terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MINUTA DO PLANO DE BANDA LARGA PREVÊ PAPEL DE DESTAQUE À TELEBRÁS

Brasília, 26 - O governo já tem em mãos uma minuta de decreto presidencial com as regras para a criação do Plano Nacional de Banda Larga, que prevê a reativação da Telebrás e papel de destaque da estatal na prestação dos serviços. De acordo com o texto obtido pela Agência Estado, a Telebrás vai atuar tanto no atacado, fornecendo capacidade de transmissão de dados a outras empresas, quanto no varejo, ofertando serviços de Internet rápida ao consumidor final.

A minuta é uma das propostas que estão sendo discutidas no governo e ainda poderá sofrer mudanças até a reunião marcada para o dia 10 de fevereiro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros envolvidos na discussão. Se for confirmado o texto do decreto que circula na Esplanada dos Ministérios, será a volta do governo ao setor de telecomunicações, restituindo parte dos poderes da Telebrás, extintos em 1998 com a privatização das empresas do grupo.

A estatal, de acordo com a minuta, vai operar em municípios onde ainda não há oferta de serviços de banda larga ou onde o preço médio de mercado for 50% mais caro que o valor médio cobrado na capital de Estado mais próxima. Os defensores da presença do Estado na banda larga argumentam que o principal objetivo é forçar a queda do preço dos serviços.

A tendência estatizante da proposta de decreto se contrapõe ao plano de expansão da banda larga, apresentado pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que prevê uma parceria com as empresas privadas e não menciona a Telebrás. A meta do ministério é ter 90 milhões de acessos à banda larga em 2014, o que exigiria investimentos de R$ 75 bilhões, sendo R$ 49 bilhões das empresas privadas e R$ 26 bilhões do governo.

A minuta de decreto, por sua vez, não relaciona metas de acessos à banda larga nem o volume de recursos e a fonte de financiamento. Diz apenas que caberá ao Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, vinculado à Presidência da República, fixar as ações do plano de banda larga e acompanhar a sua implantação.

A falta de detalhes sobre as metas já vem gerando críticas ao decreto dentro do próprio governo. Alguns técnicos defendem, inclusive, que é preciso trabalhar melhor o texto para dizer onde e de que forma será feita a massificação da banda larga. "O decreto cria o plano, mas não diz qual é o plano. Parece que está sendo editado só para ativar a Telebrás", afirmou uma fonte do Executivo.

Revitalizada, a Telebrás volta a ter a finalidade de prestação direta dos serviços de telecomunicações, com a possibilidade inclusive de criar subsidiárias. O texto, no entanto, se restringe à banda larga e não trata de outros serviços, como os de telefonia. A estatal também será responsável pela implantação da intranet do governo federal e pelo atendimento a pontos públicos, como universidades, centros de pesquisas, escolas e hospitais.

Para prestar os serviços, a Telebrás usará a infraestrutura de empresas estatais, como as redes da Petrobras, Eletrobrás e Eletronet. O texto também não diz se a Telebrás construirá redes próprias para chegar ao consumidor final, mas permite que ela faça contratos com empresas privadas para usar redes locais. Isso funcionaria, por exemplo, com pequenos provedores de Internet.

O decreto impõe atribuições à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que ficará responsável, por exemplo, pela definição da forma de cálculo do preço médio dos serviços, que levará em conta três velocidades de conexão: 256 quilobits por segundo (Kbps), 512 kbps e 1 megabit por segundo (Mbps).

O texto reforça ainda premissas da Lei Geral de Telecomunicações (LGT), afirmando que as redes devem ser compartilhadas, sem discriminação de preços e condições de uso. Caberá à Anatel fixar regras de compartilhamento, até julho de 2012, e garantir que, até dezembro de 2016, todos os municípios brasileiros tenham acesso em banda larga "com preços justos e razoáveis". (Gerusa Marques)

Fonte: AE Broadcast

CALENDÁRIO DE BALANÇOS: BRADESCO E REDECARD ABREM TEMPORADA

 São Paulo, 26 - O Bradesco, a Santos Brasil e a Redecard inauguram nesta semana a temporada de balanços referentes ao quarto trimestre e do ano de 2009. O grupo de transporte e logística abre a agenda nesta quarta-feira (27), após o fechamento do mercado.

Na manhã seguinte (28), a agenda fica por conta do segundo maior banco privado do País. Em 2008, o Bradesco informou um ganho de 5,8% no lucro recorrente em relação ao ano anterior, para R$ 7,625 bilhões - o que representa uma rentabilidade de 23,8% sobre o patrimônio líquido médio, importante indicador de retorno dos bancos. O lucro líquido contábil do banco, no entanto, caiu 4,9% em 2008, para R$ 7,620 bilhões.

A Redecard, credenciadora de cartões, encerra a programação da semana na sexta-feira, ao divulgar seus resultados do trimestre e do ano antes da abertura do mercado.

Muitas companhias abertas ainda não divulgaram a data para publicar seus balanços. O prazo legal para entrega das demonstrações financeiras termina em 31 de março.

Fonte: AE Broadcast

Balanços nesta semana e na próxima:



Calendário de balanços do 4º trimestre de 2009 
Data
Empresa
Evento
Horário
27/jan
 Santos Brasil
Balanço
Após o fechamento
28/jan
Bradesco
Balanço
Antes da abertura
29/jan
Redecard
Balanço
Antes da abertura
3/fev
Totvs
Balanço
Após o fechamento
4/fev
Santander
Balanço
Antes da abertura

MANGUINHOS DIZ À CVM QUE PROJETO DE DESMEMBRAMENTO É EMBRIONÁRIO

São Paulo, 26 - Em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Refinaria de Manguinhos informou que ainda não há nada aprovado ou concretizado em relação aos projetos de desmembramento de suas unidades para diversificar atividades. De acordo com a empresa, todos esses planos são embrionários, com exceção do projeto para produção de biocombustível. O pedido de esclarecimentos feito pela CVM deve-se a entrevista do presidente da companhia, Carlos Filippe Rizzo, à Agência Estado, divulgada na última sexta-feira.

Rizzo falou, na entrevista, sobre os planos de desmembramento para criação de pelo menos outras quatro unidades e de atrair novos investidores para se capitalizar e sair do vermelho. "Até o final do ano já estaremos operando com saldo positivo e dando lucro", afirmou.

No ofício encaminhado à CVM, a refinaria informou que o projeto para produção de biocombustível está em fase mais avançada que os demais, "já tendo sido realizados contratos preliminares com potenciais investidores, porém sem qualquer compromisso ou protocolo de intenções firmado". Ainda segundo a companhia, mesmo em relação a esse projeto, "no momento não há nada de concreto ou conclusivo que possa assegurar a sua continuidade ou implementação, que dependem de fatores técnicos, legais e negociais".

Quanto à declaração de Rizzo de que até o final do ano a refinaria estará operando com saldo positivo e dando lucro, a empresa informou à CVM que "a administração reafirma seu compromisso em trabalhar para reverter a situação patrimonial da companhia e buscar alternativas que a viabilizem, mas não endossa, neste momento, qualquer estimativa de especulação de ganhos até o final deste ano e/ou com base nos aludidos projetos".
(Equipe)

Fonte: AE Broadcast

Bolsas nos EUA operam em queda, após divulgação de resultados corporativos

Por: Livia Teixeira
26/01/10 - 12h59
InfoMoney

SÃO PAULO - Os principais índices acionários norte-americanos abrem em baixa a sessão desta terça-feira (26), em sessão marcada pela queda nas ações de empresas que reportaram seus resultados relativos ao último trimestre.
Dando continuidade à temporada de resultados, a Verizon Communications relatou prejuízo no último trimestre de US$ 653 milhões, ou US$ 0,23 por ação – era esperado um lucro de US$ 0,54 por ação para o período. Porém, a receita subiu 9,9%, para US$ 27,1 bilhões. As vendas aumentaram somente 0,2%. Diante dos resultados da empresa, as ações caem 1,8% na sessão.
Já a Johnson & Johnson reportou resultado melhor que o esperado no último trimestre do ano passado, período em que a companhia registrou lucro de US$ 1,02 por ação, número acima das estimativas de ganho de US$ 0,97 por ação e ainda maior que os US$ 0,94 vistos no mesmo trimestre de 2008. Mesmo assim, as ações da empresa seguem desvalorizadas em 1,1%.
Destaque também para a DuPont, com lucro líquido de US$ 411 milhões no quarto, ante prejuízo de US$ 535 milhões em período igual de 2008. Os ganhos relatados superaram as projeções dos analistas. As ações da química caem 0,3% nos EUA.
Indicadores
Na agenda econômica, destaque para o Consumer Confidence, que mede a confiança dos consumidores norte-americanos. Simultaneamente, há o House Price Index de novembro, com o preço cobrado pelas hipotecas às famílias norte-americanas. Já divulgado, o S&P/Case-Shiller Home Price Index, com a trajetória dos preços dos imóveis.

Indicadores Horário de Brasília Referência Anterior Expectativa Resultado
Consumer Confidence 13h00 Janeiro 53,3 pontos 53,5 pontos -
S&P/Case-Shiller Home Price 12h00 Dezembro - 7,28% - 5,0%
- 5,32%
House Price Index
13h00 Novembro 0,6% 0,2% -

Confira as cotações
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresenta desvalorização de 0,59% e atinge 2.202 pontos. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, abre em baixa de 0,55% a 1.094 pontos.

O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, cai 0,35%, chegando a 10.193 pontos. 

   %Var Dia   Pontos   %Var 30D   %Var Ano 
 Dow Jones -0,35 10.193 -3,11 -2,25 
 S&P 500 -0,55 1.094 -2,91 -1,92 
 Nasdaq -0,59 2.202 -3,67 -2,97 

Indicadores EUA - 12h

EUA:S&P CaseShiller – Preços de Casas: 146,28; previsão: 146,80
EUA: S&P CaseShiller Composto – 20 cidades (A/A): -5,32%; previsão: -5,00%
EUA: S&P CaseShiller Composto – 20 cidades (M/M): 0,24%; previsão: 0,30%

Fonte: Bloomberg

Próximos Indicadores:

13h00:
Confiança do Consumidor
Índice de preços da casa própria
Fed de Richmond: Índice de manufatura

19h30:
API: Estoques de petróleo

20h00:
ABC: Confiança do consumidor

CSN ALTERA CONDIÇÕES DE OFERTA PELA CIMPOR

Lisboa, 26 - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou hoje uma mudança nas condições da oferta pública de aquisição (OPA) de ações da empresa portuguesa de cimentos Cimpor. A principal mudança é que a CSN vai utilizar a prerrogativa de não exercer os direitos de voto - ou apenas votar para proteger o investimento - até uma posição final da União Europeia. A CSN ofereceu € 3,68 bilhões pela Cimpor em 18 de dezembro, sendo € 5,75 por ação. O conselho da empresa portuguesa rejeitou a proposta no dia 7 de janeiro.

A prerrogativa permite a realização da oferta de compra antes de a União Europeia se pronunciar a respeito e faz com que prescinda das autorizações dos demais órgãos reguladores da concorrência, que têm de se manifestar a esse respeito. Além das autoridades da União Europeia, a operação está sujeita aos reguladores da Turquia, China e África do Sul.

Com a comunicação da oferta às autoridades reguladoras da União Europeia em 14 de janeiro, o prazo para a Comissão Europeia emitir seu parecer é até 18 de fevereiro.

Outra modificação da oferta é que passa a ser feita pela C.S.N. Cement S.à.r.l., empresa sediada em Luxemburgo, detida integralmente de forma indireta pela CSN.

Além da CSN, outras duas empresas brasileiras anunciaram que estão na corrida pela Cimpor. A Camargo Corrêa tem até o dia 28 próximo para confirmar se vai anunciar uma oferta concorrente, depois de ter proposto uma fusão com a Cimpor - o que foi recusado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Já a Votorantim afirmou que está interessada em uma participação minoritária, mas ainda não apresentou uma proposta concorrente.

Na sexta-feira, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça pediu mais informações às três empresas brasileiras e à Cimpor para averiguar se estão tomando medidas para evitar a entrada de novas concorrentes no mercado brasileiro de cimento.
(Jair Rattner)

Fonte: AE Broadcast