Por: Julia Ramos M. Leite
22/03/10 - 19h00
InfoMoney
22/03/10 - 19h00
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SÃO PAULO – Segundo levantamento do JP Morgan sobre os mercados de fundos, renda variável e renda fixa globais, quando os agentes de mercado estão com posições compradas, as ações e os bonds tendem a ter um desempenho melhor. “Nos últimos 9 trimestres, o mercado de renda variável tem se movido na mesma direção que os fluxos de ações e ativos dos agentes de mercado”
De acordo com o banco, a pesquisa de Flow of Funds (Fluxo de Fundos) mostra que as tendências de alguns tipos de investidor são úteis na hora de avaliar os próximos movimentos dos mercados.
Nos últimos 10 anos, o mercado de ações tinha maior probabilidade de performar bem quando agentes de mercado ligados a ativos e fundos estavam comprando ações, e geralmente recuavam quando o movimento contrário ocorria. O movimento oposto ocorre com os Treasuries.
Venda de ações se acelera no 4º trimestre
A venda de ações por categorias como os hedge funds se acelerou nos últimos três meses de 2009, atingindo US$ 6,5 bilhões. Vale mencionar que, no período, a indústria de hedge funds avançou pelo segundo trimestre consecutivo, com o lançamento de 230 fundos superando os 165 que foram fechados.
Entretanto, mesmo com o avanço, 2009 foi o segundo ano no qual as liquidações de hedge funds excederam as aberturas, com o balanço final de 240 fundos a menos.
Ainda nos hedge funds, a alavancagem usada pelos gestores segue abaixo dos níveis pré-crise, com 40% dos gestores afirmando que não utiliza alavancagem nas operações.
Bonds
Da mesma forma, os fundos de pensão continuaram a vender ações (US$ 40 bilhões) e comprar bonds no último trimestre de 2009.
As empresas do setor financeiro continuaram a retirar bonds do mercado, ao passo que as companhias não-financeiras continuaram a emiti-los. Segundo os analistas, isso favorece os ativos do setor financeiro.
Enquanto isso, as empresas não financeiras recompraram US$ 80 bilhões em ações nos últimos meses do ano passado – o que indica um ambiente mais favorável para ações do que para bonds.
Tendências 2010
Na última semana, os investidores de varejo compraram fundos de ações tanto de países emergentes quanto de mercados desenvolvidos pela 4ª semana consecutiva. Com o resultado, os fundos de ações de mercados emergentes excederam os dos desenvolvidos pela primeira vez em 6 semanas. “Isso é um indicativo de que as ações dos emergentes devem ter um desempenho melhor do que as dos mercados desenvolvidos no curto prazo”, afirma o banco.
Já os fundos de commodities – em especial os de metais preciosos - seguem perdendo espaço, com retiradas de capital de US$ 3,3 bilhões em fevereiro – a maior desde setembro de 2008.
As operações short com o Euro atingiram um novo recorde na última semana, com US$ 12,8 bilhões – a terceira semana consecutiva que esse tipo de investimento se mantém acima da marca de US$ 12 bilhões.
Renda fixa
Passando para renda fixa, os fundos de bonds do oeste europeu não tiveram um bom fluxo na última semana, registrando entrada de apenas US$ 25 milhões após algumas semanas de desempenho sólido – sugerindo que a volatilidade criada por questões acerca do déficit de alguns países da região levou os investidores a retirar dinheiro dessa categoria.
Nos EUA, as compras de US$ 10 bilhões em notas do Tesouro e bonds foram ofuscadas pelas vendas de outros ativos, indicando que os bancos podem estar se movimentando para um portfólio menos arriscado.
De acordo com o banco, os investidores estão mantendo suas posições na Europa desde meados de janeiro – e a tendência é que aumentem sua exposição ao continente nos próximos meses.
A emissão de títulos de dívida corporativos segue a pleno vapor nos EUA, atendendo a uma forte demanda. Da mesma forma, a oferta desse tipo de ativo continua forte nos emergentes, com emissão de US$ 21 bilhões. De acordo com o JP Morgan, Ásia e América Latina devem ser os responsáveis por grande parte das ofertas, que devem atingir US$ 128 bilhões no ano.
De acordo com o banco, a pesquisa de Flow of Funds (Fluxo de Fundos) mostra que as tendências de alguns tipos de investidor são úteis na hora de avaliar os próximos movimentos dos mercados.
Nos últimos 10 anos, o mercado de ações tinha maior probabilidade de performar bem quando agentes de mercado ligados a ativos e fundos estavam comprando ações, e geralmente recuavam quando o movimento contrário ocorria. O movimento oposto ocorre com os Treasuries.
Venda de ações se acelera no 4º trimestre
A venda de ações por categorias como os hedge funds se acelerou nos últimos três meses de 2009, atingindo US$ 6,5 bilhões. Vale mencionar que, no período, a indústria de hedge funds avançou pelo segundo trimestre consecutivo, com o lançamento de 230 fundos superando os 165 que foram fechados.
Entretanto, mesmo com o avanço, 2009 foi o segundo ano no qual as liquidações de hedge funds excederam as aberturas, com o balanço final de 240 fundos a menos.
Ainda nos hedge funds, a alavancagem usada pelos gestores segue abaixo dos níveis pré-crise, com 40% dos gestores afirmando que não utiliza alavancagem nas operações.
Bonds
Da mesma forma, os fundos de pensão continuaram a vender ações (US$ 40 bilhões) e comprar bonds no último trimestre de 2009.
As empresas do setor financeiro continuaram a retirar bonds do mercado, ao passo que as companhias não-financeiras continuaram a emiti-los. Segundo os analistas, isso favorece os ativos do setor financeiro.
Enquanto isso, as empresas não financeiras recompraram US$ 80 bilhões em ações nos últimos meses do ano passado – o que indica um ambiente mais favorável para ações do que para bonds.
Tendências 2010
Na última semana, os investidores de varejo compraram fundos de ações tanto de países emergentes quanto de mercados desenvolvidos pela 4ª semana consecutiva. Com o resultado, os fundos de ações de mercados emergentes excederam os dos desenvolvidos pela primeira vez em 6 semanas. “Isso é um indicativo de que as ações dos emergentes devem ter um desempenho melhor do que as dos mercados desenvolvidos no curto prazo”, afirma o banco.
Já os fundos de commodities – em especial os de metais preciosos - seguem perdendo espaço, com retiradas de capital de US$ 3,3 bilhões em fevereiro – a maior desde setembro de 2008.
As operações short com o Euro atingiram um novo recorde na última semana, com US$ 12,8 bilhões – a terceira semana consecutiva que esse tipo de investimento se mantém acima da marca de US$ 12 bilhões.
Renda fixa
Passando para renda fixa, os fundos de bonds do oeste europeu não tiveram um bom fluxo na última semana, registrando entrada de apenas US$ 25 milhões após algumas semanas de desempenho sólido – sugerindo que a volatilidade criada por questões acerca do déficit de alguns países da região levou os investidores a retirar dinheiro dessa categoria.
Nos EUA, as compras de US$ 10 bilhões em notas do Tesouro e bonds foram ofuscadas pelas vendas de outros ativos, indicando que os bancos podem estar se movimentando para um portfólio menos arriscado.
De acordo com o banco, os investidores estão mantendo suas posições na Europa desde meados de janeiro – e a tendência é que aumentem sua exposição ao continente nos próximos meses.
A emissão de títulos de dívida corporativos segue a pleno vapor nos EUA, atendendo a uma forte demanda. Da mesma forma, a oferta desse tipo de ativo continua forte nos emergentes, com emissão de US$ 21 bilhões. De acordo com o JP Morgan, Ásia e América Latina devem ser os responsáveis por grande parte das ofertas, que devem atingir US$ 128 bilhões no ano.