Por: Equipe InfoMoney
11/11/10 - 06h25
InfoMoney
SÃO PAULO - A quinta-feira (11) promete ser mais um dia agitado nos mercados. Além de resultados de peso e da continuidade da repercussão do caso "banco PanAmericano" (BPNM4), a agenda externa deve ficar no foco dos investidores. Isso porque, além de mais dados da China, o dia também marca o início da reunião do G-20, na Coreia do Sul.
Para Marcelo Varejão, analista da Socopa, quinta-feira é o principal dia dessa semana em termos de agenda. Apesar de o mercado não esperar que a reunião das principais economias do mundo acabe em medidas conjuntas para conter a "guerra cambial", o analista aponta que a expectativa é grande. "Uma sinalização dos países de que algo possa ser solucionado já ajudaria um pouco a tirar esse receio do mercado".
Além disso, depois da balança comercial, também serão conhecidos outros indicadores chineses, como preços ao produtor e ao consumidor. "O país vem crescendo a taxas expressivas, e apesar do governo ter adotado medidas para conter a pressão inflacionária, o ritmo é bastante forte", explica Varejão.
Os dados da China têm bastante repercussão nos mercados, já que o país é um dos principais consumidores de commodities - o que faz com que os dados também tenham impacto por aqui, já que grande parte do Ibovespa é composta de empresas ligadas a commodities. Assim, a tendência é que os números da economia chinesa sejam acompanhados bastante de perto. "Os dados são relevantes, e o investidor acaba adotando certa cautela", diz o analista.
Petro: só na sexta
Segundo Varejão, os dados da agenda econômica internacional devem acabar ofuscando a grande referência local do dia: o resultado trimestral da Petrobras (PETR3, PETR4). "O balanço da Petrobras é relevante, mas como é depois do mercado, o impacto mesmo será na sexta-feira", explica.