quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

EDP Energias do Brasil (ENBR3.SA) — Dividendos Mais Altos; Crescimento Ainda com Fôlego. Iniciando com COMPRAR

Estamos dando início à cobertura da EDP Energias do Brasil (ENBR3) com rating de COMPRAR (1M) e preço-alvo com base no fluxo de caixa descontado (FCD) de R$ 42,95/ação. O retorno total esperado (RTE) para a ENBR3 é de 21,8%, composto de 16,1% de valorização de preço e 5,8% de dividendos. A ENBR3 é nosso nome preferido entre holdings/utilities integradas (negociando a 8,7x P/L 2010, com desconto de 46% em relação às concorrentes de mesmo porte).

Controlada pela portuguesa EDP, a ENBR é a 4ª maior holding com investimento em geração (1.732 MWs instalados), distribuição (Escelsa e Bandeirante, com 2,6 milhões de clientes) e trading de energia elétrica (3ª no Brasil). O EBITDA consolidado está praticamente divido em partes iguais entre distribuição (48,9%) e geração e trading (51,1%), para um mix de EBITDA equilibrado. Nosso cenário básico assume um rápida redução de alavancagem colocando a ENBR sob pressão para pagar dividendos mais altos, depois da conclusão do Terminal Portuário de Pecém (TPP), no final de 2011 (26,2% de DPA e TRCA em 5 anos, assumindo um aumento de 95% nos dividendos pagos em 2011). O longamente esperado crescimento sólido das hidrelétricas de pequeno porte no interior ainda deve ficar sob observação, o que nos leva a concluir por uma possível tendência de alta para nosso preço-alvo. Para os lucros, estimamos que o EBITDA permaneça praticamente o mesmo e que haja um pequ eno crescimento do LPA durante 2011, devido à revisão no preço das tarifas das distribuidoras nos próximos dois anos, embora suba em 2010 com o início das operação do TPP (EBITDA e DPA TRCA de 9% e 11%, respectivamente para 2009-2014). Além dos riscos regulatórios intrínsicos, no lado positivo incluem-se (i) realização do crescimento potential de pequenas hidrelétricas em ritmo constante, (ii) preços de geração acima do esperado, (iii) melhor controle de custo/perda de energia nas distribuidoras e (iv) pagamento de dividendos mais altos antes do esperado. Os riscos negativos incluem (i) revisão de tarifas abaixo do esperado e (ii) retenção de caixa em 2011.
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Marcelo Britto

Natura Cosméticos SA (NATU3.SA) — Transformação e Valuation, uma Combinação Convincente: Comprar

Estamos aumentando nosso preço-alvo (PA) de R$ 28 para R$ 43, depois de aumentar o múltiplo-alvo para o VE/EBITDA para 12x e reduzir nossa Média Ponderada de Custo de Capital (MPCC) de 13,3% para 9,9%. A menor MPCC se deve a um ERP menor e a uma redução no rf no Brasil pela primeira fez desde maio de 2009.Nós reduzimos o rating para Risco Médio devido estabilização das operações, um cenário macro mais forte, e maior liquidez.Nosso PA de R$ 43 e os 4% de retorno nos dividendos oferece aos investidores 25% de RTE, o que justifica nossa recomendação de Comprar para a Natu3, e também aproveita a recente puxada para baixo na ação. A Natura está à frente adotando mudanças transformativas: descentralização corporativa, adaptação regional, presença internacional. Em conjunto com ajustes em programas já existentes, como o CNO e o de pedidos online, além do foco em inovação e em P&D, essas medidas devem favorecer um crescimento da receita com consumido res adolescentes no Brasil por pelo menos mais cinco anos, e o crescimento de dois dígitos até 2019. A Natura deve poder aumentar preços no Brasil em níveis acima da inflação, ajudada por um aumento nos gastos com marketing. A melhora nos indicadores econômicos e o aumento real dos salários devem favorecer a aceitação da alta. Isso poderia resultar em aumento nominal na média de produtividade, mas vamos monitorar as reações da concorrência aos maiores gastos com marketing e aos aumentos de preço. Apesar esperemos que os investimentos na "nova América Latina" vão quase dobrar, de R$ 39 mi em 2009 para R$ 71 mi em 2010, melhorias na França, e a retração nos EUA e na Venezuela devem limitar o a perda total no EBITDA internacional para menos de R$ 100 mi. A típica cautela da Natura com relação a gastos deve prevalecer no longo prazo. Deveria ser negociada a um preço pelo menos em linha com seu histórico 12x VE/EBITDA, já que sua TCCA de 16% do EBITDA em 10 anos é convincente. A gestão da Natura parece focada na adoção de medidas transformativas que podem resultar em uma revisão do rating quando os detalhes forem conhecidos.
Celso W Sanchez, CFA

Indicadores EUA - 13h00

EUA: Estoques de empresas: 0,4%; previsão: 0,3%

Fonte: Bloomberg

Não há outros dados relevantes a serem divulgados nos EUA hoje.

Indicadores EUA - 11h30

EUA: Índice preços de importação (M/M): 0,0%; previsão: 0,0%;
EUA: Índice preços de importação (A/A): 8,6%; previsão: 8,6%;
EUA: Vendas a varejo antecipadas: -0,3%; previsão: 0,5%
EUA: Vendas a varejo (exceto autos): -0,2%; previsão: 0,3%;
EUA: Novos pedidos auxílio-desemprego: 444k; previsão: 437k
EUA: Seguro-desemprego: 4596k; previsão: 4750k.

Próximos indicadores:
13h00:
Estoques de empresas

CAMARGO CORRÊA FECHA ACORDO PARA COMPRAR 17% DA CIMPOR, DIZ JORNAL

Madri, 14, 14 - O conglomerado de construção Camargo Corrêa chegou a um acordo para comprar uma participação de 17% na cimenteira portuguesa Cimentos de Portugal SA (Cimpor), da empresa francesa Lafarge, informou o jornal português Diário Económico hoje. O acordo com a Lafarge facilita o plano da Camargo Corrêa de fusão com a Cimpor, disse o jornal.

Ontem, a Cimpor informou que recebeu uma proposta de fusão da Camargo Corrêa. Segundo o comunicado, a concretização da fusão está sujeita ao cumprimento de condições prévias, incluindo a compra de uma participação de 15% a 25% do capital da Cimpor pela Camargo.

A Cimpor disse que a aquisição "não terá lugar por meio de oferta pública e não ocorrerá necessariamente em operação de mercado".

A Cimpor e a Lafarge não puderam ser encontradas imediatamente para comentários. As informações são da Dow Jones.
(Nathália Ferreira)

Fonte: AE Broadcast

MARFRIG INICIA ABATES EM UNIDADES DO MARGEN E ARRENDA OUTRA FÁBRICA

Quatro meses depois de arrendar 13 unidades de abate de bovinos dos frigoríficos Margen e Mercosul, a Marfrig deve começar a operar, na última semana deste mês, as plantas de Paranaíba (MS) e Ariquemes (RO). As duas eram do Margen e foram arrendadas por cinco anos com opção de compra, junto com outras quatro unidades de abate e uma para produção de charque. Na primeira, a Marfrig deve abater 400 animais por dia inicialmente e em Ariquemes, 300 cabeças. Até agora, apenas a unidade de charque está operando, já que as demais arrendadas do Margen - hoje em recuperação judicial - estão passando por adequações para poder iniciar a produção. Além de adequações nas fábricas, questões burocráticas, como licenças ambientais, tiveram de ser providenciadas nesse período. (VE)