sábado, 18 de junho de 2011

Agência Enfoque










Cenário Econômico Semanal - 13 a 17/Junho/2011
Grécia agita mercados e renova pessimismo nos investidores




Os mercados internacionais tiveram mais uma semana de perdas expressivas na semana. O período foi marcado – mais uma vez - pelo agravamento da crise da Grécia. Logo no começo da semana, o país viu seu rating cair de B para CCC. Além disso, os ministros das finanças da União Europeia não chegaram a um acordo sobre um novo empréstimo ao país.
Nos Estados Unidos, os dados da economia local seguraram e impediram que os principais índices acionários registrassem perdas, como as do Brasil e da Europa. No cenário interno, a informação que o Banco Central deve permanecer com a política de juros elevados contribuiu para o pessimismo.





Cenário Externo


Os primeiros indicadores nos EUA foram divulgados apenas na terça-feira. O destaque ficou para o de preços ao produtor dos EUA, que em maio avançou 0,2%, após alta de 0,8% em abril. O núcleo do indicador também teve avanço de 0,2% no período.
Já as vendas no varejo americano apresentaram queda de 0,2% em maio, para um valor com ajuste sazonal de US$ 387,1 bilhões. Os dados são do Departamento de Comércio do país. Este foi o primeiro recuo em 11 meses.

Ainda na terça, os estoques de negócios das empresas americanas em abril apresentaram alta de 0,8% em abril. O resultado ficou um pouco abaixo dos 0,9% esperados pelo mercado. Os números de março foram revistos para cima, agora ficando em 1,3%. O resultado.

Na quarta-feira foi a vez do índice de preços ao consumidor, que apresentaram alta de 0,2% em maio, puxados pelo avanço de alimentos, roupas, automóveis e imóveis. Os números foram divulgados pelo Departamento de Trabalho do país. Já o núcleo do CPI, que exclui do cálculo os preços de energia e alimentos, avançou 0,3% no mesmo período.

Simultaneamente, o Federal Reserve de Nova York informou que a atividade manufatureira no distrito registrou forte queda, totalizando -7,8 pontos, contra 11,9 pontos da leitura anterior.

No mesmo dia, foi divulgado que os investidores estrangeiros realizaram compra líquida de US$ 30,6 bilhões em ativos de longo prazo dos EUA, contra US$ 24 bilhões no mês anterior. Os dados são do Departamento do Tesouro americano. Já a produção industrial norte-americana avançou 0,1% em maio, após ficar estável em abril, informou nesta quarta-feira o Federal Reserve.

Na quinta-feira, destaque para o número de trabalhadores que solicitaram o seguro desemprego nos EUA os, que recuou em 16mil na semana passada, para total de 414 mil, informou o Departamento de Trabalho do país.
Além disso, o número de novas construções apresentou uma leve recuperação em maio, após queda expressiva em abril.  Já o índice de atividade da região da Filadélfia registrou em junho uma queda para -7,7 pontos, contra 9 pontos esperado pelo mercado.

Entre eles,  a confiança do consumidor recuou em junho, para 71,8 pontos. O resultado veio abaixo do esperado, e desacelerou a valorização das bolsas. Além disso, o índice de indicadores antecedentes avançou 0,8%, após queda revidada de 0,4% em abril. O resultado superou as estimativas, de alta de 0,2%.

Dentro deste cenário, o Dow Jones encerrou a semana acumulando alta de 0,5% aos 12.004 pontos, enquanto o S&P 500 estável aos 1.271,50 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Um dos destaques do noticiário econômico da semana foi a notícia da venda das Lojas do Baú (Grupo Silvio Santos) para a rede varejista Magazine Luiza. Além disso, o Cade anunciou a suspensão do julgamento da fusão da Perdigão com a Sadia.

Nos índices de inflação, a semana foi bastante tranqüila no Brasil, com apenas o IPC-S, IPC da FIPE e IGP-10. No caso do IPC-S de 15 de junho, a variação foi de 0,02%, 0,34 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação.
Já o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou -0,22%, em junho. A taxa apurada em maio foi de 0,55%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

A inflação na capital paulista, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), teve deflação de 0,08% na segunda prévia de junho, após ter registrado alta de 0,05% na apuração anterior.

Com isso, em cinco dias o Ibovespa perdeu 2,7% e ficou aos 61.058 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
LIGHT S/A
LIGT3
29,20
5,99%
SANTANDER BR
SANB11
17,83
5,19%
EMBRAER
EMBR3
12,65
4,98%
CCR SA
CCRO3
46,90
3,42%
COPEL
CPLE6
41,50
3,11%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
MRV
MRVE3
13,65
-8,70%
GAFISA
GFSA3
7,63
-8,51%
MMX MINER
MMXM3
8,30
-8,08%
BRASKEM
BRKM5
21,65
-7,36%
CYRELA REALT
CYRE3
14,98
-6,96%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,71
2.154.172.064,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 23,24
1.556.558.176,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 14,19
1.028.035.904,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 34,99
893.359.744,00
Bancos
VALE
VALE3
R$ 47,22
721.127.040,00
Minerais Metálicos





Dólar:


O dólar comercial encerrou a semana com a cotação estável em relação ao fechamento da última sexta-feira. No entanto, a semana foi marcada por bastante volatilidade da divisa. Com isso, a moeda ficou negociada a R$ 1,5970.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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