terça-feira, 5 de julho de 2011

Socopa substitui Pão de Açúcar e Duratex por Cemig e Randon no portfólio de julho

04 de julho de 2011 • 17h15Por: Nara Faria
SÃO PAULO –  A Socopa  divulgou sua carteira recomendada para o mês de junho, na qual optou por retirar as ações do Pão de Açúcar (PCAR4) e da Duratex (DTEX3), que foram substituídas pelas ações da Cemig (CMIG4) e da Randon (RAPT4). 
Segundo a Socopa, em junho a carteira registrou alta de 3,62%, ante queda de 3,43% do Ibovespa, sendo que parte do bom desempenho se deve às ações do Pão de Açúcar, que repercutiram positivamente às notícias de fusão com o Carrefour.
Apesar disso, como os acionistas ainda terão 60 dias para analisar a proposta, a corretora decidiu retirar os papéis da empresa da carteira em função da volatilidade que o assunto pode gerar."No entanto, destacamos que mantemos nossa recomendação de 'acima do mercado' para a empresa", afirmam os analistas Osmar Cesar Camilo e Marcelo Alves Varejão, em relatório.
Ademais, a corretora optou por retirar os papéis da Duratex, "em uma estratégia de rotação setorial", incluindo, assim, os papéis da Cemig, "como fonte de defesa para momentos mais turbulentos da bolsa". Ainda foram inclusos os ativos da Randon, com o intuito de aproveitar o "ótimo período de receita pelo qual a empresa vem passando nos últimos meses".
Confira o portfólio recomendado:
EmpresaCódigoPreço-TeóricoValorização
Banco do BrasilBBAS3Em Revisão-
CemigCMIG4Em Revisão-
OHLOHLB3Em Revisão-
RandonRAPT4R$ 16,0028,20%
ValeVALE5R$ 66,0041,53%
*Para o final de 2011
**Potencial calculado em base do fechamento de 1° de julho 

Visão de mercadoA Socopa não vislumbra melhora significativa do cenário para bolsa para o próximo semestre, uma vez que as tensões da primeira metade do ano não se dissiparam, na opinião da corretora.
 "O primeiro semestre de 2011 se encerrou aquém das expectativas do início do ano, com o Ibovespa amargando, até o momento, queda de 9,96%, tendo intensificado o desempenho negativo a partir de abril", analisam Osmar Camilo e Marcelo Varejão.
Na opinião dos analistas, uma série de crises abalou a confiança dos investidores, entre elas as revoltas no Norte da África, dívidas soberanas dos países periféricos da Zona do Euro, terremoto no Japão e temores com relação ao desempenho das economias americana e chinesa.
Front domésticoNo âmbito doméstico, a corretora afirma que o novo presidente do Banco Central sofreu para impor seu estilo, pois o mercado não assimilou muito bem, pelo menos no início, sua postura em relação à inflação.
"A variação acumulada do nível de preços usado oficialmente pelo governo estourou o teto da meta perseguida pelo Banco Central, mas a autoridade monetária garante que manterá o aperto monetário tempo suficiente para garantir a convergência da inflação no próximo ano", avaliam os analistas.