SÃO PAULO - A Ágora Corretora revisou, na última segunda-feira (22), suas projeções para a Positivo (POSI3), estimando um preço-alvo de R$ 7,50 para o final deste ano - o que configura um potencial de valorização de 46,48% em relação ao último fechamento (R$ 5,12). De acordo com o analista Wilson Lara, a empresa pode registrar melhoras nas suas margens operacionais, depois de ter registrado margens Ebitda (relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa) negativas nos últimos trimestres.
Segundo Lapa, o mercado brasileiro ainda não está consolidado e abre espaço para novos players no setor de tecnologia. Porém, a diversificação das operações da empresa contribuiu para as projeções otimistas. Em 2011, a Positivo começou a operar na Argentina , através de uma joint venturecom a BGH. "Vemos como positivo o fato da Positivo estar diversificando suas operações, como no caso da Argentina, mesmo que o volume das vendas ainda seja pequeno, representando 6% das receitas de 2012", pondera o analista.
A Ágora estimou para 13,7% a participção da empresa no mercado em 2011 (queda de 0,7 p.p na comparação com 2010), e aumento de 9,6% para o número de unidades vendidas. As projeções da corretora ainda demonstram uma evolução nas vendas de unidades de desktops e notebooks no Brasil para 15,8 milhões em 2011, aumento de 14,9% em relação a 2010.
Riscos
Na visão de Lapa, o principal risco para a Positivo está no fato de o segmento que a empresa está presente ser "difícil de atuar". Segundo ele, isso ocorre porque o mercado possui poucas barreiras para novas empresas, facilitando assim o aumento no número de competidores internacionais e dificultando a barganha com revedendores. Além disso, o analista ressalta que o setor é altamente sensível a fatores ligados a inflação e disponibilidade de crédito por parte do consumidor final.