segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Corretora reinicia cobertura de Tegma com preço justo de R$ 24 para fim de 2011


Por: Tainara Machado
04/10/10 - 19h24
InfoMoney

SÃO PAULO - A Itaú Corretora  reiniciou a cobertura da Tegma (TGMA3), empresa líder no transporte de automóveis no Brasil, com recomendação outperform (expectativa de performance acima da média do mercado) e preço justo de R$ 24 para o final de 2011 - um upside potencial de 17,25% em relação ao fechamento do papel nesta segunda-feira (4). 


Para Renata Faber e Fernando Abdalla, analistas responsáveis pelo relatório, as perspectivas de crescimento para a empresa se sustentam não só pelo bom momento da indústria automobilística no País, mas também pelo aumento da participação de mercado da companhia e a possibilidade de expansão do negócio para serviços de logística terceirizados em outros segmentos que não o de veículos. 


No primeiro semestre de 2010, o market share da companhia ficou em 33%. "Este é um mercado consolidado, e o histórico da Tegma e a boa relação que a empresa mantém com as montadoras de veículos sugerem que este market share será sustentável nos próximos anos". Outro ponto destacado pelos analistas é a flexibilidade do modelo de negócio, com terceirização de equipamentos, o que exige um capex menor e estrutura variável de custos, tornando a empresa apta a adaptar-se à demanda. 


Esse modelo possibilita boa rentabilidade e posição financeira saudável, tornado-a atrativa também pela distribuição de dividendos, com dividend yield projetado de 5,8% para 2011, a mais alta dentre as companhias cobertas pelo Itaú nesse setor. 


Logística terceirizada
A Tegma está também aumentando seu escopo de atuação, e no primeiro semestre de 2010 18% de seu Ebitda (geração operacional de caixa) foi proveniente do segmento integrado de logística. Os analistas consideram essa uma premissa atrativa, já que a terceirização do transporte tem tido rápido crescimento no Brasil.



Por último, Faber e Abdalla consideram que a companhia tem potencial para novas aquisições, em que o alvo seriam empresas com foco no segmento não-automotivo e que atuem em regiões do País em que a Tegma ainda não está presente.