sexta-feira, 25 de março de 2011

Cenário: Mercados retomam otimismo com ofensiva na Líbia

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal
Mercados retomam otimismo com ofensiva na Líbia




Os mercados acionários de todo o mundo tiveram uma semana de ganhos. As boas noticias no cenário econômico dos Estados Unidos e também a ofensiva da coalizão na Líbia contribuíram para o bom resultado das bolsas. Além disso, a situação da usina nuclear de Fukushima, apesar de crítica é mais tranquila do que na outra semana.

O grande destaque da agenda econômica na semana foram divulgados os números finais do Produto Interno Bruto (PIB) americano, que fechou o último trimestre de 2010 com crescimento de 3,1%, contra 2,8% na prévia do mês passado.





Cenário Externo


A semana começou com a divulgação do índice nacional de atividade do Federal Reserve de Chicago, que registrou em fevereiro -0,04 pontos. Na média dos últimos três meses, o indicador aponta para +0,11 pontos. Os dados foram divulgados pelo escritório regional do Federa Reserve. Em janeiro, o resultado havia sido de -0,11 pontos.

Já as vendas de casas existentes caíram 9,6% em fevereiro, para taxa anual de 4,88 milhões de unidades, informou a Associação Nacional de Corretores de Imóveis. A expectativa era de queda, porém, menos acentuada, para 5,150 milhões. O dado revisado de janeiro foi de 5,4 milhões, contra 5,36 milhões previstos anteriormente.

No dia seguinte, o destaque ficou para as vendas de casas novas, que caíram inesperadamente em fevereiro, para 250 mil. Em janeiro, o número de vendas foi revisado, e passou de 284 mil para 301 mil, segundo dados do Departamento de Comércio.

Na quarta-feira, foi informado que o volume de vendas de casas novas caiu de forma acentuada, para 250 mil, contra expectativa de 290 mil em fevereiro.

O noticiário econômico ficou pior na quinta-feira, com os pedidos de bens duráveis registrando em fevereiro queda inesperada, de 0,9%, puxados pela queda das vendas de maquinaria e produtos de defesa, informou o Departamento de Comércio do país.

Já os novos pedidos de auxílio desemprego na semana anterior caíram para 382 mil, contra 385 mil do período imediatamente anterior. As informações são do Departamento de Trabalho.

Finalmente, na sexta-feira, o governo norte-americano divulgou que a economia do país avançou 3,1% no quarto trimestre, dentro do esperado pelos analistas. A prévia anterior era de 2,8%. Além disso, a confiança do consumidor do país recuou em março, para 67,5 pontos, contra 68,2 pontos da estimativa anterior. As informações são da Universidade de Michigan.

Com isso, os mercados acumularam importantes ganhos. O Dow Jones, por exemplo, subiu 3,00% em cinco dias e fechou com 12.221 pontos. Já o S&P 500 avançou 2,7% aos 1.313,80 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Logo no começo da semana, os analistas de mercado financeiro consultados pelo BC voltaram a elevar a estimativa para a inflação oficial em 2011, de 5,82%, para 5,88%. Esta foi a segunda alta consecutiva da projeção do IPCA, que na semana passada, passou de 5,78%, para 5,82%. Para 2012, a projeção permaneceu em 4,80%.

Além disso, a balança comercial brasileira da terceira semana de março registrou saldo negativo de US$ 100 milhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Entre os indicadores de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,60 % em março, taxa inferior à de 0,97% de fevereiro. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que é o IPCA-15 acumulado nos últimos três meses, apresentou variação de 2,35 % no primeiro trimestre do ano, acima do resultado do mesmo período de 2010 (2,02%). Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 6,13%, acima dos 12 meses anteriores (6,08%). Em março de 2010, a taxa havia ficado em 0,55%.
Além disso, o IPC-S de 22 de março de 2011 apresentou variação de 0,69%, 0,05 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram acréscimos em suas taxas de variação.

O principal destaque da semana ficou  para a taxa de desocupação de fevereiro, que foi estimada em 6,4% e ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (6,1%), apontou o IBGE. Em relação a fevereiro de 2010 (7,4%), recuou 1,0 ponto percentual.

Dentro deste cenário, o Ibovespa, que já havia registrado ganhos na semana anterior, avançou mais 1,0% aos 67.766 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TIM PART S/A
TCSL3
8,45
13,12%
TIM PART S/A
TCSL4
7,06
10,83%
TELEMAR N L
TMAR5
54,00
9,96%
TELEMAR
TNLP3
35,82
9,71%
VIVO
VIVO4
64,50
9,23%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM5
19,46
-7,00%
MRV
MRVE3
13,21
-6,64%
GERDAU
GGBR4
20,05
-5,87%
GERDAU MET
GOAU4
23,70
-5,20%
LOJAS AMERIC
LAME4
13,54
-4,65%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 46,88
3.501.443.808,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 28,64
2.407.833.152,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 19,86
1.436.791.648,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 36,84
896.886.032,00
Bancos
GERDAU
GGBR4
R$ 20,05
889.796.480,00
Siderurgia





Dólar:


Após uma semana bastante tumultuada e com altos e baixos, o dólar comercial encerrou o último período acumulando desvalorização. No decorrer dos dias, o Banco Central chegou a reduzir as ações para a compra da moeda no mercado à vista, retomando uma ação mais ostensiva na sexta-feira.

Dentro deste cenário, a divisa acumulou queda de 0,6% aos R$ 1,6600.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






BTG Pactual inicia cobertura de Queiroz Galvão com recomendação de compra

Por: Equipe InfoMoney
25/03/11 - 17h38
InfoMoney


SÃO PAULO - O BTG Pactual iniciou a cobertura da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP3) com recomendação de compra, destacando o histórico e as reservas, recursos contingentes e o portfólio exploratório da empresa, além do baixo risco dos prospectos e o potencial de crescimento com caixa disponível.


O preço-alvo fornecido para as ações da Queiroz Galvão é de R$ 29,50, valor que representa um upside (potencial teórico devalorização) de 30,3% em relação à cotação de fechamento de quinta-feira (24). Os analistas do BTG Pactual destacam que esse preço-alvo leva em conta uma cotação de US$ 80,00 para o barril de petróleo no longo prazo.


Histórico e reservasOs analistas Gustavo Gattass e Rafael Fonseca destacam o histórico que a empresa possui com exploração e produção de gás e petróleo no Brasil, já que a companhia opera desde 1998. Atualmente, as reservas em campos operacionais da Queiroz Galvão somam 81 mboe (milhões de barris de óleo equivalente).


Ainda sobre as reservas e os recursos, os analistas afirmam que a empresa conta também com “40 mboe de recursos contingentes em três descobertas, um portfólio exploratório de 907 mboe de recursos não provados dos quais uma avaliação independente indicou potencial de 300 mboe, ou 33% de chance de sucesso em 7 prospectos que serão todos perfurados em 12 meses”.


Ativo equilibradoOutro ponto forte das ações da Queiroz Galvão apontado pela dupla de analistas é o equilíbrio da empresa em comparação com a maioria das empresas de exploração e produção brasileiras listadas em bolsa, com 62% do atual preço das ações apoiado por caixa, reservas e recursos contingentes.


Ao mesmo tempo, os analistas indicam também um significativo potencial exploratório que, caso seja confirmada a estimativa de 33% de sucesso da avaliação independente, poderia incrementar o potencial de valorização da empresa em mais 33%. Da mesma forma, caso a exploração seja totalmente bem sucedida, as ações podem até triplicar de valor.


RiscosPor fim, pelo lado dos riscos do investimento na Queiroz Galvão, os analistas do BTG Pactual frisam três aspectos. Primeiro, o risco exploratório caso a empresa não encontre petróleo ou gás em volumes economicamente viáveis em suas reservas não provadas.


Segundo, o risco de ter caixa o bastante para honrar os compromissos de exploração sem ter que levantar capital via mercado. Por último, a dupla destaca o risco de variação da cotação das commodities, que pode tornar o fluxo de caixa da Queiroz Galvão menos atrativo do que é atualmente.

Ágora inicia cobertura da Eletrobras, focando melhoras na governança corporativa

Por: Equipe InfoMoney
25/03/11 - 17h13
InfoMoney



SÃO PAULO – A Ágora Corretora iniciou cobertura da Eletrobras (ELET3ELET6) recomendando a manutenção dos papéis da gigante de geração e transmissão de energia, tanto para as açõesordinárias, listadas pelo ticker ELET3 - para as quais está previsto um preço-alvo de R$30,80 - quanto para as ações PNB, listadas como ELET6, cujo preço-alvo é R$ 35,30. 


Tais estimativas de preço apresentam um upside de 24,9% para as ações ON e de 15,3% para as ações PNB e são resultado de uma avaliação por fluxo de caixa descontado. 


Entre os aspectos que devem ser determinantes para o comportamento da ação, acredita o analista Filipe Acioli, da Ágora Corretora, está a eventual decisão negativa em relação à renovação das concessões (31% das quais expiram em 2015), ou mesmo o preço a ser pago por ela.


A evolução nos padrões de governança corporativa, o desenvolvimento dos projetos, o que pode potencialmente melhorar ou piorar a rentabilidade dos investimentos previstos, e a evolução dos indicadores operacionais, atualmente os piores dentre as empresas do ramo, também são fatores citados pelo analista.  


Empresa é veículo estratégicoAcioli espera que a empresa continue a ser utilizado como veículo estratégico para a implantação do plano governamental para o setor elétrico, visto que, desde 2003, a estatal é responsável por grande parte dos investimentos nacionais em geração e transmissão. 


Estes projetos, como as usinas do rio Madeira, Belo Monte e Teles Pires, muitas vezes apresentam retornos sobre capital investido inferior aos exigidos pela iniciativa privada e possuem custos crescentes, graças às compensações sócio-econômicas e ao meio ambiente. Além disso, esses projetos são constantemente atrasados pelos licenciamentos ambientais. 


É por isso que Acioli acredita que qualquer iniciativa para tornar esse processo mais rápido impactará positivamente a empresa, assim como a formação de consórcios com parceiros que agreguem tecnologia e inovação. 


Governança corporativa e contratosOutro prospecto positivo para o analista, desta vez já materializado, é a mudança na direção do holding e de algumas subsidiárias, que reduziu o viés político da estatal elétrica. A centralização das decisões estratégicas na própria holding, o maior controle sobre as atividades das subsidiárias, com definições de metas, e o aprimoramento da disponibilização das informações consolidadas também são movimento enxergados com bons olhos por Acioli. 


Chama a atenção também o pagamento dos dividendos retidos no valor de R$ 11 bilhões, anunciados no ano anterior. 


A empresa também deverá se beneficiar, na visão de Acioli, da renegociação de um volume significativo de contratos de geração, que deverão expirar em 2012 e 2013. Os atuais R$ 74 por megawatt/hora medianos da Eletrobras estão muito abaixo do preço de R$ 130 megawatt/hora do mercado atualmente, levando ao analistas projetar uma renegociação em um preço de R$ 110 megawatt/hora, dado o compromisso da a empresa com a modicidade tarifária. 


Além disso, 31% da atual capacidade de geração e uma parte relevante dos ativos de transmissão, o que representa 94% da receita do segmento, também terão suas concessões expiradas a partir de 2015. 


Dados operacionais e concorrênciaO analista ainda aguarda ver uma evolução nos indicadores operacionais da empresa, outro dos pontos determinantes para definir o desempenho dos papéis da empresa, acredita Acioli, visto que estes são os piores entre as companhias do setor em produtividade. 


Acioli não desconsidera a dificuldade particular de operar no Norte do país, onde a empresa possui quatro de suas seis distribuidoras e controla a Eletronorte, visto que a região não está conectada ao Sistema Interligado Nacional, é extensa em área e possui uma baixa densidade demográfica. 


A Eletrobras opera com desconto em relação aos seus principais pares, Copel (CPLE6) e Cemig (CMIG4), dada sua baixa eficiência operacional, os riscos do processo de renovação das concessões, o atual nível de governança corporativa e a relação risco versus retorno dos investimentos, opina por fim o analista da Ágora.

BTG Pactual reduz preço-alvo dos papéis da B2W e eleva target de Lojas Americanas

Por: Equipe InfoMoney
25/03/11 - 12h25
InfoMoney



SÃO PAULO - O BTG Pactual reduziu de R$ 40 para R$ 24,50 o preço-alvo das ações da B2W (BTOW3), após o anúncio deaumento de capital  privado de R$ 1 bilhão através da emissão de ações, feito na última quinta-feira (24). Por outro lado, o bancoelevou de R$ 16 para R$ 17 o target dos papéis da Lojas Americanas (LAME4), detentora de 56,57% do capital da empresa.


Segundo relatório divulgado pelo banco, a injeção de capital traz alívio no curto prazo para a B2W, que vem mostrando númerosnão muito animadores nos últimos resultados. No entanto, ainda não é possível identificar quando esse aumento vai começar a se materializar na forma de melhor rentabilidade e crescimento. "Nossas estimativas revistas já incorporam melhorias generosas, mas mesmo assim sugerem potencial teórico de valorização de apenas 10% dos níveis atuais", afirma o analista Fabio Monteiro.


A competição do setor segue preocupando o analista, que lembra que a B2W perdeu 950 pontos-base em market share somente em 2010. Em suas novas estimativas, Monteiro também considera os resultados mais fracos do que o esperado no quarto trimestre e a diluição causada pelo aumento de capital. 


Prefira Americanas
Já para as Lojas Americanas, o BTG elevou suas projeções para o Ebtida (geração operacional de caixa) e lucro em 2011, confiantena aceleração do processo de expansão da companhia.



Apesar das boas perspectivas, o analista aponta que a empresa terá que aplicar um montante considerável de dinheiro em um negócio que não vai tão bem - a B2W - ao invés de utilizá-lo em suas próprias operações, que trazem oportunidades muito mais atraentes. "Isso pode pesar nos papéis (...), mas mantemos a visão positiva no longo prazo", completa Monteiro. 

Citi diminui recomendação e preço-alvo para ações de B2W e Lojas Americanas

Por: Equipe InfoMoney
25/03/11 - 09h27
InfoMoney



SÃO PAULO - Após a B2W (BTOW3) anunciar que vai realizar um aumento de capital de R$ 1 bilhão através de emissão de ações e a sua controladora, a Lojas Americanas (LAME4), revelar a intenção de acompanhar a chamada de capital, os analistas do Citi rebaixaram a recomendação e o preço-alvo de ambas as companhias.


Para a B2W, a nova recomendação é de venda, com preço-alvo passando de R$ 34,00 para R$ 26,00, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 16,17% em relação à cotação do último fechamento. Já para a Lojas Americanas, a nova recomendação é de manter, e o preço-alvo caiu de R$ 18,00 para R$ 17,00, upside de 27,53%, também em relação ao último fechamento.


Perspectiva negativaNa visão dos analistas Carlos Albano e Marcio Kawasaki, o aumento de capital anunciado pela B2W será negativo para os acionistasminoritários da empresa por duas razões. A primeira delas seria uma perspectiva ruim para os negócios da empresa por parte da sua própria administração, que desta forma, acreditaria que “as operações da companhia podem não ser sustentáveis por si mesmas nos próximos trimestres”.


Além disso, os analistas afirmam também que os acionistas minoritários da B2W vão ser prejudicados com a emissão por conta de um “significativo excesso de ações no mercado ou significativa diluição dos acionistas minoritários no caso de a Lojas Americanas absorver a oferta total”.


Negócio arriscadoPelo lado da Lojas Americanas, os analistas acreditam que a empresa de fato deverá absorver, senão a emissão toda, a maior parte das novas ações, o que poderia aumentar sua participação na B2W para cerca de 68%. “Nós acreditamos que a Lojas Americanas vai aumentar sua participação em um negócio muito arriscado que, em nossa visão, continua não tendo uma boa perspectiva de curto e médio prazo”, afirma a dupla.