29 de junho de 20210 - "Isso acontece sim. Vamos pegar casos práticos, como o que aconteceu com a LLX Logística, com notícias de que a empresa faria uma grande parceria com uma siderúrgica chinesa (Wisco) para a instalação de uma unidade industrial no terreno da LLX, ao lado do porto. As ações subiram muito na expectativa de que isto aconteceria e quando o anúncio foi confirmado perderam força e até devolveram um pouco", diz o especialista.
Galdi cita outros exemplos, como o que aconteceu recentemente com as ações da Vale. "A expectativa de que o preço do minério de ferro aumentaria até 80% fez com que os papéis subissem por alguns dias seguidos, até sair o percentual correto. Depois que a notícia oficial foi divulgada, o papel devolveu. Nesses casos, você tem de ter outro vetor para puxar o preço", aponta.
A opinião é compartilhada pelo analista chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira. "Não existe nenhuma pesquisa que comprove, mas realmente isso acaba acontecendo. Quando está aquele burburinho no mercado de que vai acontecer uma fusão ou mesmo de que a empresa vai ser comprada, cria-se uma certa expectativa no investidor. E criando esta expectativa, o papel realmente sobe. Mas quando o negócio é consumado, às vezes não é aquilo que o investidor estava esperando. As vezes o preço é mais caro, por exemplo", diz Vieira.
E ainda existem os casos de que os boatos não são confirmados. "Geralmente sai a notícia de que a empresa vai comprar o controle acionário da outra, então surge aquela expectativa, os papéis sobem e aí de repente não sai a venda e volta tudo para trás", ressalta o analista da SLW.
(Diego Lazzaris - www.ultimoinstante.com.br)