terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Hypermarcas (HYPE3.SA)

Ainda não Acabou. Há Tempo de Comprar.

O que Há de Novo
— Atualizamos o nosso modelo para a Hypermarcas incorporando a aquisição da Neo Química e ajustamos nossas estimativas à uma nova perspectiva que temos para a empresa. Com estas atualizações, o nosso Preço Alvo aumentou para R$31/ação e mantemos a nossa recomendação de Comprar para a HYPE.

O mercado dos genéricos — A aquisição da Neo Química traz significantes oportunidades adicionais para a Hypermarcas, em termos de ambas as aquisições e crescimento orgânico. A maior parte dessas oportunidades está relacionada ao mercado dos genéricos no Brasil. Acreditamos que a Neo Química deve ser capaz de divulgar taxas de crescimento orgânicas entre 25% e 30% neste segmento pelo menos durante os próximos 2-3 anos. Tal crescimento impressionante seria sustentado por taxas de crescimento de mercado de aproximadamente 15%-20%, mas também um aumento na participação de mercado da Neo Química neste segmento.

Aceleração de crescimento orgânico — Acreditamos que o crescimento orgânico deve ficar mais relevante na tese de investimento da Hypermarcas de agora em diante. Não só porque devemos ver menos aquisições em comparação com o que vimos no passado, mas também porque acreditamos que a companhia deve acelerar o crescimento orgânico de agora em diante devido a: (i) consolidação de alguns “negócios de alto crescimento” como crescimento orgânico; (ii) consolidação da Neo Química; (iii) campanhas de marketing gerando resultados.

Aquisições adicionais - Acreditamos que a HYPE continuará buscando aquisições acretivas e deve ser capaz de materializar essas aquisições durante 2010. Em nosso modelo já incorporamos uma nova aquisição com R$500mi em valor de mercado.

Comprar Hype
— Em resumo, ainda acreditamos que a companhia seria capaz de fazer aquisições adicionais e também melhorar os resultados operacionais da empresa capturando as sinergias das companhias adquiridas. A aceleração de crescimento orgânico e a expansão da margem devem permitir que a Hypermarcas divulgue um EBITDA CAGR de 30% por ano durante os próximos 3 anos, o que basicamente dobraria o seu nível EBITDA até 2012. Em nossa opinião, a Hypermarcas continua tendo uma história muito interessante combinando margens altas, alto crescimento, baixo risco, e a melhor ação dentro do setor de consumo no mercado doméstico b rasileiro.


Valuation - Hypermarcas


Avaliamos a Hypermarcas através de um modelo Fluxo de Caixa Livre à Empresa (FCFF), usando uma previsão de 10 anos (2011-2020) e uma taxa de crescimento perpétud de 5,2% (R$ em termos nominais). As nossas premissas são feitas em Reais Brasileiros (R$) e em termos nominais. Para descontar o fluxo de caixa de companhia, usamos um WACC (Média Ponderada do Custo de Capital) de 10,0%, baseados em: (i) taxa livre de risco de 7,1% em termos nominais (Cálculo de Estratégia Latino Americano da CIRA); (ii) prêmio de mercado de 5,6% em termos nominais R$ (Cálculo de Estratégia Latino Americano do Citigroup); e (iii) beta alavancado de 0,85 gerando um custo do capital próprio (Ke) de 11,9% (R$, em termos nominais). Coeficiente de endividamento líquido de impostos é de 5,3% (R$, em termos nominais). Considerando todas as premissas supracitadas, chegamos a um valor de mercado para a Hypermarcas de R$14.925mi ou R$31,0/ação.

Riscos

Classificamos a Hypermarcas como Risco Médio. Os riscos principais que podem impedir as ações de companhia de alcançarem o nosso preço alvo são:

Competição
Os produtos da Hypermarcas enfrentam uma forte competição de companhias multinacionais sólidas, pequenos negócios locais e também o setor informal, que pode oferecer produtos semelhantes a preços mais baixos. Além do mais, a Hypermarcas é uma tomadora de preço em vários segmentos de negócios e as marcas de companhias multinacionais são normalmente os formadores de preço. Essas companhias podem adotar uma estratégia de reduzir o preço das suas marcas principais para proteger ou aumentar suas participações de mercado. Neste caso, obrigaria a Hypermarcas a seguir a mesma redução de preço ou correr o risco de perder a participação de mercado. Em ambos os casos, os financials de companhia seriam afetados.

Ações Judiciais para Proibir o uso da Marca ASSIM
A marca ASSIM está envolvida em três processos diferentes que pretendem proibir a Hypermarcas de usar esta marca. Esses processos foram movidos por dois concorrentes (o Reckitt Benckiser e o Procter & Gamble) e um grupo de hospitais (ASSIM - Assistência Médica Integrada). Os resultados preliminares foram favoráveis a Hypermarcas contra os seus concorrentes e desfavoráveis contra o grupo do hospital. Apelações são ainda possíveis em todos os processos. Se as regras finais forem desfavoráveis a Hypermarcas, a companhia seria proibida para usar a marca ASSIM causando um impacto pequeno ao financials da companhia.

Contudo, acreditamos que neste caso este processo pode ter um impacto limitado à companhia, uma vez que a marca ASSIM perfazem aproximadamente 3,0% da receita. Além disso, é muito semelhante à marca ASSOLAN e os seus produtos intencionalmente já têm a mascote da ASSOLAN em suas etiquetas; por isso, a companhia pode trocar facilmente as marcas, limitando impactos negativos. Indústria de Varejo Alimentar

As principais redes de varejo alimentar no Brasil estão investindo constantemente no desenvolvimento de produtos privados para aumentar suas margens. Por conseguinte, podem priorizar vendas da sua marca privada, reduzindo o volume de vendas da Hypermarcas ou forçando a companhia a abaixar seus preços. Além disso, a indústria do varejo alimentar está enfrentando um processo de consolidação no Brasil, o que tem aumentado o poder de barganha contra fornecedores
(Hypermarcas).

Rede de Estoque

Os produtos de Hypermarcas são distribuídos nacionalmente através de empresas terceirizadas e rede de estoque não-exclusiva. Visto que a companhia não tem contratos de longo prazo com esses distribuidores, a companhia pode enfrentar interrupções na distribuição dos seus produtos e por isso reduções de volumes comerciais.

Matérias-primas
As matérias-primas e as embalagens são responsáveis por 70% das CMV (custo das vendas de mercadorias) da companhia. Esses itens são normalmente estabelecidos por condições de mercado e estão sob o efeito de uma quantidade significante de fatores, como: as condições de tempo, as colheitas, preços de fretamento, demanda mundial e equilíbrio da demanda e a taxa de câmbio da moeda brasileira contra o dólar. Além disso, o preço de uma parte relevante dos medicamentos da companhia é controlado pelo Governo Federal do Brasil, que determina o aumento de preço dos produtos e só ocorre uma vez por ano. Se a companhia não for capaz de passar pelo aumento de preço e/ou o aumento de preço permitido pelo governo não for suficiente para compensar preços mais altos, a rentabilidade da companhia pode ser reduzida.

Ambiente econômico
A companhia tem uma alta exposição ao rendimento discricionário do consumidor, especialmente a população de baixo rendimento. Se a economia brasileira enfrenta uma recessão ou um período de crescimento mais baixo, o poder de compra dos consumidores pode ser reduzido gerando um impacto negativo à receita da Hypermarcas. Contudo, uma melhora substancial na economia pode melhorar os negócios e as ações então podem exceder o nosso preço alvo.

Oportunidades Adicionais de Crescimento

Os investimentos da Hypermarcas oferecem oportunidades de crescimento "adicionais" através de novos investimentos em marketing para desenvolver “marcas adormecidas.” A empresa pode não conseguir desenvolver com sucesso essas marcas e, consequentemente, incorrer em despesas mais altas de marketing sem um aumento das vendas.

Fonte: Citigroup Global Markets (Carlos Albano, Marcio Kawassaki)

Vale (VALE)

Prévia do 4T09

O que Há de Novo
— A Vale vai divulgar os resultados do 4T09 nesta quarta-feira, dia 10 de fevereiro (a teleconferência será dia 11 de fevereiro). Esperamos um EBITDA de US$3,0 bilhões versus $3,1bilhões do 3T09, mas com poucas mudanças significativas. O nosso Lucro por Ação (LPA) está em US$0,39, à frente do consenso de US$0,36, mas impulsionado por resultados não-caixa relacionados à variação cambial e uma taxa de imposto mais baixa.

Pontos Principais para o Modelo/Valuations
— (1) Alocação do capital (em que nível do EBITDA que os investidores podem esperar Fluxo de Caixa Livre (FCL)/dividendos mais altos?); (2) Estimativa de demanda para o minério de ferro para 2010 (as exportações brasileiras em janeiro foram 14% mais baixas no comparado de janeiro de 2008), (3) Permissão de expansões em Carajas; (4) Avanço nos projetos de níquel em Goro (US$4bi) e Onca Puma (US$2,3bi); (5) Reinício das operações de mineração em Sudbury/Voisey (nota: Xstrata Nickel fechou um acordo com os funcionários da Sudbury na semana passada para um novo contrato); (6) Custo das vendas de mercadorias (CVM) do Carvão e alumínio; (7) Modelo de gerenciamento dos negócios com fertilizantes dispersos geograficamente.

4T09 — Trimestralmente, esperamos que as exportações de minério de ferro da Vale sejam mais baixas (baseado em dados de exportações do Brasil); preços mais altos (baseado em preços spot de Dezembro) e custos mais altos (BRL mais forte). Os resultados do níquel serão mais fracos devido à greve dos trabalhadores. O alumínio, o cobre e o carvão devem melhorar seus preços. O Lucro por Ação (LPA) deve ser estimulado pelos lucros não monetários de f/x e uma baixa taxa de imposto (o 4T é tipicamente o trimestre fiscal mais baixo da Vale).


Valuation - Vale

O nosso preço alvo para os ADR das ações ordinárias da Vale (NYSE: VALE) é de US$32 por ação. Usamos um valuation múltiplo 50:50 ponderado e modelo de cálculo do valor patrimonial líquido. O nosso múltiplo alvo para a Vale é de 7x EBITDA e 12x PL. Esses múltiplos são adequados as estimativas médias do ciclo de preço das commodity. Aplicando esses múltiplos a receita de 2010 resulta em uma média alvo de US$29/ação. Nossa avaliação do valor patrimonial líquido ON da vale é de US$32/ação (78% minério de ferro, 12% níquel, 10% outros). A Média Ponderada do Custo de Capital é de 11,1% usando o Prêmio de Risco e Taxa de Risco Livre recomendados pela CIRA. As premissas de preço de longo prazo são US$65/t
para o minério de ferro e US$8/libra para o níquel. Aplicamos um prêmio do valor do patrimônio líquido de 10% levando em conta os recursos de longo prazo não incluídos no modelo para alcançar o alvo de US$35/ação.

Riscos

Classificamos a Vale como Risco Médio. A receita da Vale está exposta a um alto preço das commodity, mas isto é amenizado pelo tamanho da empresa, grau de investimento da dívida, e diversificação crescente fora do setor de minério de ferro. Os riscos-chave que podem impedir as ações de alcançarem o nosso preço alvo incluem uma redução na produção industrial chinesa, executados em projetos importantes, futura superabundância de minério de ferro no mercado, futuras aquisições caras, e instabilidade política do Brasil

Fonte: Citigroup Global Markets

Gafisa, S.A. (GFSA3.SA)

Resultados do 4T09 Melhores do que o Esperado

Receita e LPA do 4T superam nossa estimativas, mas ficam abaixo do consenso — A Gafisa divulgou resultados melhores do que o esperado para 4T09, puxados pelo aumento da receita acima do esperado e pela melhora na rentabilidade operacional também acima do antecipado. A receita líquida aumentou 60% na comparação ano-a-ano, para R$ 898 milhões no 4T09 (17% acima da nossa estimativa de R$ 767milhões) e o LPA aumentou 279%, ano-a-ano, para R$ 0,38/ação no 4T09 (30% acima da nossa estimativa de R$ 0,29/ação). Excluindo os R$ 13,5 mi de despesas não recorrentes, o LPA ajustado de R$ 0,47/ação ficou 62% acima da nossa estimativa, mas abaixo do consenso de R$ 0,50/ação.

Embora nascente, contabilizada a melhora nas margens operacionais — Em nossa opinião, a Gafisa alcançou a longamente esperada melhora na rentabilidade operacional (embora não vejamos aqui uma tendência ainda), com a margem EBITDA ajustada aumentando 490 pontos base, na comparação anual, para 19,5% (ante nossa estimativa de 18,5%). Consequentemente, na comparação ano-a-ano, o EBITDA ajustado aumentou 112% no 4T09, para R$ 175 milhões, 23% acima da nossa estimativa de R$ 142 milhões.

Diretoria executiva confirma intenção de levantar R$ 1 bi com emissão de ações — A Gafisa confirmou a intenção de fazer uma oferta primária de ações no valor de R$ 1,0 bilhão, o equivalente a 41,34 milhões de ações, ao preço atual da ação, ou
um aumento de capital de 31%. Esta transação não considera a emissão estimada de 32,9 milhões de ações para absorver as participações minoritárias na Tenda (TEND3.SA) em 30 de dezembro de 2009.

Gafisa informa as metas selecionadas para 2010
— A Gafisa informou as metas para 2010, que incluem lançamentos num total de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões e melhora contínua das margens EBITDA para uma faixa de 18,5% a 20,5%, superando nossas estimativas de lançamentos num total de R$ 3,5 bilhões, prévendas de R$ 3,7 bilhões e uma margem EBITDA de 19,0%.

Conclusão(ões) — Esperamos que teleconferências e reuniões agendadas com a diretoria executiva hoje ofereçam importantes informações adicionais para realizar um ajuste fino em nossas estimativas, incluindo a aceleração do crescimento da
receita sendo compensada negativamente pela maior diluição por ação. Apesar da real tendência de alta sobre o nosso preço-alvo de 12 meses, reiteramos nossa atual classificação de Manter/Risco Alto (2H) para a Gafisa.

Valuation - Gafisa, S.A.

Na avaliação das construtoras residenciais da América Latina, preferimos uma metodologia de valuation baseada na rotatividade de ativos e favorecemos a lucratividade, devido ao negativo fluxo de caixa livre de curto prazo tipicamente quando o crescimento permanece alto. O nosso preço-alvo de 12 meses para a Gafisa, de R$ 31,9/ação (+23.2% de RTE), está baseado em uma taxa de Preço Sobre o Lucro Ponderado pelo Crescimento do Lucro (PEG) de 0,09x e um Lucro por Ação (EPS) CAGR bi-anual (2010E-12E) de 17%. A proporção da PEG de 0,09x reflete um desconto de 10pb sobre a referência do Cit para a classificação de risco Alto. Também incluímos um desconto de 15% aos nossos valuations alvo para cada construtora residencial brasileira para refletir os riscos associados a uma provável mudança na contabilidade estimada para 2011. Nossa fórmula resulta em múltiplo P/L estimado para 2010 de 13x.

Riscos

Os principais riscos da indústria incluem a oferta de crédito, inclusive a dependência de regulamentações governamentais que exigem níveis específicos de financiamento de hipoteca, bem como o potencial de excesso de oferta de residências em mercados selecionados e a certos níveis de preços. Os riscos de ganho/perda específicos da Gafisa incluem a habilidade da diretoria executiva de executar as estratégias de crescimento, incluindo a expansão da empresa para novas regiões e a habilidade para executar com êxito a estratégia para o segmento de construção residencial econômico, através da marca 'FIT/Tenda'. Outros possíveis riscos de ganho incluem crescimento maior do que o antecipado e melhores margens de lucro.

Demos à Gafisa uma classificação de Risco Alto (H), devido ao relativamente curto histórico de oferta de financiamento de hipoteca, um período mais curto da atual diretoria executiva nesta indústria, as ambiciosas estimativas de crescimento do LPA, considerando nossa previsão de aumento da receita e nossas premissas de melhoria das margens, a alavancagem financeira acima da média, e a possibilidade de que a diretoria executiva reveja o aumento de capital estimado para 2010.


Fonte: Citigroup Global Markets

AGRE: AÇÕES PASSAM A SER NEGOCIADAS EM 12/02 SOB TICKER "AGEI3"

São Paulo, 09 - A Agre Empreendimentos Imobiliários, união das empresas Abyara, Agra e Klabin Segall, começará a ter suas ações negociadas sob o código unificado "AGEI3" a partir de 12 de fevereiro. Ou seja, o último dia de negociação com as ações individualmente das companhias que formaram a Agre será a próxima quinta-feira, dia 11.

O crédito do recebimento das ações de emissão da Agre ocorrerá no dia 19 de fevereiro. As relações de troca anteriormente aprovadas são as seguintes: uma ação de Agre para cada 1,619391905 ação ordinária detida na Agra, 1,591714062 ON de Abyara e 1,728552354 ON de Klabin Segall. Eventuais frações de ações serão arredondadas para baixo para o número inteiro mais próximo. A Agre estima que a alienação do conjunto de frações ocorra em até dez dias a partir do início da negociação das ações em Bolsa.

Em 22 de dezembro, a Agre obteve na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu registro de companhia e no último dia 4 de fevereiro entrou para o Novo Mercado da BM&FBovespa.
(Equipe)

Fonte: AE Broadcast

ITAÚ UNIBANCO: LUCRO FICA 7,4% ACIMA DA PROJEÇÃO DE ANALISTAS

São Paulo, 09 - O lucro líquido recorrente registrado pelo Itaú Unibanco no quarto trimestre de 2009, de R$ 2,813 bilhões, ficou 7,4% acima da medida das projeções dos analistas consultados pela Agência Estado. A média de cinco casas (Barclays, Bradesco, Fator, Goldman Sachs e Link) apontava para um lucro de R$ 2,619 bilhões.

A carteira de crédito do banco, sem considerar avais e fianças, chegou ao final de dezembro em R$ 245,951 bilhões, um avanço de 1,7% sobre o mesmo mês de 2008. A média das projeções dos analistas apontava para um crescimento de 3%.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio no quarto trimestre ficou em 22,6%. As projeções feitas variavam entre 19,3% e 25%.
(Ana Paula Ribeiro)


Fonte: AE Broadcast