SÃO PAULO - O BTG Pactual colocou seu preço-alvo e recomendação para a JBS (JBSS3) em revisão, após oresultado trimestral da companhia desapontar frente às projeções do banco.
O analista Thiago Duarte ressalta que o Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia esteve abaixo do que se esperava, além de mostrar-se 30% menor do que no primeiro trimestre do ano. A margem Ebitda (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) também caiu, de 5,7% para 4,0% no trimestre, resultando em uma perda líquida de R$ 181 milhões.
Dois mundos
A JBS é vítima de suas operações, que podem ser distribuídas entre duas: as que apresentam boa geração de caixa e as que não apresentam. De um lado, as operações no Mercosul e a divisão de suínos nos Estados Unidos, que apresentaram margens Ebitdas de 11,8% e 9,9%, nessa ordem, no trimestre.
A JBS é vítima de suas operações, que podem ser distribuídas entre duas: as que apresentam boa geração de caixa e as que não apresentam. De um lado, as operações no Mercosul e a divisão de suínos nos Estados Unidos, que apresentaram margens Ebitdas de 11,8% e 9,9%, nessa ordem, no trimestre.
Do outro, a Pilgrim's Pride Co e a divisão de bovinos norte-americana, com margens negativa de 2,4% e positiva de 1,1%, respectivamente. De acordo com Duarte, isso é fruto do momento ruim norte-americano, que prejudica preços, e das fracas condições de operação na Austrália.
Assim, o analista acredita que o mercado deverá focar na habilidade da companhia em gerar dinheiro positivo, o que deverá resultar em redução da alavancagem da companhia. No momento, a JBS possui uma relação de dívida/Ebitda de 3,6 vezes, superior ao índice de 3,1 apresentados no primeiro trimestre. Duarte afirma que, enquanto o endividamento da companhia aumentar, os investidores serão prevenidos de adotar uma visão mais construtiva na ação.