Por: Valter Outeiro da Silveira
06/05/10 - 10h09
InfoMoney
06/05/10 - 10h09
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SÃO PAULO – Em relatório divulgado nesta quinta-feira (6), o Citigroup lista recomendação overweight (alocação acima da média do portfólio) para o mercado acionário brasileiro.
Para os analistas, há alguns fatores que pautam o otimismo, tais como a expectativa de ganhos a serem providos pelo momentum e pela revisão das previsões de lucros corporativos, além do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e das recentes quedas em 2010.
Valuations, Selic e eleições
“Os valuations podem parecer expandidos quando comparados à série histórica, mas eles caíram de forma intensa neste ano e agora se alinham com os outros mercados emergentes”, completam os analistas Geoffrey Dennis e Jason Press.
“Os valuations podem parecer expandidos quando comparados à série histórica, mas eles caíram de forma intensa neste ano e agora se alinham com os outros mercados emergentes”, completam os analistas Geoffrey Dennis e Jason Press.
Nesse sentido, o Citi avalia que o aumento recente na taxa básica de juro deverá ser um fator positivo no longo prazo, apesar dos temores do mercado.
Ademais, em sua análise o banco conclui que “o Brasil possui um fator qualitativo negativo baseado nas eleições de outubro, que é a corrida entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)”.
Contágio
Os analistas acreditam que, apesar dos prospectos positivos para o mercado brasileiro, há dois riscos externos latentes: a crise fiscal na Grécia e uma possível bolha imobiliária na China. “Em caso de deterioração na crise grega, os mercados emergentes serão atingidos via aversão ao risco, menores volumes no comércio internacional e declínio nos preços de commodities”, completa a equipe de research.
Os analistas acreditam que, apesar dos prospectos positivos para o mercado brasileiro, há dois riscos externos latentes: a crise fiscal na Grécia e uma possível bolha imobiliária na China. “Em caso de deterioração na crise grega, os mercados emergentes serão atingidos via aversão ao risco, menores volumes no comércio internacional e declínio nos preços de commodities”, completa a equipe de research.
Já em relação à bolha chinesa de ativos e a decorrente desaceleração do setor imobiliário, o banco norte-americano pondera que os mercados emergentes que mais perderão com o menor crescimento esperado na China são aqueles que vendem commodities para o gigante asiático, caso do Brasil.