segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Plano de investimento da Vale supera projeções e reitera otimismo da empresa

Por: Equipe InfoMoney
01/11/10 - 12h47
InfoMoney


SÃO PAULO – Após do anúncio do plano de investimentos de US$ 24 bilhões para o próximo ano, o Barclays Capital e o Credit Suisse reiteraram a recomendação de compra aos papéis da Vale (VALE3,VALE5).


Para o Credit Suisse, o valor estimado ficou 20% acima das expectativas dos analistas Ivan Fadel, Bruno Savaris e Luiz Moreira, devido aos novos projetos, investimentos em P&D e gastos com manutenção. Os analistas destacam que a companhia antecipou determinados movimentos, como por exemplo a renovação do sistema elétrico para terminais marítimos.


Tal plano de investimentos é um sinal de que a Vale está confiante com a demanda futura, aponta o trio, destacando que a companhia possui a expectativa de um cenário econômico positivo para os países emergentes no futuro, o que trará uma maior demanda por metais devido à necessidade de investimentos em infraestrutura nessas regiões.


"A Vale tem o portfólio de crescimento mais forte entre as principais mineradoras globais, antecipando-se ao super ciclo impulsionado pela forte demanda Chinesa", escrevem os analistas, reforçando seu otimismo com a mineradora. 


Top pick do BarclaysJá o Barclays manteve a empresa como top pick ao afirmar que o investimento bilionário anunciado atingiu praticamente o topo da expectativa, que figurava entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões. "A Vale reiterou sua confiança na sustentabilidade desse ciclo, que deve ser liderado pela convergência dos padrões de vida das economias emergentes com aqueles do mundo desenvolvido", explicam Leonardo Correa e Renato Antunes. 


“Em nossa visão, as preocupações dos investidores em uma potencial diluição dos retornos são excessivas”, expressou o banco, ao apontar que o projeto de oleoduto da Vale ainda não está refletido no preço por ação.


Estratégia continua igualOs analistas ressaltam que a estratégia permanece intacta, com os investimentos em materiais não metálicos atingindo apenas 2,8% do capex total. Em linha com o que já foi dito pela mineradora, os analistas do banco britânico não esperam grandes movimentos de fusões e aquisições nos próximos anos. “No entanto, pequenas aquisições de reservas de cobre parecem possíveis para nós”, apontam os analistas.