira para a semana

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 14h46
InfoMoney


SÃO PAULO – A Gradual divulgou sua carteira recomendada para o período que se estende desde esta quarta-feira (16) até o dia 23 de março. Com relação às recomendações passadas, a corretora optou pela exclusão das ações da Marcopolo (POMO4) e diminuição em 5 pontos percentuais do peso das ações da Petrobras (PETR4), acomodando assim os papéis da Telemar Norte Leste (TMAR5). 


A inclusão do Telemar, com peso de 10% no portfólio, é justificada pela atratividade dos múltiplos, que se encontram em um nível baixo. Além disso, a corretora explica sua boa avaliação aos ativos da companhia devido à forte geração de caixa.


Do lado da exclusão, a explicação da Gradual é que o potencial de valorização de POMO4 já foi absorvido nos últimos pregões. Enquanto isso, a diminuição da participação de PETR4 na carteira parece momentânea, até que os impactos do desastre do Japão na economia mundial - e no mercado de petróleo - possam ser mensurados com maior clareza. 


O que esperar para a semana?
A corretora avalia que o curto prazo para a bolsa tende a ser marcado por pressões, principalmente com os desdobramentos da catástrofe no Japão, causando apreensão no mercado financeiro, em especial após explosões na usina nuclear de Fukushima. Porém, o contraponto está na melhora da economia norte-americana, conforme avaliado pelo próprio Fed.



Por aqui, após a Ata do Copom (Comitê de Política Monetária), a expectativa é que o ciclo de aumento nos juros pode ceder lugar às medidas macroprudenciais, com efeito no crédito. Além disso, com a preocupação em relação à inflação ainda à porta, os economistas começam a revisar para baixo as projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2011.  


Com esse quadro, a Gradual procurou manter sua carteira mais defensiva, tendência já observada nas últimas semanas. "Além dos setores de energia, concessões públicas e saneamento básico, o setor de telecomunicações também se destaca por sua resiliência em momentos econômicos adversos", afirmou a corretora.


DesempenhoNos últimos sete dias, a carteira recomendada da Gradual apresentou desempenho inferior ao do Ibovespa, ao recuar 1,90%, enquanto o índice registrou queda de 1,48%. No acumulado anual, porém, apesar de obter um desempenho negativo, ele está acima do Ibovespa. O portfólio da corretora marca queda de 1,92% em 2011, ao passo que o benchmark registra desvalorização de 3,32% desde janeiro. 


Confira a carteira recomendada da Gradual:
EmpresaCódigo Preço-alvo*  Upside**   Peso  
PetrobrasPETR4R$ 37,5033,7%20%
ValeVALE5R$ 60,5031,9%10%
CemigCMIG4R$ 34,0015,8%15%
CopasaCSMG3R$ 33,0019,4%10%
EternitETER3R$ 14,0028,9%10%
Ez TecEZTC3R$ 18,0040,8%5%
BrookfieldBISA3R$ 11,7049,2%5%
Telemar Norte Leste TMAR5R$ 65,0032,7%10%
Banco do BrasilBBAS3R$ 39,4036,7%10%
Trans. PaulistaTRPL4R$ 60,2014,3%5%
* Preço-alvo para 12 meses
**Potencial de valorização em relação ao fechamento de 15 de março

Barclays inicia cobertura de Hypermarcas com recomendação overweight

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 14h02
InfoMoney



SÃO PAULO - O Barclays Capital iniciou a cobertura da Hypermarcas (HYPE3) com uma avaliação positiva da empresa e a recomendação de overweight - desempenho acima da média do mercado -, destacando os potenciais em alguns segmentos e a posição estratégia ocupada pela companhia. Contudo, ressalva-se o risco de execução de algumas metas.


Além disto, o preço-alvo para as ações é de R$ 27,00. Este valor representa um upside (potencial teórico de valorização) de 46,74% em relação à cotação do último fechamento. As estimativas feitas para chegar a esse preço-alvo foram baseadas no limite mínimo do guidance da empresa.


Potencial é destaqueO analista David Belaunde lembra que as ações da Hypermarcas registram um desempenho abaixo da média desde outubro passado, com os investidores receosos quanto a capacidade da empresa de capturar as sinergias prometidas e também quanto aos múltiplos das aquisições.


Belaunde destaca alguns pontos positivos da empresa. Segundo o analista, o potencial do segmento de farmácia é significativo, uma vez que o gasto médio do brasileiro com esse tipo de produto é de menos de US$ 90,00 por ano, ou 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto nos EUA esse gasto é de US$ 1000,00 por ano - cerca de 2,5% do PIB. Além disso, a avaliação é de que os genéricos ainda estão subdesenvolvidos, assim como a penetração da cobertura de saúde entre a população.


Outro potencial citado advém da consolidação do portfolio de marcas da Hypermarcas. Segundo o analista, esse processo deverá permitir que a empresa acesse novos segmentos sem que haja a “necessidade sistemática de aquisições”. Nesse ponto, a expectativa é que inovações neste ano auxiliem na obtenção de um crescimento da receita dos produtos de cuidados pessoais da ordem de 15% organicamente.


Os demais pontos positivos da Hypermarcas são as oportunidades de vendas cruzadas e alcance de distribuição, cobrindo pontos que concorrentes internacionais não chegam, o foco da empresa e o seu valor estratégico em relação ao mercado brasileiro e, por fim, o atrativo ponto de entrada das ações, que tiveram expressiva desvalorização desde a aquisição da Mantecorp.


RessalvasPor outro lado, o analista do Barclays também faz algumas ressalvas na análise da Hypermarcas. Primeiro, é citado reduzido retorno do capital investido e a “ainda não significativa” geração de caixa por conta das aquisições e possivelmente gestão de capital.


Outra ressalva fica por conta dos riscos de execução de sinergias e consolidação. “Na nossa avaliação, os pressupostos fornecidos pela companhia - implícitos no seu guidance de 24-25% de margem Ebitda [geração operacional de caixa] - faz sentido, mas nós não podemos ignorar o risco de execução”, afirma o analista. Ainda nesse ponto, também é destacada a reduzida visibilidade que esse processos tem nos ganhos da empresa.


Mais um fator crítico para a Hypermarcas surge com o fim do período, no final de abril, onde os antigos controladores da Mantecorp são obrigados a ficar com as ações da Hypermarcas utilizadas como pagamento pela aquisição. Até 34,5 milhões de ações poderão ser vendidas no mercado. Além disso, Belaunde lembra ainda os riscos representados pela crescente competição e múltiplos maiores que a média nas últimas aquisições realizadas.

Credit Suisse reinicia cobertura da Tecnisa com recomendação outperform

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 11h06
InfoMoney



SÃO PAULO - O Credit Suisse reiniciou a cobertura da Tecnisa (TCSA3) com perspectivas bastante otimistas para a empresa, apostando na recuperação de suas ações no longo prazo. Para Marcello Milman e Alexandre Queiroz, analistas do banco, a empresa está bem posicionada, com a melhor combinação entre eficiência na construção e operações de marketing, combinação que deve sustentar a retomada de seu crescimento.


Assim, a dupla inicia cobertura com recomedação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações daconstrutora, ante preço-alvo para 12 meses de R$ 16,00, o que representa um potencial de valorização de 64% com base na última cotação de fechamento.


Os analistas focam na postura sólida da Tecnisa, que segue como a "construtora mais rentável no Brasil". Sendo assim, a recente desvalorização não é condizente com os fundamentos da empresa, por isso a expectativa de recuperação frente aos pares. Em termos de retorno sobre patrimônio, a empresa também performa acima da média, com um desempenho melhor do que o obtido por seus concorrentes.


Segundo a dupla de análise, a alta alavancagem da empresa tem sido um ponto de atenção para os investidores. Com a recente oferta de ações feita pela empresa, que levantou R$ 414 milhões, duas principais preocupações foram levantadas: a estrutura de capital e a liquidez de suas ações.


Projeto Telefónica: espaço para ganhos
A aprovação do projeto Telefónica - assim chamado porque ao final de 2006 a Tecnisa comprou, na cidade de São Paulo, um terreno de 244.000 m2 da empresa espanhola - está embargado e sua aprovação já leva mais tempo do que o mercado esperava. A empresa pretende iniciar a construção de casas no local. Segundo a prefeitura da cidade, a aprovação ainda não veio porque não há uma análise mais minuciosa dos possíveis impactos na infraestrutura pública e no trânsito.



Mesmo assim, os analistas acreditam que o sucesso desse projeto pode impulsionar a lucratividade da Tecnisa. Em particular, o desafio para a Tecnisa é maximizar a quantidade de área vendida e, logo, as receitas obtidas com o projeto. A construtora espera ser capaz de transformar a área em loteamentos menores para, posteriormente, obter um potencial de construção de grande porte.


Os analistas acreditam que, se aprovado, o projeto pode elevar as margens brutas da empresa em 55%, o que representa uma forte expansão. Se confirmado esse cenário, o projeto poderá impulsionar rendimentos muito expressivos para a Tecnisa, ajudando-a no processo de reacelerar o seu crescimento. "Acreditamos que os benefícios vindos do projeto Telefónica colocarão um fim no peso para os resultados negativos obtidos até agora", explicou o banco.


Para Milman e Queiroz, após o montante levantado com a oferta de ações, o endividamento da empresa deve cair abaixo dos 50%, o que é considerada pela dupla como uma "margem suficiente para sustentar crescimento adicional". Ou seja, a empresa já pode começar a pensar em planos de expansão, o que pode impactar positivamente suas ações.


Sem contar com o valor que o projeto Telefónica pode trazer, a Tecnisa prevê um aporte de R$ 5 bilhões em possíveis acordos de agregação para os próximos dois anos. Nas estimativas dos analistas, a empresa deve obter ganhos de R$ 2,30 bilhões em 2011 e de R$ 2,64 bilhões em 2012.

Autometal recebe recomendação 'outperform' pelo Credit Suisse

16 de março
     A Autometal SA, unidade brasileira da fabricante de autopeças espanhola Cie Automotive SA, recebeu a recomendação “outperform” na nova cobertura do Credit Suisse Group AG.

     “Acreditamos que a diversificação é um dos aspectos chave na estratégia da Autometal, colocada em uma posição única para se beneficiar da boa perspectiva para o mercado automotivo no Brasil e no México”, escreveu Luiz Otavio Campos, analista do Credit Suisse em São Paulo, num relatório enviado hoje a clientes.

*JPMorgan recomenda a ação como “OVERWEIGHT” e preço-alvo de R$20,00 (16/03/2011)

Fonte: Bloomberg

Ágora reduz preço-alvo para BM&F Bovespa, de olho em aversão ao risco

Por: Equipe InfoMoney
16/03/11 - 07h50
InfoMoney



SÃO PAULO – A corretora Ágora reduziu o preço-alvo para as ações da BM&F Bovespa (BVMF3) de R$ 15,00 para R$ 14,10, devido à redução das projeções para os resultados e para o fluxo de caixa. Deste modo, com a recomendação de “manter”, o potencial teórico de valorização para os papéis é de 25,89%.


“O fluxo de notícias negativas pode continuar mantendo um nível de aversão ao risco capaz de inibir evolução mais substancial dos negócios com ações, ainda que seja mantida a tendência de crescimento na comparação com o ano passado”, revela o relatório. Assim, apesar de prever um bom desempenho para omercado de ações brasileiro no longo prazo, são ressaltados os riscos de curto prazo.


Giro financeiroDeste modo, o principal fator para a reavaliação foi a redução das perspectivas de giro financeiro médio do mercado acionário, passando de R$ 8,3 bilhões para R$ 7,2 bilhões. Até o momento o valor médio do ano situa-se em R$ 6,9 bilhões. Apesar de 6% superior ao registrado no mesmo período de 2010, devido ao cenário conjuntural atual, o montante é classificado pela Ágora como insuficiente para atingir a expectativa anterior.


Além disso, o conjunto de despesas operacionais é outro ponto abordado pelo relatório, sendo que após a expansão de 23% em 2010, espera-se um avanço de 13,9% neste ano e de 8,1% e de 7,6% nos próximos dois anos.