sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cenário Econômico Semanal – 13 a 17/Dezembro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal


Pela segunda semana consecutiva, os mercados financeiros do Brasil e dos Estados Unidos operaram descoladas. Mais uma vez, a cenário interno foi de perdas, enquanto as bolsas americanas voltaram a acumular ganhos na terceira semana de dezembro.
O período teve com principal destaque a decisão do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc) de manter taxa de juros dos EUA inalterada, além de não modificar a política de compra de títulos.
Na Europa, a preocupação com a saúde de economias periféricas da zona do euro voltou para a pauta dos investidores, que temem um agravamento da crise e contaminação de outras nações, com destaque para a Espanha e Irlanda.





Cenário Externo


A semana trouxe dois importantes indicadores de inflação. No caso do índice de preços ao produtor, o avanço foi de 0,8% em novembro. Já o indicador que mede os preços ao consumidor teve leve variação positiva de 0,1%, na mesma base de comparação.
Na terça-feira, foi anunciado um importante avanço para as vendas do varejo em novembro, alta de 0,8%, contra projeção de 0,6%. Já a produção industrial, indicador divulgado na quarta-feira, avançou 0,4%.
O período também deve dados regionais de atividade econômica. No distrito de Nova York, a atividade manufatureira subiu de -11,1 pontos para 10,6 pontos. Na Filadélfia, a o avanço foi de 22,5 para 24,3 pontos.
No entanto, o dado mais importante da semana foi de fato a reunião do Fomc. Apesar da manutenção dos juros ser esperada, os investidores tinham dúvidas sobre a continuidade e do programa de compra de títulos de US$ 600 bilhões.
Neste cenário, o Dow Jones fechou com alta de 0,7% aos 11.492,7 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,3% aos 1.243,95 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Como de costume, a semana começou com a divulgação da pesquisa semanal com analistas do mercado financeiros, consultados pelo Banco Central. Eles elevaram a previsão de crescimento da economia brasileira em 2010, para 7,61%, de acordo com o Boletim Focus. Segundo o relatório, Analistas a estimativa da inflação oficial para este ano, que subiu pela 13ª semana seguida, passou de 5,78% para 5,85%. Para 2011, a projeção foi ajustada de 5,20% para 5,21%.
Entre os índices de inflação, destaque para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,83%, no primeiro decêndio do mês de dezembro. Para o mesmo período de apuração no mês anterior, a variação foi de 0,79%. O primeiro decêndio do IGP-M de dezembro compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 30 do mês de novembro.
Já o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), que variou 1,27%, em dezembro. A taxa apurada em novembro foi de 1,16%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Enquanto isso, o IPC-S de 15 de dezembro de 2010 apresentou variação de 1,06%, 0,08 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Após cinco semanas consecutivas em aceleração, o índice voltou a apresentar decréscimo em sua taxa de variação.

O IBGE informou na semana que o comércio varejista do país registrou em outubro crescimento de 0,4% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,3%. Com tais números, o setor completa seis meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de 10 meses em receita nominal.
Ainda segundo o IBGE, o desemprego atingiu em novembro a menor taxa em 8 anos, ao cair de 6,1% para 5,7%. A população desocupada (1,359 milhão) atingiu seu menor número desde 2002, apresentando queda (-5,9%) em relação a outubro e também frente a novembro do ano passado: -20,7% ou 354 mil pessoas desocupadas a menos. A população ocupada (22,4 milhões) estável (0,2) em relação a outubro e cresceu 3,7% (ou mais 795 mil postos de trabalho) no ano.
Com isso, o Ibovespa recuou 0,6% no período e ficou com 67.955 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
BRASKEM
BRKM5
19,84
7,83%
KLABIN S/A
KLBN4
5,82
5,63%
BRF FOODS
BRFS3
27,52
5,08%
CCR RODOVIAS
CCRO3
46,00
4,66%
LLX LOG
LLXL3
4,50
4,65%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
FIBRIA
FIBR3
26,27
-9,04%
B2W VAREJO
BTOW3
31,42
-8,58%
CYRELA REALT
CYRE3
19,30
-7,52%
MMX MINER
MMXM3
10,71
-6,46%
MRV
MRVE3
14,99
-5,43%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 49,86
2.634.484.800,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 25,94
1.843.125.312,00
Exploração e/ou Refino
CCR RODOVIAS
CCRO3
R$ 46,00
1.553.340.510,00
Exploração de Rodovias
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 19,15
1.052.152.992,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 38,50
964.479.216,00
Bancos





Dólar:


Com mercado interno penalizado em uma semana que aumentou a tensão dos investidores com a economia internacional, principalmente Europa, o dólar comercial teve mais uma semana de alta.
Com isso, a moeda americana encerrou negociada com alta de 0,6% a R$ 1,7150.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





Enfoque Informações Financeiras






Itaú BBA eleva preço-alvo e recomendação para as ações da BR Malls

Por: Equipe InfoMoney
17/12/10 - 13h26
InfoMoney


SÃO PAULO – Os analistas da corretora do Itaú BBA, aumentaram o preço-alvo atribuído aos papéis da BR Malls (BRML3), para o final de 2011, ficando em R$ 20,40 frente aos 17,00 anteriores. O novo preço representa um upside (potencial de valorização teórico) de 51,5%, em comparação com o fechamento da última sessão.


Após avaliarem os números informados pela empresa no “dia dos investidores e analistas”, David Lawant e Ricardo Lima, analistas do Itaú BBA, também elevaram a recomendação para empresa, que passou a ser de outperform (desempenho acima da média do mercado).


Embora afirmem estar confortáveis com suas projeções, os analistas avaliam que o risco mais significativo relacionado ao preço-alvo atribuído à empresa seria a não entrega das aquisições projetadas que estão em conformidade com as premissas do banco, uma vez que partem da pressuposto de R$ 738 milhões nos próximos três anos, com uma taxa de capitalização de 10%.

JPMorgan inicia cobertura da Magnesita, atribuindo preço-alvo de R$ 15,00

Por: Equipe InfoMoney
17/12/10 - 12h59
InfoMoney


SÃO PAULO – O JPMorgan iniciou a cobertura dos papéis da Magnesita (MAGG3), atribuindo um preço-alvo por ação de R$ 15,00 para o final de 2011 e com recomendação overweight (expectativa de que nos próximos seis a 12 meses a ação tenha um desempenho acima do restante dos papéis no universo de cobertura).


Entre os pontos positivos destacados pelos analistas, Rodolfo Angele e Mandeep Manihani, está o fato de que os gestores da companhia estão trabalhando em uma série de iniciativas que transformará a empresa, permitindo que ela alcance um crescimento de 140% no Ebitda (geração operacional de caixa) nos próximos 5 anos.


Ativos exclusivosOutro ponto de destaque é que a mina Brumado tem reservas de magnésio de alta qualidade e que, no ritmo atual, ainda deverá durar mais 185 anos para se esgotar.


Além desse fato, os analistas também destacam que a empresa criou um modelo custo por desempenho (CPP), que permite a empresa ganhar em preços e, consequentemente, obter melhores margens. "Essas são características exclusivas da Magnesita, os pilares de seu posicionamento competitivo na indústria e os drivers que permitem que a empresa entregue retornos acima da média em suas operações", afirmam.


Por fim, a dupla ainda aponta que a companhia é um "jeito inteligente" de se obter exposição ao setor siderúrgico, apesar de as mineradoras ainda serem as preferidas do banco. "Mas o alto preço de realização de contratos anteriores de CPP deve ser um catalisador para o preço das ações da empresa no curto prazo", escrevem os analistas. 


O preço conferido aos papéis da companhia foi baseado em uma combinação da análise do DCF (Fluxo de Caixa Descontado, na sigla em inglês) com a avaliação dos múltiplos. O upside (potencial de valorização teórico) é de 48,5% frente ao fechamento da última sessão.

Fato Relevante Petrobras - Descoberta de óleo leve na Bacia de Espírito Santo




Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2010 – Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras comunica nova descoberta de óleo leve em reservatórios arenosos na seção pós-sal da Bacia do Espírito Santo.
Essa nova descoberta se deu como resultado da perfuração do poço 1-BRSA-882-ESS, informalmente denominado Indra, estando localizado na Concessão Exploratória BM-ES-32 (Bloco ES-M-594). A Petrobras, que detém 60% dos interesses dessa Concessão, é a Operadora do Consórcio formado com a Statoil, detentora dos 40% restantes.
Essa nova acumulação de petróleo e gás situa-se a 140 quilômetros da cidade de Vitória, e os reservatórios com óleo possuem espessura porosa total em torno de 70 metros, encontrando-se a aproximadamente 3.850 metros de profundidade, em uma lâmina d’água de cerca de 2.100 metros, configurando-se, portanto, na descoberta de petróleo em águas mais profundas da Bacia do Espírito Santo.
Estimativas preliminares sugerem que se trata de uma acumulação de petróleo de 25 a 30 graus API, com qualidade similar àquela encontrada no Campo de Golfinho, do qual dista cerca de 70 quilômetros. Serão necessários estudos adicionais para avaliar volumes, extensão e produtividade desses reservatórios.

Atenciosamente, 
 
Relacionamento com Investidores


www.petrobras.com.br/ri
Para mais informações: PETRÓLEO BRASILEIRO S. A. – PETROBRAS
Relacionamento com Investidores I E-mail: petroinvest@petrobras.com.br / acionistas@petrobras.com.br
Av. República do Chile, 65 - 2202 - B - 20031-912 - Rio de Janeiro, RJ  I Tel.: 55 (21) 3224-1510 / 9947 I 0800-282-1540

Este documento pode conter previsões segundo o significado da Seção 27A da Lei de Valores Mobiliários de 1933, conforme alterada (Lei de Valores Mobiliários), e Seção 21E da lei de Negociação de Valores Mobiliários de 1934, conforme alterada (Lei de Negociação) que refletem apenas expectativas dos administradores da Companhia. Os termos “antecipa”, “acredita”, “espera”, “prevê”, “pretende”, “planeja”, “projeta”, “objetiva”, “deverá”, bem como outros termos similares, visam a identificar tais previsões, as quais, evidentemente, envolvem riscos ou incertezas previstos ou não pela Companhia. Portanto, os resultados futuros das operações da Companhia podem diferir das atuais expectativas, e o leitor não deve se basear exclusivamente nas informações aqui contidas.

Citi eleva recomendação da CCR para compra e reduz a da OHL para manutenção

Por: Equipe InfoMoney
17/12/10 - 08h24
InfoMoney


SÃO PAULO – Ao mudarem recomendações e classificações para as duas empresas do setor de concessionárias de rodovias que cobrem – CCR (CCRO3) e OHL Brasil (OHLB3) –, os analistas do Citigroup afirmam que é hora de “mudar de rumo” com relação às perspectivas para 2011.


As ações da CCR tiveram recomendação alterada de manutenção para compra e o preço-alvo para 12 meses passou de R$ 51,00 para R$ 54,00, upside (potencial teórico de valorização) em relação ao último fechamento de 21,29%. Já as ações da OHL Brasil tiveram a recomendação rebaixada de compra para manutenção, enquanto o preço-alvo foi reiterado em R$ 80,00, upside de 34,23%.


Interesse estrangeiro e gastos com infraestruturaOs analistas Stephen Trent e Angela Lieh destacam os potenciais impactos que o interesse estrangeiro e o desejo da presidente eleita Dilma Rousseff de melhorar a infraestrutura brasileira podem ter para as concessionárias rodoviárias em 2011, podendo levar à renegociação dos contratos de concessão existentes.


Segundo eles, companhias sul-coreanas e chinesas mostram interesse em projetos brasileiros, ao mesmo tempo em que Dilma deve preparar o País antes dos grandes eventos que estão por vir, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Sendo assim, o Brasil pode priorizar alguns projetos em detrimento de outros e pode facilitar a participação estrangeira”, afirma a dupla.


Esses fatos teriam consequências positivas porque, enquanto as empresas locais rejeitaram as baixas taxas internas de retorno, companhias estrangeiras, que contam com menor custo de capital, podem na verdade gostar deles. “Com o tempo correndo, a participação estrangeira pode auxiliar o Brasil cumprir com eficiência suas metas de infraestrutura dentro dos prazos”.


Implicações para OHL Brasil e CCRSegundo os analistas, esses fatos podem levar a OHL Brasil ou a CCR a renegociarem os contratos de concessão existentes, que possuem taxas internas de retorno mais altas.
“Entretanto, a urgência em relação ao tempo pode também levar os reguladores a pressionar a OHL Brasil a atender seus atuais requerimentos de investimentos”, diz a dupla. “Logicamente, se a inflação superar as expectativas, a CCR deve ter melhor desempenho devido à sua maior liquidez”, afirmam.