quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Operações para 12/02/2010

CSNA3
Condição de entrada: rompimento dos R$ 58,35
Condição de stop: rompimento dos R$ 56,30
Motivo da operação: rompimento de topo anterior e tendência curto prazo com aumento de volume, cruzamento de MACD e rompimento de OBV.
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 60,65.

Indicadores Europa - Sexta-feira

Gradiente - Recuperação

Staub diz que volta depois do carnaval

O empresário Eugênio Staub, controlador da combalida Gradiente, espera o carnaval passar para colocar o seu bloco na rua. A intenção de Staub é anunciar, depois que os tamborins silenciem, a formalização do acordo de recuperação extrajudicial com os credores da velha empresa, que têm R$ 350 milhões a receber - a dívida deverá ser quitada em nove anos, com dois de carência. Ao mesmo tempo, ele tenciona divulgar o nome dos investidores que vão se associar na criação de uma nova empresa, a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD).

A CBTD, formada com um capital de cerca de US$ 40 milhões, vai arrendar a marca Gradiente, bem como uma das fábricas pertencentes a Staub, instalada em Manaus. Inicialmente, a CBTD deverá trabalhar com uma linha limitada de produtos - televisores LCD, DVDs, laptops e celulares.

Fonte: Estado de São Paulo

CVM SUSPENDE HOJE REGISTRO DA AGRENCO E DE MAIS DUAS EMPRESAS

São Paulo, 11 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu hoje o registro de companhia estrangeira da Agrenco Limited pelo descumprimento de obrigações. A CVM informa que também foi suspenso o registro de companhia aberta da livraria e papelaria Livraria do Globo e da fabricante de espumas e colchões Trorion "por terem descumprido, por período superior a 12 meses, suas obrigações periódicas".

Com o cancelamento do registro pela CVM, a BM&FBovespa suspendeu a negociação dos BDRs da Agrenco e da Trorion. As ações da Livraria do Globo (Livr Globo) estão suspensas desde 26 de novembro do ano passado, "por conta de falta de departamento de atendimento aos acionistas".

Em comunicado, a CVM informa que as empresas podem solicitar a reversão da suspensão do registro, desde que apresentem à autarquia "os documentos que comprovem o cumprimento das obrigações periódicas e eventuais em atraso". Os controladores e administradores das empresas, porém, não estão livres de punições por "eventuais infrações" que tenham cometido até o cancelamento do registro.

A Agrenco atua no comércio internacional de commodities agrícolas e está em recuperação judicial desde o ano passado. A empresa abriu o capital em 2007, em meio a uma euforia no mercado de capitais. Logo em seguida, a empresa mergulhou em dívidas e enfrentou vários pedidos de falências de seus fornecedores. No dia 29 de janeiro, os credores da Agrenco aprovaram em assembleia a liberação, para alienação, de dois armazéns da Fertilogs. Os recursos serão destinados para o pagamento de dívidas com o Banco do Brasil.
(Altamiro Silva Júnior)

Fonte: AE Broadcast

PETROBRAS ANUNCIA DESCOBERTA DE ÓLEO EM ÁGUAS RASAS EM CAMPOS

São Paulo, 11 - A Petrobras concluiu a perfuração do poço exploratório 4-PM-53 em águas rasas (200 metros) no pós-sal da Bacia de Campos. A descoberta abre uma importante frente exploratória à leste das concessões de Pampo e Bicudo. O volume de óleo recuperável é estimado em 25 milhões de barris. Em razão da qualidade e da espessura do reservatório, estima-se que a vazão de óleo do poço será de cerca de três mil barris por dia.

Perfurado a seis quilômetros da PPM-1 (Plataforma de Pampo), com o poço constatou-se uma coluna contínua de 128 metros de óleo de 20 graus API nos calcários albianos em reservatórios de ótimas características de porosidade e permeabilidade.

Como no local já existe infraestrutura de produção instalada, a Petrobras afirma que o poço irá iniciar a produção ainda este ano. Estuda-se a sua interligação com a plataforma PPM-1 ou com a plataforma P-7, produtora no campo de Bicudo.

Segundo a estatal, a descoberta faz parte da estratégia da empresa de intensificar os trabalhos próximos a campos em produção, e visa aproveitar a capacidade das instalações existentes, diminuir os custos de produção e agilizar a produção de novos volumes de óleo. A companhia afirma que pretende perfurar novos poços na região. (Teresa Navarro)

Fonte: AE Broadcast

Indicadores EUA - 11h30


EUA: Novos pedidos de seguro-desemprego: 440k; previsão: 465k;
EUA: Seguro-desemprego: 4538k; previsão: 4600k

Fonte: Bloomberg

Não há previsão de outros indicadores econômicos hoje.

Petróleo Brasileiro - Petrobras (PETR3.SA)

Alerta: Atualização no Marco Regulatório Brasileiro

Participamos de uma reunião com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e com o diretor financeiro, Almir Barbassa, para discutir as expectativas da Petrobras com relação às mudanças no marco regulatório do petróleo brasileiro, bem como a proposta da empresa de aumento de capital. Neste relatório destacamos alguns pontos da apresentação.

Para maiores detalhes sobre a proposta para o marco regulatório e o aumento de capital, veja nossa nota de 31 de agosto: "New E&P Regulatory Framework – Details from the Government Proposal." (https://www.citigroupgeo.com/pdf/SLA16199.pdf).

Estratégia de Investimento – Somos compradores das ações da Petrobras em 2010. Embora o 1S10 possa vir a ser volátil devido às incertezas com relação ao marco regulatório e ao aumento de capital da Petrobras, esperamos uma boa performance das ações durante o ano, devido: (1) ao cenário otimista do Citi para os preços do petróleo, (2) à nossa visão de que as mudanças no marco regulatório e o aumento de capital já estão em boa parte embutidos no preço e devem ser positivos para a Petrobras no longo prazo, e (3) ao perfil de forte produção. Esperamos uma performance melhor no 2S10 do que no 1S10.

Prazo para Aprovação no Congresso


Segundo a diretoria executiva, a expectativa inicial para a aprovação das propostas na Câmara dos Deputados era dezembro de 2009, para que a mesma pudesse estar disponível para votação no Senado Federal em 10 de fevereiro. Até agora, apenas uma das propostas foi aprovada pela Câmara. Essa proposta sugere a criação de uma empresa 100% controlada pelo
governo para administrar os interesses e a participação do mesmo no sistema de produção compartilhado.

Para a diretoria executiva da Petrobras, a única variável incerta com relação ao aumento de capital é o prazo de aprovação do marco regulatório. Depois da aprovação final da cessão onerosa de 5 bilhões de barris de óleo equivalentes (boe) para a Petrobras, 45 dias devem ser suficientes para concluir o aumento de capital. O Congresso volta à ativa em fevereiro e deve votar a transferência da cessão onerosa primeiro.

O que Esperamos – Nosso cenário básico prevê o aumento de capital aprovado no 1S10 e concluído até o 3T10. Com base na nossa atual previsão para os preços do petróleo (US$ 76/barril em 2010, US$ 85/barril em 2011, US$ 90/barril em 2012 e US$ 80/barril no longo prazo), acreditamos que um aumento de capital é necessário para garantir recursos para o programa de investimento da Petrobras e para manter o grau de investimento da empresa. Atrasos no aumento de capital (para além do 2S11) podem ameaçar as taxas da dívida principal com relação às nossas estimativas.

Valuations dos Ativos a serem Transferidos

A Petrobras não deu muitos detalhes sobre o valuation do direito de produção de 5,0 bilhões de boe a serem transferidos para a empresa. No entanto, reiterou que está trabalhando para avaliar esses ativos e que contratou uma empresa de certificação independente. Haverá duas empresas de certificação independentes avaliando as reservas (uma pela Petrobras e outra pelo governo) e ambas devem chegar a um acordo sobre o valor.

Valor da cessão onerosa: Segundo o diretor financeiro, quanto menos tempo para avaliar as reservas, mais baixo o valuation, por conta das incertezas. No entanto, uma revisão do valuation pode ser feita depois do período de 1 a 2 anos, o que deve reduzir injustiças para ambas as partes. Haverá vários critérios para avaliar o valor das reservas, os quais certamente vão considerar a disponibilidade de equipamentos e o prazo para início da produção. A diretoria se comprometeu em manter a maior transparência possível com relação à avaliação da cessão onerosa para o mercado (acionistas minoritários).

Unitização: No momento, está em andamento um processo de unitização do campo Iara (na Bacia de Santos) entre a Petrobras e o governo federal. Segundo Barbassa, as estimativas iniciais de participação de cada uma das partes podem mudar ao longo do tempo, devido à melhor compreensão do formato da reserva. Se isso acontecer, pode haver a necessidade de um novo acordo entre as partes. Nesse caso, haveria um ajuste retroativo para compensar as mudanças.

Divergência de opinião: Duante a reunião, o presidente e o diretor executivo tiveram opiniões diferentes com relação à data de início da produção de petróleo sob o contrato de cessão onerosa. Gabrielli disse que o vencimento do contrato está de acordo com a legislação atual e Barbassa disse que não haverá data de vencimento e que o contrato seguirá as normas do novo marco
regulatório. Os dois executivos concordaram, porém, que tudo vai depender do contrato final. O contrato não está disponível e será proposto pelo governo, mas discutido com a Petrobras até que ambas as partes cheguem a um acordo final.

O que Esperamos – Avaliamos o ativo a ser transferido (excluindo participação especial) em cerca de US$ 8/boe. Se esses ativos tiverem de pagar participação especial, o valuation seria de US$ 4,50/boe.

Valuation - Petróleo Brasileiro - Petrobras

Chegamos ao nosso preço-alvo de R$ 56/ação para a PETR3 baseados em nosso modelo de Fluxo de Caixa Descontado (FCD), o qual usa as estimativas do CIRA para o preço do petróleo.
Usando uma taxa de crescimento de longo prazo de 3% em dólar, uma WACC (Média Ponderada do Custo de Capital) média de 9,6%, e uma média beta alavancada de 1,05, e um preço de longo prazo para o petróleo de US$ 80/barril chegamos ao valor do FCD para a Petrobras de R$ 56/ação.

Riscos

Classificamos a Petrobras como Risco Alto, considerada sua exposição aos voláteis preços do petróleo e à provável necessidade de aumentar a alavancagem, parcialmente compensadas pelo alto nível de sucesso das recentes explorações. O controle por parte do governo continua sendo uma preocupação. Os principais riscos para a ação alcançar nosso preço-alvo são:

Risco Brasil. O peso da Petrobras no Índice Bovespa é de 22,8%. Como a correlação com o mercado local é alta, maior interesse nos papéis brasileiros poderia aumentar o interesse pela Petrobras. Da mesma forma, um interesse menor nas ações de empresas brasileiras (ou uma maior aversão ao risco) poderia ter impacto negativo nas ações.

Preços do petróleo.
Se os preços do petróleo ficarem acima do previsto, as ações poderiam se valorizar. Por outro lado, se os preços ficarem abaixo das previsões, pode haver um risco de desvalorização. Além disso, o preço da ação deve enfrentar a volatilidade relacionada ao movimento dos preços do petróleo no mercado spot, uma vez que a correlação entre a Petrobras e o Brent vem aumentando.

Preços Domésticos. Se a diretoria executiva mantiver os preços acima dos níveis internacionais por um período mais longo, pode haver um risco de alta em nossas estimativas. Da mesma forma, se os preços domésticos não seguirem o aumento dos preços internacionais, haveria um risco de queda. Intervenção do Governo. O governo detém 32% do total de ações da Petrobras
(56% com direito a voto). O governo aponta a maioria dos membros do conselho administrativo. Se a intervenção do governo no dia-a-dia das operações/decisões de investimento for limitada, pode haver tendência de alta para as ações da Petrobras.

Crescimento da Produção. Projetamos um aumento da produção de petróleo nos próximos anos, mas abaixo da meta de curto prazo da diretoria executiva. Se a Petrobras for capaz de atingir as próprias metas pode haver uma modesta alta em nossos números.

Overhang do aumento de capital. Um grande aumento de capital pode ser aprovado pelo Congresso brasileiro, o que poderia gerar uma overhang e a diluição das ações da Petrobras no curto prazo.

Fonte: Citigroup Global Markets (Felipe Jiman koh) - https://www.citigroupgeo.com/pdf/intra/mde370345.pdf

VALE: ANALISTAS PROJETAM LUCRO DE US$ 1,5 BI NO 4TRI09, ALTA DE 10%

São Paulo, 09 - Os resultados do quarto trimestre de 2009 da Vale, a serem divulgados pela empresa amanhã, após o fechamento do mercado,
devem apresentar um lucro líquido de US$ 1,5 bilhão, segundo o padrão contábil US Gaap, 10% acima do resultado apresentado no mesmo
trimestre do ano passado, segundo a média das projeções de sete instituições financeiras consultadas pela Agência Estado - Merrill Lynch, BTG Pactual, Deutsche Bank, J.P.Morgan, Itaú, Barclays Capital e Morgan Stanley.

A geração de caixa medida pelo Ebitda deve crescer 7% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, para US$ 2,761 bilhões. Apesar destas altas, a receita líquida deve cair 9,8% para US$ 6,519 bilhões devido à queda dos preços praticados no mercado de minério de ferro.

Os contratos atuais de minério de ferro passaram a valer em meados de 2009, com quedas de 28% para o minério fino, de 44% para o granulado e 48% para as pelotas de ferro, o que reduziu a receita da companhia a partir de então. Segundo os analistas, o preço médio do minério de ferro ficou em US$ 58 por tonelada no quarto trimestre, ante preço médio de US$ 83,2 por tonelada no quarto trimestre de 2008.

Mesmo com esta queda dos preços, a Vale observou uma expressiva recuperação nos volumes de vendas no período. As projeções dos analistas apontam vendas por volta de 70 milhões de toneladas no trimestre, ante vendas de 55 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. A retomada do volume deveu-se especialmente à demanda chinesa pelo insumo.

No segmento de níquel, segunda principal área de atuação da Vale, a empresa deve se beneficiar de preços melhores neste balanço. Enquanto o valor médio do níquel foi de US$ 12 mil por tonelada no quarto trimestre de 2008, o preço médio ficou em cerca de US$ 20 mil por tonelada no mesmo trimestre de 2009. No entanto, os volumes de vendas deste produto devem ficar bem abaixo devido à greve nas operações do Canadá. De acordo com os analistas, o volume de vendas de níquel deve ficar próximo de 50 mil toneladas, ante vendas de 71 milhões de toneladas no período do ano anterior. A greve teve início em julho de 2009.

No balanço da Vale em BR Gaap, padrão contábil brasileiro, a companhia deve apresentar uma queda ainda maior na receita devido ao efeito cambial, uma vez que a empresa tem suas receitas em dólar. No quarto trimestre de 2008, o câmbio médio foi de R$ 2,28, enquanto no mesmo trimestre de 2009 o câmbio médio foi de R$ 1,74, o que reduz os ganhos em reais.

Em comparação com o terceiro trimestre de 2009, os resultados da Vale em US Gaap devem apresentar retração nas três linhas: lucro líquido, receita e Ebitda. De acordo com as projeções das instituições financeiras consultadas pela Agência Estado, o lucro líquido deve cair 10,4% nesta comparação. O Ebitda deve ceder 8,3%, enquanto a receita deve recuar 2,7%. Os resultados serão afetados por menores volumes de vendas de minério de ferro. Os dados de exportação de minério do País divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam para uma queda de 7% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre.

Outro ponto negativo será a greve no Canadá, que afetará os volumes de níquel e cobre. "Esperamos que a greve continue a influenciar os resultados devido aos custos associados com a paralisação das operações em Sudbury e Voisey’s Bay", informou o BTG em relatório. Segundo o Itaú Securities, o balanço da empresa também será impactado pelo aumento da produção em minas menos eficientes.

Apesar das expectativas negativas para este balanço, os analistas destacaram que as perspectivas para a Vale são favoráveis devido à alta esperada para os contratos anuais de minério de ferro em 2010. Segundo o Barclays Capital, o mercado ficará ainda mais apertado em 2011. "A Vale será uma das mais beneficiadas pelo aumento do preço do minério nos próximos anos", informou. A maioria dos bancos estrangeiros prevê alta de cerca de 40% para o insumo neste ano. Segundo o Itaú, as mineradoras australianas estão pedindo reajuste de 40% para o insumo, o que daria espaço para a Vale aumentar seu preço em 44%, caso consiga um prêmio pela qualidade do seu minério.
(Natalia Gómez)

Fonte: AE Broadcast