quarta-feira, 21 de abril de 2010

Banco do Brasil adquire Banco Patagonia por US$ 479 milhões

Por: Vitor Silveira Lima Oliveira
21/04/10 - 19h10
InfoMoney


SÃO PAULO - O Banco do Brasil (BBAS3) acertou a aquisição de 51% do capital social do banco argentino Patagonia por US$ 479,6 milhões, anunciou a instituição adquirida por meio de fato relevante nesta quarta-feira (21).

De acordo com o comunicado, foram vendidas 366.825.016 ações ordinárias de classe B pelos sócios Jorge Guillermo Stuart Milne, Ricardo Alberto Stuart Milne e Emilio Carlos González Moreno, que continuarão como parceiros no negócio, cuja participação conjunta na companhia era anteriormente de 61,5%.

Deste modo, o preço pago por ação pelo BB chegou a US$ 1,3076, sendo 40% do valor total pago no momento da concretização da operação e o restante será financiado em prazo não especificado.

Mais detalhes
A concretização da operação ainda está sujeita às aprovações das autoridades reguladoras dos sistemas financeiros de Brasil e Argentina, além da assembléia de acionistas do BB.


A fim de cumprir com as determinações legais argentinas, as partes - BB e acionistas do Patagonia - lançarão uma OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações) conjunta pelo mesmo preço ofertado ao antigo bloco controlador. Estes, por sua vez, poderão comprar ações até o limíte de 25% do capital social, ficando o restante exlcusivamente para o BB.

Conheça o Patagónia
O banco argentino possuia, em dezembro de 2009, base de ativos equivalente a US$ 2,5 bilhões. Sua carteira de crédito chegava a US$ 1,1 bilhão, contando com 775 mil clientes.

Citi diminui preço-alvo de Gafisa para refletir aumento de capital

Por: Equipe InfoMoney
21/04/10 - 18h42
InfoMoney


SÃO PAULO - O Citigroup revisou para baixo o preço-alvo das ações da Gafisa (GFSA3) para R$ 15,20, frente a R$15,90 da projeção anterior, de modo a contemplar o recente aumento de capital pela empresa, além da incorporação da Tenda e de aumento de participação em Alphaville.

No entanto, a recomendação "manter" não foi alterada, apesar do upside previsto para os próximos 12 meses (26,8% em relação ao fechamento do dia 20 de abril), pois a instituição prefere outras empresas do setor, como MRV (MRVE3) e PDG Realty (PDGR3).

Menor lucro por ação
Com a emissão de R$ 1,06 bilhão de ações e planos para usar o montante na melhora da estrutura de capital, a estimativa de lucro por ação foi reduzida em 13%, o que impactou na projeção do preço-alvo para os ativos da construtora.

Por outro lado, aponta o Citi, isso deve favorecer o crescimento e melhorar as margens do negócio, o que leva o banco a prever expansão do lucro líquido em 22,6% e 31% em 2010 e 2011, respectivamente. No entanto, aqui a instituição faz uma ressalva: o histórico da companhia em produzir melhora na margem é variado, "e esperamos que a empresa continue atrás de seus pares" nesse quesito.

Ebitda e lançamentos
Além do preço-alvo, o Citi também revisou o Ebitda (geração operacional de caixa), prevendo aumento de 6,2% em 2010, enquanto as vendas devem ser incrementadas em 2,1%, de acordo com as novas projeções do banco. Além disso, a melhora na posição financeira da empresa com a emissão de ações, deve ocasionar aumento de 89,2% nos lançamentos da Gafisa, o que significaria R$ 4,35 bilhões em 2010.

O banco ainda ressalta que esse número fica mais próximo da ponta mais baixa do guidance emitido pela empresa, que planejou lançamentos entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões para 2010.

Principais riscos
Entre os principais riscos para esse investimento, o Citi aponta a capacidade da Gafisa em executar seu plano de crescimento, incluindo a expansão da empresa para outras áreas e a estratégia para baixa renda. Por outro lado, se realmente a margem do negócio melhorar mais rápido do que o previsto, a ação pode exceder o preço-alvo estabelecido, alerta o banco. 

Ativa vê possível integração entre Telesp e Vivo como positiva para as empresas

Por: Equipe InfoMoney
21/04/10 - 14h00
InfoMoney


SÃO PAULO - Após matéria do Financial Times de terça-feira (20) informar que a Telefónica negociaria uma maior integração entre Telesp (TLPP4) e Vivo (VIVO4), através de negociações com a Portugal Telecom (que também possui o controle da Vivo), os analistas da Ativa consideraram os rumores potencialmente positivos para ambas empresas.

A equipe acredita que, embora ainda não tenha sido confirmada, a possível integração "faz muito sentido para Telesp e Vivo, não somente em termos de potenciais economias de custo de rede e infraestrutura, mas também em termos de competitividade em oferta de pacotes de serviços, unificando voz fixa, móvel e internet em um só produto".

Os analistas destacam ainda que isso se daria sobretudo em São Paulo, onde não há atualmente competidor com oferta similar  e a sinergia é grande.

Ações
Citando um aumento de concorrência da Telesp, sobretudo por NET e GVT -  que possui intenção de entrar no estado - os analistas reiteraram sua preferência pela exposição aos papéis da Vivo. A equipe citou ainda a "perspectiva de divulgação de melhores resultados no curto prazo".

Vale lembrar que, no dia da divulgação da notícia, a cotação das ações das empresas tiveram alta na bolsa brasileira, se destacando entre as maiores variações positivas do índice.

Estoques de petróleo dos EUA avançam 0,5% na passagem semanal

Por: Equipe InfoMoney
21/04/10 - 12h50
InfoMoney


SÃO PAULO - Os estoques de petróleo dos EUA avançaram na passagem semanal, atingindo o patamar de 355,9 milhões de barris, "acima do limite mais alto de média para esta época do ano", conforme dados anunciados nesta quarta-feira (21) pelo Departamento de Energia do país.

Entre as semanas terminadas em 16 de abril e 9 de abril, o nível dos estoques de óleo bruto nos EUA avançou em 1,9 milhão de barris. No mesmo sentido, os estoques de gasolina avançaram em 3,6 milhões de barris na última semana. Ainda segundo o relatório, as refinarias norte-americanas operaram com 85,9% de sua capacidade operacional total, acima do registrado na semana anterior, de 85,6%.

Variação semanal
Em milhões de barris Semana até 16/04/2010 Semana até 09/04/2010  Variação
Óleo bruto 355,9 354,0  +0,5% 
Gasolina 224,9 221,34 +1,6%
Derivados 143,4 141,5 +1,3%

Variação anual
Em milhões de barris Semana até 09/04/2010 Semana até 09/04/2009
Variação
Óleo bruto 355,9 368,0 -3,3%
Gasolina 224,9 214,7 +4,8%
Derivados 143,4 126,8 +13,1%

Petróleo recua
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, atinge US$ 83,65 nesta quarta-feira, queda de 0,61% em relação ao último fechamento. A cotação reverteu tendência positiva anterior à publicação dos dados pela EIA.


Por sua vez, o contrato com vencimento em maio de 2011, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, opera a US$ 83,42 por barril, configurando uma baixa de 0,51% frente ao fechamento anterior.

Entenda o relatório de estoques
Elaborado pelo DOE (Department of Energy), o relatório de estoques é divulgado usualmente a cada quarta-feira. Como os EUA são os maiores consumidores e importadores mundiais de óleo bruto, suas relações de oferta e demanda exigem acompanhamento de perto pelo mercado.


Vale ressaltar que - outras variáveis à parte - um aumento dos estoques norte-americanos alivia a pressão sobre os preços internacionais do petróleo. Já em caso de queda das reservas, a tendência é de alta nas cotações.

Redecard e Cielo: após recentes quedas, o que esperar dos papéis?

Por: Nathália A. Terra Pereira
21/04/10 - 11h45
InfoMoney


SÃO PAULO – Possíveis mudanças regulatórias, entrada de novos players, aumento da competitividade: com tantos riscos e temores, não é de se estranhar que os papéis da Redecard (RDCD3) e Cielo (CIEL3) tenham sido penalizados nas últimas semanas.

Desde o começo do mês até o último pregão de 20 de abril, as duas ações acumulam quedas de 10,3% e 2,3%, respectivamente. Enquanto isto, o Ibovespa registra no mesmo período um recuo mais modesto, de 1,5%.

Afinal, o desempenho aquém do benchmark é justificado? E mais: será que ele se mantém nas próximas sessões, ou uma recuperação pode vir no lastro de múltiplos atraentes? Analistas de diversas instituições expressam suas opiniões acerca das duas maiores processadoras de cartões de crédito do País.

Ativo Abril* 2010*
Redecard ON -10,33% +1,72%
Cielo ON -2,27% +10,64%
Ibovespa -1,50% +1,06%
Mudanças por vir
Um dos aspectos apontados por analistas por ter pressionado o desempenho dos papéis da Redecard e Cielo recentemente é o temor do mercado de que mudanças regulatórias venham a ser implementadas pelo governo.

Mariana Taddeo, da Link, diz em relatório que “as pressões por mudanças regulatórias ainda permanecem, dada a indefinição quanto a um novo pronunciamento do BC e propostas do governo”. No entanto, para a corretora, uma maior definição nesse sentido só deve vir a ser conhecida após as eleições presidenciais.

Enquanto as discussões seguem indefinidas no plano político, o setor de cartões de crédito tem outras mudanças a lidar já em julho deste ano: o fim da exclusividade entre bandeiras e credenciadoras, fato que inspira grande cautela entre os analistas do Morgan Stanley, por possivelmente implicar contração nas margens das duas empresas, com o aumento da competitividade.

Temor similar é expresso pelos analistas Rafael Ferraz e Sérgio Goldman, do Safra: “em um cenário mais competitivo, as companhias tenderiam a ficar mais próximas aos comerciantes, aumentando, consequentemente, suas equipes comerciais e seus esforços de marketing, trazendo maiores despesas operacionais no curto prazo”.

Novos players
Por falar em competição, a entrada do Santander no setor também é apontada por analista como um dos fatores que pesou sobre os papéis da Redecard e Cielo. Todavia, tanto Mariana, da Link, quanto os analistas do Banco Safra veem pouca razão para tamanho temor entre os investidores.

“Ao contrário do que muitos imaginavam, o banco ressaltou que não será agressivo como adquirente”, ressalta a analista da Link em relatório. O Safra compartilha de visão semelhante, e mostra-se otimista: “desde o anúncio dos detalhes da parceria Santander/Getnet, as ações têm superado o Ibovespa, impulsionadas pela percepção de redução no risco de competição”.

Ainda que o maior temor fosse, de fato, quanto à entrada do Santander, outros players também vêm demonstrando possível interesse no mercado brasileiro de cartões. Especulações apontam por exemplo, o Banrisul, que já possui sua própria bandeira, a Banricompras, com mais de 70 mil estabelecimentos credenciados.
“No entanto, acreditamos que Cielo e Redecard terão uma forte vantagem competitiva no curto e médio prazo, devido à escala, presença nacional e oferta de produtos e serviços”, diz a Link.

Otimismo ao setor
Abordados os pontos de maior temor do mercado, analistas expressam perspectivas repletas de otimismo para a indústria brasileira de cartões de crédito. “Decidimos aumentar nossa projeção de crescimento anual de mercado (valor das transações de débito e crédito) de 19% para 22% em 2010, e de 17% para 18% em 2011”, diz a equipe do Safra.

Por sua vez, a Link afirma que “o setor possui um elevado potencial de crescimento com a continuidade da substituição do cheque e moeda por cartão, redução da economia informal, penetração dos serviços bancários e aumento do consumo. E esse crescimento deve ajudar a compensar o ambiente mais competitivo”.

Recomendação aos papéis
Entre tantos pontos positivos e negativos, afinal, qual a recomendação dos analistas para os papéis? A resposta não é consensual, mas a preferência pela Cielo, sim. É o caso da Link, que concede uma visão outperform – desempenho acima da média do mercado – às ações da Cielo e uma market perform – desempenho em linha com a média do mercado – às da Redecard.

O Safra, por sua vez, mantém uma recomendação neutra para as duas ações, embora as da Cielo “mostrem-se mais atrativas, com maior potencial de valorização”.

Em contrapartida, os analistas do Morgan Stanley revelam um maior pessimismo quanto aos papéis, concedendo um call underweight às duas ações. “Acreditamos que os valuations não refletem um cenário iminente de perda de participação de mercado e contração das margens simultâneas ao aumento da competição no setor”, justificam em relatório recente os analistas Jorge Kuri, Jorge Chirino e Adriana Drulla. “Voltaríamos apenas a apostar nos papéis da Cielo ao redor dos R$ 10,00 e nos da Redecard abaixo dos R$ 19,00”, conclui a equipe.