sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cenário Econômico Semanal – 21 a 25/Fevereiro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal




A semana nos mercados acionários em todo o mundo foi de bastante tensão, com quase todas as atenções voltadas para Líbia, no norte da África. Grupos opositores ao ditador Muammar al-Khadafi comandam uma série de protestos no país, que são revidados de forma violenta pelos simpatizantes do sistema.

A tensão na Líbia, que faz parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, fez com que o preço do petróleo disparasse e despertou também uma onda de temor em diversos mercados. Com isso, as bolsas mais importantes acumularam importantes perdas no período.

A agenda econômica também foi bastante movimentada. No entanto, mesmo os indicadores que tiveram resultados melhores do que o esperado pelos investidores conseguiram conter a desvalorização originada pela tensão no mundo árabe.





Cenário Externo


Entre os indicadores divulgados na semana, o mais importante foi a segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre de 2010. Na leitura anterior, o resultado havia sido de alta de 3,2%, contra os 2,8% informados na sexta-feira pelo Departamento de Comércio do país. O número também ficou abaixo das estimavas do mercado, que apostavam em 3,4%.

No setor imobiliário, destaque para o índice de preços da casas, apurado pela consultoria Case-Shiller e a Standard & Poor's, que apresentou em dezembro queda de 1% nas 20 maiores cidade em relação a outubro. Na quarta-feira, foi a vez do volume de vendas de casas existentes, que subiu 2,7%, e atingiu total de 5,36 unidades. O resultado veio acima do esperado.

Já as vendas de casas novas recuaram em mais de 12% em janeiro, devolvendo os ganhos registrados no mês anterior. No período, as vendas de imóveis novos caíram para 284 mil, contra taxa revisada de 325 mil do dezembro. O resultado veio abaixo do esperado, de 300 mil unidades.

Também merecem destaque a divulgação de dois índices de atividade. O primeiro, da região de Richmond, registrou em fevereiro alta para 25 pontos, contra 18 pontos levantados em janeiro, informou o Fed da região. Já o índice nacional de atividade do Fed de Chicago registrou em janeiro -0,16 pontos, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo escritório regional do Fed.

Entre os índices de confiança do consumidor, o apurado pela Conference Board teve o melhor resultado em três anos, ao passar de 60.6 pontos para 70,4 pontos em fevereiro. Já o da Universidade de Michigan avançou de 75,1 para 77,5 pontos.

Finalmente, os pedidos de bens duráveis avançaram 2,7% em janeiro, com aumento da demanda de aviões comerciais. O resultado veio um pouco abaixo do esperado, de 3%, e representa a primeira alta em quatro meses.

Dentro deste cenário, o Dow Jones encerrou a semana acumulando queda de 2,1% aos 12.130,5 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,7% aos 1.319,89 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


No calendário econômico brasileiro, o principal destaque ficou para a divulgação da taxa de desemprego no país. Em janeiro, a taxa de desocupação 6,1%, um avanço de 0,8 ponto percentual em relação a dezembro. No entanto, na comparação com janeiro de 2010 foi registrada queda 1,1 ponto percentual. A taxa também foi a menor para o primeiro mês do ano desde janeiro de 2003.

Outro importante dado do período, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 1,00%, em fevereiro. Em janeiro, o índice variou 0,79%.

Além disso, o superávit da balança comercial da terceira semana de fevereiro foi de US$ 577 milhões. As exportações totalizaram de US$ 4,542 bilhões e as importações de US$ 3,965 bilhões.

Ainda na semana que passou, a FGV divulgou que o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) registrou, em fevereiro, taxa de variação de 0,39%, acima do resultado do mês anterior, de 0,37%. No ano, o índice acumula variação de 0,76% e nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,46%.
Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também da FGV elevou-se em 0,8% entre janeiro e fevereiro de 2011, ao passar de 121,6 para 122,6 pontos.
Com isso, o Ibovespa acumulou queda de 1,7% na semana e fechou aos 66.903 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
KLABIN S/A
KLBN4
6,22
10,09%
PORTX
PRTX3
3,72
8,45%
LLX LOG
LLXL3
4,43
7,00%
VIVO
VIVO4
59,05
6,49%
PETROBRAS
PETR3
32,86
6,21%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM5
18,60
-11,55%
GERDAU MET
GOAU4
25,65
-9,81%
GERDAU
GGBR4
21,85
-9,07%
CYRELA REALT
CYRE3
17,00
-7,91%
B2W VAREJO
BTOW3
24,91
-7,64%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
PETROBRAS
PETR4
R$ 28,60
4.868.653.760,00
Exploração e/ou Refino
VALE
VALE5
R$ 49,26
3.291.767.040,00
Minerais Metálicos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 19,00
1.479.292.992,00
Exploração e/ou Refino
PETROBRAS
PETR3
R$ 32,86
1.338.848.624,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 36,31
1.246.554.240,00
Bancos





Dólar:


A semana mais uma vez foi marcada pela atuação constante do Banco Central para a compra de dólares, tanto no mercado à vista, quanto no mercado a termo de câmbio. Além disso, a semana foi tensa a situação na Líbia, com uma escalada no preço do petróleo.

Mesmo com tantas pressões, o dólar comercial encerrou a semana com variação nula, encerrando nos mesmos R$ 1,6640 do dia 18 de fevereiro, sexta-feira passada.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






Analistas do Barclays elevam novamente o preço-alvo para ADRs da Vivo

Por: Equipe InfoMoney
25/02/11 - 13h10
InfoMoney



SÃO PAULO - Os analistas do Barclays Capital elevaramnovamente o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vivo (VIVO4), de US$ 42,00 para US$ 43,00, valorque representa um upside de 22,16% em relação à cotação de fechamento da última quinta-feira (24). Com isso, a recomendação "overweight" (desempenho acima da média domercado) foi reiterada.


Essa mudança no preço-alvo segue em linha com o aumento em R$ 100 milhões na projeção do Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia que vai surgir a partir da combinação entre a Vivo e a Telesp (TLPP4). As novas estimativas apontam para um valor de R$ 12 bilhões, escrevem em relatório os analistas Michel Morin e Bruna Mari.


Novas elevações no target não são descartadasA dupla do Barclays destaca ainda que novas elevações no target dos ADRs não estão descartadas. “Continuamos vendo significativo potencial positivo além do nosso preço-alvo”, argumentam Morin e Bruna, citando como possível driver para essa elevação a relação de troca entre os papéis da Vivo e da Telesp. Os analistas afirmam que as negociações entre as ações das duasempresas são feitas com uma relação de troca de 1,43, ao passo que o preço-alvo atual é baseado numa relação maior, de 1,60.


Essa relação de troca pode ser ainda maior, tendo em vista que na análise DCF (fluxo de caixa descontado) feita pelo Barclays, o múltiiplo encontrado encontra-se em 1,92. Nesse caso, o preço-alvo dos ADRs da Vivo saltaria para US$ 52,00 - upside 47,73% em relação ao último fechamento.


Ademais, outro fator que pode beneficiar mais ainda as ações são os ganhos de sinergia advindos do processo de incorporação da Vivo pela Telesp. Ao mesmo tempo em que Morin e Bruna acreditam que o mercado já tenha precificado isso nos papéis de ambas as empresas, eles tamém afirmam que “uma surpresa positiva nesse sentido poderá somar US$ 6,00 por ADR de valor incremental para os acionistas da Vivo”.


Projeção de ganhos por ADRA dupla de analistas também elevou sua projeção de ganhos por ADR em 17%, de US$ 3,29 para US$ 3,83. “Isso reflete o aumento de 2% do Ebitda [geração operacional de caixa] a partir da maior receita de serviços, despesas operacionais menores, bem como menor depreciação e amortização e impostos”.


Por sua vez, o resultado divulgado pela empresa, considerado “forte”, pode vir a gerar uma maior revisão para cima do Ebitda, embora o aquecimento da concorrência e os custos de aquisição de assinantes em patamares bastante reduzidos tornem a expansão das margens um ponto mais desafiador.


Por fim, outro ponto elogiado no resultado divulgado é o crescimento das receitas do quarto trimestre de 2010, em ritmo mais forte que o das empresas concorrentes  - em comparação ao mesmo período de 2009, as receitas da Vivo subiram 12,5%, contra 6,1% da TIM (TCSL3TCSL4) e 2,5% da Claro.

Santander corta preço-alvo das ações da Lojas Renner, mas recomenda compra

Por: Equipe InfoMoney
24/02/11 - 17h00
InfoMoney



SÃO PAULO – De olho nos custos da Lojas Renner (LREN3), o Santander reduziu o preço-alvo para as ações da empresa de R$ 77,00 para R$ 69,00, o que representa um upside de 40% frente o fechamento de quarta-feira (23). Apesar do corte no target, os analistas Joaquin Ley e Tobias Stingelin veem na recente queda dos papéis uma boa oportunidade de entrada, de modo que reiteram a recomendação de compra aos ativos.


Novas projeçõesCom relação ao novo target, os analistas creditam o corte à expectativa de aumento dos custos operacionais da empresa este ano, em pleno processo de expansão de suas lojas. Segundo eles, o aumento dos custos com depreciação e amortização, aliado ao baixo nível de alavancagem da empresa em razão dosinvestimentos, dão conta que o fluxo de caixa da Lojas Renner deverá sofrer redução em 2011, impactando, diretamente, na expectativa de lucro por ação.


As projeções de desaceleração do consumo doméstico, a valorização do preço do algodão no mercado internacional e os planos do governo de limitar a oferta de crédito para combater o ritmo de inflação são apontados pelos analistas como catalisadores negativos para o desempenho da empresa ao longo deste ano. 


Embora essas preocupações sejam reais, o crescimento da folha salarial no País, que ainda deverá ser mais forte, a baixa exposição da empresa ao algodão, a boa política de gestão das despesas de vendas e administrativas, além de uma nova forma de financiamento para o negócio financeiro, devem, na opinião de Ley e Stingelin, suprir parte dos impactos negativos advindos dos fatoes acima descritos e elevar a margem Ebitda (Ebitda/receita) da companhia.


RiscosPara finalizar, em termos de risco, o Santader acredita que um retrocesso maior do que o esperado do lucro por ação nos próximos trimestres, como um crescimento abaixo da expectativa das vendas, da estrutura orgânica da empresa e da economia doméstica, tendem depreciar as projeções para a empresa.