sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Cenário Econômico Semanal - 01 a 05 de fevereiro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

A semana foi bastante movimentada nos mercados financeiros de todo o mundo. Em princípio, o clima era de otimismo na expectativa dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. No entanto, o bom humor virou preocupação com um pessimismo sobre a situação da dívida de países europeus, como a Grécia e Portugal.
Essa situação fez com que as bolsas de diversos países encerrassem a primeira semana de fevereiro acumulando expressivas perdas. Já o dólar, tradicional investimento de quem procurar fugir de riscos, teve ganhos em relação a praticamente todas as moedas.





Cenário interno


Entre os indicadores do mercado interno, destaque para a Ata do Copom, divulgada na quinta-feira (4) e que mostra algumas preocupações do Banco Central quanto à inflação. Com isso, aumentaram as especulações sobre uma eventual elevação da taxa Selic já na próxima reunião do Comitê.
Já na sexta-feira, o IBGE divulgou os dados da inflação oficial, o IPCA, que registrou alta de 0,75% em janeiro. Esse é o maior valor atingido desde maio de 2008. Com isso, aumentam as expectativas sobre o futuro da taxa referencial de juros.
Também no final da semana, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, informou que os dados preliminares sobre a geração de empregos em janeiro baterá recorde, superando o patamar de 142 mil postos gerados em janeiro de 2007. De acordo com Lupi, no mesmo mês do ano passado, foram fechadas 100 mil vagas.
Apesar das notícias do mercado interno, os fatores vindo de fora fizeram com que o Ibovespa acumulasse perda de 4% na semana, encerrando o último dia do período aos 62.763 pontos.


Confira o gráfico diário:


Ibovespa Diário





As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
COSAN
CSAN3
23,40
9,86%
MMX MINER
MMXM3
13,34
4,22%
ALL AMER LAT
ALLL11
15,65
3,64%
LOJAS RENNER
LREN3
37,03
2,92%
CESP
CESP6
24,15
2,81%





As baixas altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
ELETROBRAS
ELET3
24,10
-15,96%
ELETROBRAS
ELET6
29,46
-14,65%
BMFBOVESPA
BVMF3
11,41
-10,37%
PETROBRAS
PETR4
31,52
-7,76%
TELEMAR
TNLP4
31,20
-7,14%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 40,80
1.151.536.558,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 31,52
911.990.331,00
Exploração e/ou Refino
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 11,41
329.529.800,00
Serviços Financeiros Diversos
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 34,80
312.269.548,00
Bancos
PETROBRAS
PETR3
R$ 35,80
209.275.679,00
Exploração e/ou Refino





Cenário Externo



A semana foi bastante movimentada nos mercados de outros países. Na Europa, tanto o Banco Central Europeu, quanto o britânico optaram pela manutenção das taxas de juros. No entanto, a situação das dívidas de países como Grécia e Portugal espalharam a onde de pessimismo pelo mundo.

Nos EUA, a grande expectativa de todos era para os dados do mercado de trabalho, principalmente a taxa de desemprego. Os números do decorrer da semana sinalizavam que o resultado poderia não ser bom. No entanto, contrariando as projeções, a taxa de desemprego caiu para 9,7%. Mas, esse resultado não foi suficiente para animar os investidores.
O mercado imobiliário americano também mostrou sinais de recuperação durante a semana, com o índice de venda de casas pendentes subindo bastante acima do esperado, o que eleva as projeções de outros indicadores do setor.
Como em outros mercados, Wall Street sentiu o impacto da semana, mas com menos intensidade. O Dow Jones, por exemplo, recuou 0,5% e fechou a semana aos 10.012 pontos. No caso do S&P 500, a queda foi de 0,7% aos 1.066 pontos. Já o Nasdaq CP perdeu 0,3% aos 2.141 pontos na sexta-feira (5).


Confira os gráficos de longo prazo:


Dow Jones Longo Prazo
SP500 longo prazo
Nasdaq






Dólar:


A semana foi de oscilação no mercado de câmbio, que iniciou a semana com duas expressivas baixas consecutivas, mas depois voltou a subir com a piora do cenário externo e busca por segurança na moeda americana. Com isso, a divisa ganhou 0,3% e fechou a semana a R$ 1,891 para a venda e R$ 1,889 para a compra.


Confira gráfico de longo prazo:


Dólar Comercial



Enfoque Informações Financeiras






Operações de Venda para 05/02/2010

GOAU4
Condição de entrada: rompimento dos R$ 29,85
Condição de stop: rompimento dos R$ 31,15
Motivo da operação: rompimento do fundo anterior.
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 28,50.


ITSA4
Condição de entrada: rompimento dos R$ 10,75
Condição de stop: rompimento dos R$ 11,05
Motivo da operação: rompimento do fundo anterior com aumento no volume.
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 10,25.


LAME4
Condição de entrada: rompimento dos R$ 12,40
Condição de stop: rompimento dos R$ 12,75
Motivo da operação: rompimento do fundo anterior com aumento no volume.
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 12,00.

Tam SA (TAM)

Alert: “Pouso Difícil” para a Multiplus

Nesta última quarta-feira, depois que o mercado fechou, a Reuters anunciou que a TAM deve ter levantado R$724M em sua oferta pública inicial (IPO) do programa de fidelização da Multiplus. Segundo o artigo, as ações da Multiplus foram vendidas a R$16/ação, limite inferior do intervalo de preço estimado (R$16 a R$18/ação), que aparentemente tinha sido reduzido do intervalo original de R$18 a R$24/ação. De acordo com o artigo, a Multiplus vendeu 45,24 milhões de ações (acima do nível original de 39,34 milhões, o que indica que algumas ações adicionais foram colocadas a venda pelos coordenadores da oferta).

Embora o preço da ação sugira que a TAM tenha levantado R$724 milhões com a oferta, acima da nossa estimativa de R$525 milhões, vemos um aspecto negativo nesta redução para a TAM, uma vez que este nível parece estar bem abaixo das expectativas prévias do mercado.

Em nossa opinião, o decepcionante preço da ação nos leva a perguntar até que ponto o apetite por risco dos investidores do setor de aviação da América Latina poderia estar avançando em 2010. Além disso, o capital levantando pela Multiplus não deve ter um impacto material em nosso valuation da TAM (e, como já sugerimos, o avanço implícito do apetite por risco dos investidores poderia também pôr em dúvida o que múltiplos investidores estão dispostos a pagar pelas companhias de aviação brasileiras neste ano).

Em nosso relatório do Aviador LATAM, exprimimos nossa preferência por companhias de aviação da América latina fora do Brasil para este ano. Além do valuation, do pobre gerenciamento dos rendimentos e dos planos das concorrentes de aumentar materialmente suas frotas em 2010E, também vemos os reguladores de aviação no Brasil estimulando ainda mais a competição: (A) o teto das tarifas de todos os vôos internacionais está estabelecido para terminar em Abril; (B) o governo planeja aumentar o limite do capital estrangeiro nas empresas de aviação brasileiras de 20% para 49% (a Bloomberg informou que a Ryanair Européia está procurando adquirir participações da Webjet); e (C) não acreditamos que as ordens judiciais possam prevenir permanentemente a ANAC de redistribuir os slots (horários de pouso e decolagem) de aeroporto (os slots do aeroporto não são a propriedade da companhia de aviação) – a Bloomberg também informou que a ANAC planeja uma reunião, dia 10 de Fevereiro, para discutir a possível redistribuição de 355 slots no aeroporto Congonhas de São Paulo.


Valuation Tam SA
Para a TAM, nosso preço alvo de US$ 27,75/ADR está baseado em múltiplos2010E (cuja composição é de 2/3 P/E e 1/3 VE/EBITDA).
EV/EBITDAR Análise do Múltiplo

Em uma base VE/EBITDAR, aplicamos um “intervalo de valuation” de 8.5-10.5x. Sobre o termo médio, vemos o Brasil como tendo um excelente macro cenário para as companhias de aviação (crescimento per capita, forte crescimento econômico, taxas de juros baixa, que criam prosperidade, etc.). A incerteza na administração dos rendimentos (e competição) leva-nos a designar um múltiplo de 9,5x – utilizando o ponto médio de nosso intervalo de valuation VE/EBITDAR. Este múltiplo acarreta um preço alvo de US$37/ADR. Preço/Lucro (PREÇO/LUCRO) Análise do Múltiplo

Em uma base PREÇO/LUCRO, empregamos um intervalo de valuation justo de 15x - 20x. Neste sentido, temos observado um nível relativamente elevado (US GAAP) de volatilidade dos lucros, e os investidores devem notar também as “bandas mais amplas” que temos envolvendo um intervalo do valuation PREÇO/LUCRO de algumas de nossas ações de outras companhias aéreas.Portanto, utilizando um múltiplo de 18x do câmbio alvo local (aplicado a 2010E), chegamos a um valuation PREÇO/LUCRO-alvo de U$23/ADR.

Riscos

Para TAM, designamos uma classificação de risco Especulativa, com base em:
1) crescente incerteza quanto as regulações brasileiras; e (2) a maior volatilidade do lucro que observamos com a TAM, devendo não somente a F/X e Hedges de combustível como também a yields.
Os riscos para baixo da TAM, da indústria, e do país que podem influenciar as ações a chegarem a nosso preço alvo estão dispostos como se segue:
1. Competição: a TAM pode enfrentar uma crescente competição nos mercados domésticos e internacionais, potencialmente estreitando as suas margens e/ou criando barreiras à sua expansão.
2. Risco de Exposição de Moeda — Operações: a estabilidade financeira de TAM pode ser posta em cheque caso haja uma depreciação significante do Real Brasileiro contra o Dólar Americano dado um desequilíbrio relativo às despesas e receitas em dólar da companhia. Tais itens incluem combustível, despesas de aluguel de aeronaves, manutenção e seguro.
3. Preços do Combustível: a TAM está exposta a flutuações globais de preços de combustível, que poderiam manipular os preços do combustível fornecido no Brasil. Contudo, também reconhecemos que a transportadora reduz a sua exposição a preços de combustível através de hedging.

Riscos para cima

A recuperação do yield da TAM em vôos internacionais pode ser muito mais rápida do que antecipamos, resultando em uma recuperação da lucratividade que pode ocorrer mais rápido do que tínhamos esperado. O Real brasileiro pode fortalecer-se além de expectativas do Citi, levando a uma cobertura mais-fortedo-o-esperado do custo do dólar-indexado (como combustível e aluguel de aeronaves). Finalmente, uma entidade estrangeira também poderia comprar uma grande porcentagem das ações da transportadora, caso o governo brasileiro finalmente alivie as restrições de propriedade estrangeiras nas companhias de aviação do país.

Valuation - Gol Linhas Aereas Inteligentes

Para a GOL, chegamos a um preço alvo de US$11/ADR (R$20/ação). Chegamos ao nosso preço alvo usando uma composição de 2/3 PREÇO/LUCRO e 1/3 VE/EBITDA, em termos da moeda local (composição consistente com a rival TAM).

VE/EBITDAR: Chegamos ao nosso preço alvo aplicando um múltiplo 8.5x (câmbio local) a nossa estimativa futura 2010E EBITDAR. Este múltiplo está no espectro inferior do nosso intervalo de valuation para a GOL de 8x a 10x, que é relativo à máxima histórica de 10.4x, média de 8.1x e mínima de 5.1x. Nosso múltiplo VE/EBITDAR nos leva a um preço alvo de US$13.28/ADR. Não vemos a empresa negociando nos seus níveis históricos, considerando as margens materialmente mais baixas da empresa, versus a norma histórica da pré-crise. Preço/Lucro: Em uma base PREÇO/LUCRO, chegamos a um preço alvo de US$9,00/ADR aplicando um múltiplo alvo de ~14x a nossa estimativa 2010E Lucro por Ação (LPA). Nosso múltiplo está no limite mínimo do nosso “intervalo de valuation” (13x to 18x), e se compara com a máxima histórica das ações de 23.5x, mínima de 4.9x, e uma média de 14.7x. Dada a “distorção” nos resultados, reiterado do US GAAP ao IFRS, bem como o lucro significante dos motivadores de baixa qualidade (f/x), ainda estamos para ver até que ponto teremos “de ajustar o nosso pensamento” em relação a esse (US GAAP-base) “intervalo de valuation”.

Riscos

Classificamos a Gol como um Risco Especulativo (E) dada à volatilidade da ação e atividade de comercialização, bem como uma “falta de prognóstico” da diretoria com relação aos assuntos corporativos. Riscos para baixo ao nosso preço alvo incluem:

Competição: O crescimento da Azul Airlines parece estar sendo mais rápido do que o esperado. Isto, junto com a aliança TAM-LAN nas rotas internacionais, poderia prover a GOL uma competição muito mais acirrada do que o mercado atualmente antecipa. Uma proposta de relaxar limites de propriedade estrangeiros as linhas Aéreas do Brasil também pode enviar capital a concorrentes da GOL (além da própria GOL).

Risco de Exposição de Moeda — Operações: Enquanto praticamente toda linha top da GOL esteja em reais, alguns custos operacionais da companhia estão em dólar americanos ou indexados; uma depreciação significante do real brasileiro pode afetar negativamente as margens operacionais da transportadora.

Preços do Combustível: A GOL está exposta a flutuações do preço de combustível no mercado global.

Regulador: As autoridades brasileiras regulam o setor; pode incluir o número de aeronaves por transportara e conceder/restringir rotas específicas -
modificações inesperadas podem afetar a rentabilidade de GOL.

Risco de País/Risco Regional: Desenvolvimentos políticos adversos no Brasil (ou na região) podem afetar adversamente ao desempenho do preço da ação da GOL.

A incorporação da Varig poderia tomar mais tempo para aprimorar o que o mercado antecipa atualmente.

Os riscos para cima ao nosso preço alvo: a recuperação do yield da GOL em vôos internacionais pode ser muito mais rápida do que antecipamos, resultando em uma recuperação na lucratividade mais rápido do que tínhamos esperado. O real pode fortalecer-se além de expectativas do Citi, levando a uma mais-fortedo-que-esperada cobertura dos preços indexados pelo dólar (como combustível e aluguel de aeronaves). Finalmente, os preços do combustível podem cair bem além das expectativas do Citi.

Fonte: Citigroup Global Markets (Stephen Trent)

VOLATILIDADE TRAZ RISCO, MAS TAMBÉM OPORTUNIDADES NO MERCADO

São Paulo, 5 - O momento de maior volatilidade vivido pelos mercados flagra os ativos financeiros brasileiros em uma situação incômoda. A bolsa brasileira e o real foram campeões de valorização em 2009 e, agora, são também alvos preferenciais das vendas para realização de lucros quando surgem ameaças no horizonte, como as representadas pela crise dos países do Sul da Europa e pelo crescimento trôpego da economia americana. Não é de estranhar, portanto, que a Bovespa chegue ao final da primeira semana de fevereiro com uma queda de mais de 9% acumulada no ano, enquanto o dólar já subiu mais de 8% ante o real. Ou seja, o mercado queima gorduras onde ela está localizada.

A volatilidade externa deve continuar apresentando riscos ao mercado brasileiro. Enquanto não ficar claro o destino dos endividados e deficitários países europeus, uma espada de Dâmocles pesará sobre a cabeça do investidor, especialmente sobre aquele que estiver posicionado em ativos de maior risco. Um eventual default soberano provavelmente espalharia aversão ao risco e traria ao imaginário dos poupadores novamente os fantasmas de setembro de 2008, quando a quebra do Lehman Brothers definiu um novo e mais profundo estágio para a crise. Além disso, resta a dúvida sobre o ritmo de retomada da economia dos EUA, que, a julgar pelos últimos números do emprego, ainda é, no mínimo, incerto.

Os riscos são elevados, mas a possibilidade de a situação se resolver nas próximas semanas também não deve ser desconsiderada. Deve-se se considerar que as autoridades da União Europeia serão amplamente pressionadas a agir para evitar um desastre em alguns dos seus membros. Provavelmente, a UE, e também a autoridade monetária da zona do euro (BCE), gostariam de deixar "um corpo boiar", como os americanos fizeram com o Lehman.

A quebra de um país ficaria como alerta para que os demais cuidem de suas contas. Mas os riscos desta iniciativa seriam enormes. Afinal, um único default poderia contaminar os negócios com bônus de todos os países do continente, levando a um efeito dominó difícil de controlar, uma vez que o mercado sabe que os problemas fiscais são generalizados. No limite, a própria estabilidade da zona do euro como um todo poderia ser ameaçada. É mais prudente, portanto, apostar em algum socorro providencial, ainda que feito sob condições de ajustes mais ou menos severos em cada país. Afinal, se os grandes bancos foram socorridos na Europa por ações providenciais dos governos, por que os gregos ou portugueses aceitariam solução diferente?

Portanto, assim como há risco de o cenário externo piorar, a chance de uma melhora nas próximas semanas também existe. Neste caso, as fortes quedas das ações das últimas semanas poderiam representar oportunidades de entrada na bolsa para o investidor que perdeu o timing da compra em 2009. É claro que se vier default na Grécia ou em qualquer outro país europeu os preços podem cair ainda mais. E provavelmente os caçadores de pechinchas também vão aparecer neste momento, assim como apareceram no final de 2008 e no começo de 2009. Mas se vier um bote salva-vidas para os europeus do Sul, a bolsa poderá recuperar-se rapidamente e o investidor terá perdido uma chance de ouro de comprar barato. Enfim, onde há risco há oportunidade e vice-versa. Quem quiser entrar apenas quando o risco passar, terá de pagar mais caro.

Por ora, o fato é que não há qualquer sinal de que o Brasil possa ter seus fundamentos questionados seriamente pelo mercado. Até prova em contrário, as apostas são de que a economia brasileira vai crescer este ano acima da média mundial. E, ao contrário da maioria dos países ricos, aqui o déficit fiscal se mostra bem menos ameaçador. Em 2009, por exemplo, o déficit brasileiro foi cerca de quatro vezes menor do que o grego (apesar de todos os problemas estruturais ainda não resolvidos, como o da Previdência).

Além disso, as reservas cambiais de US$ 240 bilhões são hoje cerca de US$ 30 bilhões maiores do que quando o País entrou na crise do final de 2008. Se US$ 209 bilhões foram suficientes para suportar o tranco naquela época, porque US$ 240 bilhões agora não o seriam? Nem mesmo em relação à inflação os investidores estão se mostrando apavorados, apesar dos últimos resultados pra lá de salgados do IPCA e do IGP-DI e a despeito dos alertas feitos pelo Banco Central na ata do Copom. Em parte, os analistas dão o desconto da sazonalidade e dos fatores atípicos, como a chuva, que puxaram os preços neste começo de ano, mas não devem se repetir.

Esta tranquilidade com os juros também se explica muito pelo cenário externo. O mercado sabe que se o crescimento da economia global definhar novamente a demanda interna também poderá ser afetada, tornando desnecessário um aperto monetário, ou tornando-o mais suave, no Brasil. Porém, mesmo que os EUA e a Europa falhem em imprimir velocidade às suas economias, um mínimo de impulso para o Brasil e outros emergentes deve continuar sendo assegurado pela China. Além disso, assim como já aconteceu no segundo semestre do ano passado, os impulsos domésticos, originados do emprego, da renda, do crédito e dos investimentos tendem a continuar dando sustentação à economia brasileira, a despeito da volatilidade nossa de cada dia dos mercados.

(Josué Leonel é colaborador da AE e comentarista da Rede Eldorado)

Fonte: AE Broadcast

Indicadores EUA - 11h30

EUA:Variação na folha de pagamentos (Exceto agrícola): -20k; previsão: 15k
EUA: Taxa de desemprego: 9,7%; previsão: 10,0%
EUA: Variação na folha de pagamentos de manufaturados: 11k; previsão: -20k

Fonte: Bloomberg

Próximos indicadores:

18h00:

Crédito ao consumidor

OGX (OGXP3.SA)

Alerta: OGX Anuncia Estimativas dos Recursos Recuperáveis do Poço OGX 3; Maior do que os Recursos Riscados A OGX anunciou hoje (3 de fevereiro) que concluiu o Teste de Formação a Poço Revestido feito no poço OGX-3-RJS, localizado no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos. Com base nas informações finais sobre o poço, combinadas com a interpretação dos dados sísmicos 3D, a OGX estima um volume total de óleo recuperável de 500 a 900 milhões de barris para esta prospecção.

O potencial de produção indicado com um poço vertical é de 3.000 barris por dia, mas a OGX estima que a produtividade de um poço horizontal (que será usado no desenvolvimento) pode ser cinco vezes maior.

A OGX detém 100% de participação no bloco BM-C-41.

Nossa Opinião: Esse montante de 500 a 900 milhões de barris de óleo equivantes (boe) é maior do que o que temos em nosso modelo e deve afetar o desempenho do preço da ação de forma positiva. Incluímos em nosso modelo recursos riscados de 152,8 milhões de boe para esta prospecção (havia uma probabilidade de êxito geológico de 37%). A estimativa média para os recursos desta prospecção era de 416 mi boe.

OGX (OGXP3.SA; R$17.90; 2S)

Fonte: Citigroup Global Markets (Tereza Mello, CFA)

Operações de Venda para 05/02/2010

VALE5
Condição de entrada: rompimento dos R$ 40,85
Condição de stop: rompimento dos R$ 44,20 ou fechamento acima de R$ 42,15.
Motivo da operação: rompimento do fundo anterior com aumento de volume.
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 39,15.


USIM5
Condição de entrada: rompimento dos R$ 47,85
Condição de stop: rompimento dos R$ 50,15
Motivo da operação: formação de reversão obedecendo a linha de tendência de baixa
Tipo da operação: Swing trade curto.
Objetivo imediato: Próximo dos R$ 46,15.