Fechamento no mundo
Em um dia marcado por um sentimento de aversão a risco nas principais praças mundiais, os mercados europeus seguiram essa tendência e caíram. Papéis de empresas do setor de matérias-primas lideraram as perdas na esteira da inesperada alta do juro na China.
A elevação da taxa de juros pela China trouxe uma fuga dos ativos de risco e de commodities e foi o principal driver dos mercados nesta terça-feira, deixando de lado a divulgação de resultados corporativos de empresas norte-americanas. Com receios de que ocorrerá uma redução na demanda chinesa com o aumento nos juros, as commodities sofreram ajustes, impulsionando as principais bolsas do país para um dia de quedas.
No âmbito corporativo, o anúncio da Apple de que as vendas de iPads foram menores do que as previsões assim como especulações de que o Bank of America terá que recomprar hipotecas problemáticas contribuíram para o sentimento negativo. O destaque positivo ficou para os números do Goldman Sachs, superando as estimativas dos analistas. Porém, o resultado não trouxe força suficiente para animar os mercados.
Fechamento no Brasil
A sessão foi marcada por um forte sentimento de aversão a risco e realização de lucros na principal bolsa doméstica. O Ibovespa caiu 2,61%, encerrando aos 69.863,58 pontos.
Reagindo à divulgação da elevação da alíquota do IOF cobrado no país nas aplicações estrangeiras em renda fixa e para o recolhimento de margem na BM&F Bovespa, assim como ao aumento da taxa básica de juros na China, a Bovespa sofreu com uma forte fuga de ativos relacionados a risco.
Devolvendo parte dos ganhos das sessões anteriores, assim como reagindo à pesquisa do Secovi-SP apontando que as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 48,4% em agosto frente a julho, ações de empresas do setor de construção civil foram um dos destaques de queda do dia.